************AAACARMELITAS************

Nome:
Localização: aaacarmelitas@gmail.com, Portugal

31 de maio de 2008

COMENTÁRIOS A "UM ALMOÇO MUITO ESPECIAL - DE 200 A 242

Pediram uma edição dos comentários a partir do 200, pois não se viam o restantes?
Acusaram-me de fazer censura interna sobre os comentários publicados?
Pois, aqui vai o conjunto dos comentários, desde o 200 ao 242, que era o último publicado à hora desta "aposição".
Bem, a todos uma boa leitura.... :) ;) :) ;) :)
Mário Neiva disse...
O anónimo anterior foi curto no seu comentário (aqui chamar-lhe-ia "postagem") mas abriu-me o apetite para falar do gnosticismo. Mas não vai ser hoje, que tenho um Jorge muito dialogante, mais do que nunca, neste Almoço, à minha espera, erguendo o copo, em modos de comemoração, na festa, possivel, que vamos fazendo. (Pronto! Esgotei as vírgulas. Não ficou uma para o Saramago).«Por mim diria mesmo que a vida realiza-se também apesar de sabermos...» Porque será que quando o Jorge deixa a reza e, em vez disso, se põe a pensar, normalmente a gente se aproxima? Tenho para mim que o pensamento é sempre um motivo de encontro quando se está de boa fé. Sei que também há o pensamento totalitário, que é a pregação dos espertalhões e sabichões, os filósofos e teólogos inquetionáveis, com filosofias e teologias inquestionáveis, que já nasceram iluminados e se propuseram esclarecer estes ignorantes, de candeias às avessas.Meu caro confrade Jorge, porque te haveria eu de colocar ao nível daquelas eminências, se,muito lá no início deste Almoço, foste o primeiro a meter o Velhinho no Blog? Sei que nada sei! Lembras-te? Afinal foste tu que trouxeste os "caquéticos" gregos para o Almoço. Eu adorei a sua presença e disse-lhes que estou rendido ao seu filosofar. Passaram as suas filosofias-possiveis, é certo, mas ficou a auto-estrada que rasgaram na história do pensamento.Eu penso que, quem repetir, com sinceridade, aquela máxima socrática, nunca poderá ser dos tais sabichões-espertalhões. Que esses sabem-na toda! Acontece que, às vezes, no calor da conversa ou por efeito dos copos bem bebidos, saltam perdigôtos e antecipa-se em fogo de artifício a festa da Sabedoria que só no Olímpico manjar dos deuses se disfruta.
Sexta-feira, Maio 09, 2008
Anónimo disse...
Amém!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Sexta-feira, Maio 09, 2008
Anónimo disse...
É a primeira ou a segunda leitura?...................
Sexta-feira, Maio 09, 2008
Mario Neiva disse...
Meu caro anónimo do Amem exclamativo até ao céu (já agora diga amen que é mais próximo do original),Ponha aí no blog a prece inteira para eu saber se acabou de rezar o pai-nosso ou a santa maria. Ao anónimo das leituras sugeria que comprasse uma bússula, pois parece um pouco desnorteado, sem saber a quantas anda. E se concluir que não sabe para onde se virar, vire-se pra Deus, como dizia a minha avó.
Sexta-feira, Maio 09, 2008
j dias disse...
A folia do divino esteve em minha casaFui apanhado. Até às 02H30 de hoje aguardei a chegada da folia do Espírito Santo, quais virgens à espera do esposo! Depois fui-me a dormir… chegou a folia logo de seguida. Dormia que nem um rebo, uma pedra. Se a casa caísse não teria dado conta. De manhã desconfiei do cenário. Havia algumas coisas, na entrada, do lado de fora, que estavam fora do seu lugar. Eram amigos, voltaram… ás 22H00. Que grande folia! Todos com suas lindas opas vermelhas próprias da folia.Era composta pelo mordomo com a bandeira do Espírito Santo. Dois cantadores de improviso. Cantar de improviso e em quadras, é uma arte de canto ao desafio, profundamente enraizada nos Açores e que tem no canto em honra do divino, e aqui o divino é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, uma tradição secular e popular. A folia integra ainda, mais oito cantadores, chamados de “a rabeira”. A rabeira tem a seu cargo a repetição do que os cantadores de improviso vão lançando de duas em duas quadras. Acrescem à folia alguns instrumentos: violino (rabeca), violão, cavaquinho, guitarra portuguesa e viola da terra. A folia, nesta função da irmandade, acompanha a distribuição de pão, vinho , carne e massa sovada (um produto muito gostoso da alimentação açoriana).Para esta função, acrescem à folia mais quatro pessoas. Integram-na ainda, neste caso, o possível mordomo do ano que vem e uma mão cheia de crianças e jovens que não perdem pitada e assim interiorizam uma tradição onde segundo dizem os mordomos, o divino sempre dá a dobrar a quem dá. Este ano com umas trinta pessoas. Dizia-me uma vez um mordomo: “ o senhor Jorge ainda não percebeu? Perceber o quê amigo? Claro que não percebi. Oh Senhor Jorge, e dizia com lágrimas nos olhos, o divino dá sempre a dobrar! Sempre a dobrar… Por isso é que temos obrigação de ser mordomos.Que fizeram eles em minha casa hoje?Primeiro tenho que explicar uma coisa: a inscrição na irmandade ocorre ano a ano. Duas modalidades: normal e de criador. O criador adianta 130 euros. É considerado criador de animais, parte da estrutura e que faz acontecer a partilha. Ou seja, a estrutura da irmandade. É com base neste dinheiro que são comprados e criados os animais que pela festa são abatidos e distribuídos juntamente com os acompanhamentos de pão, vinho e massa sovada.Chegaram à porta e deram-me, cantando, uma enorme coça por estar a dormir, não os ter ouvido e não lhes ter aberto a porta na madrugada e cantando à porta da entrada, ainda disseram ao que vinham e em nome de quem vinham. Pediram licença para entrar. Dentro de casa, cantaram o nosso amor ao divino, fizeram festa connosco, e entretanto, os encarregados de cada secção, foram deixando coisas em casa: 30 Kgrs de carne, 15 litros de vinho de cheiro, dois grandes bolos de massa sovada e pão de trigo. No final exortaram-nos ao amor aos irmãos e à partilha, para aparecermos no lugar do Império, amanhã e Domingo e que voltemos a ser irmãos para o ano. Enquanto tomavam um refresco notei o carinho que me dispensavam ao tratarem afectuosamente pelo nome bem como à minha companheira e que não faltássemos à ceia oferecida pelo império amanhã.Acredito que à distância de quase 2000 km não podeis nem supor o que são as festas do Espírito Santo em São Miguel e nos Açores. São o povo e o divino (Espírito Santo) em festa por todo lado. Neste momento, por todo o lado há manifestações dos 150.000 habitantes. Agora mesmo esteve em minha casa a folia. Mas aqui ao lado o fogo de artifício e a festa foi da mudança da coroa do Espírito Santo. Estais longe, amigos. Acreditai em mim, é indizível. As festas do Espírito Santo mais que descrevê-las gostamos de as viver. Desculpai a pequenez da partilha, mas foi de boa vontade.Queridos aas, simpáticos leitores e anónimos ocasionais,Nos Açores é assim e eu, não sendo, já sou açoriano.Na partilha, dou apoio e entusiasmo, ofereço literatura aos cantadores, digo-lhes o que acho melhor, abraço-os a todos, sempre uma prenda para as crianças, e aprendo… e que sabedoria de leitura das emoções e da fé nos seus cantares em rima e de improviso.Sinto-me agradecido pela formação carmelitana que me permitiu mergulhar na alma deste povo bom e santo, e que assim se faz feliz, e agradecido à aaacarmelitas por, ao pensar o seu espaço nos dias de hoje, o fazer com a alma açoriana. E que devoção havia por aqui à Nossa mãe do Carmo…Foi meditação.
Sábado, Maio 10, 2008
j dias disse...
CaríssimosPara hoje estou quase no meu limite de tempo, mas face à litigância, cá vai mais uma dedada. Por acaso achei de uma felicidade sem fim a atenção que alguns anónimos por aí vão dando a este blog. Algumas das grandes confusões da história foram de erros de interpretação de sinais. Para os mais reactivos convido-vos a ler o texto de crítica, o ducentésimo, substituindo a palavra "verbo" pelo seu sinónimo "palavra". Voltem a ler o texto e depois comentem. Ele aqui vai cheio de força e violência: "No princípio era a palavra, e a palavra estava junto de Deus e a palavra era Deus. Ela estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ela, e sem ela nada foi feito. Nela havia vida e a vida era a luz dos homens". Ao sabor de uns: amen. Ao sabor de outros: amem.Parabéns ao anónimo pela oportunidade de salientar a palavra num espaço de palavras que fazem vidas felizes.Bom agora vou levar uma de herético, mas não podia deixar de fazer este registo. Nela (a palavra) havia vida e a vida era a luz dos homens! Que apareça.E agora, meu caro Mário! Mas eu rezo!? Que bonito... Por acaso sempre tive muitas dúvidas disso, Mas se me for dado cantar ou rezar o pai-nosso ainda me comovo. Às vezes até às lágrimas e comovido me calo e só ouço. Mas que queres que faça! Que minta? Se isso é rezar, pois alevá, fico contente, não obstante isso impedir o diálogo contigo por causa das minhas rezas. Mas se não for isso! Bota aí direitinho o que é! Vamos voltar ao fanático e às outras coisinhas!Gregos caquécticos! Nem pensar... simplesmente, gregos e filósofos como tu e eu, nada mais. Trouxe-os à liça, "só sei que nada sei", eu sei e vejo que tu sabes. Por acaso cheguei a duvidar que soubesses face ao que me pareceu ser uma apropriação.Achas que eles rasgaram auto-estradas de pensamento? E tu e eu o que fazemos? Brincamos às palavras... e os gregos brincavam a quê? Amigos saltem em frente! Tanto ou mais filósofos que eles, e sem imodéstia de espécie alguma. Se eles vissem o nosso mundo, tanta coisa que teríamos que lhes ensinar. Nós, hoje, é que seríamos os filósofos eles os aprendizes. Afinal não fomos seus alunos? Os desactualizados são eles.Mas fico a pensar se a vida, em seu caminhar, não será um conjunto de actos significativos do seu próprio sentido, do valer por si mesma e, por isso, espaço de harmonização pessoal, social e cósmica e, por isso, por si mesma, acto de aperfeiçoamento e integração. Mas afinal a oração não é estarmos disponíveis para aperfeiçoar, integrar, crescer integrando e melhorando a ordem cósmica e social?Se estas são as minhas rezas, saúdo-te pela clarividência e agradeço-te o elogio. Gosto de me sentir confirmado e nem precisei de falar de fé. Apanhei-te distraído…Bom Espírito Santo
Sábado, Maio 10, 2008
Anónimo disse...
E, se não souber para onde se virar vire-se para Deus, dizia a tua avó amigo meu e reconfirmo eu, que, se não fizer bem, não faz mal nenhum.Nos Açores, quando a folia do Espírito Santo canta, o silêncio é absoluto, o ouvido está no máximo e todo o nosso ser se transcende. Acontece originalidade no improviso. E assim se despediram:E agora vais beijarEsta bandeira sagrada!P’ra graça dela ficar Aqui nesta morada!
Sábado, Maio 10, 2008
j dias disse...
Perdão, foi lapso. Peço desculpa.
Sábado, Maio 10, 2008
Mário Neiva disse...
Quando passo uma temporada em Balugães, raramente não acontece participar em dois, três ou mais funerais. Ontem foi mais um. Tudo gente da casa acima dos sessenta, setenta, tudo gente da minha geração ou das imediatas anteriores. Todos conhecidos, familiares ou amigos. Somos constantemente confrontados com a inevitabilidade da morte. Canta-se e reza-se, na hora da despedida. Toda a freguesia, a que não está impedida pelos horários do trabalho, comparece, seja para o defunto rico ou pobre. Esquecem-se zangas de vizinhos e chora-se em solidariedade, como que a dizer "hodie miki cras tibi". Não é hora para desaveças, quando a rotina do dia a dia fica suspensa no limiar da morte. Sente-se, neste momento, mais que em qualquer outra altura da vida, o derradeiro consolador que é a religião.Quase apetece dizer que as pessoas acreditam por causa da morte.Do drama que ela é. Do mistério inquietante que deixa adivinhar. Destino fatal, irremiável, imprevisivel, fim da estradade ricos e pobres, maus e bons, velhos ou novos, famosos ou esquecidos de toda a gente. Irmanados, finalmente!Na morte, se nunca o fomos na vida!Habituados a ver nascer e morrer aceita-se a morte como se aceitou a vida, murmurando, em solitário pensamento: não pedi para nascer, não pedi para morrer.O conformado Job diria de outra forma: Deus o deu, Deus o levou.Deixo-vos o cântico de despedida, entoado na capela mortuária. É uma melodia linda e dolente e só posso deixar-vos as palavras do refrão, várias vezes repetido:Coração Virginal de MariaSede Luz e guiaDo pobre mortalAo chegar minha última horaVinde sem demoraLevai-me ao céu
Sábado, Maio 10, 2008
Mário Neiva disse...
Nasce um dia radioso, em Balugães. POde-se ver o sol nascer e ter consciência do espectáculo a que se assiste aqui e neste preciso momento...«Deixa agora, leitor, que a sua mente vagueie.Pense o impensável e considere que, sem consciência... o homem não poderia ter conhecido o seu desconforto e humilhação...(...)A consciência é, com efeito, a chave para uma vida examinada, para o melhor e para o pior; é a certidão que nos permite tudo conhecer sobre a fome, a sede, o sexo, as lágrimas, o riso, os murros, e os pontapés, o fluxo de imagens a que chamamos pensamento, os sentimentos, as palavras, as histórias, as crenças, a música e a poesia, a felicidade e o êxtase. A consciência, no seu plano mais simples e básico, permite-nos reconhecer o impulso irresistivel para conservar a vida e desenvolver um interesse por si mesmo. A consciência, no seu plano mais complexo e elaborado, ajuda-nos a desenvolver um interesse por outros si mesmos e a cultivar a arte de viver.» In O SENTIMENTO DE SI de António DamásioSermos a consciência de nós próprios e do UNIVERSO não é coisa pouca.Bom domingo para todos
Domingo, Maio 11, 2008
Mário Neiva disse...
Imaginemos a nossa vida como uma peça de teatro e o mundo, o palco. E neste teatro da vida cada um de nós é a própria a peça de teatro e o actor principal.A peça tem três Actos:Acto I: O nascimento e a infância.Acto II: A juventude e a idade adulta. Acto III: A velhice e a morte.O nascimento, os primeiros passos, as primeiras palavras, as primeiras recordações. A escola, os amigos, as traquinices, os mestres; as festas de aniversário, a família, o “pai natal”. Cumpre-se o PRIMEIRO ACTO.Entra-se, sem intervalo, na puberdade e na adolescência. Transformações bruscas e visíveis a olho nu. O bigode, os seios, as amizades, os namoros , o amor que acelera as pulsações, os desgostos, as dúvidas existenciais, os sorrisos que alternam com as lágrimas. Tantas vezes já doridos e bem amassados, nos tornamos adultos. E parece que só agora a vida começa…O fim do SEGUNDO ACTO.De repente, parece que a velhice e a morte têm pressa de chegar. Os músculos já não respondem como antes, as ruga vincam-se onde lhes apetece, o nosso olhar volve, saudoso, aos dias da juventude, os cabelos rareiam, a melancolia assalta, o espaço encurta e a luz apagar-se-á, num qualquer dia de Outono…Completou-se o TERCEIRO ACTO. Chamamos-lhe, com propriedade, a terceira idade.Esta ”peça da vida” podia ser representada, também, por um leão-marinho ou uma roseira do nosso quintal. Também nascem, crescem e morrem. Também eles fazem parte do Mundo da Vida. Também o leão-marinho e a roseira são peça de teatro e actores principais das suas vidas. Mas é a hora de falar dos humanos.Nós, os humanos, demo-nos conta, não se sabe quando, nesse passado imenso que nos trouxe até aqui que, nesta nossa vida, existe o PALCO onde ela se desenrola e a PLATEIA . E descobrimos, maravilhados e estupefactos, que marcamos presença, simultaneamente, no PALCO e na PLATEIA. Enquanto, ao longo da vida, completamos, cena a cena, os Actos da existência, na PLATEIA aplaudimos ou assobiamos as cenas lindas e as cenas, tantas vezes tristes, que fazemos. Somos, simultaneamente, ACTORES E ESPECTADORES da nossa vida. Da plateia apreciamos, julgamos e avaliamos o nosso próprio desempenho no palco da vida. A esta capacidade extraordinária do ser humano nós chamamos CONSCIENCIA DE SI. Ela permite-nos reconhecer-nos e tomar consciência do nosso universo.Quando os homens começaram a tentar pôr as ideias em ordem, face a esta realidade espantosa, sentiram-se confusos. Pode lá ser estar no PALCO e na PLATEIA ao mesmo tempo! Será que o Zé que está ali a cantar ou a fazer piruetas no palco é o mesmo que está a ver da “plateia” e a dizer, baixinho «estás a ir bem. Eh pá, por pouco espalhavas-te!». Não serão duas entidades? Serão coincidentes o ACTOR e o ESPECTADOR? Não será o espectador, o ESPIRITO, e o actor, o CORPO? Como se explica este “desdobramento”? Desta descoberta, talvez longa e lenta, terão nascido as filosofias e teologias que chegaram ate nós.
Domingo, Maio 11, 2008
Anónimo disse...
Quanto a todos estes comentários, pessoais ou não... eles foram escritos. Mas ainda há dúvidas... Não gosto muito de leituras longas que nos levam a lado nenhum! Por isso vos peço que me digam por poucas palavras qual é a razão da critica se esta não for constructiva?
Ps: Não tem nada que ver com as palavras que li. Simplesmente uma dúvida pessoal que pede auxilio a quem tem grande sabedoria. Agradeço que me esclareçam...
Domingo, Maio 11, 2008
j dias disse...
Caríssimos aas, tempo de Espírito Santo, tempo de irmandade assumida...Serve este pequeno intróito para saudar a profunda comunhão de ideias que os textos do Mário me trazem. Preparava-me já para lhes dar um toque mais positivo, que mais não fosse, até fisicamente não morremos. Mudamos, sim, fisicamente, nesta formatação, mas logo nos continuamos em muitas outras. VoltareiO anónimo que emerge recoloca um tema já aqui foi muito ventilado, por mim, próprio, vezes sem conta. Antes de mais seja bem-vindo. O problema que coloca é o do comentário, o comentário crítico.Face à dificuldade de destrinça entre o comentário crítico construtivo e o comentário crítico destrutivo, habituei-me a considerar todo o comentário como construtivo.O ponto de partida, nu e cru, é que ninguém é só. Até para fazermos um filho temos que ser dois. Não sendo sós, tudo o que verbalizamos uns em relação aos outros, só pode ser positivo, muito embora, às vezes, não dominemos as variáveis que levam os outros, à construção dos seus comentários, possam nem vir a propósito e carregados de azedume. Só nos resta descodificar antes de tomarmos qualquer atitude. Sempre há uma razão.Concordo com o anónimo: também "não gosto de leituras longas", todavia que elas nos levam a lado nenhum”, discordo. Mas aprecio o modo como constrói a frase sem recurso à palavra não. É um bom começo. Todavia, reafirmo, a palavra é sempre criadora. Não tem excepção, sempre. O que acontece com frequência é que quem lê ou quem ouve pode não ter tempo para ouvir ou ler, ter outras prioridades na sua vida, ou não dominar os conteúdos, as razões do emissor da mensagem, seja ela verbal ou escrita.
Concretamente, neste blog, também porque conhecia o meu confrade Mário, e isto é a primeira vez que o digo abertamente, sempre tive a certeza de que o que ele exprimia aqui e ali nos seus comentários não era o seu pensamento todo. E no entanto fui por ele colocado no seu oposto, o antípoda. E afinal, porque me mantive fiel à provocação, questionando e dando dicas, temos sido brindados no espaço deste "um almoço muito especial" com dizeres muito interessantes, no mínimo. Abstenho-me de classificar. Mas há aqui muito de qualidade e conteúdos.Grande sabedoriaNinguém tem. Talvez alguns tenham mais facilidade de verbalizar no teclado do computador. Já agora, deixe-me que lhe diga que, à parte o "nos levam a lado nenhum" as leituras longas, então o seu comentário não é de sabedoria? Caríssimo anónimo, tem a primeira qualidade para ser filósofo, a humildade. "Só sei que nada sei", não era essa a frase do Sócrates e não deve ser essa a postura de nós todos?Venha mais vezes, porque afinal o que nós discutimos aqui neste espaço é: o que somos enquanto Associação de antigos alunos da Ordem do Carmo em Portugal. Falamos de que a associação é um espaço de amizade, de ideias, de divertimento, de lembrança, avivar de memórias e seus conteúdos, espaço de apoio, esclarecimento, espaço de reafirmação não confessional, mas porque não confessional de quem o queira, um espaço do tamanho da imaginação humana livre, onde o provocar ajudar a ser mais…Nós também damos pancadinhas nas costas, mas as provocações, os juízos críticos ajudam-nos a ser mais… eis a questão. dizia o Shakespeare “To be or not to be.
Domingo, Maio 11, 2008
Anónimo disse
... Caríssimo J DIAS agradeço por ter respondido à minha questão.Mas ainda continuam dúvidas. O que Sócrates ou Shakespeare dissearm, eu ja tive oportunidade de ler, ou tive forçosamente que ler. Até ja la se foram alguns anos, mas penso que ainda nada mudou. Esperava sinceramente uma rasposta mais concreta, mais pessoal, menos introvertida.Mas fico agradecido.Gostava de poder ler outra ideia de mais um aaa se fosse possível. Pois, como grande sabedoria "ninguém tem" pode ser que me ajudem com migalhas de pequenos sabedores!Os melhores comprimentos e uma boa semana para todos.
Domingo, Maio 11, 2008
Mario Neiva disse...
Meu caro anónimo da última entrada no blog,A critica destrutiva não tem razão de ser, não leva, de facto, a lado nenhum e fazê-la é perder tempo. Não confundir crítica destrutiva com a crítica demolidora que deve ser feita a tudo e a todos os que atentem contra o próprio homem, sejam Hitler, EStaline, Bin Laden, Bush...E a tudo o que signifique ruina da pessoa humana, seja crença, ideologia, regime político, teoria económica, ética ou moral. E como estes seis biliões de gente não chegam a acordo sobre que ética, moral, crença ou ideologia seguir, porque a «sua» é sempre a melhor, respeitemos o código universalmente proposto: Direitos do homem, da criança, da mulher... Não vejo, na prática, outra saída melhor.Sei que ajudei pouco. Compreenda que, como avisadamente diziam os filósofos gregos, a Sabedoria é posse exclusiva dos deuses. Nós vamos tentando ser amigos dela, namorá-la, cortejá-la,entronizá-la, idolatrá-la. E que ela nos conceda os seus favores a ver se passamos de camêlos, a mais qualquer coisita.
Segunda-feira, Maio 12, 2008
Mário Neiva disse...
O leão-marinho não sai do palco para a plateia e não pode, por isso, avaliar a sua actuação. Diriamos que não tem sentido crítico. Não pode criticar. Nem a si nem aos outros. Nem construtiva nem destrutivamente. Simplesmente é incapaz de criticar, de avaliar e CRIAR VALORES. Como consideraria o meu caro anónimo um humano reduzido ao estado de leão-marinho? Talvez pouco mais que um autómato? Autista? Escolha. Com crítica construtiva ou destrutiva assumimos a nossa condição de seres humanos, passando constantemente do PALCO à PLATEIA, de ACTORES a ESPECTADoRES. Sem falsa modéstia: volte a ler o que eu disse, aí atrás, sobre a vida como uma peça de teatro. Talvez a sua dúvida acalme um pouco.
Segunda-feira, Maio 12, 2008
j dias disse...
Caríssimos aas, visitantes assíduos e anonimíssimos... e, claro, anónimos críticos,Uma resposta mais concreta, mais pessoal já seguir. Menos introspectiva é que não pode ser porque essa é a condição de ser minha, pessoal e não decorada, ouvida, lida aqui ou ali. Afinal é na introspecção e anexos afins que temos a cozinha das ideias.Critique à vontade, sempre..., mas sempre, porque é sinal de que está vivo e não está só. Será sempre construtivo se os outros não lhe caírem em cima. Cair em cima? Sim, porque nem todos conseguem lidar com toda a crítica. Bom, nessa altura de lhe caírem em cima com o Carmo e a Trindade, se ainda for a tempo, entre no jogo e faça o que já devia saber fazer: interagir. Se não for a tempo, recorra às urgências do hospital. Se mesmo aí for tarde demais, fez a crítica que não devia... a quem não sabia lidar com ela, e partiu para o ser do além e Shakespeare volta a ter razão. Do lado de lá também há ser. Acredite, caríssimo, se fosse eu o crítico desenquadrado, tinha ficado resolvido o meu problema. Mais pessoal não pode ser. Espero que por analogia chegue lá, porque desse lado também é uma questão pessoal. Afinal, pessoalíssima.Leão-marinho, leão-marinho... não me leva. As humanas leoas, de signo, são muito mais interessantes quando interagimos. Leoas, leoas e outras de outros signos, então não dizeis nada da aaacarmelitas? Ou será que este anónimo era anónima?Conclusão: se por acaso agiu de outra maneira, e nada lhe caiu em cima, é um bom actor e deu um belíssimo contributo a este blog. Eis a boa praxis da arte da saída, que também quero utilizar: dar sempre ao nosso interlocutor espaço para uma saída em ovação, em ombros. Saia daí mais uma provocaçãozinha. Dar vida à nossa associação.
Segunda-feira, Maio 12, 2008
Anónimo disse...
Uma provocaçãozinha? Essa agora!... Então o nosso querido Jorge, que para ser lido tem de ser procurado neste quadradinho disfarçado, quer maior provocação de que não lhe publicarem os escritos?Será que esta pergunta provoca?E quem provoca?Já sei que os encouraçados deste burgo resistem a tudo nem que tenham de enfiar outra couraça...para aumentarem a resistência.E como sou um "expert" em situações paralelas (leia-se: vividas neste "blog")nada me admira que outros sintam o travo da "dura lex sed lex" de quem é juiz em causa própria...
Terça-feira, Maio 13, 2008
Mário Neiva disse...
Oh diabo...Eu pensava que era só anomalia no blog.Se querem que a gente páre, é só dizer. Não são precisos jogos de esconde-esconde, do rato-e-gato. Além disso não enteria muito bem porque é que, tendo sido postos no blog textos para reflexão profundamente controversos, como aqueles do Kryon e do Sacramento Maior, se tente, agora, esconder umas inocentes elocubrações, comparadas com as heresias do Kryon!Já agora, depois desta insinuação tremenda do aaa anónimo, alguém diga qualquer coisa. Para eu deixar de pensar em coisas feias. E logo eu que, segundo o meu confrade Jorge, sou especialista em processos de intenção, juizos de valor...Poupem-me mais este pecado por maus pensamentos que, por palavras e obras, já peco mais do que devia.
Terça-feira, Maio 13, 2008
Anónimo disse...
Já começaram as desculpas esfarrapadas...
Terça-feira, Maio 13, 2008
J dias disse...
Caríssimos aaas,Por morrer uma andorinha não acaba a Primavera. Isto é, devemos saber ver em tudo uma oportunidade e não uma perseguição. Sejam perseguidos sozinhos que a mim ninguém persegue. Tenho acompanhado este problema e teoricamente sou o culpado dele. Porquê?Porque pedi ao Augusto Castro, na qualidade de gestor do blog, para agilizar a entrada no mesmo. O que ele fez com todo o gosto, criando um link para entrada directa a partir da página inicial. Isso ele fez e eu lhe agradeci. Só que por razões que eu desconheço e o Augusto acaba de confirmar, nem ele controla o que ocorre. Segundo entendi, outras exigências de "Vínculo" lhe têm ocupado o tempo. Sei que há um grupo de amigos com alguma dificuldade em aceder e nós, também, claro.Sei que vamos ter o problema resolvido em breve. A sugestão que fiz foi a de se criar "Um almoço muito especial II" com entrada directa. Vamos continuar a ser lidos neste espaço lindo da aaacarmelitas, até para a podermos definir. Mostrem porte de carmelitas! Digam-me o que é para eu registar. Pois alevá...
Quarta-feira, Maio 14, 2008
Mário Neiva disse...
Tenho andado com um formigueiro atrás da orelha a pensar o que poderá significar "pois alevá". Manda uma boquinha, Jorge, que isso deve ser uma expressão idiomática aí dos Açôres. Sobre o blog estou esclarecido. Quanto ao que aqui se escreve é pena não haver mais aa a intervir, a responsabilizar-nos por aquilo que escrevemos, a obrigar a justificar posições e tanta coisa mais. Não vale é fazer comboios de pontos de exclamação, porque inúteis. Se é para expressar o enfado na leitura, menos se justifica. Não leia, que ninguém o obriga. Quanto a mim, se perceber que estou a mais, saio fazendo tanto estardalhaço como quando entrei. Nunca zangado. Estou sempre bem disposto e as comichões, nesta idade de avô, afligem menos e vão-se com uma boa coçadela!Palavra de honra que não foi de propósito! Comecei esta intervenção com comichão e acabei a coçar-me...
Quarta-feira, Maio 14, 2008
j dias disse...
Caríssimos aas,Só para esclarecer "pois alevá". Quando uma coisa, um tema, um assunto que não é esclarecido na totalidade, um cronista mensal do Açoriano Oriental, o mais antigo diário português, rematava, pois alevá.. Grande cronista este, de seu nome Victor Crus (pai). Quer dizer, "pois é levar" às costas até que mais esclarecido fique.Nada mais, enigmático quanto baste e, pelos vistos, capaz de formigueiro e não só.Vamos pensar no livro?Força aas.
Quarta-feira, Maio 14, 2008
Anónimo disse...
Os pontos de xclamação são imaginários?. Como gosto de conteúdos quero lá saber dessas pormenores. Mexam-se!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!. Estes são reais. Chega ponto
Quarta-feira, Maio 14, 2008
Mário Neiva disse...
Conteúdos ao gosto do anónimo aí acima:!!!!!!!!!!!!!!??????????????::::::::::::::Gostou, amigo?
Quarta-feira, Maio 14, 2008
Mário Neiva disse...
Caro JorjeSó para te agradecer a explicação que deste acerca da expressão que vinhas repetindo. Sempre imaginei que seria qualquer coisa como "adiante!" ou, "passemos a outro assunto". Afinal, não era bem.Obrigado
Quarta-feira, Maio 14, 2008
j dias disse...
Caríssimos aaas, conteúdos, pois, com certeza, mas precisamos de ter a sensação de sermos lidos. Já voltaremos. Oh Mário então os pontos de exclamação e de interrogação também são aproveitáveis. Imagina o que é uma exclamação dos outros! Imagina quantas interrogações dos outros e anónimas? Mãos à obra. Não sabes o que é um chouriço mouro? É o que leva, do porco entendamo-nos, tudo o que é comestível e, por não ser específico de nenhuma especialidade, não cabe em mais lado nenhum. Chouriços mouros... um aproveitamento açoriano. Uma delícia.Que funcione a analogia.Caríssimos aas,O que é a aaacarmelitas?-Como começamos?-O que fazemos?-Para onde vamos?Dois dias para reportarem dado que Sábado tenho que entregar um texto, folha A4, para publicação num meio de comunicação social.Mexam-se. Se não reportarem digo o que eu penso... mas prefiro a abrangência.
Quinta-feira, Maio 15, 2008
Anónimo disse...
SUBTILEZAS DOS PROCEDIMENTOS; CONCEITO DE ESCALRECIMENTOS.Tenho visto muitas coisas neste "blog": umas que tentam justificar procedimentos; outras que dizem esclarecer, mas que nos reportam para aspectos técnicos, para os quais a maioria dos que frequentam este espaço não está preparada (digo isto na óptica da técnica informática e telecomunicadora,doutilizador...)Posto este preâmbulo à consideração dos leitores, devo dizer que, pela minha parte, não estou nada esclarecido sobre os dois esclarecimentos que aqui foram debitados, pese, embora, a ajuda do filho do companheiro de jornada, Jorge, porque não baseados em dados concretos mas mais em suposições.As justificações de alguém para determinadas situações que agora acontecem, também não me parecem bem alicerçadas; dá-me a impressão de que se tenta "sacudir a água do capote" de forma muito linear, isto é, não deixando, ou tentando não deixar, nesga por onde se lhe pegue...E como "gato escaldado de água fria tem medo", as dúvidas teimam em persistir.Há outro pormenor que não encaixa no meu pensamento (e falo com todo o à vontade, porque sou Cristão (católico) praticante): porque é que alguém, de vez em quando, no meio de sadias discussões (e abençoado o "blog" que não se restringe à sua espécie, mas permite planos alargados de meditação)introduz leituras bíblicas, extractos de orações, etc., que no meu entender pecam -apenas - por extemporâneas.Cada coisa no seu lugar.Parece-me que, de vez em quando, com estas manobras menos "esclarecidas" se tentam limitar a força e sentido de expressão dos dois grandes animadores deste "blog" que são o Jorge Dias e o Mário Neiva.Contra a opinião de quem já o deu a entender, os textos só são longos quando não dizem nada - o que não tem sido o caso.Desejo sinceramente que, quem tem capacidade para o fazer, continue aqui, com textos longos ou curtos, a ilustrarem pela positiva o "blog" de que nos orgulhamos.E, como sou muito modesto, assino: anónimo.
Quinta-feira, Maio 15, 2008
Mário Neiva disse...
Meu caro anónimoDeve ter-se enganado. É que o Tiago pertence ao meu convento e não ao do Jorge. Veste o "sagrado" hábito dos Neivas...A sua critica sobre o que se escreve é positiva mas mesmo que fosse negativa eu aceitava e tentava emendar a mão, se tivesse de ser. Quem é burro nunca erra. Eu, como não pertenço a essa espécie priveligiada, vou dando topada aqui, topada ali e até já me terei espalhado ao comprido. A vossa crítica, oportuna e nunca importuna, ajadar-me-á a levantar do chão, sacudir a terra e curar os joelhos trilhados.Um abraço para si
Quinta-feira, Maio 15, 2008
j dias disse...
Caríssimos,Estou rendido! Fico tão feliz por sermos. Esta do hábito dos Neivas, e do Tiago, que também é meu, é o máximo.Mas ninguém diz nada sobre a aaacarmelitas?Mexam-se...
Quinta-feira, Maio 15, 2008
Anónimo disse...
Tem toda a razão Mário Neiva: o filho a que me refer é, evidentemente, o seu e não do Jorge, a quem peço desculpa pela confusão.A confusão é simples: entre dois craques da análise, foi fácil trocar.As maiores desculpas e não queira ser tão humilde, pois de burro só tem o r e o.Até à próxima.
Quinta-feira, Maio 15, 2008
Mário Neiva disse...
Sobre a aaacarmelitas, apenas para dizer que já tem os seus estatutos, com objectivos definidos. Penso que uma das finalidades será promover a aproximação entre os aa, pelos meios que forem sugeridos e propostos. Nesse sentido terá sido criado este blog, ja que a internet se tornou, nos tempos que correm, um meio fácil e instantaneo de comunicação, para troca de informações e debate de ideias. Não será fácil a quem está no estrangeiro ou longe ou tem pouca saúde (ou dinheiro), deslocar-se aos locais de encontro. Sugiro que se priveligie este meio. Quem não souber ir à net, terá filhos ou netos que mexem nisto com a mesma facilidade com que nós trepávamos às cerejeiras do vizinho para levar umas cerejas de empréstimo!Por causa desta "brincadeira" do blog estou a reencontrar colegas que não contactava há meio século.Pergunta o Jorge, sobre a aaacarmelitas,«Para onde vamos». Posso dar a minha resposta? Para onde cada um dos seus membros quiser. Até podemos ir a lado nenhum.
Quinta-feira, Maio 15, 2008
j dias disse...
Caríssimos aas leitores, escribas e visitantes de um blog não editado,Acabei de remeter para edição no Vínculo, a convite do presidente da direcção, um texto levemente inferior ao tamanho A4 sobre a nossa Associação. A seu tempo terão a oportunidade de reflectirem sobre ele. Aaacarmelitas de qualquer modo é algo de que muitos gostam muito, como são as pérolas.Quanto ao Blog escrevi um texto que, talvez providencialmente, perdi. Caríssimos, não concordo nada com esta de perseguição e sinto-me até incomodado. Já passei as fases de "yes man", mas há uma coisa que eu quero manter, é o dom de ser agradecido, a qualidade que tenho de ser agradecido. Por este blog e a quem lhe dá vida, agradecerei sempre enquanto ele for. Pela aaacarmelitas e os que a fizeram ser e reencontrar-me e reencontrar tantos, miles de miles de agradecimentos. Que ninguém faz tudo perfeito é ainda novidade? Eis porque eu acho que a perda do meu texto foi providencial. Ia muito mais longe. Só há uma alternativa, fazer mais e melhor... mas eu não sei, não posso nem consigo. Eu sou com... obrigado a todos os que me proporcionam tanta coisa bonita! Que limitações que eu tenho. Como eu não era nada sem todos de vós. Amigos! Que incultura anda aí?! Que bom que escrevemos! Que bom que tenhamos rebentado com as escalas das coisas pequenas! De extraordinário nem os “suporters” sabem lidar com a grandeza! Abençoada esta pérola e este blog que ao entrar-me pela porta dentro me proporcionou tanta ideia, tanto crescimento, tanto ser... Porque sempre tem que haver em alguém esta réstia de perseguição e auto mutilação? Amigos sejam... Passem à frente de todos os que são, com obras, com ser...mas não se arranhem porque é uma perda de energia com tanto para fazer!Por mim já disse ao responsável do blog as minhas preferências: quero ver os meus textos editados. A minha sugestão foi no sentido de se fazer uma II edição “ab initio” de “Um Almoço Muito Especial” a partir do ducentésimo comentário. Espero que utilizem os meios ao vosso alcance no sentido de apoiarem esta posição, se com ela concordarem. Quero ver os textos editados. Estar lá como se não estivessem não é blog nem é nada, mas percebo que é uma questão nova… afinal quem esperava por isto? E esta é outra questão?! Afinal, como foi possível chegar aqui? Afinal como é que continuamos a querer escrever? Claro que também há aqui alguma ciência ou julgavam que isto foi tudo obra do acaso? Pois, pois, as críticas… as citações bíblicas e anónimas, pois pois, pois claro. Mas são proibidas anónimas ou à letra!? Que cada um cite e escreva o que quer, quando quer e como o espírito lhe soprar desde que caiba no blog! Era o que faltava! Restrições de imaginação! Mas então onde ficaria o blog? Cresçam! Tenham tino e manifestem-se… pois alevá.
Domingo, Maio 18, 2008
Anónimo disse...
Claro, claríssimo. Houve um número de "escribas" que não concordando com a situação que estavam a viver, não tendo justificações para tal, desconhecendo - como até o responsável do blog desconhecia - os mecanismos técnico-informáticos que estavam na base de alguns camínhos ínvios que se iam barindo, sentindo-se marginalizados pelas suas posições, foram reclamando da situação.Depois dela mais ou menos esclarecida - mais ou menos porque ainda não é muito linear a explicação - vir pregar um sermão aos "atrevidos", só mesmo de quem tem um sentido de vida amparado pelo "deixa rolar que é excursão".Mas tudo bem; aos intelectuais deste burgo rendo, como sempre, a minha homenagem; a quem deu esta oportunidade de comentar, estou agradecido; aos smigos que contactei e com quem troquei ideias ao longo de algum tempo, o desejo de muitas felicidades; à aaacarmelita, nas pessoas deus dirigentes e associados uma vivência de plena comunhão e felicidade.Como, mais uma vez, constatei que há sempre a tentação de querer sobrepor as ideias próprias às dos outros, em vez de as porem em paralelo - com as devidas críticas, calro - e, como julgo que não é a forma mais correcta de debater posições, dou por terminada a minha intervenção, pelo menos até ao juizo finalUm abraço para todos. ATE UM DIA.ANONIMO (que também está previsto neste blog...)
Domingo, Maio 18, 2008
j dias disse...
Caríssimos aas leitores, escribas anónimos e visitantes de um blog não editado,É como se me esvaísse por dentro, é como se perante uma tarefa hercúlea todo me concentrasse para com engenho a enfrentar, é como se quisesse com medo de não querer ou me distrair, é como se irmão fosse com medo de o perder, é como se tivesse de ser bebido e o cálice fosse de fel...Perder uma mensagem é uma coisa perder um construtor de mensagens é outra. Num mundo cheio de "físico" e sensoriais, de tão pouca cultura, espiritualidade e esperança, não é uma perda, é uma catástrofe.Sempre de frente e para as dificuldades maiores em primeiro lugar. Eis, pois, as desculpas, com a dignidade que convém, se a tentação de querer sobrepor ideias próprias às dos outros foi minha. Reafirmo, todavia, que levo como propósito, minuto a minuto, hora a hora, dia a dia, a crença na construção da esperança e da fraternidade num tempo e num espaço, que é o das nossas vidas, como forma de sermos mais próximos da realização.Até ao juízo final! Não, não... até já. Em aaacarmelitas, um espaço, um tempo, por isso uma memória, as nossas vidas, e um futuro que desenharemos.
Domingo, Maio 18, 2008
j dias disse...
Caríssimos aas leitores, escribas anónimos e visitantes de um blog não editado,De modo muito especial, caríssimo anónimo que te despedes! Que horror... até ao juizo final!Não encontro melhor linguagem que aquela que me parace ser em Fernando Pessoa uma linguagem de limites que ele exprimiu, divinalmente, poetizando em linguagem de namorados, é certo, mas sobretudo de gente de limites.Se eu te pudesse dizerO que nunca te direi,Tu terias que entender aquilo nem que eu sei...Pois, condição humana! Também gostava de um mundo perfeito! Mas ele já há disso?!Por favor, que eu não seja o último a saber!
Domingo, Maio 18, 2008
j dias disse...
Caríssimos,Duas coisas lindas:1. Quando há dias o mordomo do Império do Espirito Santo, em pregão público, foi nomeado, no adro da Igreja, assistiu-se a algo fora do comum, o mordomo indigitado, com sua companheira, choravam de alegria por finalmente terem sido escolhidas para gerir a mordomia do Império: alguns milhares de refeições, milhares de dádivas, folias e foliões, carros de bois... meu Deus que função. Choravam de alegria por finalmente poderem estar ao serviço do Espírito e da comunidade. A comunidade, abraçando-os, congratulou-se em sintonia de pensamento.Hoje, por algum tempo, pude conviver com este mordomo por um curto espaço de tempo. Disse-lhe: então a mordomia? Oh muito fácil, está tudo a andar... que coisa de linda!2. Logo de manhã fui a um cafezinho. Ed's bar meu vizinho, influência canadiana. Senhora disse, então hoje, sozinha! Como sozinha? Sempre com Nosso Senhor. Vizinho, sempre também com o anjo mau porque ele é que nos vigia para nós fazermos o bem. Criticável? Com certeza! Mas adorável esta filosofia da prática do bem! Em conclusão:Gerir um Império de partilha é muito fácil, fazer o bem, mesmo à custa do anjo mau, um caminho assumido que resulta!Fazer o bem, afinal, o que é? Estar disponível para o fazer...Enquadra-se em aaacarmelitas? Creio que sim.
Terça-feira, Maio 20, 2008
j dias disse...
Caríssimos aaas,Face à novidade de um membro do convento do Neiva ter aparecido na página inicial em "Esclarecimentos" com um comentário, que saúdo e por entender que se enquadra perfeitamente em um almoço muito especial, aqui o deixo também.Olá a todos e particularmente ao Tiago,Vais ter que ser mais claro e digo porquê. "Um almoço muito especial" foi um caso de sucesso de opiniões porque o debate que lançou foi sobre a ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGO ALUNOS DO SEMINÁRIO DA ORDEM DO CARMO EM PORTUGAL (aaacarmelitas). É verdade que algumas, senão mesmo muitas das intervenções, se desviaram do tema. Alguns, porém, sempre pugnaram por fazer reflectir o tema “aaacarmelitas” nos seus comentários. Quero dizer que a discussão, através de comentários, desde o início, no meu caso concreto, foi sempre a de fazer convergir o meu comentário e o dos outros para o tema, aaacarmelitas. Qualquer alteração a este princípio, quando ocorreu, foi porque ao tentar entrar nos comentários dos outros participantes, face às questões envolvidas e muitas vezes ao modo de as expressar, careciam, em minha opinião de mais enquadramento e de outras opiniões.Se entendermos por blog "um registo cronológico e frequentemente actualizado de opiniões, emoções, factos, imagens ou qualquer outro tipo de conteúdo que o autor ou autores queiram disponibilizar” (definição sapo), não vejo onde está o problema. Em um almoço especial discutimos o que é aaacarmelitas. A pessoa do blog é "aaacarmelitas", associação. Afinal a dar opiniões não fomos tantos assim. A ler bastantes mais, felizmente. O blog não é para discussão através de comentários? Então é para quê? Se reparares e tiveres paciência e tempo verificarás como houve uma evolução cronológica de opiniões sobre aaacarmelitas e até ideias novas emergiram...Uma comunidade ou fórum associado ao blog estou disponível para reflectir dado que não sei o que é. Todavia, "mailing list", ou seja uma espécie de curador de e-mails, não é andar para trás? Ao escrever sobre aaacarmelitas, porque sei que há muitos mais a ler que a escrever, tenho gosto em dar a conhecer um tempo e um espaço de reflexão que integrou a vida de teu pai e de mim próprio e que gerou valores e consistências que nos dias de hoje se localizam mais ao nível do físico e dos sentidos. Repara que nenhum outro espaço do blog "aaacarmelitas.blogspot.com" conquistou esta relevância. O que se discutia foi sempre menos importante. Por mim sugeri ao curador dste blog que fizesse uma 2ª edição deste almoço a partir dos 200. Porquê? Porque aqui discutíamos a essência da associação.A terminar, louvo-te a coragem e, seguramente, o saber e sobretudo apreciei muito carinhosamente essa referência linda com que te identificaste "sou um dos membros do convento do Neiva". Grande novidade esta que emergiu na discussão sobre aaacarmelitas. Tiago, sempre acredito nas virtualidades da palavra, mormente da escrita. Um grande abraço. Perdoarás, mas entendo que este comentário se enquadra perfeitamente em "um almoço muito especial" onde também o colocarei. Volta...
Quinta-feira, Maio 22, 2008
j dias disse...
Caríssimos aaas,Num dia muito especial, em que a comunidade cristã católica celebra o sacramento de um Deus com os homens, nos irmãos, reunidos à volta do pão e do vinho, como se tal fosse preciso quando o sabemos em cada irmão, sinto a síntese de tudo o que aqui se escreveu e as dúvidas e ziguezagues de todos e cada um de nós em instante procura de mais ser e caminho que se faz bem, como sinto a mistificação a que tanto somos dados ao confundirmos o caminho a fazer com o caminho que gostávamos ver já feito.Reafirmo as elites que gostava que fossemos. Tenham calma! O universo social que nos rodeia tem hoje sinais tão preocupantes quanto o era a fome e a carência de bens dos anos cinquenta. Hoje, a fome está de volta e os valores estruturantes das pessoas, das famílias e das sociedades têm deficits manifestos. As questões do bem e do mal estão, por norma, ausentes dos pensares, o ser está substituído pelo ter, embora reconheça que o ter está cada vez mais limitado por questões de emprego e baixos ordenados. O que só complicou porque instalou a obsessão. Para o ser, é verdade que hoje a proporção de abordagens é maior, todavia os contra-poderes do ter estão aí a marcar o ritmo. Os problemas sociais vão estar marcados pelo desemprego, por uma certa acomodação, incompatível com o Ser-se digno como pessoa, a obesidade, a fuga vão ser campeãs, a demissão na vida social vai atingir patamares impensáveis. Na lógica do ter vamo-nos aproximar a passos de gigante da pobreza cultural que reafirmará os dependentes que sempre gostamos de ser como portugueses, enquanto tivermos um copo de água para beber e emergirão as marginalidades agressivas que o ter sempre implica. Se já não estamos seguros, isto é só uma amostra do que aí vem.Continuo a ver em aaacarmelitas um espaço de ser, de ser amigo, de ser solidário, de estar com, de disponibilidade para, de ser mais se mais me libertar de ideias que me limitam, de ser mais com outros que mais queiram ser em espaço liberto e aberto, onde cabe tudo, e onde tudo pode ser de leitura positiva. Mas se repararem, neste espaço de um almoço especial, a verdade é que só aqui e ali conseguimos descolar. Como bons portugueses logo começamos a pensar nas cebolas podres que tinham ficado atrás na terra do Egipto e em vez de pensarmos no futuro e até na nossa própria realização futura, logo começamos a lateralizar e a culpabilizarmo-nos e a desviar-nos do objectivo, o golo, a aaacarmelitas como um espaço aglutinador de muitos para mais serem. Sempre os humanos encontram alibis, às vezes parece mesmo que se está à espera da mínima coisa para não se ser mais. Acreditem, isto não tem nada a ver com ninguém porque tem a ver com todos e sobretudo tem a ver comigo próprio. A única coisa diferente é que talvez tenha que fazer mais esforço para me dominar. Mas reconheço e sei que andei por aí com excessos. Ainda sou também português, não obstante já seja açoriano, neste aspecto, infelizmente. Sempre fomos um grande povo quando tínhamos alguém com um chicote na mão.Mas não desanimo… Não gostaria de continuar a ver a miséria, o azar, a incultura a auto-gerarem-se. É um ciclo que temos que parar todos e cada um de nós. Reconheço a importância da religião, mas confesso que face às cada vez maiores aberrações que se ouvem nas tribunas eclesiais, e que nada têm de boa nova, não obstante o meu envolvimento, reconheço que mais que religião precisamos urgentemente de mais cultura e de mais espaços para sermos. Urgentemente, precisamos de mais palavra, de mais opinião, de mais comentário. A palavra sempre é criadora… Aaacarmelitas continua a ser, neste espaço, enquanto a tentamos definir, um motivo de palavra. Só isto bem justificaria a sua existência... além de nos estar na alma…
Sexta-feira, Maio 23, 2008
jorge dias disse...
Caríssimos aas, não posso remeter-me ao silêncio neste "um almoço muiot especial" sem dar vida a conteúdos que de há muito programara mentalmente o seu tempo de ser.Com efeito, pensar o que somos transporta-me em turbilhão a pensamentos de inclusão contemplativa e de disponibilidade para os irmão em quem Deus é, em que o silêncio é ouvir, o convento é o lugar onde se está, as exortações de acção são amor a distribuir por aqui e por ali aos humanos de todo e qualquer lugar. E assim se faz Carmelo hoje no mundo.Aaacarmelitas, um espaço, um tempo, por isso uma memória, as nossas vidas, e um futuro que desenharemos. Espaço:Tem por espaço, o mundo e onde se encontre um antigo aluno, um ex-professo ou ex-sacerdote da Ordem dos Irmãos da Bem Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, que noutra qualidade, agora no convento da família e ou da vida, da Associação, se assuma como parte e, se assim o desejar, nos faça senti-lo através da nossa voz mais próxima o "www.aaacarmelitas.blogspot.com" ou nos leia através do que foi, quase só, o nosso meio de comunicação, por excelência, “O Vínculo”.Tempo:Tem por tempo, o tempo de todos os que foram, porque eram ou porque são, pura e simplesmente e de todos os que são em registo, também, a partir da data de assinatura dos seus estatutos e sua escritura pública em 26 de Janeiro de 1991, e o tempo de todos os que desenhando-a em futuro, a fizeram e fazem ser.Por isso, em tempo e espaço, uma memória:A memória da nossa infância, a nossa adolescência, o viço do adulto, a nossa memória colectiva, a memória das nossas aprendizagens sociais e dos saberes, das nossas rezas e aversões, sucessos, insucessos, reactividades… memórias de um tempo em que, empanturrados de Deus, nos criavam, os mestres, carentes de afectos que curtos períodos de família não supriam. Memórias, não obstante, positivas, que nos fizeram gente de valores…Voltarei.
Domingo, Maio 25, 2008
jorge dias disse...
Aaacarmelitas, um espaço, um tempo, por isso uma memória, as nossas vidas, e um futuro que desenharemos. Um espaço e um tempo tais são as condicionantes que ditam as nossas memórias e nos quais se formaram as nossas vidas. Por isso, também, determinante do que viríamos a ser, dependendo muito, embora, do tempo de envolvimento de cada um.Perante outros desafios de ser que cada um se colocou, outras vidas, vidas diferentes emergiram, outros estímulos, outras exigências… foram feitos reajustamentos, reanálises, realinhados os valores, retomados os afectos...Eis um futuro que até cosmicamente faremos melhor, também para os humanos… eis porque convento da vida, da família… Nova forma de estar e ser, de abertura e disponibilidade maiores. Saímos do Carmelo ou o Carmelo que nos fora servido esgotara-se face às exigências de um pensamento que nos ensinaram a cultivar?Quisera que esta associação tendo políticas não tenha política, respeite e consagre a promoção do pluralismo cultural e religioso. Apele à solidariedade através da entreajuda mútua entre os seus associados. Assim quiseram também os que lhe deram forma consagrando estas variáveis no seu objecto. E neste desiderato incluíram ainda a promoção de encontros de lazer e de reencontro, apelo à integração dos mais novos bem como à manutenção de laços estreitos de trabalho e cooperação com a Ordem Carmelita.Eis, pois, aaacarmelitas, um espaço aberto, de liberdade e plural. Um espaço onde, afinal, em qualquer lugar que estejamos, façamos o que fizermos, com mais integração ou menos, com muita ou sem nenhuma reactividade, somos, em boa parte, a resultante da formação que tivemos.Somos o que somos, cada um é o que é… a cada um a escrita do seu caminho. O que nunca conseguiremos é anular as marcas da formação que tivemos. Porquê? É uma questão de plasticidade cerebral que, em criança, é enorme e logo tende a diminuir com a idade. Sou pessoa com esta formação.Eis o dilema final: ser ou não ser na vida actor assumido desta formação?Voltarei
Segunda-feira, Maio 26, 2008
jorge dias disse...
Eis o dilema final: ser ou não ser na vida actor assumido desta formação?É um problema de cada um. Como terão percebido estou revelado em tudo o que tenho escrito, mormente, quando nesta abertura sem limites de espécie alguma, afirmo “carmelita um dia, carmelita toda a vida”. Mas isso não obsta à afirmação de esgotamento de um Carmelo pré-histórico e medieval onde seguramente cumpriu sua função carismática de guardião da fé e de porto seguro de contemplação para os Cruzados, esgotados em pelejas sem fim, na mística de um senhor deus dos exércitos com sangue, suores e lágrimas!Mas onde estão os irmãos nos quais Deus é? São os que estão no convento? E os outros! Onde a boa nova!? Não terá, de resto, a Ordem em Portugal feito por sua conta e risco, embora fora de tempo, o seu próprio reajustamento na perspectiva dos irmãos e do mandamento novo!?Todavia, devo-me congratular com o irmão Padre Geral da Ordem, por não obstante não ser a associação confessional, ter anulado de uma só vez todas e quaisquer dúvidas obscurantistas que pudessem existir e assumiu-nos como parte do Carmelo com palavras muito claras: “creio que é uma coisa muito bonita esta Associação de Antigos alunos Carmelitas, que se sentem, plenamente membros da Família do Carmelo”. E deixou-nos um desafio: “…vivam o carisma carmelita no meio do mundo, no meio do trabalho, da família, da vida social, no meio das dificuldades… que saibam fazê-lo carne, que saibam encarná-lo no mundo, no mundo real, na vida real.” (Entrevista a Augusto Castro in Blog associação, 8 de Abril 2008 – Fátima).Congratulo-me com este bonito gesto de livre inclusão e que será contributo para a história do Carmelo em Portugal entre os Séculos XX e XXI. Bom seria se o carisma tivesse sido explicitado porque não podemos correr o risco de mais do mesmo.Não obstante, percebo a mensagem do irmão Padre Geral da Ordem que aqui refiro e saliento no essencial e que poderão consultar na íntegra noutros locais deste Blog.Finalmente, parece-me ver, incluídos, nesta mensagem, e por vir de quem vem dentro da Ordem do Carmo, os irmãos, destinatários da boa nova, e em quem Deus está, e nos quais nos amamos e somos nova gente. É uma “nuance” mínima, mas é radicalmente essencial. Eis porque nos comentários deste “um almoço muito especial” emergiu a ideia de convento da vida, convento da família. Acaba fazendo sentido.Eis o dilema final: ser ou não ser na vida actor assumido desta formação?É um problema de cada um.Os que quiserem terão indiscutivelmente um Carmelo finalmente contemplativo e operante entre os irmãos, feito por cada um e à medida de todos. Eis porque sempre intuí que ser carmelita hoje é estar com Ele (contemplativo) e disponível nos conventos das nossas vidas. Aaacarmelitas um tempo e um espaço à medida de cada um, porque à medida da sua memória e da sua força de se redesenhar em mais ser.O que nunca conseguiremos é passar ao lado da formação que foi a nossa e foi vida! Porquê?Porque foi.
Segunda-feira, Maio 26, 2008

24 de maio de 2008

I N M E M O R I A M

É com dor que coloco aqui esta notícia.

O nosso Sócio e antigo companheiro de Seminário, José Carlos Rocha Ferreira, faleceu na noite passada vítima de acidente doméstico, na Rua de S. Cláudio, 62, onde residia, em Antas, Vila Nova de Famalicão.
O José Carlos nasceu a 8 de Julho de 1947 na freguesia de Delães, concelho de Vila Nova de Famalicão, era filho de Bernardino Ferreira e de Albina Gonçalves da Rocha. Entrou no Seminário em 25 de Setembro de 1958 e iria celebrar este ano, juntamente com os colegas do mesmo ano, as bodas de ouro da sua entrada no Seminário Carmelita; foi baptizado no dia 13 de Julho de 1947, em Delães e foi crismado no dia 5 de Junho de 1960, em Braga, pelo Revmo Sr. Arcebispo, juntamente com outros marianos. A 13 de Junho de 1962 abandonou o seminário..
Este, o resumo que consigo fazer, do tempo que esteve entre nós, aspirante ao sacerdócio na Ordem do Carmo em Portugal, concretamente no Seminário Carmelita da Falperra, Braga..

A Direcção da Associação apresenta sentidas condolências à sua Esposa e restante Família.
Ao PAI, com simplicidade, pedimos que o acolha na morada que escolheu para o José Carlos, onde, em comunhão com todos os Irmãos que já residem nas suas respectivas moradas celestes, continue a sua jornada a ajudar estes seus irmãos na continuação da caminhada terrena que ainda prosseguem.

A todos quantos lerem esta nota, peço levantem o seu pensamento ao Céu, em acção de graças por tudo o que o nosso companheiro, agora na sua morada definitiva, esteja a fazer pelos seus irmãos terrenos.

A todos os que moram perto da localidade de Antas, Vila Nova de Famalicão, quer sejam ou não sócios da AAACARMELITAS, caso possam, pedimos que se associem a nós , amanhã no funeral que se realiza às 09.00 h na igreja na localidade de Antas.

Abaixo reproduzimos uma foto do último encontro em que esteve presente, Fátima, 2008.

O José Carlos é o que está à direita na foto, em primeiro plano, com óculos.

15 de maio de 2008

AS DESCULPAS ESFARRAPADAS...

Tenho vindo a ler com atenção todos os comentários que são tecidos sobre o
comportamento dos autores do blog aaacarmelitas.

Tenho reparado que estão ser feitas afirmações perfeitamente gratuitas sobre o comportamento do "gestor" deste blog, partindo do pressuposto que lhes assistem todas as razões, para dizer o que dizem.

Se, quando se entra num blog, se reparar, normalmente, para ter acesso aos comentários, é necessário clicar sobre a palavra comentários, para se poder ver os comentários que foram feitos. E, sob esses comentários, existe o espaço para se fazer o comentário que se prentender fazer.

Até aqui, é o que há de mais comum.

Agora, quando os comentários atingem um número tão elevado como o que temos no nosso blog, o sistema, não deixando de proporcionar a visualização dos comentários, agrupa-os por páginas de 200 comentários cada. O procedimento será como o usado nos outros sistemas do google.

Contudo, para facilitar o acesso aos comentários do "almoço muito especial", criou-se um link que dá acesso directo e em página inteira, a todos os comentários que se encontram agrupados por páginas de 200 comentários cada, sendo que só aparece visível a primeira página. As outras páginas terão de ser solicitadas clicando na palavra "mais recente".
Nunca aqui pedi desculpa do que quer que fosse, nem qualquer texto escrito tem esse sentido. Tão só tentei esclarecer dúvidas postas e procurei fazer com que os visitantes pudessem ter acesso mais facilitado aos textos escritos.
Não é bonito criticar escondendo-se no anonimato!
Cumprimentos a todos os visitantes
augusto castro

13 de maio de 2008

ESCLARECIMENTOS

Temos de esclarecer uma coisa:

Teoricamente os comentários aparecem e estão lá todos. O que acontece é que, não reparámos que já estão mais de 200 comentários e o sistema, pelo que percebi, separa os comentários em lotes de 200. Não sabemos o que se passa mas estamos a tratar disso. Não somos nós que não os publicamos. Simplesmente, não aparecem no local onde se gostaria que aparecessem.

Para poder visualizar os comentários, devem ir ao fim dos comments expostos e clicar em "enviar um comentário". Abre-se uma janela e, se repararem, ao alto aparecem umas palavras em azul que dizem "mais recentes". Cliquem sobre elas e vão passar a poder ver os comentários mais recentes.

Vamos ver o que se pode fazer e consultar a sede da google para nos resolverem este problema. É que, por muito que conheça de blogs e comentários, não me lembro de ter visto um blog onde haja tantos e tão grandes comentários. mas vamos resolver isto.

Podem estar certos e não pensem que somos nós que os escondemos.
Vi o comment do Neiva e o que lhe posso dizer é que não há qualquer nova formatação do blog. Tá tudo como estava. O que temos de ver é como se podem pôr visíveis todos os comentários. Espero que tenham um pouco de paciência pois já pedi a um técnico para me ver isto. Por agora façam como indiquei.
Vamos fazer por resolver isto com a rapidez possível.

Gratos pela vossa compreensão,

Um grande abraço a todos os AAACARMELITAS

...e já agora... porque não se identifica? seria interessante sabermos com quem falamos...

augusto pereira de castro
aaacarmelitas

ESCLARECIMENTOS

A propósito do que se vem comentando neste blog, em especial, em "Um Almoço muito Especial", esclareço que, os autores deste blog não têm promovido qualquer tipo de censura ou limitação aos comentários que aqui são escritos.

Lemos, com regularidade, tudo o que se escreve, nada comentando, nem manifestando a nossa posição.

Entendemos que todos têm o direito de exprimir as suas ideias, desde que se mantenham dentro dos estritos limites das regras em uso neste tipo de comunicação global.

A todos um grande abraço e a manifestação da nossa satisfação pelo contributo que vem sendo dado, aqui, para o alargamento dos horizontes de cada um dos nossos visitantes.


augusto pereira de castro
aaacarmelitas

4 de maio de 2008

C O N C E I TO S

Na gíria dos blogs é costume usar-se uma linguagem muito própria destes sítios.
Gostava de esclarecer, os menos prevenidos, sobre um termo que vem sendo utilizado e que não corresponde exactamente à acção que se pratica. Trata-se do seguinte:
"Postagem" : Dá-se o nome de postagem a todos os documentos (fotos, filmes, etc.) que são colocados nos blogs ou semelhantes, pelos autores dos mesmos.
"Comentários" : são todas as intervenções que aparecem nos blogs, acerca do conteúdo que é "postado" (colocado) pelos seus autores.
Espero, com este esclarecimento, contribuir para uma utilização mais adequada da terminologia em uso nestas modernas informáticas. Isto, independentemente do que eu possa pensar sobre tais factos. Limito-me a esclarecer o que se passa nestas andanças.
cumprimentos
aaa de augustus

ENCONTRO LAICADO CARMELITA DA REGIÃO IBÉRICA - ÚLTIMAS FOTOS

AOS IRMÃOS IBÉRICOS, NO CARMELO

Ao terminar a colocação das fotos do Encontro do Laicado Carmelita da Região Ibérica, gostaria de manifestar a minha alegria e satisfação interiores, pelo facto de poder ter participado num encontro como este, em que senti toda a energia da espiritualidade do Carmelo, como que a perpassar-me por todo o meu ser, digamos, penetrar-me no mais íntimo dos meus ossos, como diria o “meu irmão João da Cruz”.
Tal foi a energia que por ali passou e ali andou durante aqueles dias. Foi muito delicioso partilhar o ambiente de união espiritual com todos os Irmãos Carmelitas, membros da mesma Família do Carmelo, comungando no mesmo modo de se unir ao Divino Amante, “ Cristo”, Rei Soberano da nossa jornada terrena (como diria Teresa, a de Ávila).
Saber que, na nossa jornada diária, no mundo de hoje, outros como nós, comungam do mesmo estilo de vida espiritual, é profundamente reconfortante, estimulante e, divinamente, salutar.
A vós, Irmãos todos que lá estivestes e comigo partilhaste a mesma energia e a mesma espiritualidade, mergulhados na mesma matriz, acompanhados da Irmã Mais Velha (Maria), que nos serve de companheira e guia, eu apresento o meu agradecimento mais profundo por tudo o que me proporcionastes experienciar e viver, em intensidade e profundidade.
Feliz, fico por sentir e saber que todos os que lá estiveram, voltaram para suas casas bem mais ricos e preenchidos do Amor/Hamor em que vivemos mergulhados e que é o Hamor do nosso Divino Amante, o Cristo Interno, com Quem somos UM, no Pai.

Por isso me deu tanto gozo e alegria interior, partilhar convosco as fotos e videos que aqui publiquei.

A todos,
Um abraço em Cristo e na
Irmã/Mãe Maria, a do Carmelo,
Augusto Pereira de Castro






A recitação do Terço e a procissão das velas na noite do dia 5 de Abril de 2008, acto que fez parte integrante do Encontro do Laicado Carmelita da Região Ibérica




























Fotos obtidas durante a celebração da Eucaristia no Santuário de Fátima, no dia 6 de Abril de 2008, último dia do Encontro do Laicado Carmelita da Região Ibérica








1 de maio de 2008

ENTREVISTA DO PE GERAL DA ORDEM DO CARMO

Entrevista concedida pelo Pe Geral da Ordem do Carmo, Revdº Pe. Frei Fernando Millán Romeral, O. Carm., no dia 5 de Abril de 2008, aquando da realização do Encontro do Laicado Carmelita da Região Ibérica, na Casa Beato Nuno, em Fátima, Portugal, entre os dias 4 e 6 de Abril de 2008.

AAA:
Pe Geral, gostaríamos de lhe pedir:
1 - Que envie uma mensagem aos Antigos Alunos Carmelitas,
2 - Em segundo lugar, que faça um desafio aos mesmos Antigos Alunos, membros da Associação dos Antigos Alunos da Ordem Carmelita em Portugal;
3 - Que nos visite e participe, connosco, no Encontro de 2009, que é o da Assembleia-geral, que se realiza 15 dias antes da Páscoa, no Domingo chamado Quinto Domingo da Quaresma.

Revdº Pe Geral:
Muito bem! Infelizmente eu não falo bem português. Falarei espanhol. Penso que todos poderão entender.
- A mensagem é, sobretudo, uma mensagem de carinho, uma mensagem de afecto fraterno. Creio que é uma coisa muito bonita esta Associação de Antigos Alunos Carmelitas, que se sentem, plenamente, membros da Família do Carmelo. Então, essa mensagem de ânimo, de apoio e de afecto fraterno dentro da Família Carmelita.
- A respeito do repto, do desafio para os Antigos Alunos Carmelitas, eu diria que esse desafio é duplo:
1 – Eu direi em primeiro lugar que vivam o Carisma Carmelita no meio do mundo, no meio do trabalho, da família, da vida social, no meio das dificuldades. Viver esse espírito da Carmelo, de profundidade interior, de devoção Mariana; que saibam fazê-lo carne, que saibam encarná-lo no mundo, no mundo real, na vida real.
2 – Em segundo lugar, um segundo desafio é que mantenham esse forte vínculo, essa união, tão forte que é, com a Família Carmelita; que sigam em contacto com o Carmelo; que eles são Carmelitas no sentido pleno da palavra, Carmelitas Seculares, e que mantenham, pois, esse espírito para que, entre todos, construamos a Grande Família do Carmelo, neste caso, em Portugal.
- A respeito do convite para participar no Encontro, tenho que dizer que a minha vida, agora, está nas mãos de Deus e nas mãos do Secretário-geral, porque o Pe Geral visita todos os Capítulos Provinciais… no Brasil, nos Estados Unidos, na Indonésia, nas Filipinas… e, então, se nessas datas eu estiver livre, ou puder jogar com datas, virei com muitíssimo gosto; encantar-me-ia poder compartilhar convosco esse Encontro. Se for possível no ano de 2009, será em 2009, senão, será no ano de 2010; mas ficaria muito contente em poder compartilhar convosco esse Encontro.
AAA:
Nós vamos enviar-lhe o convite, oficialmente, para a Cúria Generalícia e, depois, ficará a saber, exactamente, o dia do mês que é e o programa que nós temos e, depois, terá a bondade de nos dar a resposta, para podermos contar consigo e anunciar a sua presença.
Revdº Pe Geral:
Estupendo! Ânimo! E sigam caminhando no Carmelo!
AAA:
Muito obrigado pelas suas palavras e até sempre, e sucesso no seu mandato.
Revdº Pe Geral:
Muito obrigado!
(Nota: Tendo sido uma entrevista falada, no texto escrito foram feitas algumas correcções de linguagem).

(Obs:O registo falado da entrevista, encontra-sepublicado em outra postagem antgerior neste mesmo blog)