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22 de fevereiro de 2009

VIDA E SANTIDADE DO BEATO NUNO DE SANTA MARIA

Com a devida vénia, publicamos um texto sobre São Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, escrito pelo Revdo Pde Frei Francisco Rodrigues, O. Carm. aquando do início do processo de canonização.






VIDA E SANTIDADE DO BEATO NUNO DE SANTA MARIA
Nasceu Nuno Álvares Pereira, a 24 de Junho de 1360, filho de D. Álvaro Pereira, Prior do Crato e de D. Iria Gonçalves do Carvalhal. Eram ao todo 16 irmãos. Recebeu da sua mãe uma educação esmerada e seu pai punha nele grandes esperanças vendo-o tão interessado na "cavalaria". A figura que ele mais admirava pelas leituras da cavalaria, tão em voga no seu tempo, era Galaaz, o cavaleiro da Virgem. Desde cedo cria para si o ideal da cavalaria, amando desde muito cedo a pureza e a Virgem Santíssima como a sua dama a quem se consagraria. Aos treze anos o seu pai levou-o a Santarém para apresentá-lo ao Rei D. Fernando e D. Leonor, uma vez que Lisboa estava cercada pêlos castelhanos. Vai viver aqui, uma vez que a sua mãe fui escolhida para aia da Rainha.
Depressa descobrem em Nuno um interesse e inteligência particulares e o armam cavaleiro. Na vida palaciana D. Nuno experimentou as primeiras amarguras. Conheceu melhor o estado em que se encontrava o país em face da invasão inimiga e por outro lado a vidapouco edificante da corte. O seu único refugio era a leitura e a oração. Aos 16 anos o seu pai propôs-lhe o casamento com D. Leonor de Alvim, viúva. Senhora de uma nobre linhagem e muito virtuosa. Não estava no horizonte de D. Nuno o casamento, pois queria entregar-se à sua dama, a Virgem Maria, como constava do ideal da cavalaria, imitando o Galaaz. Por obediência ao pai aceitou contrair matrimónio que se celebrou no dia 15 de Agosto de 1376. Deixa assim a corte e vem com a sua esposa viver em Pedraça, Cabeceiras de Basto. Aqui vive uma vida de família de que nascem três filhos dos quais só sobreviveu uma menina que baptizou com o nome de Beatriz. A morte de seu pai e o crescimento castelhano levam-no a partir para Lisboa, onde teve a primeira escaramuça na praia do Restelo. A morte de D. Fernando e a falta de senso e de moral de D. Leonor Teles precipitam o país na desordem. D. Nuno tomou o partido do Mestre de Aviz, apesar de muitas oposições, inclusive da própria mãe.
Aclamado Rei D. João I escolheu D. Nuno para fronteiro do Alentejo e homem de confiança na defesa contra Castela.
Começou a organizar o exército, moralizando-o e organizando a assistência religiosa de maneira que os soldados não deixassem de participar na missa mesmo em campanha. Ele próprio dava o exemplo assistindo todos os dias a duas e aos domingos três. Foi por esta ocasião que elaborou a sua bandeira branca com cruz vermelha, com as armas de sua casa nos quatro cantos e as imagens de Jesus Crucificado com Maria Santíssima e S. João, Nossa Senhora das Dores, Santiago e São Jorge. Neste seu exercício a 29 de Janeiro de 1384 proporciona-se o primeiro grande embate em Atoleiros perto de Fronteira. O exército castelhano era muito superior e tinha muitos portugueses, mesmo familiares de D. Nuno e propuseram a este para que entrasse em acordo, mas a sua resposta foi percorrer o seu exército e exortando-o a expulsar o invasor. O embate foi violento e o inimigo fugiu desordenadamente. No dia seguinte D. Nuno parte a pé, descalço, para o santuário de Nossa Senhora de Assumar a agradecer a Deus a graça da vitória. Entretanto, D. João I, depois de ser aclamado Rei de Portugal pelas cortes de Coimbra, nomeou D. Nuno Condestável do Reino e Mordomo-mor da corte.
O exército castelhano não desarmava e preparava-se para subir pelo centro até Lisboa.
Quando este rondava Coimbra, perante a indecisão do Rei, D. Nuno enfrenta o monarca e o seu conselho e decide fazer frente ao exército castelhano. Convencido o Rei juntaram os exércitos em Tomar e, passando pelo santuário de Santa Maria de Seiça, dirigira-se para a zona de Aljubarrota.
Era o dia 14 de Agosto de 1385. Todo o exército estava em jejum; a maior parte dos homens tinha-se confessado e recebido a Sagrada Eucaristia na espera. Para D. Nuno o Pão da Eucaristia era a condição mais segura de êxito no combate e no fazer a vontade de Deus e da Igreja à qual continuava fiel ao seu representante na terra, o Papa de Roma. Ele costumava dizer que se alguém o quisesse ver vencido, que o afastasse da Sagrada Mesa, pois era dela que lhe vinha a força para desbaratar todos os seus adversários. Antes de raiar o dia, no acampamento celebraram-se as costumadas missas. Depois de ele e o Rei falaram às tropas animando-as a libertar Portugal e que não se assustassem com o grande exército que se aproximava. Usando a táctica do quadrado. A batalha não durou mais de meia hora e a derrota dos castelhanos foi completa. No dia seguinte foi a Santa Maria de Seiça agradecer a intervenção miraculosa e em reconhecimento mandou construiu a capelinha de S. Jorge, no lugar da batalha.
Voltando ao Alentejo resolveu ir ao encontro do inimigo atravessando o Guadiana. O encontro deu-se no dia 15 de Outubro de 1385 perto de Valverde. Foi talvez a batalha mais difícil devido à posição estratégica do inimigo. Mas D. Nuno usou outra táctica – a oração. Retirou-se para entre uns pinhascos e aí vai ser encontrado em profunda oração. Quando encontrado e lhe comunicam que as coisas estão muito difíceis ele responde. "deixai-me acabar de rezar". Levantando-se então, diz que chegou a hora, monta a cavalo, indica a bandeira do mestre de Santiago, seu adversário, e num arranco irresistível conquista a sua bandeira. O exército castelhano desnorteado fugiu e mais uma vez era vencido. Dizem que foi durante a oração nesta batalha que ele prometeria à Virgem Santíssima construir no centro de Lisboa um templo dedicado a Santa Maria do Vencimento e convento anexo, onde ele passaria os últimos anos da sua vida, dedicando-se a assistir aos pobres e aos doentes.
Com todos estes factos, tomou-se ele a pessoa mais respeitada e amada até pêlos seus adversários, pois pode-se dizer que ele nunca teve inimigos, pois a todos tratava com respeito e dignidade.
Foi um homem forjado na têmpera das virtudes desde a sua juventude que podemos afirmar que "o viver na presença de Deus e de Maria" seria a norma da sua conduta e por isso não lhe conhecemos exageros na sua vida nem no seu exército, e nas vitórias desejo de vingança nem de perseguição desenfreada, como que a dizer "vão-se embora que esta terra não é vossa".
A sua vida foi um compêndio de virtudes, onde sobressaíram algumas, como a Fé em Deus, orientadora da sua Esperança e certeza de vitória, e o Amor profundo a Deus que o leva a respeitar todo o homem, mesmo adversário. Na castidade foi sempre tão firme que jamais em prejuízo desta virtude se lhe conheceu o mais leve defeito. A respeito desta ele afirmava: "o soldado é tanto mais valoroso quanto mais cuidado tem em reprimir as paixões; quem pois não estima esta angélica virtude, quando entra em combate já tem cedido ao inimigo metade da sua vitória". Por obediência ao pai aceitou contrair matrimónio, ideal que não estava no seu horizonte pelo menos naquela altura obediência às autoridades também é conhecida. A obediência ao plano de Deus foi um autêntica bússula a nortear toda a sua actividade bem como a obediência à Igreja na pessoa do Papa de Roma, contrariando Castela e mesmo familiares que eram pelo Papa cismático de Avignon. Na oração, continuamos a seguir o Frei Pereira Santana, na Crónica dos Carmelitas, foi tão incessante que admirava aos carmelitas mesmos que faziam por ser nela imitadores. Faltava com o descanso ao corpo para se aproveitar da maior parte da noite orando mental e vocalmente. Na presença da soberana Imagem da Virgem Maria Senhora Nossa, com o Título da Assunção, derramava copiosas lágrimas e com elas, melhor do que com as vozes, lhe expunha as suas súplicas, nas ocasiões que para si ou para os seus patrocinados Lhe pedia favores.
Exemplaríssima foi a humildade com que fora ou dentro da religião serviu a Deus em toda a vida. Nunca no seu espírito teve lugar para a soberba: antes, quanto lhe foi possível, trabalhou por derrubá-la dos ânimos dos que lhe seguiam as ordens e os exemplos.
Como coroa de toda uma vida de virtude foi, quando o país já pacificado, ele que era senhor de metade de Portugal, distribui todos os seus bens pêlos seus amigos e companheiros de armas, pela sua neta e pelo Convento de Santa Maria do Vencimento, pobre como os mais pobres, pede para entrar no Convento como meio-irmão, renunciando a todos os títulos nobres que tinha e não aceitando qualquer cargo no convento, permitindo ser chamado unicamente de Nuno ou de Frei Nuno de Santa Maria. Com 62 anos de idade desprendido de tudo o que o mundo lhe podia oferecer, pediu aos Carmelitas para viver junto do seu convento e em 15 de Agosto de 1423 recebe o hábito carmelita, instalando-se numa pequena cela com extremo rigor e pobreza. Lá atendia os seus amigos que se vinham aconselhar, mas sobretudo os pobres que vinham buscar a sua esmola. Não contente com isto calcurreava as ruas da cidade de Lisboa recolhendo esmolas para os pobres e doentes de quem passava horas a conforta-los. O resto do tempo era empregue em exercícios de penitência e oração.
Assim passou Nuno Álvares Pereira os últimos anos da sua vida (nove) no Convento do Carmo. Chegando ao fim da mesma toda a Lisboa acorreu para agradecer ao moribundo, e com ele, D. João I e o Infante D. Duarte que o amava tanto.
Com o rosto sereno e cheio de alegria, numa das mãos o crucifixo e na outra uma vela acesa, respondia aos ofícios da agonia. Findo o ofício, pediu que lhe lessem a Paixão de Nosso Senhor segundo São João. E quando o leitor chegou à passagem "Senhora, eis o teu filho" adormeceu serenamente. Era o dia de todos os Santos de 1431. Quando os sinos da Igreja do Carmo dão a notícia da sua morte, os lisboetas passam de boca em boca "morreu o santo" ou com ar mais afectuoso "morreu o santinho".

PROCESSO DE CANONIZAÇÃO
Com uma vida tão rica de santidade reconhecida, depressa apareceram actos de intercessão e até milagres e que vêm descritos na "Crónica dos Carmelitas", já citada. Várias tentativas se fizeram a seguir à sua para introduzir o Processo, mas sem êxito. O mais significativo foram as suplicas dirigidas à Santa Sé para a Beatificação e Canonização conforme as leis e normas seguidas, pêlos reis D. João IV e D. Pedro n e pelo Episcopado Português.
O Processo ordinário de Lisboa toma mais corpo quando com sentença dada a 07 de Março de 1914, foi apresentado à Sagrada Congregação dos Ritos, e mostra que o culto que pública e eclesiasticamente se prestou ao Servo de Deus logo depois da morte, cresceu com o andar doa tempos, perseverando até hoje, com a autorização dos Ordinários. Os documentos da Cúria Patriarcal, da Biblioteca Nacional, dos Anais, Arquivos e cronistas da Ordem Carmelita, narram e provam que o Servo de Deus tinha festa anual nos primeiros dias de Novembro com Missa de Confessor; que diante do seu túmulo ardiam lâmpadas; que lhe foram dedicadas capelas e altares; que as sua imagens e estátuas com sinais de Bemaventurado e coroadas de auréolas, eram expostas à veneração particular e pública, e distribuídas pêlos fiéis que as pediam . Acrescem os reconhecimentos e transladações do seu corpo e relíquias, feitas canonicamente em 1522, 1548, 1768, 1836 e 1906, em que se afirma ter havido graças e prodígios operados por Deus por intervenção sua em favor dos fiéis que imploravam o seu favor.
Finalmente em 14 de Fevereiro de 1917 por pedidos instantes do Em. mo e Rev.mo Senhor Cardeal D. António Mendes Belo e do Episcopado Português, bem como do Postulador-Geral da Ordem do Carmo, a Sagrada Congregação dos Ritos ultrapassou alguma formalidades e em 15 de Janeiro de 1918 esta propõe a Sua Santidade Bento XV que houve por bem confirmar e ratificar a sentença de culto prestado desde tempos imemoriais ao Servo de Deus Nuno Álvares Pereira, leigo, professo, da Ordem dos Carmelitas Calçados, chamado Beato e Santo.
A partir daqui foi um trabalho constante para preparar a sua canonização com várias iniciativas da Ordem Terceira e a Cruzada Nun'Álvares e mais tarde a Ala do Santo Condestável. Estamos em 1940, data em que o Papa Pio XII pensou em canonizá-lo por equipolência (por Decreto), mas o Processo não foi adiante. Em 28 de Maio de 1941 em documento que se chama 'Restrito de Reassunção da Causa' Sua Santidade Pio XII autoriza começar o Processo da Canonização 'Via milagre'. Muito se trabalhou até 1948 neste Processo que parou abruptamente sem ainda se descobrir a sua causa. Em 1960, ao celebrar-se o 6° Centenário do seu nascimento, recomeçou-se a campanha com as relíquias percorrendo Portugal, mas antes do seu final rebentou a guerra no Ultramar Português que aglutinou toda a atenção dos portugueses, ficando mais uma vez para segundo plano o Processo de Canonização.
Neste momento, trabalhando já há três anos, a Ordem do Carmo e o Patriarcado de Lisboa estão a retomar o Processo, celebrando oficialmente a primeira Sessão Solene no passado dia 13 de Julho.
Estou certo que desta vez levaremos a bom termo esta missão, pois como Vice-Postulador posso confessar que a ideia que fazemos do Beato Nuno, não é tanto do Guerreiro como nas décadas anteriores, mas é o do Santo, que viveu uma vida de virtudes e sobretudo o desprendimento total dos seus bens a favor dos pobres e dos doentes. Por outro lado estão a aparecer graças recebidas. Claro está que teremos de fazer uma grande campanha para dar a conhecer este Processo, de modo que as pessoas por todos os meios façam uma grande cruzada de orações pedindo ao Senhor Deus o dom da Canonização do Beato Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável.
Pé. Frei Francisco José Rodrigues, O. Carm.

(O Vice-Postulador)

CANONIZAÇÃO DE NUNO DE SANTA MARIA ÁLVARES PEREIRA


CANONIZAÇÃO DE NUNO DE SANTA MARIA ÁLVARES PEREIRA

No próximo dia 26 de Abril, em Roma, Itália, será canonizado o nosso Beato Nuno de Santa Maria.
A Postulação da causa da canonização está a organizar peregrinações a Roma, para quem desejar deslocar-se lá, para participar no evento.
As peregrinações terão duração de 3, de 5 ou de 7 dias.
Para quem ler este Blog e desejar inscrever-se, vamos facultar, brevemente, neste local, a informação e os contacto necessários.
Para conhecimento de todos a seguir transcrevemos a informação recebida sobre a referida canonização:


CONCISTORO PER IL VOTO SU ALCUNE CAUSE DI CANONIZZAZIONE , 21.02.2009
CONCISTORO PER IL VOTO SU ALCUNE CAUSE DI CANONIZZAZIONE

Questa mattina, alle ore 11, nella Sala Clementina del Palazzo Apostolico Vaticano, durante la celebrazione dell’Ora Sesta, il Santo Padre Benedetto XVI ha tenuto il Concistoro Ordinario Pubblico per la Canonizzazione dei Beati:

ZYGMUNT SZCZĘSNY FELIŃSKI, Vescovo, fondatore della Congregazione delle Suore Francescane della Famiglia di Maria;

ARCANGELO TADINI, sacerdote, fondatore della Congregazione delle Suore Operaie della Santa Casa di Nazareth;

FRANCISCO COLL Y GUITART, sacerdote dell’Ordine dei Frati Predicatori (Domenicani), fondatore della Congregazione delle Suore Domenicane dell’Annunciazione della Beata Vergine Maria;

JOZEF DAMIAN DE VEUSTER, sacerdote della Congregazione dei Sacri Cuori di Gesù e di Maria e dell’Adorazione Perpetua del Santissimo Sacramento dell’Altare (PICPUS);

BERNARDO TOLOMEI, abate, fondatore della Congregazione di Santa Maria di Monte Oliveto dell’Ordine di San Benedetto;

RAFAEL ARNÁIZ BARÓN, religioso dell’Ordine Cistercense della Stretta Osservanza;

NUNO DE SANTA MARIA ÁLVARES PEREIRA, religioso dell’Ordine dei Carmelitani;

GERTRUDE (CATERINA) COMENSOLI, vergine, fondatrice dell’Istituto delle Suore del Santissimo Sacramento;

MARIE DE LA CROIX (JEANNE) JUGAN, vergine, fondatrice della Congregazione delle Piccole Sorelle dei Poveri;

CATERINA VOLPICELLI, vergine, fondatrice della Congregazione delle Ancelle del Sacro Cuore.

* * *

La cerimonia di Canonizzazione dei Beati: Arcangelo Tadini; Bernardo Tolomei; Nuno de Santa Maria Álvares Pereira; Gertrude (Caterina) Comensoli e Caterina Volpicelli si terrà domenica 26 aprile 2009.

La cerimonia di Canonizzazione dei Beati: Zygmunt Szczęsny Feliński; Francisco Coll y Guitart; Jozef Damian de Veuster; Rafael Arnáiz Barón e Marie de la Croix (Jeanne) Jugan si terrà domenica 11 ottobre 2009.
[00320-01.01]


DOCUMENTO DO C.I.TO.C. (Centro de Informação de Toda a Ordem Carmelita)

IL B. NUNO SARÀ CANONIZZATO IL PROSSIMO 26 APRILE

Il b. Nuno di S. Maria Álvares Pereira sarà canonizzato il prossimo 26 aprile in S. Pietro in Vaticano da S.S. Benedetto XVI.

L’annuncio è stato dato dallo stesso pontefice nel solenne Concistoro Ordinario Pubblico per la Canonizzazione di dieci Beati, svoltosi nella Sala Clementina del Palazzo Apostolico Vaticano durante la celebrazione dell’Ora Sesta.

Il b. Nuno, vissuto in Portogallo tra il 1360 e il 1431, nel 1423, ormai vedovo, decise di entrare nel convento carmelitano di Lisbona da lui fondato, dopo anni trascorsi al servizio del suo sovrano, che lo aveva nominato connestabile cioè comandante in capo dell’esercito. Lì, indossando le armi spirituali, poté finalmente vivere appieno la devozione mariana, l’umiltà e soprattutto la carità che lo avevano animato fino a quel momento.

Nel 2000, il b. Nuno è stato invocato con fede dalla Signora Guilhermina de Jesus e dai suoi familiari: chiedeva di essere sanata dalla ferita ad un occhio provocata da uno schizzo di olio bollente mentre friggeva, visto che le cure insufficienti e inadeguate non avevano dato risultati. La preghiera fatta con fede è stata ascoltata e il fatto è stato riconosciuto come miracoloso e certamente attribuibile all’intercessione del nostro b. Nuno.

Il Priore Generale, P. Fernando Millán Romeral, O.Carm. e alcuni membri della Curia erano presenti nella Sala Clementina per ricevere direttamente dal S. Padre

l’annuncio della canonizzazione.

Il b. Nuno è il primo santo del nostro Ordine canonizzato dopo s. Maria Maddalena de’ Pazzi (28 aprile 1669).


DOCUMENTO DO C.I.TO.C. (Centro de Informação de Toda a Ordem Carmelita)

El B. NUÑO SERÁ CANONIZADO EL PRÓXIMO 26 DE ABRIL

El B. Nuño de Sta. María Álvarez Pereira será canonizado el día 26 de abrilen San Pedro del Vaticano por su Santidad Benedicto XVI.

El anuncio de la Canonización de diez Beatos ha sido dado por el mismo pontífice en el solemne Consistorio Público Ordinario que tuvo lugar en la Sala Clementina del Palacio Apostólico Vaticano durante la celebración de la Hora Sexta.

El B. Nuño, que vivió en Portugal entre los años 1360 y 1431, después de enviudar y tras pasar varios años al servicio de su soberano que lo había nombrado condestable, es decir comandante mayor del ejército, el año 1423 decidió ingresar en el convento carmelitano de Lisboa que él mismo había fundado. En él, revestido con las arnas espirituales, finalmente pudo vivir en plenitud la devoción mariana, la humildad y sobre todo la caridad que lo había guiado hasta aquel momento.

En el año 2000, la señora Guillermina de Jesús y su familia invocaron con fe al B. Nuño pidiendo ser curada de la herida en un ojo causada por la salpicadura de aceite hirviendo mientras freía, toda vez que las demás curas, insuficientes e inadecuadas, no habían dado resultado alguno. Esta oración hecha con fe ha sido escuchada, habiendo sido reconocido el hecho como milagroso y ciertamente atribuible a la intercesión de nuestro B. Nuño.

El Prior General, P. Fernando Millán Romeral, O.Carm. y algunos miembros de nuestra Curia estuvieron presentes en este acto en la Sala Clementina para recibir directamente del Santo Padre el anuncio de la canonización.

El B. Nuño es el primer santo de nuestra Orden canonizado después de Sta. María Magdalena de Pazzi (28 de abril de 1669).