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24 de fevereiro de 2008

O POÇO DE JACOB

Não sei bem porque razão, mas hoje, ao saber que o evangelho da Eucaristia Dominical do Terceiro Domingo da Quaresma, era a Parábola da Samaritana (O Poço de Jacob), dei-me ao trabalho de ir buscar um dos poemas que eu compus em Braga, em 1995, aquando de uma acção de formação, aí realizada e em que participei, pondo-o aqui para quem o quiser ler.
Então, aqui vai ele:

O POÇO DE JACOB

VINHA “ELE” PELA ESTRADA
COBERTO DE TERRA E PÓ,
A GARGANTA MUITO SECA,
COM SEDE QUE METE DÓ.

APROXIMA-SE D’UM POÇO,
QUE PARECE CHEIO D’ÁGUA
E VÊ QUE DELE S’ABEIRA
UMA MULHER COM A BILHA,
QUE, AO OLHAR PARA “ELE”,
O SEU OLHAR ATÉ BRILHA.

PEDE-LHE O JOVEM SENHOR
QUE ELA ÁGUA LHE DÊ,
E BEM ELA SE ADMIRA
DAQUILO QUE OUVE E VÊ.

O SENHOR, JOVEM, PORFIA
E LHE RESPONDE DIREITO,
REVELA COM MUI CLAREZA,
O QUE_A ELA DIZ RESPEITO.

DIZ-LHE MAIS, O TAL SENHOR,
QUE SE, DE OUTRA BEBESSE,
SEDE MAIS JÁ N ÃO TERIA,
DA ÁGUA QUE NESTE MUNDO,
ELA BEBE A CADA DIA.


(AUGUSTUS, IN BRACARA AUGUSTA
06, MENSIS JUNII, ANNO DOMINI 1995 )


2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Há muito que um fado de Coimbra consagra uma versão da Samaritana e do Jesus que a encontra no poço de JACOB, em versão coimbrã e estudantil mas que sempre me comove e cuja letra só consigo repetir cantando: "Dos amores do redentor, não reza a história sagrada, mas diz uma lenda encantada, que o bom Jesus sofreu de amores. Sofreu consigo e calou, sua paixão divinal, assim como qualquer mortal, um dia de amores palpitou. Samaritana, plebeia de Sical, alguém espreitando te viu Jesus beijar... De tarde quando foste encontrá-lo só, morto de sêde junto ao poço de Jacob. E tu risonha acolheste o beijo que te encantou. Serena, empalideceste, Jesus Cristo corou. Corou ao ver quanta luz irradiava da tua fronte, e tu dissestes ao bom Jesus: que bem eu fiz Senhor em vir à fonte. Samaritana, plebeia de Sical..." Perdoem se tem erros, mas encanta-me este amigo e esta amiga que também eram gente como nós. E sobretudo me encanta esta mulher quando depois de se ter encontrado com ele e com a água se torna missionária daquele amor por tudo o que dela, por Ele, havia sido dito.

02 março, 2008 23:41  
Anonymous Anónimo said...

Piedosa oração

Meu caro Augusto
não merecias ser confrontado com o belo poema recordado pelo Jorge Dias. Tu rezas, ajoelhado, (neste caso,com ela, a Samaritana) aos pés do JOVEM SENHOR. O poema de Coimbra canta o jovem perdido de amores, que cora num amor primeiro, divinal, como todos os amores verdadeiros. O poema evoca o homem, o jovem apaixonado, enfim a humanidade do nosso Jesus, professado no credo católico, "Deus e Homem Verdadeiro".Os teus versos rimados são piedosa oração ao TEU SENHOR e não reflectem a poesia que se dedica ao companheiro de viagem. De qualquer modo, valeu a intenção.

03 março, 2008 12:35  

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