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21 de dezembro de 2008

B O A S F E S T AS - F E L I Z N A T A L


A Todos os Sócios da Associação dos Antigos Alunos do Seminário da Ordem do Carmo em Portugal, a todos os Antigos Alunos do Seminário da Ordem do Carmo em Portugal e a todos os Visitantes deste Blog, a Associação dos Antigos Alunos do Seminário da Ordem Carmelita em Portugal deseja um Feliz e Santo Natal de 2008 e um Ano Novo de 2009, abençoado pela Paz e Amor Infinitos.


A Direcção




52 Comments:

Anonymous Anónimo said...

BOAS FESTAS, NASCEU UM MENINO!

O anjo anunciou:

Nascei para o amor.

Respondei:

Fazei-vos amor, em mim pela verdade.

Concebamos e deixemos nascer em nós a inspiração do Espírito Santo.

Digamos sim á verdade, mesmo que para alguns, seja a mentira da(na) interpretação.

A todos quantos dão vida a este espaço Boas Festas.

Ao injustiçado Augusto, nem sempre compreendido, mas quer queiramos quer não, tem sido um "anónimo", impulsionador, sempre presente, Boas Festas.

Ao apaziguador, grande, Lapin, Domingos Coelho, de quem o Espírito Santo, brota de suas palavras, com grandes manifestações de amor, Boas Festas.

Ao alimentador de controvérsias, espirituais, rico em humanidade, que nos provoca as mais ricas experiencias no, Único e Imutável, Mário Neiva, Boas Festas.

Ao nosso, amigo Jorge Dias, de quem nasce e renasce a sensibilidade do amor, Boas Festas.

Ao vibrante, vila galécia, que presumo,JM, acredita que ninguém tem nada contra ti, mesmo ninguém, alimenta-nos com coisas importantes, porque sei, que o sabes fazer. BOAS FESTAS.

A todos quantos visitam este espaço e que vibram com ele, desejo Boas Festas e que renasçam "renasçamos" no seio da VIRGEM MÃE DO MONTE CARMELO.

ROSALINO DURÃES


NOTA:
É A PRIMEIRA VEZ QUE NOMEIO NOMES, PELO QUE PEÇO DESCULPAS, MAS ERA INEVITÁVEL.

21 Dezembro, 2008 17:32-reptido noutro local

22 dezembro, 2008 08:53  
Anonymous Anónimo said...

Caríssimos, o nosso Rosalino Durães tem alma! Assim mesmo, integrador... Parabéns pelo teu lindo comentário mensagem. Só não assino o injustiçado Augusto porque não é mesmo. Caríssimo Roalino, é muito mais e, só por isso, a ele se pede mais. O Augusto é parte do nosso dom, da nossa missão,se quiseres, parte da nossa alma. Vila galécia, alguém que encontrando-nos se está encontrando e, por isso, mas não só, tanto precisava de escrever. Desafio este grupo a encontrar-se porque estas almas andam incontidas nos espaços dos seus corpos.

Que todos tragam de volta o Vila Galécia e que ele tenha vergonha de ficar sem vir. Oh Espírito Santo... é a tua vez. Que todos sejam Espírito Santo como o foi o Rosalino!

Vila Galécia, nós já pedimos perdão! Seu mauzão! És durinho!

Contigo apadrinho porfiadamente, em nós, como pessoas, a emergência da inspiração do Espírito Santo, que, nos Açores, cultivamos, por excelência!

Então Bom Natal e Ano Novo também que seja feliz quem faz o que é bem!

24 dezembro, 2008 18:51  
Anonymous Anónimo said...

NATAL da fraternidade

Na beleza poética de um tempo de paz, onde as luzes do Amor reluzem nos corações. A Bova Nova do menino Jesus, veio lançar rede de Esperança, cultivando a criança que vive em cada um de nós. Tempo de renovação, de apagar ofensas, restaurar a união entre as famílias,saudando a vida na sua plenitude. Jorrando misericórdia entre os Homens.Ofuscando o materialismo desenfreado, deixando "atonar" o verdadeiro sentido do Natal. Que o Amor e o Respeito façam residência fixa nos corações, toda a dor física possa ser sanada e a alma restaurada. E o ódio seja extinto da face da terra, e os povos sejam unidos por um mesmo cântico. E não haja derrammamento de sangue em vão entre irmãos. Pois CRISTO veio ao mundo singelamente, se fez Homem, esvaziou-se de Sua glória e viveu por Amor pelos Homens. Somos pequenos grãos, com a mesma missão, de amarmos uns aos outros sem distinção. O exemplo vivo de Cristo em toda a sua trajectória nos revela grandeza de Sua obra. De como Ele cuida de todos os seus, mesmo envolvendo-nos nos mistérios da vida, um dia sentaremos diante do Pai, o Cristo bendito nos defenderá do opressor. Porque sua vida foi regada de doação em favor de muitos. Carregou na sua jornada de Fé, o exemplo de Amor sublime e absoluto. Quisera vivenciar nos dias actuais a beleza do coração de Cristo diante dos Homens. O verdadeiro sentido do NATAL durante este ano. É TEMPO DE ESTENDER AS MÃOS,ENLAÇAR O PERDÃO, E AMOR INCONDICIONAL.

A TODOS quantos foram companhia neste "blog", eu EXIJO que sejam FELIZES.
D/C.

24 dezembro, 2008 19:09  
Anonymous Anónimo said...

Caríssimos e caríssimo Domingos Coelho, podes crer que assumo essa tua exigência de felicidade e penso que a tenho realizado dia a dia! Mas não foi fácil atingir esse patamar... por isso, concordando contigo, assumo o teu desafio para a obrigatoriedade da felicidade, pelas realizações, porexemplo para mais escrita, mas não só, porque se tornam diminutos os espaços corporais que nos encerram. Bom Natal.

24 dezembro, 2008 19:24  
Anonymous Anónimo said...

O Menino Nasceu

O menino nasceu!
E tu, nasceste?
Olha, Ele morreu,
e tu viveste.
.......
......
......
Faz parte de um poema contruido por mim em 2007, enquanto o meu espirito a Ele se elevava.

digo, como o que exije que feliz:

Exijo que vivas!

RD

25 dezembro, 2008 14:09  
Anonymous Anónimo said...

Caríssimos, por uma feliz coincidência tenho o prazer de vos poder trazer aqui um belíssimo comentário sobre estes dias de amores e desamores do nosso muito querido amigo João Lobo. Ele que me desculpe a violência a que o sujeitei. Parabéns João e obrigado pela mensagem.





É Natal, é Natal!!! 2008

Há pouco mais de uma semana, fui até à Grand-Place de Bruxelas, a essa praça magnífica da cidade onde vivo. Ali vi, como todos os anos, a tradicional árvore de Natal, iluminada de azul, vinda creio que da Alemanha, e o habitual presépio, meio vivo, meio morto, porque vivos só os animais que para lá foram levados e nem sempre lá ficam. Não é lindo nem feio, é decalcado do dos anos anteriores, o que prova (!) que não há nada de novo sob a Terra.
O que não foi igual foi a minha percepção do cenário, a minha maneira de o ver. Sem querer, dei comigo a pensar: Porquê uma árvore de Natal e um presépio? Porque hão de ser iguais ou parecidos com os de outros anos? Possivelmente porque tem que se respeitar a História e que a história de um núcleo familiar não muda de um dia para o outro. Por outro lado, também não tenho vislumbrado nada de novo ao meu redor, ou muito pouco, e nem sempre para melhor. Porquê o Natal sempre em Dezembro?
Porque é que o Natal é sempre igual?

 Porque nada mudou para ninguém, ou talvez sim: os ricos são mais ricos e os pobres mais pobres, salvo um ou outro que tenha ganho o Euromilhões, porque os que jogaram e não ganharam ficaram mais pobretões.
 Há alguma razão para este Natal ser diferente, pergunto eu? Quem estaria nisso interessado?
 O José, a Maria e o Jesus são sempre os mesmos, e ainda bem, antes que alguém se lembre de os alcunhar de Bush ou de Bin Laden, de Condolezza Rice ou de Margaret Tatcher, de Hugo Chavez ou de Lula da Silva... sem qualquer azedume por estes últimos.
 Porque parece haver sempre três natais: o do rico, o do pobre e o do miserável, que o mesmo é dizer o Natal do Americano e do Europeu, o Natal de muitos Asiáticos e Sul-americanos e o Natal da grande maioria dos Africanos, como se classificássemos o bacalhau desta tripla de comensais de Grosso, Médio e “Trinca-espinhas”.
 Por que raio de razão o Natal haveria de ser diferente? Eu gostaria de um Natal diferente, utópico! Sim utópico. Utópico talvez, maravilhoso certamente!. Diferente não... Oh não, não! Diferente foi quando, há quatro anos, um maldito Tsunami fez das suas... Matou vidas, destruiu sonhos, enlutou famílias e espalhou a dor, semeou o pânico e pôs a nu a fragilidade humana. Mas também, verdade seja dita, desencadeou uma onda de solidariedade por parte dos governos e instituições ou organizações que, à partida, parecia tão grande ou maior que o Tsunami destruidor. Simplesmente, essa onda depressa perdeu vigor, esbateu-se e não conseguiu, por inépcia, impotência ou desinteresse dos responsáveis, materializar toda aquela solidariedade prometida e até certo ponto doada, em contrapartida com a outra, prometida mas não doada, que mais parecia ter sido “leiloada” em hasta pública, onde todos “picavam”, sem dinheiro ou acima das suas posses, mas lá iam prometendo para não se sentirem mal ou para não ficarem atrás do vizinho... Muitas das vítimas nem a terra as quis, levou-as o mar, engoliu-as, guardou-as no ventre como o crocodilo engole a presa.

Outros terão imensas dificuldades em “se levantar”, em refazer toda uma vida, em esconjurar o pesadelo vivido; outros, se não os mesmos, carregarão consigo por todo o sempre marcas no corpo, indeléveis, mutilações muitas, e o estigma da impotência humana perante a lei (desumana) da natureza. Perante o desleixo, também, dos homens que, com os meios técnicos hoje conhecidos, poderiam ter evitado grande parte daquela tragédia. Aquele Natal foi mesmo diferente, tragicamente diferente, e não deixou saudades... nem ao Menino Jesus!!!

Mas como não podia deixar de ser, sempre que se aproxima o Natal revivem-se os mesmos sonhos, também as mesmas realidades, para não dizer, nalguns casos, os mesmos pesadelos. Neste aspecto, o Natal também não mudou. Voltaram

 as mesmas preocupações em relação aos que pouco ou nada têm para comer nestes dias de festa (para alguns) e os consequentes bons sentimentos dos que têm o necessário, mas que também nada mais (ou muito pouco) podem fazer do que descarregar a consciência com “bons sentimentos”...
 as certezas do passado, muitas vezes padrasto e inglório
 as incógnitas do presente cada vez mais nublado
 as incertezas do futuro
 a certeza de adormecer e a incógnita do acordar
 as mesmas esperanças para amanhã, mas também os mesmos receios e as mesmas angústias
 a angústia de ter perdido o trabalho, um familiar ou um amigo
 sempre a mesma (e cada vez mais) incerteza perante a velhice
 sempre o mesmo receio de envelhecer mal
 sempre os (bons) propósitos de se “emendar”, mas sempre a mesma pouca força de vontade para os cumprir
 sempre a mesma “impotência” em mudar os maus hábitos (quem disse que têm de mudar?!)
 porque mudar se o tempo não muda, sempre o mesmo frio, a mesma chuva, sempre os rios a correrem para o mar, sempre o tempo a não voltar para trás, a não esperar, sempre o dia a suceder à noite, sempre um ano atrás do outro, sempre os mesmos dias pequenos e as noites grandes nesta altura do ano, talvez para termos mais tempo para comer e fazer a digestão antes de irmos dormir na noite de Consoada...
 sempre os mesmos presépios, com os mesmos animais, o mesmo José, a mesma Maria, o mesmo burro... a caminho de Belém. Depois, o mesmo berço, as mesmas palhas, o mesmo menino – o Jesus que é hoje dado a beijar de boca em boca nas nossas igrejas –, a mesma fuga ao Rei Herodes, a mesma pobreza de nascimento, o mesmo “SDF”, a mesma desconfiança, a mesma solidão, mas também o mesmo apoio de muitos e muitos mais, a mesma entreajuda, a mesma esperança de um futuro melhor, quem sabe? a mesma alegria, a mesma, a mesma...
 sempre a mesma crise, perdão esta nova crise, pior, muito pior que outra da nossa memória, sempre os mesmos desabafos de falta de dinheiro, sempre a mesma lamúria da vida cara, sempre as lojas a lembrarem-nos que o dinheiro é pouco, que não dá para nada, que este ano as prendas é só para as crianças, sempre o lamento do emprego já perdido, sempre a mesma nova angústia de perder o emprego, sempre à espera que a crise passe, sempre a crise, a crise, a crise... e não passa!
 e se o Natal deste ano não for melhor, que ao menos não seja pior... que os últimos.

Desejo a todos um Natal Feliz e aquele Ano Novo 2009 que esperam e merecem!

João Lobo

28 dezembro, 2008 18:41  
Anonymous Anónimo said...

AMIGOS

A mizade verdadeira pode transformar
M uitas dores e tritezas
I mporta viver Bem cada amizade
G ostar dos Amigos e viver esta beleza.
O nde o Amor é valorizado,
S omos amigos concerteza.


Sou feliz por Te ter como AMIGO!

Abraço Todos e a Todos Desejo um
ANO NOVO capaz de TE dar o DESEJADO.
Sê FELIZ com TODOS os TEUS.(AMEN)

PS. Porque me esqueci do nome de um (amigos) Não escrevi o nome de ninguém ,Tu sabes e compreendes que és meu amigo, não é verdade?
D/C.

28 dezembro, 2008 22:02  
Anonymous Anónimo said...

A Felicidade do Outro

26 Dezembro 2008, uma manhã fria em Pedregais e Ele os enviou do leste europeu, para que dessem a alguém um momento de felicidade, sim, felicidade dupla, por razões diferentes.

Pai e uma filha pediam esmola, meteram-lhe na mão uma pequena nota, que para um pouco representava, mas para outro o brilhar dos olhos.

A mulher depressa se lembrou que dentro de casa algo que tinha sobrado, da noite anterior, um bolo rei, ainda embrulhado, foi depressa buscá-lo e meteu-o na mão daquele homem, que ali não apareceu por acaso, com sua filha de quem os olhos brilharam e a quem a nota nada dizia, mas o bolo rei sim.

A menina, a que resolvi chamar "MARIA", imediatamente começou a cochichar com o pai "José" e poucos metros á frente lá se sentaram numa pedra, ainda gelada, abriram o bolo e lá se saciaram.

LOUVADO SEJA DEUS.

R/D

nota:cena verdadeira, não foi comigo, mas hoje estaria feliz.

28 dezembro, 2008 22:04  
Anonymous Anónimo said...

Depois de ler JOÂO LOBO,ilustre Vimaranense,direi:

Somos o que somos

Se as guerras acontecem é porque em nosso interior existe ódio,raiva,desejo de guerra. Os animais(irracionais) fazem "guerras" para sobreviver, o homem a faz por ganância, ódio, poder, dominação, arrogância. O Homem é um ser racional, pensa, mas muitas vezes usa a inteligência para destruir.Vemos na nossa sociedade muitas pessoas que vivem pensando em formas de destruir o outro(semelhante),seja com palavras ou pela força.
Se vivemos numa sociedade em que os VALORES estão sendo esquecidos, corrompidos, só teremos pessoas que desejam guerras, violência. A pessoa diz e faz aquilo do que o seu coração está cheio.Vemos nos jovens de hoje: O gosto pela adrenalina,agitação permanente no "estar",poucos são os que conseguem parar para reflectir, pensar. Se "consumimos" violência,agitação,só poderemos reproduzir violência e agitação.
O homem só será um ser de paz quando for capaz de parar e ter coragem de olhar para dentro de si e se aceitar como é, do contrário, se não se aceita jamais aceitará o mundo e os outros. Se ele se odeia odiará todos que o cercam. E só poderá gostar de si quando se conhecer, aceitar e aprender a viver com as suas limitações e usar para o bem suas POTENCIALIDADES.
A violência ou a paz são frutos do nosso interior, do nosso ser.
Quem se diz Cristão, Filho de Deus, não poderá dar frutos de guerra, violência, pois Deus é paz e vida, e os seus deveriam tão sòmente dar frutos de Paz e Vida.

A Todos neste Novo ano que se aproxima, eu desejo que a Paz Esteja Sempre Convosco.

D/C.

31 dezembro, 2008 00:27  
Anonymous Anónimo said...

"No aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem, começa a fazer caminho a convicção de que a erradicação da pobreza é um direito fundamental", disse D. José Policarpo, durante as cerimónias religiosas na igreja paroquial de Cristo Rei da Portela.


As minhas primeiras palavras do novo ano não são minhas...são de D.José Policarpo. Atentem bem na forma como ele fala: «começa a fazer caminho a convicção...» O cardeal, humildemente, como filósofo- observador, vê a História revelar-se ou desdobrar-se perante o seu olhar atento e inteligente: «começa a fazer caminho...»
Quem anda desatento, acorde.
Por estas e por outras, admiro tanto a teologia católica e os seus eminentes teólogos.
Evidentemente que o economista e «curioso-teólogo-moralista» César das Neves não tem nada a ver com a teologia a que me refiro. A teologia de Anselmo Borges, de Carreira das Neves (frade franciscano) de frei Bento Domingues e de D.Policarpo vai no sentido da «revelação» que se opera na Humanidade e do Mistério (chamem-lhe Deus, que dá o mesmo)que a envolve e gera, como útero infinto donde sai a vida.

01 janeiro, 2009 14:55  
Anonymous Anónimo said...

O OUTRO ÉS TU, O OUTRO SOMOS NÓS

Dispormos a razão do nosso entendimento nos mais altos e visíveis pedestais, conduz-nos ao irracionalismo de entendermos o outro como um mero número da nossa hipocrisia.

No dia de hoje em diversas catedrais do pais, ouviam-se mensagens e apelos para o despertar das consciências, mas só as ouve que delas precisa, porque a mediocridade dos nossos políticos e governantes, só os conduz a guerrearem-se entre si, e o seu outro que espere porque eles estão bem.

Quem põe amor na sua razão, entende o outro, mas se não a humaniza, entra no desespero da sua destruição.

Amar, o outro é humanizar-se no sentido objectivo das coisas, subjugando os seus interesses em detrimento do bem comum.


RD

01 janeiro, 2009 19:54  
Anonymous Anónimo said...

Caríssimos,
Meu caro Mário apreciei a referência a D.Policarpo que me habituei a ver como um bispo de hoje,como nós, pensador da fé e das vidas em busca de realização. O Frei Bento, desde sempre no coração, pelas manifestações de Deus, hoje, que tão bem sempre soube evidenciar. Fica-me neste começo de ano mais uma hipóstese, a de Carreira das Neves, já que Anselmo Borges já me era também familiar.

Mas entretanto temos que contar com as manifestações de Deus nos outros e em nós que nós também vamos tendo o privilégio de partilhar. Escrevam, dêm uma oportunidade à vossa palavra (E.Santo) para que ela fique sempre mais inteligente e manifestante .

Eis a aaacarmelitas, seu espaço por excelência.

Afinal o que é a ascese hoje, o que são os êxtases, hoje, ou o que sempre deveriam ter sido, senão essa manifestação de Deus entre nós, sobretudo nos outros, que só a inteligência humana capta e revela?

A ascese que se consuma (realiza) no asceta, afinal, não é... o êxtase que apenas evidencia o próprio, a sua felicidade,um Deus pessoal, é apenas orgulho, egoismo, narcisismo, autismo...manifestação de Deus é que nunca porque esta sempre passa pelos outros. Até nesta perspectiva há uma refundação a fazer e uma história a clarificar, e com que radicalidade o teremos que fazer!

Só posso terminar com a muito feliz frase do comentário do Mário:

"A teologia de Anselmo Borges, de Carreira das Neves (frade franciscano), de frei Bento Domingues e de D.Policarpo vai no sentido da «revelação» que se opera na Humanidade e do Mistério (chamem-lhe Deus, que dá o mesmo)que a envolve e gera, como útero infinto donde sai a vida."

O Bom ano será sempre melhor com mais palavra...

01 janeiro, 2009 20:48  
Anonymous Anónimo said...

Meu caro Jorge,
já que não conheces, e se tens interesse em conhecer, indicava-te uma obra que é do melhor que se tem feito, entre nós, na abordagem da Biblia, publicada há apenas algumas semanas, pelo referido Pe Carreira das Neves, eminente biblista. O título: «O QUE É A BIBLIA». Vais ver que vale a pena.
É um frade-padre, um homem de fé, de uma grande honestidade intelectual.E se há aqui ou ali alguma cedência, continua a ser grande na sua humanidade, porque as cedências têm a ver com a sua responsabilidade pastoral. Sabe bem que não se pode dar comida de adultos a quem ainda é uma criança...Na nossa terra de Barcelos o povo diz, sábiamente, não dar «pão com côdea a quem não tem dentes».
Sem deixar de avançar para uma interpretação mais autêntica dos textos bíblicos, o bondoso e inteligente Pe Carreira das Neves faz a pedagia do amor.
E agora para o Rosalino, porque vem a talhe de foice: Garanto que o frade Carreira das Neves nunca fará como o seu mestre e fundador da Ordem, São Francisco de Assis: Rebolar-se, todo nu, sobre o roseiral do convento, para aplacar a fome da sua alma divinamente sensual! E porquê, meu caro Rosalino? Porque há muito tempo o Pe Carreira das Neves terá interiorizado que Deus nos criou «corpoalma», e «viu que tudo era bom» (génesis, cap I).
É tempo de dizer alto e bom som como diz Anselmo Borges: Não houve queda original do primeiro homem que nos tenha estigmatizado «ad aeternum». Se queda houver, será da responsabilidade de cada um de nós, aqui e agora, e só por essa responderemos, pessoal e instransmissivelmente. O que se disser para além disto,será conversa para sacudir água do capote, pela falta de empenhamento na fraternidade.

P.S. Quem for a Assis, pergunte pelo célebre canteiro de rosas onde São Francisco não de coibia de exibir as «suas vergonhas»...
Mudam-se os tempos, mudemos também a mentalidade. Não me falem em «mortificar» (dar-morte) ao corpo, que ele precisa ser salvo tanto quanto a alma. Daí a outra pérola do cristianismo: o dógma da fé na «Ressurreição da Carne».
Mas, ó Mário, a matéria, o material...Que vale isso?
Eu sei, eu sei. E sei das influencias do maniqueismo sobre teologia cristã, durante longos períodos. Mas não prevaleceu! Prevaleceu, sim, o linda e maravilhosa fé na salvação e santificação da carne. Infelizmente, o nosso bom Francisco de Assis teve que suportar a teologia infectada de maniqueismo, do maniqueu convertido mas não convencido, bispo de Hipona, Santo Agostinho. Assim como São João da Cruz, Santa Teresa de Ávila...
Sem perder nunca a noção da realidade, amar uma mulher linda e desejar que seja sempre bela é como amar uma alma linda e desejar que assim seja para sempre.
Quem professa a fé na ressurreição da carne terá que seguir nesta direcção. E tenham sempre presente: a História Humana ainda é, apenas, uma criança. Semente acabada de germinar.
Humildemente, como D.Policarpo, observe-se atentamente e confira-se: «começa a crescer a convicção...»

Que o desejo «Ano NOvo Vida NOva» não seja uma simples "frase feita".
São os meus votos de hoje e de sempre.

02 janeiro, 2009 15:32  
Anonymous Anónimo said...

Fé,
Razão e
Ciência
Caminham juntos

É comum pessoas questionarem a existência de Deus, principalmente, aquelas que não vivem uma espiritualidade profunda.
Certamente, quando se coloca a razão acima da FÉ, ou mesmo quando se quer aproximar de Deus por uma ciência humana insana, fica totalmente perdido, pois, da mesma forma que não se consegue provar pela ciência a não existência de Deus, tem um coração fechado e insensível para se render a ELE.
Na história antiga temos muitos intelectuais que procuraram de todas as formas desafiarem e assim, viveram quase que toda sua vida a querer provar a não existência de Deus,porém em determinado momento chegaram publicamente a aceitarem a SUA existência, numa profunda conversão.
Embora, Deus não precise provar a ninguém que ELE existe, deixa o homem mergulhar na sua busca, afinal ELE deu ao homem o poder de desvendar os mistérios humanos e quanto mais o homem se mergulha nesta tentativa de provar a não existência de DEUS, mais ELE se vai tornando visível ao mundo.
As grandes personalidades intelectuais, cientistas são os maiores formadores de opinião. São aqueles que possuem o dom do convencimento. As grandes personalidades são aqueles que têm a facilidade de levar a sociedade mais intelectualizada informações de convencimento. São dotados de palavras fáceis; são os respeitados nos seus argumentos, sendo assim, quando estes se rendem a DEUS aceitando a SUA existência, certamente arrastam milhares e milhares de pessoas também para DEUS.
Assim, DEUS vai através de todos os homens tornando-se conhecido e aceite. Tanto pelos humildes que através da simplicidade, do jeito "manso" de viverem a FÉ. DEUS também se vai tornando conhecido, amado e respeitado pelos milagres que faz através da oração; pelas inúmeras graças que concede aos filhos "orantes" espalhados pela humanidade. Como vai sendo conhecido pelos intelectualizados.
DEUS conhece a sede de seus filhos, sabe que embora haja tanta subjectividade no homem. Embora pareça que os homens são tão diferentes entre si. DEUS sabe que no coração humano existe uma busca insessante pela verdade, por este encontro pessoal com ELE. Como dizemos que a rebeldia é no fundo uma carência afectiva, o ateísmo muitas vezes é esta rebeldia explicita do homem para com DEUS, por não comprender este AMOR da humanidade por ELE. Un ciúme e ao mesmo tempo uma necessidade de amar e conhecer DEUS.
Na verdade , a maior parte das pessoas que se consideram atéias são aquelas que possuem certo grau de intelectualidade e assim, acabam por se fecharem ao mundo da razão. Fechando-se para reflexão da espiritualidade. E assim, não tem possibilidade de ter o encontro pessoal com DEUS por mergulharem numa razão cega e permissiva.
Para finalizar, vemos que ocorrem duas situações para aqueles que se aprofundam na tentativa de provar a não existência de DEUS; uma delas é a conversão, o rendimento e a tranformação destas pessoas em SEU maior testemunho, escrevendo belas obras. A outra situação é triste, muitas destas pessoas que não se rendem acabam por serem pessoas amargas, fechadas,augustiadas. Temos várias biografias de filósofos que deixaram grandes obras para a humanidade que são sempre citadas, mas que viveram atordoados, e que acabaram por terminar suas vidas como começaram num pleno vazio. Deixaram muitas obras, porém, viveram totalmente infelizes e angustiados. Temos dois exemplos interessantes na psicologia.(assim me recordava o meu professor de serviço) Dois grandes pais FREUD e JUNG. Um com uma vida conturbada problemática, que deixou profundas teorias da mente humana, mas que pelo que conhecemos de sua vida foi complexa. Do outro lado JUNG um discípulo de FREUD, também pai da psicologia no mesmo nível intelectual que trouxe para humanidades profundas teorias, mas pôde desfrutar o sabor de sua vida, sem jamais negar a FÉ. Mais uma demonstração que para crer em DEUS não precisa desapegar da razão.
Fé, Razão e Ciência caminham juntas.
(Só foi possível este "pensar", depois de uma conversa de Natal com o meu professor de serviço)
D/C.

02 janeiro, 2009 22:20  
Anonymous Anónimo said...

Com toda a franqueza, gosto muito pouco de falar na existência ou não existência de Deus, porque me parece, sempre, estar a discutir o «sexo dos anjos».
Podemos reflectir sobre o que pretendemos dizer ou significar quando falamos de Deus. O que cada um entende ou sente ou acredita que seja e como seja. Agora, que Deus existe ou não existe! Quem somos nós, reconhecidamente limitados e a viver às apalpadelas, a perguntar, meio atordoados, «de onde viemos, que estamos aqui a fazer e para onde vamos», para nos pronunciarmos sobre, precisamente, a Entidade que estará «por detrás» de «tudo isto» e até das nossas próprias perguntas? Além disso, dá-me a sensação de estar a fazer aquela pergunta, mais tola que todas: a vida existe? Posso perguntar-me o que é a vida, donde veio, onde é que vai parar etc etc. Não posso é perguntar se ela é uma realidade, porque, já por si mesma, a formulação da pergunta atesta a existência da realidade/vida. Descartes sintetizou isto muito bem no seu «penso, logo existo».
Em resumo: perguntar se Deus existe ou não, é uma falsa questão. E a resposta pela afirmativa ou pela negativa a esta questão é tão falaciosa quanto a própria pergunta.
Então, com que ficamos?
Eu respondo: com a realidade da Vida e do Universo que somos ou pensamos que somos e que se nos impõe de uma forma absoluta e incontornável. Foi a partir desta constatação/imposição que todas as perguntas, pensamentos, sentimentos, emoções, credos, filosofias, teologias, ciências, mitos, cosmologias… viram a luz do dia!
Se conseguirmos deixar de lado o gigantesco preconceito de que há um «caminho» misterioso que leva directamente a «Alguém», sem ser através da Vida e do Universo que somos, estará tão enganado como aqueles que tiveram de ouvir, há dois mil anos, esta advertência arrasadora: «se não amas o irmão que conheces (vês) como podes dizer que amas a Deus que não conheces?»
Porque será que as coisas mais simples e evidentes acabam por ser, sempre, as mais difíceis de aceitar?
Tenho aqui, em cima da minha secretária, o Jornal de Notícias, com uma entrevista de José Saramago. Sem me alongar muito, fica o registo da minha surpresa que é ver, no dealbar do século XXI, um prémio NOBEL ter uma ideia tão pobre e redutora acerca do ser humano e do seu universo Um homem lúcido teria entendido, há muito tempo, que afirmar Deus pela negativa ou pela positiva é passar, logo à partida, por cima do Mistério Insondável que nós e o nosso mundo somos para nós próprios. Saramago, em vez de abrir os olhos para o Universo misterioso e maravilhoso que somos, centrou-se no próprio umbigo e agarrou-se ao preconceito da sua militância ateia.
Fico espantado ao ver com que facilidade se fazem afirmações definitivas acerca da vida ou da morte, como se já pudéssemos ler, na palma da mão, os segredos mais recônditos de um mundo que se nos vai revelando cada vez mais incrível!
E volto à teologia cristã, para dizer que ela começa por afirmar, acompanhando o evoluir das ciências, o Mistério da Vida. É certo que, logo logo, dá o «salto da fé» e fá-lo, fazendo nascer, no coração do crente, a esperança e o amor.
Que bom!
E só dá este «salto da fé» quem assim o entender.
O ateísmo professado e militante afirma ter já a leitura completa e fechada do Livro da Vida. Começa, exactamente, por recusar que o Livro da Vida é o Mistério da Vida, acabando por morrer na antecâmara do humanismo. Mas, para dar ideia do contrário, perde-se em lamúrias e libelos contra a opressão e a pobreza e toda a espécie de misérias humanas.
Só me fazem lembrar aqueles políticos que beijam criancinhas em campanhas eleitorais, só para ganhar eleições. Que importaria ao ateu ou a nós a miséria humana, se o nosso destino já fosse bem conhecido e estivesse definitivamente traçado?
Como não reconhecer que, com fé ou sem fé, a esperança galvaniza o coração do homem e fá-lo avançar na leitura do Livro da Vida, incessantemente, sabendo nós, hoje, que nesse sentido se avançou mais nos últimos 50 anos, que nos anteriores 50 mil!
«Acabando-se a vida, acaba-se o trabalho. No fundo, é como uma ave abatida em pleno voo». Diz Saramago, na referida entrevista.
Como se o Livro da Vida pudesse ficar reduzido à pessoa de cada um de nós!
Esperava-se mais lucidez de um prémio Nobel.

03 janeiro, 2009 17:23  
Anonymous Anónimo said...

DÚVIDAS!................

As duvidas existem, logo a fé, pelos mistérios das manifestações divinas, torna-se-me inabalável.

Como este espaço, irmãos, está saudável, como reforçais os meus ideais, pelas vossas dúvidas, dúvidas que se me tornam a luz que ilumina a minha existência.

Obrigais-me a meditar nas vossas palavras e a encontrar nelas aquilo que me faltava, o reforço da fé.

Ainda bem que assim falais, são manifestações para contemplação do Divino, que pelo envio da sua “angelicidade” me coloca nos trilhos da verdade.

Estais a caminhar comigo, vinde e provai como é bom este caminho, rumo á Pátria Celeste.

___________________________________

"URGENTEMENTE


É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
Ódio, solidão e crueldade,
Alguns lamentos,
Muitas espadas.

É urgente inventar a alegria,
Multiplicar as searas,
É urgente descobrir rosas e rios
E manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
Impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
Permanecer."


Eugénio de Andrade, Antologia Breve

04 janeiro, 2009 12:47  
Anonymous Anónimo said...

«Fé, razão e ciência caminham juntas»

Assim conclui o Coelho a sua última intervenção.

Isso é evidente, pois não passa pela cabeça de ninguém chamar mentecapto ao homem de fé, nem chamar besta irracional ao ateu. O crente e o não crente são seres humanos e, como tal, capazes da fé e da ciência ou, dizendo de outra forma, da teologia e da filosofia (no seu sentido mais lato e verdadeiro). E por ser assim, é inútil «teólogos» desastrados diabolizar a ciência, e «filósofos» de vistas curtas reduzir a fé dos homens a um acervo de tradições infantis e supersticiosas. Uns e outros têm de perceber, de uma vez por todas, que a fé e a ciência são movimentos da alma humana, na tentativa de conhecer o seu destino.
A história «obriga-nos» a aceitar que as teologias e as filosofias podem passar de moda, mas a capacidade intrínseca do homem de sonhar, inventar, fazer ciência e fazer teologia se mantém, se aprofunda, se aprimora, se rejuvenesce, se completa e se expurga dos erros de percurso. Estes, são inevitáveis, e fazem parte da nossa condição humana, tanto quanto a capacidade de acertar e avançar.
Nós sonhamos com a perfeição, e ainda bem, e aí começa a nossa caminhada imparável rumo a um futuro que desejamos sempre melhor, diferente, novo.
Aceitando o homem na sua realidade integral, começamos por entender que fé e ciência são dois movimentos da alma humana, distintos mas verdadeiros, e ter a noção, cada vez mais nítida, de que onde ainda não chega a razão e a ciência, se abre o espaço da fé dos homens. E neste sentido podemos dizer que a fé torna-se o prolongamento dos sonhos da Humanidade. Podemos dizer que, tomada neste sentido, a fé liberta, não aliena. É como se o ser humano, no fim da caminhada dura, persistente e apaixonada, mas inconclusiva, da razão, soltasse a alma numa exclamação, ainda arrebatadora: deixem-me sonhar!

Despida das roupagens às vezes lindas, às vezes feias, às vezes horríveis que lhe põem em cima, a fé não será mais que um grito da alma sonhadora e inconformada!
Deste jeito eu sou um crente.
Por isso tenho muito pouco a ver com o conformismo, falsamente sábio, de Saramago, patenteado na entrevista que referi e da qual cito ainda o elucidativo final: «Como se pode ser optimista quando tudo isto é um vale de sangue e lágrimas? E nem sequer vale a pena que nos ameacem com o inferno, porque inferno já o temos. O inferno é isto» (JN , 5 Nov 2008).
Felizmente que o MUNDO não se reduz à paróquia do nosso Prémio Nobel.

P S: Meu caro Coelho, eu sei que a tua fé e a do teu «professor de serviço», não é bem a minha, como já entendeste. Mas que importa isso?

06 janeiro, 2009 10:03  
Anonymous Anónimo said...

Meus caríssimos amigos,
Eu supunha que sabia alguma coisa da fé. E um dia, abri a rádio, numa daquelas viagens curtas entre dois pontos, e ouvi na rádio alguém dizer que a fé era uma forma de conhecimento! Escândalo!?
Não!? É mesmo uma forma de conhecimento. Como nos vem e que influência "gratis" temos nisso é outra coisa. No conhecimento, mersmo que transmitido pela escrita ou verbalmente, so tem quem leu ou ouviu! Caríssimos, se querem ter fé (forma de conhecimento) ou ouvem quem sabe ou lêem! Caso contrário chucham no dedo. Em espírito de bom ano só vos resta pregar a vossa fé, os vossos conhecimentos de Jesus! Não se faz o mesmo no reino animal pela luta genética! POis façam de conta e venham-se daí que aplaudirei! Queriam papa feita? Era o que faltava!

07 janeiro, 2009 00:42  
Anonymous Anónimo said...

Se eu falar como um teólogo cristão, direi que a fé não se aprende e, portanto, não é um conhecimento adquirido. Não se obtem pela grande ou pequena inteligência ou por maior o menor desenvoltura da razão. É um «dom» de Deus. Como tal, não tem fé quem quer, mas quem é contemplado com a «graça» do «dom» da fé.O máximo, e não será pouco, que cada homem pode fazer é dispôr-se a «aceitar o dom» que lhe é apresentado.
Neste aspecto, o «dom» da fé é como o dom da vida. E, como toda a gente sabe, ninguém começa por «conhecer» a vida e depois nascer...Por isso a vida e a fé são «dons» absolutos «imerecidos» com os quais somos, por assim dizer, confrontados. Neste sentido, não se quetiona a fé, como não se questiona a vida.

A teologia cristã e católica é esta. Se alguém tiver dúvidas pergunte a Frei Vitalino.

Mas podemos e devemos questionar como vivemos e como acreditamos.

E aí entram a razão e todos os conhecimentos. E o resultado a que se pode chegar tanto pode ser o modo de vida e de fé do Coelho, como o meu modo de vida e de fé. E se no modo de vida estamos de acordo, pelo menos genericamente, no modo de fé divergimos, tal como esclareci no comentário anterior. Como diverge o islamita do cristão e o católico do jeová.

Já agora, Jorge, ao que ouviste na rádio, acrescenta mais esta achega. Não contradiz o que ouviste na rádio mas procura clarificar o que será «conhecimento pela fé».

07 janeiro, 2009 09:34  
Anonymous Anónimo said...

Caríssimos e meu caro Mário,
Primeiro os agradecimentos pelas dicas dos livros o do alemão que já estou lendo e "o que é a bíblia" de Carreira as Neves.

Quanto ao Alemão penso que não vai longe... não obstante algum furor e fulgor que perpassa pela imprensa internacional... tem a seu favor o facto de este século ser considerado o século da espiritualidade! Mas destas radicalidades baptizadas de novo mundo já me vacinei e tem muito a ver com a Alemanha e alguma da sua ancestralidadade. Ontem era uma nova humanidade, hoje um novo mundo. Eu conheço a história dos campos de concentração que era parte da criação da nova humanidade alemã, ariana! E que não foi mais que extermínio de milhões de irmãos em quem Deus também era.

Carreira das Neves, afinal não conhecia eu outra coisa, o Livro dos livros de que ele é comentador e provavelmente mentor. Mas já adquiri este livro " O que é a Bíblia e cá vou lendo.

Para terminar este pequeno comentário e para que não restem dúvidas sobre o que eu penso mesmo, esclareço que entendo mesmo que a fé é uma forma de conhecimento como outra qualquer. Eu aceito o que me transmitem porque o transmissor me merece crédito ou os conteúdos se interiorizam. Por isso aceito o que ele me transmite. Isto é verdadeiro para tudo e para toda a gente em qualquer lugar do mundo para tudo e para todos e para toda a espécie de saber e de saberes sobre quaisquer que sejam as coisas.
Pode haver erro e ser mentira?
Mas é óbvio!
Mas que diferença fará isso se entretanto encher a vida!?
Passemos adiante... A questão da fé dádiva, dom de Deus é outra. E qual é?

Para mim, apenas, aceitarmos ou ainda menos, o dom é aapenas a não recusa. Mas, e porque haveria de ser mais?

Já agora caro Mário, desmistifique-se o conceito de graça e ligue-se a "gratis" ( sem pagemento), gratuitidade... pensa nisso e verás como é delicioso!

Graça, na teologia cristã, por norma é um conceito profundamente obsceno e oco, para não dizer "pornográfico" porque sempre promete ou sugere o que nunca é.

Assim eu estou na graça de Deus porque estou com Ele gratis. Assim eu dou graças a Deus, isto é agradeço, o que recebi gratis, etcc.....


Caríssimos e meu caro Mário, Não só o conceito da fé ganha novo vigor como o conceito da fé sai de cara lavada. Onde o dom da graça? Mas na graça é tudo dom porque Deus dá tudo... nós é que podemos não pegar. Pois alevá...

Quanto à referência ao Frei Vitalino, que muito me honra, aliás Padre e Bispo, espero não ter sido argumento de personalidade.

É que o Espírito Santo e só Ele é que é o manipulante da palavra por nós...

Pois é, eu acredito neste conhecimento, fé... ainda por cima por graça, isto é por dom gratuito!

Mas tem mais e isto é o argumento final: resulta a favor dos irmãos! Se sim, estamos conversados, eis como Deus, pelo Espírito, se manifesta.

Se fores ao Evaangelho está lá... quanto às derivações e desviações hierárquicas pois que se embrulhem com elas... nessa lógica a terra ainda seria plana, o Cardeal Belarmino o centro histórico-teológico da Igreja e o Galileu um desgraçado.

Mas o Galileu é um momumento à ciência e o Belarmino a chacota da rapaziada... tontalho, como alguma vez fomos todos.

Por isso, nunca mais

20 janeiro, 2009 23:21  
Anonymous Anónimo said...

FAMÍLIA

O que é UMA família?

Família são um bando de estranhos, com sonhos e objectivos diferentes e opiniões diversas, mas que são colocados juntos na vida com a finalidade de aprenderem a conviver uns com os outros, amando-se e respeitamdo-se, apesar das diferenças.Uma família é como um lugar para onde voltamos, quando no mundo não há mais lugar nenhum para onde voltar, ou quando nenhum outro lugar nos recebe de volta.
Família são aquelas pessoas dificeis, de quem às vezes reclamamos, com quem muitas vezes ralhamos e que esquecemos de valorizar, mas quando algum estranho se atreve a criticar qualquer um dos membros da NOSSA família, imediatamente nos transformamos em ferozes tigres defensores.Família são pessoas responsáveis pelos nossos "traumas" e complexos, mas ao mesmo tempo, são aqueles que nos apoiam, apesar de todos os "traumas" e complexos que causamos a eles.
Família é aquela gente esquesita, a tia paranóica, a irmã invejosa, o pai mau-humorado, o primo esquizofrénico, a mãe ausente; ou seja, a cada momento da noss vida, um deles é o nosso espelho.
Família é uma palavra doce da qual nos lembramos quando estamos cansados no final de um dia "louco" de trabalho, dentro de um carro num engarrafamento em um dia chuvoso,úmido e frio polar.
Família são também aqueles que muitas vezes nos faltam quando precisamos, tornando-se assim os nossos melhores professores na importante lição de sermos independentes.
Família são aquelas criaturas totalmente imprevisíveis, pois quando achamos que os conhecemos bem, de repente um deles nos surpreende com uma atitude inesperadamente maravilhosa ou absolutamente decepcionante.
Família pode ser o mais belo sonho ou o mais terrível pesadelo. Mas acho que, a melhor definição de família que eu já ouvi, veio do meu amigo Sousa, após uma barulhenta noite de Natal na qual toda a família compareceu(cerca de trinta membros oficiais e alguns agregados); no final da festança, cansado, entre papéis de embrulho espalhados pelo chão, caixas e objectos esquecidos em uma sala desarrumada, ele suspirou: " A família traz sempre duas alegrias: uma quando chega, e outra, quando vai embora."

Diz o patriarca e com toda a razão " não chamem casamento nas uniões gay".
Há valores que todos devemos defender: A FAMÍLIA.
D/C.

22 janeiro, 2009 21:41  
Anonymous Anónimo said...

O meu velho rádio vai gritar!


A avaria foi provocada, por uma descarga energética e má utilização do pai que o usou.

Pai que se devia acalentar com seus filhos e mulher e muitos amigos que o visitavam para oferecerem bons métodos educacionais.

O pai não deu porque não recebeu a mãe não dá porque não tem e afinal até o velho rádio apesar avariado, o que não faz mal, também não dá nada a ninguém, porque os locutores esvaziam-se de conteúdo para os ouvintes, pois, estão preocupados com as politiquices do país, que em nada dignificam a família.

AH! Os tijolos são pesados, mas ainda vou ter forças para ir á adega do meu pai, pegar no velho funil e gritar bem alto:

A família é possível indo buscar ao íntimo do nosso ser os princípios de que ela precisa.

Na família construiremos uma nova, sociedade com princípios.

Até breve
R/D

23 janeiro, 2009 12:31  
Anonymous Anónimo said...

Aqui-del-rei
Que ele é gay
E não vai dar
Filhos à grei
Cumprindo a divina lei
Natural
Animal
Como diz o Cardeal

E o gay é pecador
Ensina o senhor Prior.
Há-de haver
Filhos e filhas
Desde o nosso pai Adão
Quem não fizer é panilhas
Fruto de má-criação:
Veste saia
Arreia a calça
É como a moeda falsa
Posta em circulação

(Coitadinho do Cadu:
Quer casar inda não pode
O amigo vai-lhe ao …
Faz pecado quando…)

Basta olhar
Está tudo no lugar
Tudo feito
A preceito
É feitio
Não defeito
Confirma
O senhor Doutor
De mão dada
C’o Prior

Mas o gay
Inconformado
Não se dá por derrotado:
Somos barro
Sim senhor
Saídos do mesmo saco
E amassados em Adão
E o saco não está roto
Nem há bom
Nem há maroto
É a nossa condição

(Coitadinho do Cadu:
Quer casar inda não pode
O amigo vai-lhe ao…
Faz pecado quando …)

Não vai nessa
O Cardeal
E atribui
A inversão
Ao pecado original
Subindo nos decibéis
Clama o Bento Dezasseis
Que não tem a menor lógica
Uma tal relação
É muito pouco ecológica
E causa poluição
Ao ambiente
Natural
Animal
Está mal
Está mal
Está mal

(Coitadinho do Cadu:
Quer casar inda não pode
O amigo vai-lhe ao …
Faz pecado quando…)

31 janeiro, 2009 10:52  
Anonymous Anónimo said...

ARROGÂNCIA

Um jovem muito arrogante, que estava assistir a um jogo de futebol,tomou para si a responsabilidade de explicar a um senhor já maduro, próximo dele, porque era impossível a alguém da velha geração entender esta geração.
"vocês cresceram em um mundo diferente, um mundo quase primitivo", o estudante disse alto e claro de modo que todos em volta pudessem ouvi-lo.
"Nós, os jovens de hoje, crescemos com televisão, aviões a jacto,viagens espaciais, homens caminhando na lua, naves espaciais que vão a Marte. Nós temos energia nuclear, carros eléctricos e a hidrogénio, computadores com grande capacidade de processamento e ...,"numa pausa para tomar outro gole de cerveja. Um senhor ao lado aproveitou-se do intervalo do gole para interromper a liturgia do estudante na sua ladaínha e disse: " Como estás certo, filho.Nós não tinhamos essas coisas
quando eramos jovens... por isso nós as inventamos. E tu, um (bostinha) dos dias de hoje, o que estás a fazer para deixares à proxima geração?"
Foi aplaudido ruidosamente!

"Para mim, arrogância é sinónimo de pequenez."

O que seremos nós (AAAC)capazes de deixar à próxima geração de (AAAC)?
D/C.

01 fevereiro, 2009 17:12  
Anonymous Anónimo said...

Suave Milagre


Chega silenciosa, em crescendo de intensidade ou brusca como murro no peito, num qualquer instante da nossa caminhada, incessante, desde a primeira infância da vida. É a CONSCIENCIA de nós mesmos e do mundo que nos rodeia. Seja lento e progressivo o seu despontar, ou repentino e brutal, acabamos por, em algum momento, sermos assaltados por um sentimento de infinita solidão, que resulta da consciência de estarmos “ali”, perante nós mesmos e perante tudo e todos, como «únicos», e responsáveis, sem sermos previamente consultados, por cada passo que dermos a seguir.
De uma forma ou de outra, cada um de nós já passou por uma experiência destas, com maior ou menor intensidade de clarividência. E é precisamente a partir daqui que assumimos, numa dimensão verdadeiramente nova, a nossa condição humana, afirmando-nos como HOMENS.
Enquanto não toparmos com algum extraterrestre transviado, vindo da nossa ou de uma outra de biliões de galáxias contabilizadas pelos astrofísicos, nada que se conheça chega ao nível da CONSCIENCIA humana, que lhe permite conjugar, em todas as pessoas, o verbo SER. E nós conjugamo-lo no presente, passado e futuro; no imperfeito, no mais-que-perfeito e no condicional; no INFINITO pessoal e impessoal. SER, EXISTIR, AMAR, CRIAR, VIVER, RACIOCINAR…Cada um destes «verbos» na sua forma de infinito encerra um conceito de dimensão infinita, e por isso os filósofos empurraram o verbo e o seu conceito para «além da física», que em grego se diz «metafísica», criando, deste jeito, um mundo conceptual transcendente. Esta “entidade transcendente” é o verbo mais o seu conceito, em que o verbo é o CORPO, visível nas três letrinhas apenas –S E R- e o conceito a ALMA, reflectida na CONSCIENCIA DE SER e que assim se transforma em LUZ DO CORPO. Nesta perspectiva, a metafísica e a transcendência que ela postula, nunca será uma abstracção «pura e simples», mas sim o espaço e o tempo de uma realidade indissociável, visível num «corpo» que reflecte uma «alma». Se é o corpo que gera a alma ou se é a alma que cria o corpo, que os físicos e os metafísicos desvendem o mistério e da descoberta nos dêem conta. E, de caminho, acabem com o paradoxo, quase trágico, de eu poder dizer que «sou o meu corpo» - visível e delimitado conglomerado de átomos - e ao mesmo tempo poder dizer «sou a minha alma» que parte à desfilada até aos confins de todos os universos imagináveis!
E se pensa a si própria!
E brilha e pisca na escuridão como o pirilampo!
Se algum de vocês pensa que a filosofia e a sua metafísica é mais do que aprender a conjugar o verbo SER, está bem enganado. E há um engano fatal em que muitos «filósofos» caem: conjugar o verbo apenas na sua forma de infinito impessoal, como se por trás de cada verbo não estivesse um SUJEITO, que o conjuga de modo pessoal ou impessoal.
Outros «filósofos» esquecem-se de conjugar o verbo SER em todas as suas pessoas, do singular e do plural e, de repente, imaginam-se sozinhos no universo, como se fossem a «inconsciência» de um qualquer pinheiro bravo. Pior ainda se, ao descobrirem o INFINITO do seu verbo SER e não podendo fugir às regras gramaticais de um verbo conjugável em todas as pessoas, pensarem que o seu SER é colocado em perigo de morte (o inferno és tu, é ele, sois vós, são eles…).
Todos serem tão «infinitos» SER quanto eu próprio? Pode lá ser!
No entanto, a “gramática” exige: Eu sou, tu és, ele é…
É crítica a fase de transição da primeira para a segunda pessoa e desta para a terceira: EU «sou», TU «és», ELE «é». A nossa razão atormenta-se com o paradoxo de dois ou três ou milhões de mundos “infinitos”(NÒS) terem de conviver. Mesmo que consideremos somente «infinitas consciências de ser», pelas contas da razão não poderá haver mais que um inifinito absoluto. E no entanto, cada um de nós É A CONSCIENCIA desse INFINITO ABSOLUTO. Podemos dizer que «somos consciência absoluta».

(Não me peçam para eu desembrulhar este paradoxo, que eu não sou capaz. Limito-me a constatar a contradição, que parece insanável, e chamar-lhe, humildemente, o MISTERIO DA VIDA. Quem tiver melhor conhecimento, me ensine e grato lhe ficarei. Estou tão à rasca quanto os cientistas da «física quântica» perante a complexidade inesperada e abissal daquilo a que grosseiramente chamamos «matéria»)

E cada um de nós é um SUJEITO com muitos predicativos. E com vinte e cinco letras criamos uma infinidade de verbos e de frases enfeitadas com toda a espécie de complementos circunstanciais.
É o prodígio humano da linguagem.
Ontem passou na RTP 2 um magnífico documentário sobre o cérebro humano (II parte). O cientista de serviço falou de toda a espécie de experiências tentadas com o nosso parente animal mais próximo, o chimpanzé, para se perceber até que ponto teria desenvolvido esta capacidade humana, impar, da linguagem. As experiências levaram claramente a uma conclusão: a comunicação verdadeiramente «humana» funcionava apenas num só sentido: do homem para o chimpanzé. E o segredo estava no nosso cérebro e nos nossos genes. E até já se sabe qual o gene responsável pela singularidade da capacidade humana da linguagem!
Mas o cérebro não processa apenas linguagem.
Nem nós somos apenas cérebro.

Quando afagamos o rosto do nosso amor, quando o beijamos, quando nos inebriamos com os cabelos perfumados, quando o nosso corpo-alma se funde no seu…qualquer semelhança entre esta COMUNICAÇÃO-COMUNHÃO e aquilo a que, cientifica e prosaicamente chamamos de «cópula», é PURA COINCIDENCIA.

Porque da CONSCIENCIA HUMANA emerge o suave milagre do AMOR.
Que só é possível conjugando o verbo SER em todas as pessoas.

Em tempo: Não confundir o imenso «afecto», por exemplo, de uma gatinha siamesa, com a realidade do milagre humano do AMOR-COMUNHÃO-COMUNICAÇÃO.

E quem é crente em algum DEUS, diga lá se apareceu alguma teologia mais linda que a da «Santíssima Trindade», pensada à imagem do nosso AMOR!

02 fevereiro, 2009 11:33  
Anonymous Anónimo said...

Por favor, onde se lê «tão infinitos SER» leia-se: tão «infinto» SER

02 fevereiro, 2009 11:49  
Anonymous Anónimo said...

Desde já começo por pedir as mais sinceras desculpas. A minha intervençao neste blog nada terá a ver com as discussoes que normalmente se passam. Aliás eu pouco teria para dizer. Muitos dos relatos aqui presentes sao fruto de muita investigaçao (leitura de livros, documentos e manuscritos), de vivências passadas e muita experiência de vida.
Perdoem os meus 25 anos...
Venho apenas deixar algumas palavras a uma pessoa que, por nao ter ainda o seu próprio blog, obrigou-me, assim, a interromper este. Nao tenho o dom da palavra nem da escrita, nao senhor... isso deixo para aquele de quem vou falar! Mas gostaria que ficasse aqui registado o meu mais profundo carinho, amor e admiraçao por uma pessoa que desde que começou a escrever neste blog, este nunca mais foi o mesmo. Sim codeas! És tu de quem vou falar.
Nao o conheci no seminário vestido de fradinho nem tão pouco como estudante de teologia. Conheci-o como pai de familia e deste Mário posso falar bastante (já sao 25 anos de convivio!) mas nao o vou fazer, deixarei apenas algumas palavras...
Mário é impressionante a maneira como escreves, como transmites tão facilmente o teu pensamento filosófico de forma a que todos, até os mais leigos, o compreendam e muitos até se revejam nele.
A forma como tentas tão vigorosamente abrir um pouco a mente de muitos (inclusivé a minha) para que pensem e reflitam em tudo o que nós somos como ser individualizado e único e em todo este imenso universo ou multiversos que nos compreende e que tão pouco conhecemos. Tanto já se descobriu e tanto ainda por se descobrir...
És detentor de um raciocinio lógico e coerente, um homem cheio de ideias e ideais que tenta sempre ensinar aos outros tudo aquilo que aprende e descobre, aliás ensinar sempre foi a sua paixao. E a mim já me ensinaste bastante e continuarás sempre a ensinar...
Com tudo aquilo que já escreveu neste blog todos podem facilmente encontrar alguns traços da sua personalidade: brincalhao, dedicado, defensor das suas ideias, amigo do seu amigo, teimoso, paciente, afectuoso e excelente cozinheiro! (bem, isto nao está presente na escrita dele mas ficam já a saber que o Mário é também um excelente cozinheiro.
É um codeas cheio de virtudes! E depois de ler esta dedicatória será um codeas todo inchado!
Não me vou alongar mais apesar de muito ter ficado por dizer, mas como já tinha salientado escrever nao é para todos e sei que depois deste comentário lido ainda vou ouvir umas tantas por erros gramaticais ou frases mal estruturadas... mas Mário dá-me um desconto! Como se costuma dizer: o que conta é a intençao! E a minha intençao foi vir aqui, com este paleio todo vir apenas dizer, ORGULHOSAMENTE:

Adoro-t Pai!!
(tu és, eu amo-t...)

04 fevereiro, 2009 10:28  
Anonymous Anónimo said...

Estão a ver isto? Ela chamaou-me côdeas! Devem ser os ares da Suiça que lhe estão a fazer mal! Tanto exagero! Mas para os nossos filhos somos sempre os melhores pais do mundo. Que bom.
Um beijo, filhota

04 fevereiro, 2009 11:23  
Anonymous Anónimo said...

Prós e Contras na Sexualidade

«Quando afagamos o rosto do nosso amor, quando o beijamos, quando nos inebriamos com os seus cabelos perfumados, quando o nosso corpo-alma se funde no seu…qualquer semelhança entre esta COMUNICAÇÃO-COMUNHÃO e aquilo a que, cientifica e prosaicamente chamamos de «cópula», é PURA COINCIDENCIA.»

Estou a citar-me, recorrendo ao último comentário nesta postagem.
E faço-o, porque me surpreendi, ontem, ao ouvir o programa Prós e Contras de Fátima Campos Ferreira. O tema era delicado e eu esperava outra elevação nos participantes. Mas, sobretudo, estava na expectativa de uma abordagem mais séria.
Disse, aí algures no blog, repetindo especialistas na matéria, que a ciência humana progrediu mais nos últimos 50 anos que nos anteriores 50 mil. Qualquer um de nós que anda na casa dos cinquenta ou sessenta, conheceu dois mundos diferentes: o da nossa infância e o presente. E se ainda andarmos por cá mais dez anitos, ou nem tanto, veremos emergir um novo mundo, que só não nos deixará atónitos porque já nada nos espanta.
O que nos surpreenderia e nos faria sorrir, era ver um velho abade, por exemplo, lá do cimo das escadas do altar-mor «mandar vir» com uma rapariga ou senhora que entrasse no lugar sagrado sem a cabeça devidamente coberta. E no entanto, nesse outro mundo que conhecemos, assim era e ninguém achava a mínima piada ao atrevimento dessa mulher.
Os islamitas ficaram parados no tempo, como quem diz, nos costumes e na moral e é o que se vê. E não tem graça nenhuma.
O que não se altera, desde há 50 anos ou 3000 anos para cá, é a condição do Homem, se aceitarmos que somos um ser extraordinário, único no universo conhecido, pela nossa consciência de SER. A cultura que fomos desenvolvendo é, a um tempo, prova do nosso génio e da nossa singularidade. Há dois mil anos, Paulo de Tarso deixava escrito: « não há judeu nem gentio, nem grego nem romano, nem homem livre nem escravo, nem homem nem mulher». Admitia-se, claramente, um destino transcendente, para um ser transcendente, muito para além «deste corpo de morte» (ainda Paulo de Tarso). Se traduzirmos estas palavras de Paulo de Tarso para a linguagem dos nossos dias, diríamos que o ser humano é único e transcende a animalidade evidente no seu «corpo de morte».
É precisamente esta sua «natureza» que o faz transformar em acto cultural o que noutras espécies é simples acto de se alimentar, se mover, se comunicar, SE PROCRIAR…
A sexualidade humana é um acto cultural e não uma cópula animal. E a consciência deste facto foi-se aprofundando e generalizando, à medida que a ciência colocava, à disposição de todos, os anticonceptivos. A sexualidade foi-se desligando, quase imperceptivelmente, da finalidade inicial e «natural» da procriação. Os meus pais (o tal outro mundo que conheci) aceitaram «os filhos que Deus lhes deu» (13). Eu, os meus filhos, seguramente os meus netos, fazemos da sexualidade um acto eminentemente humano e, pontual e excepcionalmente, decidimos gerar filhos!
Parafraseando-me, qualquer semelhança entre a sexualidade humana e sexualidade animal é pura coincidência.

É com base nesta filosofia do homem que eu começo a pensar na «novidade» que nos está a ser apresentada: o casamento homossexual.

18 fevereiro, 2009 00:36  
Anonymous Anónimo said...

Aditamento:
Por lapso não passei para o blog os últimos parágrafos do comentário.Aqui estão:

Pena que, naquele debate, a filosofia tivesse ficado de fora. Só valeu o ordenamento jurídico, o preconceito e a crença.
E a desavença.

18 fevereiro, 2009 14:04  
Anonymous Anónimo said...

É assim que penso eu !

É vergonhosa a ignorância espiritual.
Mas mais vergonhosa que esta é a ignorância moral.
D/C.

(resumo de uma aula de princípios e valores)

18 fevereiro, 2009 23:43  
Anonymous Anónimo said...

Meu caro D Coelho

"Troca por miúdos" isso da ignorancia espiritual, porque quanto à ainda «mais vergonhosa ignorância moral» já todos sabemos de que se trata: a título de exemplo, para o islamita é absolutamente vergonhosa imoralidade a mulher andar de cabeça destapada, ou as pessoas comerem carne de porco. E entre nós, quando eu era pequeno, a mini-saia era mais que imoral...Agora até de mini-saia as meninas «ajudam à missa»! Resultado: perante esta imoralidade reinante na Igreja Católica, a recem-fundada Igreja de São Pio X é que parece ter razão, distanciando-se desta pouca vergonha da Igreja Católica Oficial, que renunciou aos seus valores e aos seu principios morais...
Não me digas que queres seguir as pisadas de arcebispos e bispos revoltosos, por causa do cumprimentos das sais ou decotes das mulheres.. ou uso do preservativo.

19 fevereiro, 2009 12:02  
Anonymous Anónimo said...

Meu carríssimo M.Neiva

O mundo precisa de Deus

Não vou ensinar o "Pai-Nosso ao Vigário".Mas não deixarei que chamem pedra ao pau.
Fácil negar a existência de Deus para obter-se a falsa certeza de que se tem o controle da própria vida, que escolhe por si mesmo tudo o que se quer... Como se o ser humano soubesse mesmo o que é melhor para si e para o mundo. Não sabe, soubesse e o mundo não estaria como está.
E o nosso Deus que existe independente de quem crê ou não na sua existência, assiste a tudo e a todos atentamente.É mais fácil negar a existência de um céu ou inferno, de anjos e demónios, dimensões e outros seres que as habitam...Assim nada cobra nem culpa, e não é preciso justificação para as práticas do mal. O que importa é que a consciência esteja limpa, não é?
Mesmo negando-se a existência da Alma, ela está dentro de cada um e é ela quem impede que a consciência esteja completamente limpa. A Alma é inquieta e ela aponta onde estão os abismos vazios do nosso ser. E tentar anular a Alma, é criar mais vazio, é deixar de sentir em intensidade, e permitir prevalecer o corpo e deixar fluir o mal...
Obter todos os bens materiais, os altos níveis sociais, as grandes realizações pessoais não são o bastante para alcançar,nem tão pouco preencher esses vazios internos.
Vasculhar livros e mais livros, encontrar erros grotescos e falhas nas religiões, apontar as discordâncias bíblicas não aliviará nunca a inquietação da Alma que se quer libertar desta matéria contaminada de maldade e retornar ao lar, junto ao colo de Deus Pai.
O ser humano segue a sua falsa evolução, baseando-se no avanço da tecnologia e do progresso para afirmar tal devaneio... E em nada evolui...Continua cada vez mais vazio, mais perdido, mais insaciável, mais atormentado e com questões cada vez mais latentes na sua mente...
E pergunta alguém onde está Deus diante do sofrimento humano?
Assistindo, pois é nesta posição que todos nós sempre o colocamos. As nossas vontades e escolhas sempre dizem a Deus:"-Fique quieto aí no seu lugar santo, não se meta e nem se intrometa na minha vida pois eu decido COMO QUERO VIVER. O que queres não é o que eu quero!"

Há quem diga que a culpa é do Diabo... Pois o ser humano sempre encontra um culpado para seus actos em vez de assumi-los ...E o diabo também assiste a tudo sem precisar mover um dedo para que o mal aconteça, pois o mal está em nós, inpregnado nesta carne corrupetível e limitada que muitos acreditam numa falsa superioridade baseando-se no exterior da imagem...Penso que há pessoas que acreditam mais no Diabo do que em Deus, pois testemunham todos os dias as proezas que ele comete e em que actos ele está presente.
Deus usa o curso natural de todas as coisas para que a vontade Dele se cumpra, pois nem Ele mesmo pode revogar o que Ele mesmo determinou.Deus não usa varinha de condón e não faz ilusionismo. Todas as coisas colaboram para o bem daqueles que O temem... O Universo conspira a favor... E o ser humano impõe a sua vontade mesquinha... A prova da bondade eterna de Deus está na sua criação que se mantém em equilíbrio e harmonia simultânea entre si, mas o oposto disto é causado pelo homem.
Quando eramos crianças, como eu me lembro,as pessoas eram diferentes...Mais educadas, mais reservadas, mais humanas... O que elas tinham que não tem hoje se a vida era menos prática e mais difícil?
Deus!
Viviam nas suas crenças e na devoção a um Deus. E a cada geração Deus foi sendo morto da vida de todos...

Movimentos, organizações, políticas, ideais, avanços tecnológicos, estudos científicos...Nada irá oferecer as respostas que todos precisam...O ser humano precisa estar certo sobre tudo. O ser humano defende uma idéia a partir do seu interesse pessoal. O mundo não pode ser mudado, pois é necessário que o ser humano mude primeiro. E quem pode mudar o ser a não ser o próprio ser humano? Pois ele mesmo escolhe como deve viver, o que quer escolher para si , o que quer praticar, como pensar, como ser... E sua fraqueza fica evidente quando se entrega a suas vontades sem reagir e sem pensar, pois é oco...Vazio...
"As dimensões entrelaçam-se e se fundem. Serão percebidos entre nós o que antes eram o inimaginável e o fictício. As vozes que se mantiveram caladas pelo tempo irão ecoar. O que estava oculto irá revelar-se. Chegou o momento de uma nova consciência para a sobrevivência da raça humana".
A espiritualidade é "Credo",é "Sentimento" é "Imaterial"...
D/C

19 fevereiro, 2009 23:40  
Anonymous Anónimo said...

Meu Caro D Coelho

Acabo de ler o teu texto e não posso deixar de te contar a impressão que me deixaram os dois últimos parágrafos. Contradizem todo o discurso anterior! « As vozes que se mantiveram caladas pelo tempo irão ecoar. O que estava oculto irá revelar-se. Chegou o momento de uma nova consciência para a sobrevivência da raça humana".
Todo o discurso que deixaste acerca do mal entranhado na carne e no espirito dos homens parece ser a realidade presente, obra dos homens de hoje, aqui e agora, que antes era tudo bom e todos estavam com Deus, como quando eras pequeno. Depois nós, os homens de hoje, estamos a estragar tudo com ciência, evoluções, invenções, inovações; que acabam por ser preversões, inspirações do diabo, materialismos pôdres e fedorentos, enfim, o inferno na terra. Dizes de outro modo, mas bem à maneira de Sartre ou de Saramago, o inferno são os outros e,como nas "sábias" palavras de Saramago «o inferno é isto»!
É curioso verificar que os profetas da «miséria humana» falam a mesma linguagem dos ateus do absurdo: uns e outros desvalorizam, até ao limite do irracional, a condição humana! Para uns e para outros nós não passamos de «trampa» mal-cheirosa: por causa do pecado ou do diabo, dizem os "crentes"; por causa do absurso da vida, diz Sartre ou Saramago...
Os "crentes" deviam pensar duas vezes antes de atribuir ao seu «Deus» a autoria de uma criatura tão desprezivel, nascida, sem para isso ser consultada, no meio da podridão. Era bom que parassem para pensar. E não vale atirar as culpas para um hipotético pecado do «Pai Adão».
Assumir a nossa condição humana é o primeiro passo no caminho da verdade. Porque a verdade segue à nossa frente, como farol a apontar o futuro.
E voltando ao inicio do meu comentário, a minha estranheza perante a leitura do texto é que nele se descreve um presente miserável em relação a um passado lindo, «com Deus», mas acaba por dizer que «as vozes que anteriormente estiveram caladas vão ecoar» (parece que só por maldade não o fizeram antes...) e a humanidade será resgatada!
Esta mesma humanidade que vem do futuro, que agora não presta e que era tão linda na nossa infancia, quando estavamos com Deus...
Meu caro Domingos, que espiritualidade é esta?
Talvez estejas a falar de algo parecido certas teologias «gregas, gnósticas, NEW AGE», onde «desaparece a razão de ser do PAI NOSSO, da parábola do filho pródigo...»
Estou a citar a última e recentissima obra publicada pelo franciscano Pe Carreira das Neves, EVOLUÇÃO A DUAS VOZES. Podes crer: este DEUS PAI do esclarecido frade é tudo menos o autor de um mundo miserável, convertido em joguete do diabo. Nenhum pai faria uma patifaria dessas ao filho que amorosamente gerou.
Não sou exemplo para ninguém, mas fartei-me de falar deste DEUS PAI e da amorosa COMUNIDADE DIVINA, noutro lugar deste blog.
E o que escrevo não são simples palavras: é a história das minha vida.

20 fevereiro, 2009 09:18  
Anonymous Anónimo said...

Meu caro Mário Neiva

Não é o momento de saber quem está certo e apontar quem está errado.
Uma verdade como pode ser absoluta se nem todos vivem,pensam e enxergam igual?
Cada vida tem a sua realidade e com ela sua própria verdade, mas todo o BEM gerado colabora para mais bem. Assim como o mal desencadeia uma sequência de maldade, assim também funciona com o bem.
Cada um precisa saber de si, analisar-se, assumir seus actos e rever seus conceitos em prol da colectividade e da estabilidade geral.

E seja como cada um entende Deus, creia Nele e apegue-se Nele: é disso que a humanidade precisa!

"As dimensões entrelaçam-se e se fundem.
Serão percebidos entre nós o que antes eram o inimaginável e o fictício.
As vozes que se mantiveram caladas pelo tempo irão ecoar.
O que estava oculto irá revelar-se.
Chegou o momento de uma nova consciência para a sobrevivência da raça humana".

(por alguma razão insisto)
D/C.

20 fevereiro, 2009 21:42  
Anonymous Anónimo said...

«Fácil negar a existência de Deus para obter-se a falsa certeza de que se tem o controle da própria vida, que escolhe por si mesmo tudo o que se quer... Como se o ser humano soubesse mesmo o que é melhor para si e para o mundo. Não sabe, soubesse e o mundo não estaria como está».

O primeiro parágrafo da citação dá-nos a imagem de uma criança que se esconde dos olhares dos pais para fazer uma malandrice. Está aí afirmado que se nega a existênca de Deus para podermos fazer o que nos dá na gana.
E como não sabemos o que é melhor para nós e para o mundo, sai disparate.
Um tal olhar sobre a história humana pressupôe, logo à partida, que nascemos inclinados para a malandrice. No mínimo poderiamos falar de um erro no «projecto» que nos criou o que em nada abonaria em favor de uma «entidade perfeitissima».
Pior ainda do que este defeito inicial «de fabrico» só mesmo a afirmação que vem a seguir e nos dá conta de que não sabemos o que é bom para nós e para o mundo! Resultado desta dupla fatalidade: este nosso mundo está que só visto!
Eu pergunto: Se nascemos tortos e não sabemos POR NÓS MESMOS como endireitar-nos, como vamos sair desta?
A resposta é dada pelas religiões.
Mas cada comunidade tem a sua.
Cada comunidade tem o seu Deus.
Cada comunidade tem a sua moral.
E todas dizem que a sua é que é verdadeira.

Há qualquer coisa que não bate certo.
Eu penso que a condição humana encerra em si mesma todas as potencialidades de «salvação», que eu vou actualizar na palavra «sucesso». A ser de outro modo teriamos que começar a pensar seriamente na profecia do ateismo: a vida é um absurdo, o que quer dizer, em linguagem filosófica, que não tem sentido em si mesma.
E para mim o homem-no-seu-mundo não é um absurdo.
E também não é aquela criança traquinas à espera de fazer mais uma diabrura das suas...
Quem nos diz qual o sentido da nossa vida e do nosso universo? É a VOZ do nosso próprio SER ou uma VOZ EXTRA-UNIVERSO?
Eu penso que para haver alguma lógica nisto tudo tem de ser a VOZ DA PROPRIA HUMANIDADE E SEU UNIVERSO. Temos de saber descobrir o caminho, por nós mesmos e sem engano possivel, para podermos ser responsabilizados pelo nosso passado, presente e futuro. De outra forma «isto» não passaria de uma brincadeira de mau gosto.
De uma forma magistral, o Pe Carreira das Neves, na obra já referida, fala da «alteridade» absoluta da Criatura face ao Criador, traduzida na capacidade humana de dizer «sim» ou «não» ao Criador...
Já voltarei com a obra deste frade franciscano.
Bom fim de semana.

21 fevereiro, 2009 10:48  
Anonymous Anónimo said...

Recebi dois e-mails do Rosalino Durães acerca da canonização de beato Nuno de Santa Maria e não quero perder a oportunidade de deixar o meu comentário sobre esta canonização, a ocorrer no próximo dia 26 de Abril, data de aniversário do meu filho mais velho Tiago. Coincidências.
Também Nuno Álvares foi casado, ele antes de ser frade e eu depois...Ele teve só uma filha, D.Leonor de Alvim, e eu tive cinco. Nós fomos 13 irmãos, ele era um dos 26 (conhecidos) do então Prior do Crato. Foi frade carmelita 8 anos eu só fui durante quatro, ele na velhice, eu na flor da juventude. Ele foi comandante supremo das forças militares de Portugal, eu um simples oficial subalterno. Ele conde de Arroiolos, de Ourém e de Barcelos, eu neto de um simples «conde da Laje Negra», meu avô paterno, assim «baptizado» pelo boticário da aldeia, quando o meu avô João José reivindicava nobreza de sangue para a sua ascendência...E a «laje negra» eram os domínios da parcela mais inóspita, estéril e desprezada da freguesia de Balugães! Ser conde da «Laje Negra» era o mesmo que ser conde de um monte de pedregulhos! Com tal título honorífico não se safava o meu querido antepassado…

Mas a canonização do Beato Nuno traz-me lembranças da nossa Falperra.
Na altura em que por lá vivi, no alfobre carmelita do velhinho convento franciscano transformado em "seminário", as suas «Relíquias» peregrinaram pelo País inteiro e o fiel companheiro dessa viagem foi o saudoso Pe Elias Maria Manso, tio do nosso colega aa Benjamim Salgado. Com justiça, o «baptizador-mor» da época, O Lima Moreira de São Julião de Freixo, o cognominou de «Cavaleiro da Virgem». Ainda recordo que o bom Frei Elias achou muita piada e até se sentiu lisonjeado com a invenção daquele aa brincalhão.
Também conservo na memória o hino dos «marianos», encomendado ao então professor de música, o Sr Sá, ex-seminarista «diocesano» e natural de Geraz do Lima, a terra de outro aa, o António de Lima Barbosa, um querido condiscípulo, que nunca mais vi, mas recordo tão bem como o refrão do hino que o seu conterrâneo Sr Sá compôs para nós e era assim, na letra:

Marianos nós somos do Carmelo
Onde Nuno ganhou maior vitória
Do que em Aljubarrota ou Atoleiros
Para alcançar no céu a sua glória
Seremos irmãos e companheiros
Do Condestável santo puro e belo
Marianos nós somos do Carmelo

Defendei-nos (protejei-nos?)
Ó senhora
Com o Santo Escapulário
Para sermos novas chamas
Ardendo junto ao sacrário

Marianos nós somos do Carmelo...

Na grata lembrança do passado vos acompanho, mas não vou mais além. Esta canonização nada significa para mim. Mas se é motivo de alegria para muitos, pois festejem, com foguetes e tudo. Porque não? Lá na minha aldeia de Balugães, para onde me vou deslocar brevemente, não falho uma romaria, seja em honra de Santo António ou de São Bento. Pode ser que um dia lá chegue o São Nuno.

22 fevereiro, 2009 16:06  
Anonymous Anónimo said...

Acabei de ler a EVOLUÇÃO A DUAS VOZES do Pe Carreira das Neves. Ouvi a sua voz, falta ouvir a de Teresa Avelar, que escreve em parceria, numa forma de apresentação original do livro: Pela capa começa-se um, pela contra-capa começa-se outro. Até pensei que era defeito da impressão, e que havia metade do livro de «pernas para o ar».
Não vou ainda comentar este magnifico livrinho, porque estou em vésperas de viagem e ando sem a calma suficiente para o fazer.
Mas fica um pequeno excerto do que este frade franciscano, considerado o maior biblista português, nos vai pregando...
Alertando para o facto de que «ler a Biblia ou o Alcorão sem racionalidade é um perigo», porque sendo textos nascidos na cultura politico-religiosa do tempo, temos de «pôr a sociologia religiosa a funcionar sem preconceitos», escreve ele:«Trata-se, no AT (Antigo Testamento) e no NT(Novo Testamento)de catequeses judaicas e cristãs e não de palavras de Deus caidas do céu à terra»
Carreira das Neves está a referir-se às palavras «terriveis»e contraditórias de um Deus que se supôe ser Bom, JUsto e Pai de todos, como p.e. JO 15,6 «Vós tende por pai o diabo», ou no Corão ideias como estas: «Quem não estiver com a verdade de Deus não tem razão de existir; é um parasita, um excluido, um filho da mentira, filho do diabo, amaldiçoado por Deus».
Conclui o Pe CN a este respeito:
Realmente, na prática de cada dia, tanto judeus, cristãos como islâmicos, fabricam deuses à sua imagem e semelhança».
E, digo eu, quase sempre sem qualquer critério, chamam a tudo isto «Revelação Divina» e também para ser aceite, sem qualquer critério, como verdade «imperial», como dirá um teólogo (TilLic) citado por Carreira das Neves.

27 fevereiro, 2009 08:52  
Anonymous Anónimo said...

Caríssimos aas e, mais uma vez caríssimo Mário,

Adorei o paralelismo que escreveste, humildemente, entre a tua vida e a de Nuno Alvares Pereira e de Santa Maria...

Transportaste-me por momentos para a santidade das nossas vidas que sempre reivindico para mim e para quem à vida vai por bem.

No tocante aos textos bíblicos sempre me pareceu que eles são também uma outra coisa que por norma não falamos: uma referência, apenas uma referência na prática do bem, embora, para alguns possam ser mais e para tantos nem isso! Mas qual o problema!?
Noutro enquadramento, e muito radical na análise, incluo igualmente todos aqueles e aquelas que certas "artimanhas" guindaram a expoentes de ascetismo e extasiaçãos jamais realizados e irrepetíveis entre nós.

Ligando as duas ideias somos seguramente muito mais ascetas hoje (de quê também não sei, mas ascetas) e praticantes (do bem).

Preparando um canto há dias dei de mim com este lindo refrão:

"Jesus tu dizes, ama como eu amei.
Tu és nos irmãos, contigo feliz serei"...

Grande Nuno de Santa Maria e grandes todos os que nos outros fazem o bem! Pudera, onde mais poderia ser?!

Marianos nós somos do Carmelo... Revivi.

28 fevereiro, 2009 00:29  
Anonymous Anónimo said...

Evolução a Duas Vozes
De
Pe Carreira das Neves


I

O Pe CN solta uma verdadeira girândola de citações do Pe João Resina, «filósofo e professor de Física Mecânica», na conclusão do seu precioso livrinho (92 páginas), citações essas que me deixaram surpreendido. Fiquei com a impressão que elas contradizem, substancialmente, tudo o que ele acabara de nos transmitir acerca do Deus da Bíblia, do AT e do NT. São «pedaços do seu manuscrito, que anda por aí de mão em mão» e que «diz tudo o que também gostaria de dizer como conclusão da nossa incursão sobre o tema da criação e evolução». Assim fala CN.
Vou deixar-vos uma amostra, que para mim é significativa do modo como um crente-filósofo-cristão-católico não deve falar de Deus:
«Deus acompanha cada uma das criaturas, mas permanece igual a si mesmo. DEUS É.»
«As coisas deste mundo por um lado PERMANECEM, por outro lado MUDAM…»
«O SER e o EVOLUIR são dois aspectos de todas as coisas deste mundo. Mas DEUS É».
(Como não posso sublinhar, optei por escrever em maiúsculas os sublinhados do Pe Resina)
Quem tem acompanhado este blog e leu o que escrevi sobre o Deus da teologia cristã-católica, já entendeu o porquê da minha discordância, mas eu vou repetir.
O Pe CN, depois de nos dizer, na pag 87, que «a Bíblia nos aponta o dedo para Deus e para o Céu, mas não nos diz como é Deus e o Céu» (era isso que a minha avó Ana Rosa queria que eu lhe dissesse…«como era «do outro lado»), finaliza, deste modo, o seu pequeno livro:
«…Regressamos sempre à pergunta sagrada: Quem é Deus? Expurgando Deus dos deuses que nós fabricamos – e que a Bíblia fabrica- (Sic)…ficamos com Deus nos braços sem saber o que fazer dele. Passou o tempo (…) do Deus dos estóicos que tudo aceitam como destino e fatalismo (…) do Deus da reencarnação, do monismo panteísta da New Age e de tantos deuses esotéricos e exotéricos (…)sem deixar de falar do politeísmo singular dos hindus e do monismo dos budistas, regressamos, novamente, ao Deus ou ao não-Deus do criacionismo e do evolucionismo.»
O Pe CN sabe, porque também o afirma no seu livro, que a teologia cristã nos legou um Deus bem diferente destes que acaba de referir. É o Deus, como eu me fartei de falar neste blog, pensado à imagem e semelhança do AMOR DOS HOMENS. Ao longo de quase dois mil anos, laboriosa e sabiamente, a teologia cristã-católica, alicerçada na tradição bíblica judaico-cristã do AT e do NT, legou-nos um DEUS COMUNHÂO DE PESSOAS, consagrado no formula dogmática da fé na «Santíssima Trindade», verdadeira Comunidade de Pessoas Divinas, em perfeita união de AMOR MÚTUO, que é exactamente aquilo que a “Igreja-deste-Deus” propõe como ideal e objectivo último da HUMANIDADE!
Deste «Deus Amor» não se pode dizer, com propriedade, «DEUS É» ou «ELE É». Nem ainda se poderá dizer, ao pretender definir a essência de Deus, «EU SOU». Uma filosofia pode falar assim, mas um teólogo cristão não devia.
Tal como o HOMEM, o DEUS dos cristãos-católicos, conjuga o verbo SER nas suas formas «pessoais»: Eu SOU… TU ÉS…NÓS SOMOS.
E é desta forma que se dirige à HUMANIDADE: «Eu sou» e «tu és»; como «nós somos», «vós sois».
Nunca uma solitária e vazia afirmação metafísica «EU SOU» ou «DEUS É». Porque uma tal afirmação vale para tudo, até para um pedaço de carvão ou para o sol, a lua, o universo. A filosofia dos conceitos vai por aí, mas o ser humano está muito para além. E é neste «além», tão próprio e único do ser humano, que nasce o sonho de um DEUS AMOR. E o Pe Carreira das Neves diz isso mesmo, mas às vezes deixa-se seduzir pelo vazio de conceitos filosóficos, como nas citações que faz do Pe João Resina.
Se, como diz o Pe CN, os homens «fabricaram» deuses, a teologia cristã «fabricou» o Deus-dos-Deuses, a plenitude da vida plural e pessoal, bem à imagem dos anseios da Humanidade sedenta de amor, de harmonia, de encontro, numa palavra, de comunhão fraterna.
E bem precisamos de uma Humanidade à imagem e semelhança de uma tal Divindade.
Nesta perspectiva, alguém que procure, em ascese individual, o seu «encontro com Deus», não irá longe, porque acabará por encontrar-se, afinal de contas, com o seu próprio egocentrismo, em atitudes beatas inconsequentes. Nunca encontrará a «salvação da sua alma» isolando-se numa cela, com ou sem paredes, antes a «salvará», conjugando pela vida fora os verbos ser, amar, trabalhar, dialogar, procurar… E, porque é a nossa condição, crescendo, sofrendo, morrendo. E sonhando, acreditando e esperando para além da própria morte, por mais paradoxal e trágica que ela se nos apresente. Só quem já desistiu de se ver a si mesmo e aos outros e ao nosso universo como um Mistério incrível e espantoso é que se deixará vencer pelo pensamento da morte, que se nos afigura certa e definitiva.
Com uma lucidez e coragem admiráveis, dadas as suas responsabilidades pastorais, o Pe CN diz-nos, preto no branco, que «a Bíblia nos aponta o dedo para Deus e para o Céu, mas não nos diz como é Deus e o Céu». Isso será descoberta nossa ou, ainda melhor, realização nossa.
Mas se não temos a «Palavra (informativa) de Deus», sobre matéria tão fundamental –como é Deus, como é o céu- como vamos orientar-nos neste mundo em mudança, em crescimento, em busca do nosso destino individual e colectivo? Que ética, que moral, que filosofia, que teologia haveremos de adoptar?
Consciente deste facto incontornável, o Pe Carreira das Neves fez deste seu livrinho um hino ao diálogo com todos os crentes e não crentes e, antes de mais, com a ciência. Ele tem plena consciência, e afirma-o, que «a religião e a ciência nascem do MESMO SUJEITO HUMANO» (pag 81) e que a «revelação» não está concluída e diante de nós, em «self service» e deixa sublinhado, para espanto de quem anda afastado dos últimos avanços da teologia cristã-católica: «O DEUS MONOTEISTA DA BIBLIA VAI-SE DESVELANDO CONSOANTE OS ANDAMENTOS DA HISTÓRIA» (pag.39).
Quem estava à espera de ouvir que os livros sagrados têm respostas «à la carte» para os problemas dos homens, desengane-se, pois este ilustre biblista franciscano não vai por aí.E é hora de recordar o que eu afirmei mais acima, neste blog, a este respeito e passo a citar-me:
«Quem nos diz qual o sentido da nossa vida e do nosso universo? É a VOZ do nosso próprio SER ou uma VOZ EXTRA-UNIVERSO?
Eu penso que para haver alguma lógica nisto tudo tem de ser a VOZ DA PROPRIA HUMANIDADE E SEU UNIVERSO. Temos de saber descobrir o caminho por nós mesmos e sem engano possivel, para podermos ser responsabilizados pelo nosso passado, presente e futuro. De outra forma «isto» não passaria de uma brincadeira de mau gosto.
De uma forma magistral, o Pe Carreira das Neves, na obra já referida, fala da «alteridade» absoluta da Criatura face ao Criador, traduzida na capacidade humana de dizer «sim» ou «não» ao Criador... »
Crentes ou não crentes numa «Palavra (extra) de Deus» convençam-se que tal crença ou descrença não fará diferença, porque a Humanidade tem a sua própria PALAVRA, inscrita no seu SER. Não há que enganar. E não seria justo se fosse de outra forma.
Ora pensem bem!

01 março, 2009 16:39  
Anonymous Anónimo said...

...E eu continuei a pensar, para concluir que podemos descobrir em nós próprios O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA.
E se a Humanidade tem caminho, verdade e vida pela frente!
Apesar do verdadeiro inferno que tantas vezes tem de superar!
Apesar do purgatório do nosso arrependimento, pelos disparates que acompanham a nossa humana condição!
Apesar de tudo, avançamos!
Apesar das vozes derrotadas que só descortinam o mundo do seu umbigo!
Apesar dos que nos acenam com um «mundo espiritual». (E este que é?!)
Apesar dos que afirmam e correm atrás de um «mundo sobrenatural», sobreposto ou interior a este «mundo natural»,que teria sido criado e logo votado ao aniquilamento e nós com ele!
E termino, ainda com uma citação do referido livrinho do Pe Carreira das Neves (pag 76): «a pessoa humana é um todo, na vida e na morte. Não existe, como se exprime o filósofo John Cornwell, uma pequena coisa rotulada "a alma" que possua a sua própria imortalidade natural. Não é isso que é ensinado nas Escrituras. A nossa crença é na ressurreição; Deus escolhe dar-nos uma existência continuada».
Claramente, tal afirmação pressupôe que este mundo «natural» tem validade própria e como tal existe!
Para a vida e não para o aniquilamento.
A HUmanidade está no caminho da vida: não vai ao encontro do fim do mundo!
É «duro de roer»? Vão ao dentista da sabedoria, que a consulta é de graça!
E dirá o Jorge, que anda tão calado como os outros aaa: De graça, pela Graça de Deus!

21 março, 2009 17:42  
Anonymous Anónimo said...

Mário Neiva´
Me recordaste o dia em que li, o poema que transcrevo,de (Policarpo Nóbrega)

« Pára um pouco para pensar
Imagina-te como uma criança

Sã inocente e sonhadora
Fecha os olhos
E vê como o mundo é belo
Apesar das suas crueldades

Age como criança
que ignorando
problemas ou dificuldades
Ultrapassando obstáculos
Tudo faz para vencer

Que sem medos
Ou desconfianças
Em todos vê aliados
Para conseguir
aquilo que quer

Esempre que algo quer
Pede luta pede
E pede e luta e pede
Até consegue

Grita corre salta ri
Parte para a descoberta
Não perde uma oportunidade
Está sempre a aprender
E com esse desejo ardente
De tudo conhecer
Tudo pergunta
Para tudo saber

È assim a criança
Que ainda não conhece
A palavra dar
E dá

Que ainda não conhece
A palavra perdoar
E perdoa

Que ainda não conhece
A palavra Amar
E ama

E desconhece a palavra
Convicção
Mas age com convicção

E desconhece a palavra
Entusiasmo
Mas age com entusiasmo

E desconhece a palavra
Persistência
Mas age com persitência

E desconhece a palavra
Desistir
Mas nunca desiste

Imagina-te como criança
Pára um pouco para pensar.»

Certamente o mundo seria bem melhor, digo eu
D/C.

23 março, 2009 23:52  
Anonymous Anónimo said...

Olá Domingos Coelho

O poema que transcreves ilustra bem os pensamentos que eu deixara nos comentários anteriores. Na verdade, a criança parece não saber nada, mas não se engana no caminho a seguir, como se tivesse gravado no seu pequeno SER o roteiro da vida!
Amnor
convicção
entusiasmo
persistência
esperança.
Apesar da crueldade, consegue descobrir a beleza do mundo; apesar das dificuldades, supera os obstáculos.
«Parte à descoberta», perguntando e aprendendo!
Donde lhe vem esta indomável e insuspeitada força de viver?
Do mais íntimo do seu SER. E é incontestavelmente assim, seja lá a crença que cada um de nós tenha! A realidade impôe-se-nos como a própria vida. De uma criança.
Penso eu

24 março, 2009 08:05  
Anonymous Anónimo said...

Meu caro Mário Neiva

Escrevi em tempos um artigo, para um "jornaleco" cá do "MUSSEQUE",titulado:

...Onde está o Espírito de Deus aí há liberdade.

... e terminava assim: para que haja uma libertação ampla e integral, alguns requesitos são necessários:
- que se reconheça uma situação de cativeiro e opressão;
- que exista um libertador;
- que se tenha confiança em seu poder;
- que o oprimido queira libertar-se

Sem liberdade a Verdade não aparece e ficamos com aquela impressão que o mal venceu. A pureza e a abertura do nosso coração liga-nos àquela liberdade de ver as coisas velhas de outro jeito, de dizer e fazer coisas novas,de ir contra a maré das "idéias prontas". È a liberdade de discordar,dissentir, decidir.Não se sabe até que ponto o livre-arbítrio é adequado às limitações do ser humano. Se todos estão aptos a assumir a liberdade de agir e responsabilizarem-se por tais acções, ainda é um assunto um tanto quanto obscuro. O que será mais condenação:a liberdade ou a falta dela? Somos livres para decidir entre o bem e o mal? Deus nos ajuda a decidir com liberdade, sem pressionar.

Onde está o Espirito de Deus aí há liberdade.
D/C.

24 março, 2009 23:17  
Anonymous Anónimo said...

Meu caro D Coelho

Dizes muito bem: «Deus nos ajuda a decidir com liberdade, sem pressionar». Só que, quase sempre, alguém se encarrega de pressionar por Ele...fazendo leis e matando o «espirito» de Deus». São Paulo é incorrigivel! Não perdoa uma: «a Lei mata e o Espirito vivifica». Como a excomunhão da mãe da menina brasileira violada...E não posso deixar de pensar naquela denúncia dos evangelhos: «este povo honra-me com os lábios..». Não será hora de vós, os crentes cristãos católicos dar um murro na mesa e acordar os «chefes»?

26 março, 2009 07:46  
Anonymous O Malho said...

Por falar em chefes...

Acabo de ler a noticia, proveniente do Vaticano, que o «nosso» bispo D.António Vitalino, vai ser o novo cardeal português. Juntando esta alegria à que a Ordem já vive pela canonização do Santo Condestável a Ordem do Carmo em Portugal vive o seu «ano de graça». Cante-se o Te Deum.

01 abril, 2009 08:47  
Anonymous O Malho said...

É claro que estava a brincar ao «primeiro de Abril».
E a brincar a brincar, lá vai o

PRESERVATIVO

No adágio popular
«Em Abril
Cada pulga dá mil»
Se o trabalho
For bem feito
Sem usar
Preservativo
Ofensivo
Da moral
E do pulguedo
Nas pulgas é
Tudo
Tão natural
Vem a fome
O pulgão come
Vem a noite
A pulga vai
Está da morte
Prevenida
Com tamanha geração
Pois cada pulga dá mil
Como é de tradição
Basta fazer
Pelo pão
De cada dia
Agradecer
Ao toque da Ave Maria
Imensa prole
Abençoada
Preservada
Pelo Papa
No sermão.

Ou então
À noite
A pulga fica
O pulgão dorme
Não come
Aperta a pica
Vai ao monte
Esgalha o pau
Que nem é assim tão mau
Faz faísca
Dá fogueira
É tudo na brincadeira
Poupa trabalho à parteira
Come atum
Em vez de carne
Na Quaresma
E o jejum
Há-de ser continuado
Pra não ser contaminado
E Morrerá
Por algum motivo
Abençoado
Sem usar preservativo

02 abril, 2009 09:08  
Anonymous O Malho said...

E.T. substituir o verso «como é da tradição»por
«como é da lei da vida».
Coisas do improviso...

02 abril, 2009 09:13  
Anonymous jorge dias said...

Amigos caríssimos,
Tenho andado por aí mas nem reparava neste espaço. Que coisas lindas... acredito que andamos a bater à porta da verdade... estás lá? Moras por aí? Claro que sim... e em minha opinião isto é que é contemplação e malhação(viva o profetismo). Elias à beira disto vira criança.
Mário, por mim,agora já menos calado, mas não dúvido que vos leio de graça e na sua graça por força da Sua mensagem. E Então Fátima (I Jornadas) foi um aguilhão, como muito bem referiu o frei e padre operário Salvador. Se na palavra penso que já era, por força contemplativa de compulsão, de palavra que pelo Espírito impele (viva Rosalino) para a acção, então pelo profetismo deste espaço carmelitano (viva Elias), é forçoso partilhar e dizer que profeta é o que denuncia e anuncia. Com a vida também se faz, mas sobretudo pela palavra.
Fátima foi um tempo de energia. Vamos à palavra companheiros da palavra, que seja filosofia, teologia, prosa, malhação ou poesia, é forçoso dar ao Espírito opotunidades de revelação... que venha a palavra e que seja provocatória. Melhor será... mais provocará, mais despertará, mais iluminará...

03 abril, 2009 15:36  
Anonymous O Malho said...

Pois então, meu caro Jorge, de minha parte aí vai malhação!

O DIVÓRCIO

Digo eu digo eu
Canta o bispo de Viseu…

Bem cangado
Anda o gado
Leva o pastor ao seu lado
Sempre atento
Exige bom comportamento
Quer ao touro quer à vaca
Mas a carne é fraca
E os cornos ornamento
Na cabeça e na mente
Dos animais e da gente
São vistosos
São enfeites
São pecados
Tolerados e aceites
Perdoados
E por graça
Se encobre
Na igreja
A vergonha da trapaça
O parceiro
Enganado
Nunca sabe
O abade
Por dever
Fica calado
Pra salvar a união
Absolve e dá perdão
Em jogos de sacristia
Alimenta a hipocrisia.

E vão-se os cornos da alma
Esgalhados na confissão

Assim sofrido
Assim fingido.
Amor cangado
Amor de gado
Amor eterno
No inferno
Onde aparece
O demo sócio
Neste enlace
Sem divórcio

06 abril, 2009 08:37  
Anonymous Mçaho said...

Aqui, nesta postagem Boas Festas Feliz Natal o Malho deseja Boas Festas da Páscoa a todos os aaa e seus familiares.
E desculpem qualquer coisinha...

09 abril, 2009 13:53  
Anonymous Malho said...

Garanto que não estou bêbado e queria dizer Malho onde digo aquela coisa...

09 abril, 2009 13:55  

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