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10 de agosto de 2012

Solemne ceremonia de “re-dedicación” de la primera iglesia carmelita del continente americano en Olinda, Brasil


 El pasado día 5 de agosto, tuvo lugar en Olinda (Pernambuco, Brasil) la solemne ceremonia de “re-dedicación” de la que fue primera iglesia carmelita de todo el continente americano, fundada por cuatro carmelitas portugueses en 1580. La eucaristía estuvo presidida por el Arzobispo metropolitano de Olinda-Recife, Monseñor Antonio Fernando Saburido, acompañado de cinco obispos carmelitas (los monseñores Vital Wilderink, Paulo Cardoso, Antȏnio Muniz, João José Costa y Wilmar Santin), del Prior General, Fernando Millán Romeral, O.Carm., del Consejero General para las Américas, Raúl Maraví, O.Carm., del Prior Provincial de Pernambuco, Roberval Mendes Pereira, O.Carm., y de numerosos carmelitas de todo el Brasil. También participó el Comisario General de Portugal, P. Agostinho Castro, quien hizo entrega de una reliquia de San Nuño de Santa María, fundador del convento “do Carmo” de Lisboa, del que salieron los carmelitas fundadores. La celebración fue precedida de un triduo y de un congreso sobre la historia y la significación de esta presencia del Carmelo. En dicho congreso el Prior General presentó la carta oficial que va a mandar a toda la Familia Carmelita con este motivo, titulada “El Carmelo en América: pasado presente y futuro”. Asimismo, tuvo lugar un solemne encuentro con las autoridades civiles en el que los carmelitas presentes manifestaron la gratitud de la Orden por la devolución y restauración de este hermoso templo que pasó a poder del Estado Brasileño en 1877 y que a partir de ahora pasará a ser residencia del Provincial.
 El lunes día 6, Radio Vaticano emitió dos largas entrevistas al Prior General y al P. Francisco de Sales Alencar (en español y portugués, respectivamente) sobre la importancia y significación de este momento (se pueden consultar en español:
http://www.radiovaticana.org/spa/Articolo.asp?c=605143 y en portugués:http://www.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=611019)
 Por último, cabe destacar que Su Santidad el Papa Benedicto XVI ha mandado un breve mensaje de felicitación a través de la Secretaría de Estado, en el que se hace eco de la importancia histórica y pastoral de este evento.


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12 Comments:

Anonymous Mário Neiva said...

De uma forma ou de outra, nós acabamos por nos rever naquela que foi a "nossa história".
O percurso das nossas vidas, seja ele qual for, entronca no passado e cada acontecimento presente pode ser referido à sua raiz porque os acontecimentos presentes constituem-se, sempre, como mais um elo da cadeia ininterrupta da vida.
Assim, por exemplo, quem se fez e faz carmelita, inseriu-se, de facto, na "história carmelitana" para sempre e passa a ser mais um elo na cadeia dos "acontecimentos carmelitanos", começando a fazer parte da sua história.

Quando se toma consciência desta realidade e se pensa, como neste caso da história do carmelo brasileiro, na grandeza temporal da cadeia de acontecimentos iniciada em 1580, imagina-se a emoção avassaladora de quem toma consciência. O sentimento de pertença e integração ultrapassa a mera subjectividade e os "monumentos" , como aquela igreja construída no ano distante de 1580, aí estão como testemunho indelével.

Os "monumentos" são como que o ADN da Ordem, que vem sendo designado como o seu corpo e a sua espiritualidade.

Se pararmos um pouco para pensar, depressa verificamos que esse "ADN" tem tanto de material como de espiritual, aliás, como tudo o que é humano.

O templo agora reinaugurado carrega os símbolos materiais da fé dos carmelitas, como a estatuária e as cores próprias da Ordem. A fidelidade, ao longo da história, a estes símbolos, faz com que o "corpo" esteja ainda hoje presente e tenha um nome que o identifica: Ordem do Carmo. Mas este “corpo”só será um "corpo vivo" e não um mero aglomerado de pedras, madeiras e fórmulas litúrgicas, se os membros actuais, herdeiros desse passado, descobrirem as motivações profundas dos antigos carmelitas e os imitarem no empenhamento devotado. Se não realizarem esta viagem genuína e sincera ao passado da espiritualidade carmelita, jamais darão vida a um corpo que se limitará a ser um cadáver mumificado.

E já não é nada mau, se houver “conservadores” para o valioso espólio…museológico.

12 agosto, 2012 08:59  
Anonymous Mário Neiva said...

(continuação)

Quem, com sinceridade, quiser tornar-se num elo vivo da cadeia carmelitana terá de interrogar-se, sem medo, sobre as motivações dos monges carmelitas que se inseriam no movimento mais vasto do monaquismo cristão.
E, depois, haver coragem para ser tão íntegro quanto eles foram, mesmo que isso signifique abrir uma nova página na Ordem Carmelita sem a renegar, antes assumindo o seu passado de corpo monumental com espiritualidade a condizer.
Cada um dos antigos monges terá feito, num qualquer momento da sua vida, as perguntas que todos fazemos desde que nos tornamos humanos conscientes: quem somos, donde viemos e qual o nosso destino.
A fé, vivida naquele modo carmelitano, foi a resposta que os satisfez. Essa resposta ainda será válida para os tempos actuais ou terão os actuais carmelitas de procurar outro modo de viver a fé carmelitana? A "desconsideração" da vida presente, manifesta em jejuns, abstinências e outras penitências corporais e espirituais (como a obediência "cega", isto é, sem questionar) ainda são valores neste mundo que evoluiu na direcção da afirmação do homem integral? Que sentido fará pensar uma ressurreição entendida exclusivamente em sentido espiritual, como se não houvesse a profissão fundamental da fé na ressurreição da carne? E se a "carne" é para ressuscitar tanto quanto o espírito, por que haveremos nós de "mortificá-la" em vez de a “vivificar” e enaltecer a par dos dons do espírito, como a inteligência, a bondade, a ternura do amor e da amizade, em doação e fraternidade dos corações?

Outra vez e sempre eu coloco à consideração de todos: o que é mesmo a "ressurreição cristã"?

Para mim, o pensamento da "ressurreição cristã" contem a resposta mais profunda, mais realista e mais consoladora às perguntas de todos nós e de todos os tempos: quem somos, donde viemos e qual o nosso destino. Ela assume a realidade integral do homem e do universo, ressuscitando um e outro. Esforcemo-nos por entender como isso acontece.
Como eu gostava que Paulo de Tarso estivesse coberto de razão e de verdade! Não no modo e no tempo, que isso manifestamente ele desconhecia. Mas na certeza da sua fé.

12 agosto, 2012 09:01  
Anonymous jorge dias said...

O que me fica destas imagens, o que me fica do meu empenhamento de hoje e das crianças que com uma equipa muito mais vasta levamos aos radio-ouvintes, e aos doentes especialissimamente, uma celebração eucarística via rádio, o que fica em todos os que por aqui passam e em todos que nos ouviram, e em todos os que realizaram "acontecer", sim, isso é que conta no seio da cristandade que somos. Sem dádiva, nem que seja de tempo, nada acontece nem nas vidas dos celebrantes da universal eucaristia, nas imagens, e nem sequer nas vidas dos ouvintes e visitantes. Sempre me curvarei reverente perante a dádiva de quem se dá mesmo que a dádiva nem seja consciente ou mesmo que seja problemática ou mesmo que não tenha conseguido resolver na sua interioridade os problemas que a dádiva lhe causou. Nunca nada é mesmo claro nas nossas vidas... mas mesmo nada... Saúdo o empolgamento destes resistentes na resistência denodada que eu próprio pratico precisamente no dia litúrgico que uma vez mais, liturgicamente, a Igreja católica saúda e celebra o reinício do que sempre foi considerado um dos nossos primeiros: o profeta Elias. Desanimado, enregue à morte no deserto, embora à sombra do Juníparo... come e levanta-se à voz que lhe ordena missão. Está de volta Elias e está de volta a necessidade das proclamações proféticas e dos cada vez mais e sempre necessários desafios e provocações para a espiritualidade, que só cada um fará. Volta a ser tempo dos desbravadores de caminho e que, já nem sendo novos, são hoje a modernidade na dinâmica da espiritualidade e até na abordagem de um "Deus" a quem estão permitindo, senão mesmo, proporcionando ou pressionando para que regresse. Que o faça qualquer um que por aqui anda, qualquer um que nos lê, a verdade é que as comunidades cristãs quaisquer que sejam, a das imagens ou a da vossa terra, desempenham a mesma função no lento caminhar da humanidade, fazer fraternidade. E a fazer fraternidade não há alternativa... Eu até que fui nado e criado nesta, até gosto e por isso saúdo estas imagens...

13 agosto, 2012 00:07  
Anonymous Mário Neiva said...

EUCARISTIA

"...com uma equipa muito mais vasta levamos aos radio-ouvintes, e aos doentes especialissimamente, uma celebração eucarística via rádio" (Jorge Dias)


Corria o "ano lectivo" 1967/1968, e tanto eu como o Jorge Dias fazíamos parte da comunidade carmelita do Alto do Lumiar. A missa dominical da paróquia era cantada pelo coro dos clérigos carmelitas, estudantes de filosofia e teologia, todos nós trajando o hábito e a capa branca das solenidades. Compunha as músicas e dirigia o canto o frei Pedro, que não era outro senão o Fernando Venâncio, obrigado a mudar de nome por já existir na Ordem outro Fernando, o nosso querido Pe Monteiro, que nos últimos anos recebe os AACarmelitas no encontro anual do Sameiro/Falperra.
A RTP, nossa vizinha, achou que era um lindo espectáculo para ser teledifundido e abordou o pároco, o bondoso e dinâmico Pe Mário Oliveira (não confundir com o Pe Mário de Macieira da Lixa). Foi o próprio pároco a informar-nos da abordagem por parte da RTP e da tremenda nega que lhes deu. Justificava o Pe Mário que a Eucaristia não era um espectáculo mas um sacramento e, como tal, só a participação o tornava uma realidade, que era a comunhão da pessoas umas com as outras pela fé em Jesus Cristo.

Tive a sorte de encontrar ao longo da minha vida pessoas tão extraordinárias como esta, que era o Pe Mário da paróquia do Lumiar. Ele foi mais um dos que me ajudaram a ir ao fundo dos mistérios da fé cristã. O que de melhor me deram e ensinaram, eu vos transmito.

Transformar o sacramento da Eucaristia num espectáculo, mesmo que oferecido aos “fiéis”, ou reduzindo-o a um acto piedoso, é desvirtuar completamente um acontecimento que apenas se realiza enquanto acontecimento participado. Não pode ser “transmitido”, “falado” e “escutado”.

Portanto, aquela frase do Jorge, que citei na abertura deste comentário, encerra um grande equívoco. Nem qualquer sacerdote nem o Jorge Dias e os seus cantores podem “levar”, seja aonde for, a Eucaristia que só se realiza em participação efectiva.

14 agosto, 2012 00:21  
Anonymous Mário Neiva said...


(Continuação)

Sei que é involuntariamente ou por ignorância que o fazem, mas estas ideias e estes gestos de “levar” um sacramento, e logo o da Eucaristia, têm contribuído para transformar a grandeza de fraternidade e amor contida nos sacramentos da Igreja católica, em meros rituais piedosos. E as consequências estão à vista: em qualquer “missa” as pessoas “assistem” a uma liturgia, saindo de lá tão unidas ou desunidas como entraram, tão ricas ou tão indigentes como entraram. Posto um pé fora da “missa”, a vida continua imperturbável como se nada fosse.

Ninguém, ou quase mesmo ninguém, vai à missa para fazer comunhão. E a explicação mais profunda para este desacerto sacramental está na ideia anti-paulina e anti-evangélica de que é possível realizar uma comunhão em que participa o espirito, enquanto o corpo é uma mera funcionalidade.

Não se pode “matar a fome espiritual”, sem matar a realíssima “fome material”. E quem tiver dúvidas a este respeito, leia S.Paulo I Corintios 11, 17-33. A Eucaristia não será expressamente para “comer e beber”, como Paulo afirma. Faz-se isso habitualmente em casa de cada um. Mas quando se trata de, em solenidade e comunidade mais alargada, realizar expressamente a “Ceia do Senhor” na expectativa da ressurreição, a partilha do alimento para o corpo assume a igual importância da palavra para o espírito.

Com toda a lógica, sem comida nem bebida, não é possível realizar a Eucaristia.

Até parece simples e evidente, não é? Pois parece. A verdade é que é facílimo partilhar a palavra para o espirito, mas a coisa fica mesmo feia quando se exige partilhar o “pão” para o corpo.

“Era o que mais faltava”, dirá o cristão que é rico “porque fez por isso”. Legalmente. Justamente. Ou porque herdou.

Ou ganhou na lotaria da vida quando nasceu.

A Eucaristia nunca poderá ser reduzida a acto piedoso. A Eucaristia tem de ser o próprio acto de dar o Pão e a Palavra. Menos do que isto é simular a verdade fundamental do Sacramento Maior.

Claro que aquilo que acabo de afirmar também é um desafio para os meus queridos amigos da nossa aaacarmelitas, que tão entusiasticamente estão a formar um grupo coral.

“Sede perfeitos como o vosso Pai Celestial é perfeito”. Menos do que este desafio para o infinito da perfeição, o cristianismo da fraternidade não seria mais que o tacanho igualitarismo marxista.

14 agosto, 2012 00:30  
Anonymous jorge diaas said...

Balanço muitas vezes, em minhas cogitações mentais, em meus solilóquios, entre o que poderia ser uma hierarquia mais "nossos dias" e aquela que efectivamente temos. Invariavelmente acabo a considerar os membros da base (os sacerdotes) como os que resistiram a todo e qualquer outro apelo. Ficaram ao serviço... ficaram em ministério. Poderiam nem estar a seguir nenhum apelo, apenas a serem pressionados e incapazes de resistir à pressão, senão mesmo opressão. Mas logo de seguida me interrogo, pois então o que me pressiona a mim e a milhões de milhões outros e outras?
A verdade é que quando nos movimentamos neste exército de amor fraterno, sempre o afunilamento nos leva até estas exigências meio tontas de uma hierarquia vergada à proibição da expressão da genitalidade humana, e aos afectos que desencadeia, fazendo de conta que não está lá.
Porque ridícula, cada vez mais os cristãos tratam esta exigência como senão existisse. É bom de ver como esta cristandade ocidental está a passar ao lado destas problemáticas e doutras que na "humanae vitae" também se aplicariam aos católicos, simplesmente ignorando-as como se nem existissem. Quando parecia que se agudizaria a polémica do celibato, a centralidade da questão retoma uma vez mais o seu lugar: a espiritualidade do homem.
Volta a ser tempo dos desbravadores de caminho. Nestas imagens, onde há desbravadores que já nem são novos, eles são hoje, não obstante, parte da modernidade dinâmica, fomentadora da espiritualidade e até da abordagem cognitiva de um "Deus" a quem estão permitindo, senão mesmo, proporcionando ou pressionando para que regresse. Gosto de fazer esta leitura e sinto que boa parte dos nossos problemas como povo (e da Europa também) emergiram da ausência de valores que deixamos de praticar (apraxia socal) por não os julgarmos constituintes da personalidade de povo. Pois, mas enganamo-nos. Ou os valores voltam ou a factura nem terá preço... com elas se irão os dedos.
Nestas imagens se saúda ainda, e hoje, uma modernidade, embora envelhecida, que recusa a cedência. Estou com eles porque estou com os valores e porque quero continuar a ser povo.

15 agosto, 2012 00:01  
Anonymous Manuel Bessa said...

Olá amigos AAC! Pareceu-me que o Mário Neiva no seu comentário anterior ao falar do nosso Grupo Coral,ainda em projecto,foi com o sentido de nos entusiasmar para continuarmos.Pessoalmente acho que qualquer celebração eucarística desde que seja devidamente preparada e solenizada com o canto,terá muito mais aceitação e participação.(digo isto com experiência própria).Escolhendo canticos apropriados à celebração estamos a criar ambiente para os participantes nessa assembleia estarem mais abertos para ouvirem e interiorizarem a palavra que lhes é proclamada e explicada nessa celebração.Agora difícil é arranjar quem saiba explicar e desenvolver a palavra que foi proclamada;mas isso é outra conversa.Quando da morte do Engº Eurico de Melo,o nosso Pároco (91 anos),aproveitando a presença do Presidente da República e muitos outros políticos,procurou chamar a atenção a essa gente sobre aquilo que se passa no nosso País.Mas no fim da celebração,conversando comigo,perguntava:"Será que eles entenderam aquilo que lhes transmiti?"E eu disse:Snr Padre criamos todas as condições para que ouvissem e entendessem aquilo que lhes foi proclamado e explicado.Respondeu-me o Abade:"alguma coisa fica sempre.Por hoje fico por aqui.Um abraço a todos.

17 agosto, 2012 03:19  
Anonymous Anónimo said...

Pois e como diz o ditado " quem canta, seu mal espanta".

17 agosto, 2012 22:16  
Anonymous Mário Neiva said...


Meu caro Bessa, evidentemente que foi para vos entusiasmar que falei do projecto em embrião do nosso grupo coral. Aliás, iniciei o anterior comentário com a narrativa-memória do grupo coral dos carmelitas da comunidade do Lumiar, que tanto eu como o Jorge Dias integramos. E contei como o Pe Mário estabeleceu a fronteira clara entre um coro participativo no sacramento da eucaristia e um coro espectáculo para um pseudo-sacramento espectáculo teledifundido.

A maravilha das tecnologias modernas não substitui o acontecimento-acto sacramental que só se efectiva, sempre e exclusivamente, através da nossa real e integral presença.

Não se está "presente em espirito" e “participa em espirito” nos sacramentos da Igreja Católica.

Nunca. Porque nós não somos espíritos.

A eucaristia exige a dupla partilha: da mensagem da fé e da materialidade do alimento e da bebida.

Os sacramentos não actos de magia mas acontecimentos da vida real numa perspectiva de fé na ressurreição do homem integral corpo-e-alma. E a novidade total é que comer e beber é tão essencial como ouvir a “palavra”.

Fazer a partilha dos dons para corpo e para a alma é a razão de ser da eucaristia.

“Tomai e comei”…

Porque motivo se entendeu que se estava a oferecer apenas alimento para o espírito, como se fossemos espíritos e não homens “de carne e osso” à espera da ressurreição?

Só encontro uma explicação: é uma proposta muito dura, mesmo intolerável. E a forma encontrada para contornar esta mensagem insuportavelmente dura foi reduzir o homem a uma “alma” e pregar a salvação deste “homem espiritual”. O mundo laico ou o diabo que trate do “homem-corpo”...

Como se a “carne”, e com ela o universo, não estivessem destinados à ressurreição.

Como se o “evangelho de Paulo de Tarso” nunca tivesse sido anunciado!

E chegamos a isto: a mensagem contida no sacramento da eucaristia caiu num mundo que se organizou à margem da partilha da “palavra e do pão”, passando cada cristão a assistir à sua “missa” e a comer, em casa, a sua refeição.

Daí, meu caro Bessa, a confusão do velho sacerdote, consciente de que as suas palavras caíram naquela ilustre assistência como semente em saco roto ou água numa peneira. Há-de morrer com a única consolação de que “alguma coisa fica sempre”.

17 agosto, 2012 23:55  
Anonymous Mário Neiva said...


Duas pequenas correcções ao texto. Leia-se: "Os sacramentos não são actos de magia". E ainda: "passando cada cristão a assistir à sua "missa" por devoção" e a comer, em casa, a sua refeição".

Enfim, cada um para seu lado, tanto no "pão" como na "palavra", adiando, sine die, o que, repetitiva e mecanicamente, se reza no "Pai-Nosso": "assim na terra como no céu".
Nesta hora de crise, que pode ser transformada em hora de crescimento, seria bom perceber quem luta pela partilha dos bens para o corpo e para o espirito e quem tudo faz para acumular uma montanha de bens, indiferente a uma eucaristia que se vai perdendo na devoção dominical da "santa missa".
Será que a esmagadora maioria dos bispos-pastores se transformou em "cegos guias de cegos", à semelhança dos sacerdotes do tempo de Jesus Cristo?
Será que desistiram da fé na Eucaristia"?
Será que têm medo de enfrentar os senhores deste mundo ou será porque concluiram, para si mesmos, que a sua Eucaristia é uma utopia e o melhor é deixar as coisas ir andando?
Afinal, quem perdeu mesmo a fé e a esperança num mundo que busca a perfeição sem colocar limites a esta demanda?
Perfeição do CORPO E DO ESPIRITO, claro. E talvez seja neste pequeno grande pormenor que surgem todos os equívocos, que é quando se perde a perspectiva da dupla dimensão do ser humano, a do corpo e da alma.
Por isso são tâo importantes as revelações da neurociência. Elas levam-nos ao encontro do homem inteiro, aquele mesmo que Paulo de Tarso destinou à ressurreição/transformação.

18 agosto, 2012 08:21  
Anonymous Mário Neiva said...

Informo os meus companheiros e amigos que vou deixar de comentar nesta postagem, retomando o post permanente do LUGAR DA PALAVRA

25 agosto, 2012 14:45  
Anonymous jorge dias said...

Por lapso, postei este comentário no espaço abaixo. Foi escrito para este espaço, por isso o replico:

jorge dias disse...
Algures em outra alínea deste espaço pergunta o amigo Bessa, questionando, se sempre levei o grupo coral em que me integro e dirijo a cantar as Vésperas na Casa São Nuno, dia 16 de Julho, festa de N.Sra do Carmo?
Caro amigo, claro que que sim e foi empolgante como vivência pessoal de cada um dos seus membros bem como para os amigos que se associaram ao evento. As Vésperas tiveram lugar na capela da Casa e foram presididas pelo nosso Pároco que, à última da hora, se juntou a nós em Fátima. Igualmente foi empolgante e profundamente marcante na vida de cada coralista poder alindar com o canto a celebração eucarística, nesse mesmo dia 16 de Julho pelas 11H00, na (mega) Igreja da Santíssima Trindade, ainda para mais com a gratificação da celebração ser trnsmitida pela Canção Nova e Internet.

Porque a celebração das Vésperas incluiu quatro pequenas leituras sobre os carmelitas e a vida contemplativa, leituras expressamente redigidas para o efeito, oportunamente as irei divulgando por aqui.
Foram dois eventos que se enquadram perfeitamente na necessidade de manifestação dos valores que animam nossas vidas em nossos dias face à emergência de tantos outros, em tempo globalizante, mas também de tanta espuma.

29 Agosto, 2012 18:11

01 setembro, 2012 21:07  

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