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13 de outubro de 2012


23 Comments:

Blogger jorge dias said...

Parabéns aos obreiros e bem haja...
A provocação herética, e divisionista, do "Evangelho de Paulo de Tarso", mesmo que entre aspas e mesmo que em itálico, era de todo, e até pelo Vínculo, desnecessária! Não faltam revistas da especialidade para quem quiser defender teses! Que fique claro que segundo o magistério da Igreja cristã católica e sua tradição há um só e único evangelho, e esse evangelho é o de Jesus Cristo.

21 outubro, 2012 03:37  
Blogger Mario Neiva said...

Engano teu, Jorge Dias.
Segundo a tradição católica, só existe um Evangelho e esse Evangelho é o próprio Jesus Cristo. Porque esse outro de que falas, "o de Jesus Cristo", só existe no romance de Saramago: "O Evangelho Segundo Jesus Cristo".
Se não percebes a diferença, não sei onde estavas com a cabeça nas aulas de teologia.

O Jesus Cristo de Paulo de Tarso e a Boa Nova são, para a Igreja Católica, a mesmissima realidade.

Se não sabes isto, volta a sentar-te nos bancos da catequese. Ou vai ouvir as lições de Monsenhor Feytor Pinto, como eu ouvi há dias em Viseu, numa conferência que fez no Lar do Sagrado Coração de Maria.

Se preferires, continua entretido com a tua cantoria da missa dominical, onde, enquanto cantas, todos são teus "carissimos irmãos" e logo depois, quando lês o Vínculo, só dá para enxergar perigosos hereges e uma direcção conivente com eles, ainda por cima à revelia dos Estatutos da AAACarmelitas.

Na tua precipitada "análise", nem reparaste que a primeira coisa que escrevo é sobre a unidade teológica de todo o Novo Testamento. E, na minha modesta opinião, o cimento desta unidade é a CRISTOLOGIA de S.Paulo. As inúmeras contradições de pormenor, escarrapachadas nos textos dos quatro evangelistas e nos Actos dos Apóstolos, exploradas, como salientei, pelos adversários do cristianismo, perdem toda a sua importância diante da teologia que emerge poderosa e cristalina do conjunto do Novo Testamento. E o responsável por essa teologia é Paulo de Tarso.

Se não concordas, escreve aqui porquê. Serei teu leitor atento.

21 outubro, 2012 16:08  
Blogger Lima said...

Provocação herética... divisionismo... será que é caso de Inquisição?

21 outubro, 2012 22:37  
Blogger Mario Neiva said...

Nota fundamental

A propósito de "heresias e divisionismos", que podem afectar hoje ou amanhã o cristianismo em geral, considero de suma importância deixar esta chamada de atenção.

Quando a ciência arqueológica for dotada de meios técnicos para fazer a completa reconstrução de Jesus de Nazaré, o histórico galileu aclamado como messias sob o consulado de Pôncio Pilatos, aquilo que os cristãos de todas as matizes terão diante dos seus olhos, da sua inteligência e da sua razão será o "verdadeiro homem" que os católicos professam no seu Credo, porque o "verdadeiro Deus", também aí professado, permanecerá tão invisível como esteve perante os olhos dos seus familiares, discípulos e contemporâneos.

Esclareço, comparando: Jesus, o "verdeiro Deus" do Credo Católico, está tão visível e percetível na pessoa de Jesus de Nazaré, como o próprio Deus Pai está visível e percetível em cada um de nós e nas florestas, nos mares e nas estrelas!

E os cristãos, todos os cristãos de todos os tempos, foram insistentemente avisados para o facto de forma irrefutável: "tudo o que fizerdes ao mais pequeno dos homens é a mim que o fareis".

E por tal serão avaliados e julgados.

É uma verdade tão simples e tão gritantemente clarificadora, que foi liminarmente rejeitada pela prática cristã dentro de todas as suas estruturas litúrgicas e "laicas". E isto é tão evidente que, se o próprio Jesus, enquanto "verdadeiro homem", se passeasse entre os cristãos e os "gentios" de agora, seria tratado com o mesmíssimo realismo com que o comum dos homens é tratado por crentes cristãos ou "gentios"!

Alguém tem dúvidas?

O "verdadeiro Deus" em Jesus de Nazaré esteve tão misteriosamente oculto há dois mil anos, como esteve depois e sempre. Só é visível e percetível pela fé em "Jesus Cristo Ressuscitado".

E agora eu pergunto: quantos, entre os crentes cristãos, estarão preparados para o "choque colossal" da reconstrução completa do Jesus histórico, o "verdadeiro homem" do seu Credo?
Perguntando de outro jeito: quantos crentes existem mesmo, entre os cristãos, no "verdadeiro Deus e verdeiro homem", como quem diz, em Jesus de Nazaré (o homem verdeiro) e em Jesus Cristo (o verdadeiro Deus)?

Olhem à vossa volta, reparem no que se passa dentro e fora das liturgias e respondam com sinceridade.

Lá fundo, poderão escutar a voz da mais completa descrença: isso de cada um de nós ser "verdadeiro Deus e verdadeiro homem" é uma cena que não me assiste...

Eu escrevi "cada um de nós"? Foi engano. Eu queria dizer Jesus de Nazaré.

23 outubro, 2012 09:09  
Blogger Anonimus said...

Apontamentos... na minha SEBENTA!

1 -“Se você anda tenso e descontente, não se desespere. Dentro de você estão forças para liquidar o nervosismo e o descontentamento. Forças admiráveis, poderosas, edificantes, mas que só agem se forem arrancadas de dentro com forte convicção e desejo real de solucionar, compreender e amar.”

A cristandade nos tempos de hoje, e já decorridos mais de 2000 anos, vive um cristianismo que não é o original dos Evangelhos. Cristandade é o conjunto dos povos ou dos países cristãos, ou seja, a qualidade do que é cristão. Seria uma temeridade afirmarmos esse conceito? Talvez não, visto que desde o século primeiro, a mensagem de Cristo foi contaminada ou destoada pela ideologia judaica, onde a possibilidade da anulação do pecado pelo derramamento do sangue de um ser inocente. Cristianismo é a religião de Cristo, ou o conjunto das religiões cristãs. A história das religiões cristãs é muito conturbada, principalmente quando se fala na católica e Protestante. No auge das principais religiões vemos a rivalidade entre dois irmãos. No princípio do mundo, como preceitua a Bíblia, os irmãos Caim e Abel são figuras marcantes.

O atrito entre judeus e árabes palestinos são originários dos atritos entre dois irmãos, Ismael e Isaque. Filhos de mães diferentes, mesmo assim são abençoados por Deus. Os dois filhos de Abraão, um filho da escrava Hagar, o outro filho de Sara. Sara era estéril e Deus permitiu que Abraão tivesse um filho com a sua escrava. Aliás, na formação da humanidade até aos dias de hoje a história está repleta de violência. Porque teve essa violência a anuência de Deus? O pecado é inerente ao genero humano, porém, persistir em determinados pecados é multiplicá-los em gravidade.

É dever de todos nós esclarecer os que não sabem e os encaminhar às sendas da Verdade, um acto de Caridade Cristã, evitando assim que o sangue dos inocentes seja vertido sobre nós e os nossos filhos, como preço da omissão. O nome Hebreu deriva-se de Heber, filho de Salá. Segundo a história Heber foi pai de Pelegue, naquela época, a terra foi dividida entre os homens (a primeira reforma agrária). Outro filho de Heber foi Joctã. (Gn 10: 25). Como o Mestre Jesus não criou e nem fundou nenhuma religião, é que o cristianismo surge após a conversão de Paulo. Do Ano 33 da morte de Jesus ao 54 da Era cristã, os seguidores do Nosso Salvador eram chamados seguidores do Caminho. (Atos 11:26). ...

23 outubro, 2012 17:43  
Blogger Anonimus said...

2-No tempo de Israel, a matança de um homem era proibida pela lei mosaica, era morto anualmente um animal, chamado “bode expiatório”, na crença de que o sangue desse animal inocente anulasse os pecados de Israel. Daí surgiu à expressão usada nos dias de hoje, “bode expiatório”. Israel abandonou esse ritual, mas a expressão e ideologia foi absorvida pelos cristãos. É certo que todos os cristãos tenham origem no judaísmo, daí o hábito de se estudar o Velho Testamento, ou a Torá, inclusive foi anexada na Bíblia dos Cristãos. Dizem que o animal sacrificado foi substituído pelo único homem sem pecado, Jesus que teria derramado o seu sangue para lavar os pecados da humanidade.

Teria sido Jesus um “bode expiatório”? É bom que se frise que essa ideologia não está inserida nas palavras do Mestre. “Aos discípulos de Emaús, decepcionados com a morte de Jesus, respondeu Ele: “não devia então, o Cristo sofrer tudo para entrar na sua glória”“? Qualquer cristão teria respondido “para pagar os pecados da humanidade.” O grande Paulo de Tarso, na Epístola aos Filipenses, pronuncia-se a respeito da encarnação e morte voluntária de Jesus, mas nem ele se refere à ideia de um pagamento por pecados alheios; diz que, por causa da voluntária humilhação do Cristo na pessoa humana de Jesus, Deus o superexaltou.

Com essa conotação de Paulo de Tarso podemos afirmar que o Cristo sempre existiu no mundo espiritual, tendo recebido a missão de encarnar na Terra, o fez para cumprir uma missão. Todos nós estamos aqui encarnados para cumprirmos uma missão. Paulo admite que o Cristo antes de sua encarnação na Terra se tornou um super-Cristo, e a sua morte foi voluntária, pois Cristo foi o primogénito de todas as creaturas, e todas as creaturas, por mais evolvida, é sempre ulteriormente evolvível (Mover-se lenta e progressivamente; desenvolver-se, por lentas modificações, sem saltos bruscos). As nossas teologias não admitem uma evolução no Cristo, porque falsamente identificam Deus com a Divindade, e na Divindade não há evolução. Jesus nunca afirmou ser a Divindade, mas sim ser Deus: “EU e o Pai somos um, mas o Pai (Divindade) é maior do que eu”.

Para quem não tem um discernimento para assimilar determinadas aposições, jamais entenderá a missão de Cristo aqui na Terra. Na encarnação e morte de Jesus nada tem haver com pecado, mas a própria evolução superior. Nós seres humanos não somos divindades, entretanto, estamos aqui para evoluirmos, e essa evolução só será possível pelas boas ações praticadas aqui no “orbe terrestre”. A redenção da humanidade é um fenomeno dessa super-cristificação ou suprema autorrealização do Cristo; pois toda a plenitude transborda necessariamente, e esse transbordar da plenitude reverte em benefício da humanidade. A plenitude de Jesus é tão admirável, que todos nós recebemos graças e mais graças. João no seu Evangelho cita tudo isso. É um grande benefício para a humanidade.

23 outubro, 2012 17:44  
Blogger Anonimus said...

3- Na crença de que Deus fica ofendido com os pecados da humanidade pode ser um conceito absurdo, e até cognominado de blasfémia. Todo o ser ofendido, e mesmo ofendível, prova que é um ser mesquinho; o ser superior não é ofendido e nem ofendível; não se vinga nem perdoa, simplesmente ignora a ofensa. Podemos considerar ofendível somente o pequeno ego humano, ao passo que o grande “Eu”divino no homem nada sabe de ofensa; não tem que se vingar nem perdoar. Sempre afirmamos que Deus tendo dado liberdade ao homem, entrega ao homem a responsabilidade de distinguir o bem do mal. Deus o Pai não interfere na vontade humana. Se Deus agisse como alguns pensam, Ele jamais teria permitido que Jesus tivesse uma morte tão cruel. “Pai porque me abandonaste”, disse Jesus na hora da aflição. É inadmissível que Deus, e podemos até considerar um absurdo que Deus exija satisfação de um inocente para pagar os delitos dos culpados. Tem muitas cambiantes sobre a vida de Jesus que devem ser estudadas exaustivamente para que não façam confusões sobre a vida desse grande Espírito Puro. Mahatma Gandhi, chegou a um estado de completamente inofensivo, no fim da sua vida; e Deus sentiria-se ofendido com os pecados da humanidade, em vez de perdoar, teria-se vingado num inocente, e isto com crueldades de extraordinária perversidade, como os Evangelhos referem.

Baseado nessa premissa tão clara e ostensiva a nossa percepção é que o “Deus”’ do Velho Testamento nominado de “Jeová” nunca foi Divino em contraponto com o Deus pregado por Jesus, primeiro porque Jesus nunca nominou ou batizou Deus, e chamava-O de Pai, no entanto, Abrão nominou de Jeová, Iaveh, Javé e o designou com Deus de Israel. Uma indagação interessante: “Se Jesus tivesse, por sua morte, pago os delitos da humanidade, por que é que todo o homem, segundo as teologias nasce outra vez em pecado”? Fica a resposta para quem se interessar. Reduzir Jesus a um “bode expiatório” da humanidade, como indagamos nas entrelinhas dessa matéria seria desconhecer toda a sua grandeza.

Infelizmente, não nos ensinaram como deveriam e, podemos até dizer que muita coisa nos foi (re)passada com erros gritantes, se analisarmos a progressiva cristificação do Jesus humano sob - auspícios - do Cristo divino, motivo da sua encarnação, é tão incompreensível para as nossas teologias que a VULGATA LATINA até falsificou a Epístola de Paulo aos Filipenses, omitindo acintosamente o prefixo “super” quando Paulo escreveu em grego que o Cristo foi superexaltado pela encarnação, e a VULGATA diz apenas que foi exaltado, porque uma evolução no Cristo lhe parecia inevitável. Bem que certas verdades deveriam ser explicadas pelos que fazem a religião cristã primitiva, a Igreja Católica Apostólica Romana, fundada em 381 D.C., por decreto Imperial “Cunctus Populus” de Teodósio I, no Concílio Constantinopla I. De 170 a 313 da nossa Era, a Igreja Católica não tivera nenhum envolvimento com assuntos concernentes à corrupção do mundo, ou mesmo participação na política daquele período agitado e perigoso da história romana. Pensem nisso!


23 outubro, 2012 17:52  
Blogger jorge dias said...

Eu li, reli e até li o anónimo encapotado. Aproveitei até para ler muito mais. A questão é que não há nem na Igreja nem fora da Igreja Católica nenhum evangelho de Paulo de Tarso. Isto é linear... não há mas nem meio mas nem volta que se lhe dê. Há mais alguns evangelhos, por exemplo o evangelho segundo Pedro, o evangelho segundo Judas... e mais...mas não reconhecidos pela Igreja. Evangelho de Paulo de Tarso não há. Quanto à redação final do texto das escrituras com erros, ou alterações dos copistas digo eu, referida pelo anónimo,nem mesmo aí, nos erros dos copistas, existe o evangelho de Paulo de Tarso.
Quanto ao termo herético consultem o "dicionário Hounaiss da língua portuguesa" começando pelo vocábulo heresia.
Quanto aos que sabem o que eu devia fazer porque são deuses para mim, ou tiranos, que pena tenho eu não ser dono de tanta lucidez para poder retribuir tamanha sabedoria! Quanto à bilis sobre mim derramada informo que tenho
tanto a ver com os hipotéticos erros da política que nos governa como qualquer um dos escribas e ou leitores... Não obstante já estou tomando algumas providências: instalei recentemente uma estufa para produção de hortícolas, estou a incrementar a minha produção de mel e até retomei a criação de galinhas...
Finalmente, como é bom de ver, sempre fui e, com a idade mais ainda, capaz de opinião sustentada. Sou tudo menos pensamento único. Mas, por incrível que a alguns pareça, isso não tomo como defeito, antes tomo como uma interessante caracterísitca da minha personalidaade que, com garbo, continuarei a cultivar e a ensinar para que a gente mais nova aprenda a erguer-se em pessoa e gente contra o "mare nostrum" da novela acéfala que nos serviliza. Ter opinião e erguer-se ajuda sempre, mas em "fora" de unanimismos ajuda mais, ajuda-nos a tornarmo-nos melhor "pessoa" e ajuda a humanidade a crescer, a ser mais...
O vínculo é um espaço de escrita para unir com base em um denominador que só pode ser comum. "Evangelho de Paulo de Parso" de várias formas já evidenciei que não faz parte desse denominador comum. Acresce que também não faz parte do acervo teológico da Igreja.

24 outubro, 2012 01:35  
Blogger jorge dias said...

"há um só e único evangelho, e esse evangelho é o de Jesus Cristo."

"... só existe um Evangelho e esse Evangelho é o próprio Jesus Cristo".

As duas afirmações não se opôem, pelo contrário, são concordantes. Apenas correspondem a momentos temporais de análise diferentes senão mesmo a escolas teológicas e ou vivências espirituais diferentes.

A primeira afirmação, que nada tem a ver com Saramago, pelo contrário Saramago é que a toma da teologia (liturgia), foi sempre a mais utilizada pela Igreja católica e sempre antecedia a leitura dominical do evangelho nas liturgias da palavra, embora sob uma forma mais completa.

A segunda afirmação decorre naturalmente de uma caminhada de descoberta e de encontro com as boas novas (evangelho), cujo zénite é a descoberta de que essas boas novas "é" Jesus Cristo.

Não é por aqui que o gato vai às filhós...

24 outubro, 2012 01:59  
Blogger Mario Neiva said...


Antes de serem redigidos o "evangelho segundo S.Marcos, "evangelho segundo S.Mateus", "evangelho segundo S.Lucas" e "evangelho segundo S.João" e todos os outros não canónicos, designados, em bloco, por "evangelhos gnósticos" haviam sido escritas, e muito antes, as Cartas de Paulo de Tarso, o nosso S.Paulo.
Ora, é ao conjunto destas Cartas e da sua teologia cristológica que se chama "evangelho de Paulo de Tarso". E esta teologia cristológica não é um corpo de preceitos morais e, muito menos, de leis sagradas, mas o anúncio da presença entre homens do Filho dilecto de Deus Pai, Jesus Cristo, o qual não veio fundar uma nova igreja ou um novo "povo de Deus" que substituísse o judaísmo, mas dar inicio a uma NOVA CRIACÃO, através da ressurreição/transformação do velho homem e do velho universo, até aí sujeitos à corrupção da morte em todos os sentidos, físicos e não físicos.

Nós poderíamos mesmo dizer com toda a propriedade que Adão incarnou e personificou o "velho evangelho" e Jesus Cristo incarna, personifica e realiza o "Novo Evangelho".

É isto que designo por Evangelho de Paulo de Tarso, o primeiro a ser pregado e escrito e que os evangelistas fielmente plasmaram nos "quatro evangelhos", tentando fazer a ligação entre o Jesus de Nazaré da história e das esperanças judaicas, e o Jesus Cristo teológico de S.Paulo.

A igreja católica transmitiu-nos estes preciosos e antigos documentos, cada vez mais estudados sem preconceitos e sem medos da forca e da fogueira.

Se imaginarmos Jesus a pregar o "seu próprio evangelho" só poderemos escutar palavras como estas: "Eu sou a ressurreição e a vida". “ Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.

Isto pode comparar, de algum modo, com Adão a dizer a Caim e Abel: vós sois os meus filhos.

Porque é o nascimento de uma nova vida para toda a humanidade que se anuncia no Evangelho de Paulo de Tarso e não de uma nova religião.

24 outubro, 2012 10:45  
Blogger Mario Neiva said...

Em jeito de complemento à questão sobre "o evangelho de Paulo de Tarso", deixo este apontamento do Pe Carreira das Neves na obra citada "São Paulo Dois Mil Anos Depois:

" O Evangelho é um termo tipicamente paulino, pertencendo a Paulo 60 das 76 menções que ocorrem no NT (Novo Testamento)". Pag. 231

É obra e é bem elucidativo.

24 outubro, 2012 14:02  
Blogger ACOSTA said...

Estava noutro capitulo do blog e dei uma espreitadela nesta parte e ja agora quero apresentar aos meus caros amigos aac uma questao que ando ha muito tempo a tentar investigar:

Ultimamente tem aparecido nos sites de algumas congregaçoes com fundaçao recente ( com 20 ou 30 anos de existencia) fotos e filmes de Missa Tridentina e se repararmos antigamente (nessa Missa Tridentina)na Consagraçao do vinho o sacerdote dizia em latim: HIC EST SANGUINIS....... QUI PRO VOBIS ET PR MULTIS EFFUNDETTUR IN REMSSIONEM PECCATOREM.
Missa actual(em portugues)Obs.Nao sei nas outras linguas como e:
ESTE E O SANGUE.....QUE SERA DERRAMADO POR VOS E POR TODOS PARA A REMISSAO DOS PECADOS.

Tenho procurado em varios sites de discussao destas materias e em Portugal nao tenho encontrado qualquer reparo ou discussao sobre a boa ou distorcida traduçao do latim-portugues, mas no Brasil essa discussao existe ja ha bastante tempo e com criticas bem acesas a deturpaçao do anterior registo em latim; que vos parece? Ja repararam bem que ha uma grande diferença entre MUITOS(quanto a mim a correcta traduçao) e TODOS?
Jesus Cristo ao proferir aquelas palavras estaria a obrigar toda a humanidade a derramar o sangue... ou este martirio(derramar o sangue ate a morte )tera que ser para Muitos? Ou entao o latim que foi utilizado durante centenas de anos
estava errado? Tambem nao vi em lado nenhum qualquer justificaçao para esta tamanha(como diria o Gaspar ENORME )Ma (COLOSSAL)interpretataçao-traduçao...

25 outubro, 2012 00:13  
Blogger Mario Neiva said...

Meu caro Costa

Estas polémicas acontecem porque se perde de vista o essencial. São as tais divergências de pormenor de que falei e que são visíveis a "olho nu". Se fores ler, na designada "instituição da Eucaristia", Marcos, Lucas, e a I Carta de S.Paulo aos Corintios (I, 11, 23-26) tanto poderás ler "por muitos" como "dado por vós" (o corpo e o seu sacrifício no sangue derramado).
Ora, largando os pormenores e atendo-nos ao essencial da teologia cristológica paulina, não resta a mínima dúvida sobre a universalidade da "redenção", "expiação" e "justificação" da humanidade como um todo. Porque é dessa "redenção" que se trata na eucaristia.

Recorda, agora e sempre: " Não há judeu nem gentio, nem homem nem mulher...).

O Pe Carreira das Neves, na obra que venho citando, anota que S.Paulo serve-se da linguagem ritual judaica e pagã dos sacrificios a Deus e aos Deuses, para fazer passar a sua mensagem de que em Jesus Cristo, no "sacrifício da sua cruz", redimiu, expiou e justificou de uma vez por todas a Humanidade.O anúncio do Evangelho consiste em fazer saber a todos os homens da terra que estão remidos, expiados e justificados: "Todos pecamos em Adão e todos fomos justificados em Jesus Cristo".
E como nós vivemos, na condição actual, como filhos de Adão, isso significa que somos simultaneamnente escravos e livres, santos e pecadores até ao "dia de Cristo", como Paulo diz aos Filipenses, referindo-se ao "Dia do Juizo Final". E nesse dia, não nos será perguntado se sabíamos desta redenção e justificação, mas se vestimos quem estava nu, demos de comer a quem tinha fome, visitamos quem estava doente ou preso. Porque cada ser humano foi comprado "por um alto preço" (S.Paulo, outra vez, comparando a redenção em Cristo com alguém que pagava pela libertação dos que haviam sido reduzidos à condição de escravo).

É urgente conhecer a fundo o “evangelho de Paulo de Tarso”. Um evangelho que revela o universalismo da condição humana e o universalismo do seu “sucesso”. Podia escrever, em vez de “sucesso”, as palavras antigas do Novo Testamento: salvação, redenção, justificação.
Poder-se-ia falar, apropriadamente, à luz daquele Evangelho de S.Paulo e dos evangelistas, numa esperança de “sucesso”, vivida num desafio sem limites: “sede perfeitos como o vosso pai celestial é perfeito”.

O perfeito contrário de uma visão sem esperança no futuro.

E se nós precisamos desta esperança nos tempos dificílimos que atravessamos!

25 outubro, 2012 09:58  
Blogger Augusto said...

Contributo, só para uma precisão ao texto do Costa:
O texto da consagração do missal romano era o seguinte: "ACCIPITE, ET MANDUCATE EX HOC OMNES:
HOC EST ENIM CORPUS MEUM.
QUOD PRO VOBIS TRADETUR".

Consagração do vinho:

ACCIPITE ET BIBITE EX EO OMNES:
HIC EST ENIM CALIX SANGUINIS MEI,
NOVI ET ÆTERNI TESTAMENTI:
QUI PRO VOBIS ET PRO MULTIS
EFFUNDETUR IN REMISSIONEM
PECCATORUM.
HOC FACITE IN MEAM COMMEMORATIONEM".
augusto

25 outubro, 2012 19:39  
Blogger jorge dias said...

Entendo que o tema que o Costa lança é de uma complexidade teológica sem fim... Nunca percebi porque seria pela via da morte e não da vida, de Jesus, que nos viria a salvação. Pessoalmente tenho essa questão resolvida há muito.
Todavia, penso que as palavras do latim, postadas pelo Augusto, estão direitinhas que nem um fuso. Depois é mais "redondilha" ou menos... Já acabou o"nihil obstat"?

01 novembro, 2012 23:45  
Blogger jorge dias said...

Para aguçar o espírito dos iniciados nestas coisas da bíblia aqui refiro um livro maravilhoso para ajudar a pensar:
BART D. EHRMAN - "Os Monges que traíram Jesus", a história dos copistas que adulteraram a Bíblia,
1ª edição, Lua de Papel - Lisboa
2006.
Quando li a passagem que se refere à questão versada, fiz uma pergunta que escrevi por cima do texto:
- Como Jesus nos salva, em Lucas?
O autor responde da seguinte forma:
"É fácil verificar a opinião específica de Lucas avaliando o que ele tem a dizer nos Actos dos Apóstolos, onde estes fazem uma série de discursos para converter os outros à fé. Contudo, em nenhum desses discursos os apóstolos indicam que a morte de Jesus traz a redenção dos pecados (por exemplo, nos capítulos 3, 4 e 13). Não é que a morte de Jesus não tenha importância. É extremamente importante para Lucas - mas não como redenção. Em vez disso, a morte de Jesus é o que faz as pessoas perceber a sua culpa perante Deus (uma vez que morreu mesmo sendo inocente). Assim que as pessoas reconhecem a sua culpa, viram-se para Deus arrependidas; então ele perdoa os pecados. Por outras palavras, para Lucas, a morte de Jesus leva as pessoas ao arrependimento, e é esse arrependimento que traz a salvação. ... Parece que, originalmente, os versículos (a que se refere o Costa) não faziam parte do Evangelho de Lucas. Então quando foram acrescentados"? (Fim de citação). E porquê foram acrescentados? cf pg 181 da obra citada.

02 novembro, 2012 00:14  
Anonymous Mário Neiva said...


Redenção

Paulo e os evangelistas, que escreveram trinta a quarenta anos depois da morte de Pedro e Paulo (Pe Carreira das Neves) servem-se da linguagem ritual dos sacrifícios oferecidos pela expiação das culpas, para transmitir uma verdade muito mais profunda e totalmente nova em relação à finalidade dos rituais de sacrifícios judaicos.

Comprei há dois ou três anos o livro que o Jorge refere e permitam-me uma observação.
O corpo doutrinário da fé católica não se fundamenta num ou noutro versículo deste ou daquele dos 27 livros que compõem o Novo Testamento, mas nas verdades teológicas que o conjunto dos 27 disponibiliza à "ecclesia".

Isolar um qualquer versículo, ignorando o conjunto do Evangelho que é, repita-se, em primeiro lugar, a pessoa de Jesus Cristo, cai-se facilmente no disparate. Tomemos como exemplo a posição da mulher face ao Evangelho ou a Cristo (o que vem a dar o mesmo). Não restam dúvidas que ela integra o Corpo-Ecclesia, de que Cristo é a cabeça. Os usos e costumes das comunidades cristãs quase sempre são respeitados ou tolerados pelos escritores neotestamentários, mas a verdade fundamental indiscutível, em Paulo e todos os evangelistas, é a de que na nova humanidade não há judeu nem gentio, nem homem nem mulher, nem senhor nem escravo.

Esta verdade fundamental foi respeitada na prática da pastoral ao longo de dois mil anos? Sabemos bem que não.

Assim também, falar do "cordeiro imolado para redenção dos pecados” não há-de prevalecer como verdade teológica face à verdade fundamental da plenitude da graça que é dada aos homens pela incarnação. Pela incarnação, Deus assume a condição humana até ao fim e o fim natural da condição humana "em Adão" é a morte. Em Jesus Cristo, essa morte aconteceu de forma terrível, como, ao tempo, aconteceu a tantos compatriotas seus.

Se alguém pensa que Deus "escolheu" especificamente este tipo de morte, veja bem no que está a pensar.

Esta forma terrível de Jesus morrer foi aproveitada por S.Paulo e os Evangelistas para justificar o fim de todo culto sacrificial judaico e pagão. Para Paulo isso constituiu um desafio terrível no que dizia respeito aos judeus e aos judeo-cristãos, porque o Templo e o seu culto faziam parte integrante da vida dos judeus e, inclusive, dos 12 apóstolos e dos discípulos de Jesus, Ele próprio um fiel cumpridor desse culto. Mas Paulo não era de desistir e fez de Jesus Cristo o verdeiro e único cordeiro que Deus Pai aceitava como vítima expiatória.
Incrível em génio e coragem, este Paulo de Tarso.

Já os quatro evangelistas tinham a vida muito facilitada porque, na data em que escreveram, já os romanos haviam destruído o Templo e o culto judaico. Por um lado, viram credibilizada a pregação de Paulo que haviam abraçado e, por outro, consolavam os judeo-cristãos que tinham perdido o seu culto ancestral, mas ganharam uma vítima expiatória muitíssimo mais preciosa: o próprio Filho de Deus.

Quando a pastoral da igreja católica alterou, há algumas décadas, a linguagem do “santo sacrifício da missa” para “eucaristia”, sabia muito bem o que estava a fazer.

02 novembro, 2012 19:21  
Blogger jorge dias said...

Sacrifício, ratificação em sangue e nova aliança... nisso não há problema. Velha aliança com sacrifício e de sangue, nova aliança analogamente com sacrifício de sangue... isso está fora de questão e até é, na velha aliança, uma prefiguração belíssima sobre como aconteceria a nova aliança. A questão é se a salvação é pela "incarnação em homem que salva morrendo" ou que salva porque veio provocar o amor que nos faz salvarmo-nos, vivendo-o e exemplificando-o. Tudo o mais é acessório.

E nem na citação que reproduzo:

"Assim também, falar do "cordeiro imolado para redenção dos pecados” não há-de prevalecer como verdade teológica face à verdade fundamental da plenitude da graça que é dada aos homens pela incarnação. Pela incarnação, Deus assume a condição humana até ao fim e o fim natural da condição humana "em Adão" é a morte. Em Jesus Cristo, essa morte aconteceu de forma terrível, como, ao tempo, aconteceu a tantos compatriotas seus."

E depois o que concluir? Que só a morte de Jesus nos salva?
Por mim sempre achei que era a boa nova ou boas novas, tudo o que delas decorre, e a sua vida na nossa vida, mas tenho bem a consciência do herético em que me fico, no quadro teológico cristão actual ao afirmar tal coisa.
Foi gratificante verificar que aquilo que se transformou num polo erradiante e essencial na liturgia cristã, a eucaristia, e seu eixo central, a consagração, afinal foi resultado de uma "briga" entre cristãos que, à má fé, colocaram a questão adulteradamente a seu jeito nos textos bíblicos, adulterando-os através de injeções não constantes nem dos originais nem da tradição. Esperemos que que reste alguma coisa..

Ler, afinal, um livro desafiante como este, quando vem a propósito, até ajuda a não estar só
mesmo que as questões sejam de fé. Mas, mais gratificante, deixa-nos desafios sem fim a nós próprios mas, espero bem, mesmo muitos desafios também para outros, face à dimensão "visita" do blogue.
Esta questão, posta pelo Costa, é muito séria e não vai com redondilhas...nem tão pouco com anátemas, como também não vai com fidelismos acéfalos. Ao que Lucas escreveu foi aditada uma óbvia adulteração, entre guerras de gangues da altura, e em que a vitória dos que levaram a melhor pela aduletração dos textos pelos copistaas a jeito, se tornou pedra angular da fé dos cristãos e centro dos centros da liturgia eucaristica, vinculando a salvação à morte de Jesus e não à sua estadia como Deus e homem entre nós.

03 novembro, 2012 02:07  
Anonymous Mário Neiva said...


“E depois o que concluir? Que só a morte de Jesus nos salva?" (Jorge Dias)

Não. “E depois”, concluir: A Encarnação de Deus em Jesus Cristo é que salva.
A morte, qualquer género de morte que fosse a de Jesus Cristo, seria a consequência da Encarnação, que é a assunção plena da nossa humanidade (velho Adão). Pela Encarnação, Jesus Cristo assume o nascimento, a vida e a morte da humanidade. Como tal, assumiu a sua bondade e sujeitou-se à sua crueldade, com todos os sofrimentos de uma vida que acabou em tragédia como tantas outras vidas humanas. Quando S. Paulo diz "completo na minha carne o que falta à Paixão se Cristo" ele está a falar do sofrimento inerente à condição humana. Esta proclamação paulina, como tantas outras, é reveladora da profundidade e alcance da sua teologia cristológica. A “paixão de Cristo” não se restringe ao calvário, mas à condição humana de Jesus Cristo assumida por inteiro, como diz Paulo: “Veio (Cristo Jesus) numa carne de pecado igual à nossa”. Isto significa que, em cada gesto e acontecimento da sua vida até à morte trágica na cruz, acontece a “redenção”, uma redenção em que cada cristão também participa vivendo a sua vida como viveu Jesus Cristo: no amor fraterno e na esperança da ressurreição.

Os termos redenção, expiação, justificação e salvação entram no Evangelho da Ressurreição apenas para fazer a transição pedagógica entre a Velha e a Nova Aliança, entre o Velho Adão judaico e o Novo Adão Jesus Cristo,

entre um Deus a exigir sangue para lavar a sua honra e um Deus Pai que trata a humanidade como sua filha dilecta em Jesus Cristo, por Ele e com Ele.

É um novíssimo paradigma para a relação entre a Divindade Pessoal e a Humanidade, em termos de filiação que Paulo revela, arrasando os preconceitos de um Deus ofendido, irado e distante, tanto para Judeus como para gentios: “Somos filhos e se somos filhos somos herdeiros”.

Onde pára aqui a “redenção” e a “expiação”? Mas foi necessário falar daquele jeito, para ouvintes que não concebiam outra linguagem.

E por dois mil anos no cristianismo ainda se pregou a fé naqueles termos de “redenção” e “expiação” de um Deus a exigir que seja lavada em sangue a sua honra.

Infelizmente, pregou-se e creditou-se.

Até a celebração central dos cristãos, a festa da comunhão eucarística com Deus, se denominou de “santo sacríficio”.

Como se AMAR fosse um sacrifício! Mesmo para o Deus do Amor!

Só mesmo de quem não sabe o que é o amor de verdade e de quem não chegou a entender quem é o Deus de Paulo de Tarso.

03 novembro, 2012 22:17  
Blogger jorge dias said...

Pois,pois... mas e a causa do oposto do que afirmas? Porque se afirma e s ensina até à exaustão que a morte que vem a salvação? ... essa era a questão e é. E só vim aqui por isso nada mais. Porquê a adulteração que, sabemos hoje, tem consistência?

07 novembro, 2012 01:16  
Anonymous Mário Neiva said...

Compreendo bem a tua perplexidade, que é a de tantos cristãos.Mais que perplexidade, para muitos católicos é verdadeiramente chocante o desfasamento entre o Evangelho e prática e a pastoral do mesmo. Mas como psicólogo sabes bem que uma das formas poderosas de dominação dos povos é alimentar neles um profundo sentimento de culpa. Culpar os homens pelo sofrimento dos outros e do seu próprio sofrimento já é forte.

(Também sabes que culpar não é a mesma coisa que responsablizar)

Imagina o que significa os crentes sentirem-se culpados pelo sofrimento de Deus! E depois, ao sentimento de culpa vem juntar-se o teror da justiça divina.
Então é que os "pregadores" ficam com o rebanho nas palminhas da mão! Uma multidão flagelada pelo remorso e aterrorizada com as consequências da sua culpa.

Não sei porque andam à procura de um outro anti-Cristo. Este é perfeito, enquanto anti-Evangelho: a culpa e o terror versus o amor de Pai.

Mas que deu um jeitaço para dominar,impôr e matar, lá isso deu. E continua a dar por esse mundo fora, entre crentes e laicos.

07 novembro, 2012 10:13  
Blogger jorge dias said...

Penso que na altura a questão que se colocou não foi essa. Os argumentos que alegas são do género dos que muitos alegam quando tendo que dizer alguma coisa abrem a boca e "zurram" ou pigareiam para mostrarem que estão vivos e acompanhados da sua sombra ou simplesmente que estão ali e ainda respiram. Houve mesmo adulteração bíblica sobre esta questão e as razões estão muito bem expressas a partir da página 176 do livro acima citado (Os Monges que trairam Jesus): cristãos docéticos e anti-docéticos.
A mim isto não me dá perplexidade nenhuma, como nem dá ou tira fé. Simplesmente era uma questão que desde há muito me havia colocado e encontro ali, neste livro, uma pista de reflexão muito intrigante e a gosto. Que esta questão da morte que salva mais embrulha a coisa que já está embrulhada , ai lá isso embrulha, e era tempo de se começar a trabalhar a artificialidade do novelo até porque o outro lado de Jesus, a vida, é de verdade bem mais entusiasmante e aliciante, e, porque viveu, assim foi... Aliás, há uma mão cheia de outros exageros sacrificiais, de pão - carne tenra e quente que se come e vinho - sangue que se derrama e se serve em bebida que fariam corar a tribo mais primitiva de entre as tribos primitivas, se é que ainda há alguma. Jesus, (verdadeiro deus), verdadeiro homem, se para o confirmarem precisaram dessa linguagem, era hora de nos libertarem desta linguagem sacrificial de matadouro própria do antigo testamento e, nisso concordo contigo, acaba mesmo adulterando "as boas novas". Quais? Bem, são tantas! Ou foram tantas?

10 novembro, 2012 00:57  
Anonymous jorge dias said...

O livro sobre "A herança perdida de Jesus" sobre a verdadeira história das origens do Cristianismo de Jacob Slavenburg, Marcador, Barcena - outubro de 2012mexe na borbulha de uma forma científica e naravilhosa. Por isso "Bestseller International". Até o S.Agostinho é metido na máquina de lavar para ver se aquelas anormalidades sexuais ficam só para ele.
O autor, Jacob Slavenburg é apenas um historiadoe.
Não percam, porque é fresco como o peixe do dia...

27 novembro, 2012 00:47  

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