Nome:
Localização: aaacarmelitas@gmail.com, Portugal

4 de abril de 2012


SEM COMENTÁRIOS

V



Espaço disponibilizado para a continuação da troca de ideias, informações, comunicações, testemunhos, etc., que qualquer um possa ter para partilhar com os outros visitantes desta comunidade, nomeadamente Antigos Alunos do Seminário Missionário Carmelita, da Ordem do Carmo em Portugal.

Aconselha-se a deixar o SEM COMENTÁRIOS IV e o Lugar da Palavra e a passar para este espaço, pois, para já, são de morosa loclização.




193 Comments:

Anonymous Mário Neiva said...

Vamos lá então inaugurar este novo espaço, que se pretende seja de diálogo. E vou começar por citar o Costa que, por sua vez, cita o Frei Bento Domingues assim:

"Mais adiante B.Domingues volta a ser incisivo:"Adorar a cruz? Jesus alguma vez a adorou? Afinal a cruz foi-lhe imposta pelos judeus, pelos romamos, ou por Deus? Antes de mais os textos do Novo testamento nasceram para superar o absurdo de um Messias crucificado".

Nós sabemos que não é o pedaço de madeira que se adora, muito menos o sofrimento humano e a morte que a cruz significa. O que os cristãos adoram na cruz da Paixão e da Páscoa é o mistério que envolve o acontecimento da vida, da morte e da ressurreição. E este mistério não foi imposto por judeus ou romanos, pois eles mesmos fazem parte desse mistério.

Só para efeitos de retórica um teólogo cristão pode pensar e escrever isoladamente sobre "aquela vida, aquela cruz e aquela morte" e fazer perguntas sobre o acontecimento histórico em si mesmo. Foi tudo o que Paulo de Tarso não fez e, desse modo, nos legou um Evangelho sobre o profundissimo mistério da vida, que ele viu incarnado em Cristo, muito para além do messias judaico Jesus de Nazaré.

É um facto indesmentível que a cristandade tomou como símbolo a cruz e se juntou à sua volta, quando seria de esperar que erguesse como simbolo mobilizador e unificador a Ressurreição. O problema é que se a cruz já é dificil de aceitar como realidade da vida (Frei Bento fala de absurdo), muito mais dificil é vislumbrar e prometer a ressurreição, quando toda a gente vê que todos morrem e nenhuns ressuscitam. Numa palavra, passa bem a mensagem da cruz da vida, ao mesmo tempo que se acena com a esperança da ressurreição. Agora ressuscitar...
Paulo aguentou o desafio da realidade em que acreditava e legou essa sua fé e esperança à cristandade. Os "gregos" chamaram-lhe tolo.
Todos sabem como se vive a cruz da vida e da morte. E não deixa de ser estranho que tâo poucos se preocupem em saber como se vive para a ressurreição e o que ela possa significar. Claro que não estou a falar da "pseudo-ressurreição" da alma, mas da genuína de Paulo de Tarso.
Dessa mesma de que o Frei Bento nem uma palavra diz. Ou se diz ninguém entende. E assim falo eu que fui seu aluno de teologia.

05 abril, 2012 16:24  
Anonymous Anónimo said...

Caro amigo Jorge, sei que não dás confiança aos patos bravos que andam aqui por este Blog, mas no entanto devo dizer-te que devias dar mais umas das tuas lições. Como já foi dito, sem ti, isto parece tudo letra morta.
Boa Páscoa, um abraço, já sabes quem sou.

06 abril, 2012 00:56  
Blogger Anonimus said...

Você é um "palhaço", caro ANÓNIMO!
É que me faz rir...,vou fazer de conta que acredito e acho que foi uma benção, não comer na mesma mesa! Trata-te!... Vai a um médico especialista, porque um ser humano é sempre um ser humano a merecer respeito.

06 abril, 2012 12:16  
Anonymous Mário Neiva said...

Usar o anonimato é um direito. Servir-e do anonimato para insultar colegas de seminário, desconsiderando-os como "patos bravos" é doutrina que não se aprendeu no seminário. Eu não direi "vai-te tratar", mas sugeria-te a leitura de um manual de boas maneiras. No mínimo.
Diz-se na nossa terra, anónimo (pouco anónimo já que o Jorge saberá quem és), que por morrer um soldado não acaba a guerra. Nem dois nem três. O Jorge lá terá os seus motivos para deixar o blog. Devemos respeitar. Aliás, nâo foi só o Jorge que deixou de aparecer. Agora, se conheces tâo bem o Jorge e ele te conhece, porque não apelas directamente para ele em vez de carpir neste espaço uma ausência que devias respeitar? É que chega a ser redículo.

06 abril, 2012 14:55  
Anonymous Mário Neiva said...

Das Boas Festas para uma amiga na Austrália, que me perguntou se ia a Braga ver a Semana Santa:

"Não costumo ir a Braga ver a "Semana Santa". Quando era seminarista, na Falperra, não falhamos um ano. Era obrigatório. Agora...Confesso-te que acho aquilo deprimente. Há dias escrevi no blog dos aaacarmelitas que a cristandade se juntou à volta da "cruz" quando deveria ter-se unido à volta ressurreição, que esta, sim, motiva para a esperança. Aliás, a "paixão" só faz sentido se for seguida da ressurreição. Morrer por morrer não faz sentido. Mas, morrer para ter mais vida, isso já motiva. E S.Paulo compara a ressurreição ao grão de trigo lançado à terra: morre para nascer a nova planta. Faz todo o sentido. Outra metáfora maravilhosa de S.Paulo é das dores da mulher prestes a dar à luz: "a criação sofre como que em dores de parto". Faz todo o sentido esta "cruz", este "sofrimento" e, extrapolando, faz todo o sentido a vida tal como a conhecemos e vivemos porque estamos a "parir" uma realidade nova, carne da nossa carne, vida da nossa vida, sonho dos nossos sonhos.

De modo que, temos uma semana toda para celebrar a morte e um dia apenaspara celebrar a ressurreição...É uma bela tradição mas uma certa infidelidade à esperança cristã.

Portanto, minha amiga, Boa Ressurreição. Faz-me o favor de dar à luz mais um pouco de vida".



Mário

06 abril, 2012 15:28  
Anonymous Anónimo said...

Sentiram-se, pobres madalenas!...
Palhaço (a) era a tua tia que não tinha este olho.
Tadinhos dos marrecos!!!!!!!!!!!!

06 abril, 2012 19:50  
Anonymous Mário Neiva said...

Quem não se sente não é filho de boa gente. Gostavas que te chamassem pato bravo, anónimo? No teu lugar tinha pedido desculpa aos ofendidos, já que assim se consideraram. Mas inistes no insulto. Fica-te mal. E ainda pior ao teu anonimatao assumido.
De qualquer modo, Boa Páscoa e vê lá se te acalmas, que isso faz mal ao corpo e à alma. Vai por mim, que me sinto mal "pra burro", quando chateio algum amigo.

06 abril, 2012 21:09  
Anonymous Anónimo said...

Ok, então patos mansos, é mais acolhedor?
Quantos caçadores desejavam dar um tiro num pato bravo, para saborear uma deliciosa arrozada! Não gostaram, problema vosso,pois aos anónimos, já chamaram muita coisa e aguentam firmes e tesos...
Quer queiram , quer não, o Jorge era a trave mestra deste Blog e mais não disse...Não se enervem, faz mal aos rins e ficam a urinar fininho.

07 abril, 2012 00:56  
Anonymous Mário Neiva said...

A Ressurreição E A Vida

Escrevi para a minha amiga na Austrália que “ faz todo o sentido a vida tal como a conhecemos e vivemos porque estamos a parir uma realidade nova, carne da nossa carne, vida da nossa vida, sonho dos nossos sonhos”.

E é assim, tão simplesmente.

Nada sabemos sobre a outra ressurreição, aquela da esperança de Paulo de Tarso, mas sabemos muito da que vamos realizando, qual semente de trigo lançada à terra e carregadinha de potencialidades. Não sabemos tudo, porque, individual e colectivamente, desenvolvemos um processo que não cabe nos limites da nossa vida breve e apanhamos um comboio em andamento, cuja linha se prolonga bem para lá de horizontes ainda só adivinhados. Mas todos e cada um podemos dizer de nós mesmos, enquanto vivemos aqui e agora, que somos “ressurreição e vida” . Claramente é uma ressurreição e vida que não se esgota no homem porque, como intuiu e nos transmitiu Paulo de Tarso, é toda “a criação que geme como que em dores de parto” para gerar uma realidade nova. Porém, o ser humano é o único a testemunhar o prodígio desta vida e desta ressurreição, enquanto nela participa, graças à sua consciência única que o faz transcender o tempo e o lugar. Aparentemente, a restante criação acompanha-nos de forma passiva e “inconsciente”. Diríamos que é aquela “criação” que não sabe dizer “pai” nem vê subir-lhe no peito o sonho quente da esperança.

Não saberá mesmo? Então como aprendemos nós a falar e a ter esperança?

Quem souber responda.

07 abril, 2012 05:57  
Blogger Anonimus said...

Meu Amigo Mário Neiva

A covardia não tem rosto.
A coragem de "serem", morreu.
Viver é coisa que não sabem.
Existem para perdição das "almas".
E eu preciso ter nervos d´aço, para não entrar na linguagem do ANÓNIMO que gosta da "importancia" dos outros!

07 abril, 2012 14:08  
Anonymous Anónimo said...

Desconheço as razões objectivas indutoras do definhamento deste blog. Pessoalmente raramente o visitava mas quando o fazia o tempo não me chegava para ler tudo o que ali entretanto acontecera. Tinha vida e era controverso. Hoje, a par de parcos sinais de vida, a controvérsia quase não se nota pela escassez de comentários, a não ser de algum anónimo que, pelos escritos dos que se responsabilizam pelo que escrevem, concluo que se dão bem no papel de franco-atiradores. É pena!

Está agora moribundo!

Hoje é um bom dia para que renasça, forte como a mensagem deste tempo pascal!

É por isso que recordo hoje, aqui, ao chegar a casa depois de assistir ao fiat lux na Sé Catedral do Porto, aquele cacau quente acompanhado não sei bem com quê, que nos era servido no seminário após (ou antes?) a queima de Judas na pátio do recreio. Confesso que recordo melhor o aroma daquele cacau que as cerimónias a que então davamos brilho com os cantos gregorianos que alguns ensaiavamos dias-a-fio enquanto outros, menos dotados para o canto, davam largas ao seu contentamento no recreio, mas, por vezes, amargavam no salão de estudo. Neste caso custava menos o ensaio! Que tempos que não paro de recordar! Que dia hoje, para que em cada um dos ex-alunos renasça o espírito de são convívio e camaradagem!

Dentro de alguns dias será divulgado neste blog um encontro cultural a realizar NESTA ANTIGA, MUI NOBRE, SEMPRE LEAL E INVICTA CIDADE DO PORTO.

Boas Festas a todos.

Américo Lino Vinhais

07 abril, 2012 23:35  
Anonymous Anónimo said...

Engole os nervos e de preferência com água ráz.
Olha que o sr. silva não ganha para o petróleo, tem uma humilde reforma e tu galifão cantas de galo, porque tens o papo cheio, ou não tens alcagoitas para a Páscoa?
Esse teu amigo precisa de protector?
Pobre coitado, como isto anda!...

08 abril, 2012 00:12  
Anonymous Silva said...

Então a múmia do M. S., foi apanhado a 200 kms hora?
Essa burra continua a mamar, desde o 25 de Abril e ninguém termina com isso!
Quem vai pagar é o governo, disse o FP e ainda foi mal educado, como é seu apanágio, segundo notícias bem fresquinhas.
Cambada de macacos, não terem uma peste e limpar o foçinho a esses cães todos.
Que fazem esses cães, nos carros que os contribuintes pagam, sacrificando-nos cada vez mais! Só mesmo uma guerra bem organizada, para dar caça a esses bandidos que fizeram o 25 de Abril, só para eles e para a PQP.
Organizem-se que estará para breve, dar caça a esses FP.

09 abril, 2012 12:12  
Anonymous Anónimo said...

Este Silva enganou-se no blog. Acontece.

09 abril, 2012 17:22  
Anonymous Silva said...

Pois foi, desculpem lá o engano, isto é só para rezadores, ou fariseus que usam pele de cordeiro, quando lhes dá interesse, dizer quelque choise , avec rien...

09 abril, 2012 19:36  
Anonymous Anónimo said...

Como é desolador aceder, ultimamente, a este blog; linuagem de baixo nível, ataques pessoais, etc...
Contribui, o melhor que pude, durante uns "anitos",para que aqui se debatessem, saudavelmente,pontos de vista, recordações do passado, elos de amizade, nacos de saudades e memórias dos tempos da Falperra; pessoas como o Jorge Dias, O Mário Neiva, a Teresa Silva, o Zé Moreira, o Vila Galécia, o Rosalino Durães, o Coelho, etc, fizeram subir, bem ao alto, o nível do blog.
Agora, uns tantos, tentam desfazer tudo isso que foi, na verdade, belo!
Pena, muita pena! Quem sabe, um dia, tudo volta ao princípio que norteou este espaço?!..
Saudações amigas.

09 abril, 2012 22:56  
Anonymous Anónimo said...

Na verdade, tudo pode ser diferente, só que também atacam os anónimos a ferro e fogo e como alguém disse " quem não se sente, não é filho de boa gente ".
Amor, com amor se paga, vamos lá fazer todos as pazes e apelar a todo o pessoal que faz falta aqui, neste espaço que volte com a sua linda amizade.
Saudações fraternais.

10 abril, 2012 09:11  
Anonymous Machado said...

O exemplo que chega da Holanda, onde o governo não é forte com os fracos e anão com os fortes:

"O banco Holandês ING foi obrigado a cancelar os bonus para os seus funcionários de topo depois de milhares dos seus clientes terem ameçado levantar os seus depósitos e, como tal, ameaçando com uma corrida ao banco.A campanha a favor do boicote estalou no facebook e no twiter depois de terem surgido notícias de que o director executivo ia receber um bónus de um milhão de libras, apesar de o banco ter recebido 10 mil milhões de euros em ajudas para se manter operacional, ter congelado pensões e ter dado aos seus trabalhadores apenas um por cento de aumento. Os politicos holandeses votaram mais tarde um imposto, com efeitos retroactivos, de cem por cento (!!!)sobre todos os bonus pagos e executivos de instituições que tinham recebido ajuda do Estado como consequencia da crise financeira" (The observer, 27 de Março de 2011).

Por cá, os nossos corajosos governantes atacam as reformas e salários da função pública de 600 euros, sem dó nem piedade.

Reparem na coragem dos políticos holandeses: taxa de cem por cento sobre os bonus! É por estes e por outros politicos como estes que acredito nos homens.

11 abril, 2012 17:36  
Anonymous Patilhas & Ventoinha said...

Ainda bem, caro Machado, porque todos os locais são indicados, para denunciar situações de abuso e prepotência, contra os mais desfavorecidos.Sabemos no entanto que muitos dos nossos ex-colegas, certamente bem instalados,não acham o blog propício para tal.
Temos de começar por algum lado e gostei de saber que na Holanda ainda à homens de tomates que servem de exemplo, para estes bandidos que tomaram o nosso país de assalto. Até quando meus caros amigos, vamos deixar esses larápios sugarem tudo. Excluindo, claro, o sr. silva que não ganha para a bucha...cambada de chulos!

12 abril, 2012 00:18  
Anonymous Mário Neiva said...

Aquela notícia do Machado remeteu-me para a parábola de S.Mateus que aparece no cap.XX e todos já ouviram ler dezenas de vezes, isto no caso de irem à missa ao domingo e não passarem o tempo a dormitar.

O evangelista começa assim:
"O reino dos céus é na verdade semelhante a um proprietário que saiu de manhã cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha..."

Já todos conhecemos o desfecho, a saber, que o proprietario pagou o mesmo salário a quem tinha feito a jorna completa e àqueles que haviam trabalhado apenas uma hora, porque só ao fim do dia foram contratados.
Também conhecemos que a exegese e a pastoral vêem nesta parábola uma critica do evangelista aos judeus que não aceitavam a "justiça divina" deste novo evangelho que concedia aos gentios os mesmos dons divinos que ao povo eleito chamado, em Abraão, desde a primeira hora. E a conclusão da parábola não podia ser mais clara: "os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros".

Mas há ainda uma leitura fundamental que deve ser feita e nem sempre é realçada: a justiça do "reino dos céus" ou do "reino de Deus" não é como a justiça dos homens. Esta leitura significa uma "canelada" tremenda na ideia que nós fazemos da "justiça". Com efeito, para as sociedades humanas a justiça é o cumprimento da LEI. E, como se lê na parábola, o proprietário cumpriu a LEI, respeitando o contrato estabelecido com os trabalhadores da "jornada inteira". Mas para o "reino dos céus", o novo reino que se anuncia, e que hoje diriamos a nova sociedade que se anuncia, o "patrão" faz uma retribuição do trabalho baseado na bondade ("serão os teus olhos maus porque eu sou bom?") e não no justo direito dos negócios e do lucro. E pode bem ser, e nós sabemos que é assim mesmo, que o trabalhador que é contratado ao fim do dia tem tanto direito à vida como aquele que foi contratado de manhã.
No "novo reino" ou "nova sociedade" o "dono da vinha" já não é patrão, mas pai.

"Era o que faltava!"

E com esta expressão mil vezes pensada, murmurada e escondida mas posta em prática, se foi esquecendo a parábola de S.Mateus.

Numa hora em que a riqueza se concentra legalissimamente nas mãos de um grupo "eleito" e privilegiado, seja pela sorte do nascimento, seja pelo meio familiar e social em que cresceu, seja pela sorte do ADN que herdou, era bom que os cristãos erguessem bem alto a riqueza humana do seu "evangelho". Como se vê nesta parábola, é um evangelho que "viola" as leis mais comuns e mais "justas" das sociedades que modelamos.
As nossas sociedades, umas vezes melhor, outras vezes pior, cumprem as "normas" consideradas justas.

Mas não cumprem as "normas" de um um patrão feito pai.

O pior de tudo, é já não haver quem pregue este evangelho velhinho de dois mil anos. Tão luninoso que até cega!
Para não serem acusados de andar a pregar um "evangelho de tolos" os pastores cristãos ajustaram-se muito bem à "justiça dos homens".
Mas como os evangelhos estão aí, à mão de toda a gente e a sua luz chega ao entendimento de todos, o povo já intuiu e vai dizendo: bem prega frei Tomás; segue o que ele diz e nâo o que ele faz.

12 abril, 2012 12:02  
Anonymous Evaristo Dominguesd said...

Hoje é o dia do Aniversário do nosso Presidente Américo Vinhais.

Muitos Parabéns. Felicidades e Muitos Anos de vida.

O ano passado em Fátima pela impossibilidade do Dr. Augusto Castro continuar teve momentos agonizantes, parecia não haver sucessor. Ainda bem que apareceu o Vinhais.Como sempre nestas coisas vamos esperar para ver ...
Meus amigos passado um ano podemos dizer temos Presidente, já deu para ver que um ex-Diretor de Finanças reformado tem muito para dar. Bem hajas VINHAIS.
Fica o exemplo que a nossa Associação é rica em quadros de muito boa gente bem formada e reformada que agora mais que nunca podem ajudar a fazer da AAACARMELITAS uma Associação com mais encontros mais convívios, resumo viver a vida com bons momentos de lazer e em comunidade.
Abraços.Evaristo

14 abril, 2012 11:35  
Anonymous Mário Neiva said...

Parabéns, Lino Vinhais, pelo teu aniversário e pelo tempo que levas na presidência da AAACarmelitas, já que o Evaristo fez questâo de lembrar o facto, neste dia da tua festa pessoal. Assim, ficam os meus votos de felicidade para os dias e anos todos que te cumpre viver e os votos pelo sucesso à frente dos destinos da Associação. Todos esperamos que sejas o digno sucessor do Augusto, a alma maior, desde o princípio e por longos anos, da AAACarmelitas.
Um abraço
Mário

14 abril, 2012 14:10  
Anonymous Anónimo said...

Olá, Américo.

Parabéns pelo teu aniversário.
Não sabia que fazias anos dois dias depois de mim.
O Mário Neiva também faz por estes dias, mas não me lembro quando...
Um abraço.

EJ

14 abril, 2012 21:57  
Anonymous Mário Neiva said...

Sou ainda uma criança, Emidio: nasci mesmos antes do 25 de Abril.
Agora percebes porque gosto tanto da ressurreição? Nasci vendo a natureza a ressurgir, quando parecia morta pelo longo, escuro e frio inverno. Pena que ainda não posso estar em Balugães para ver a explosão de vida nas árvores, arbustos e plantas do meu quintal. Mas já falta pouco. Entretanto, o meu irmão Agostinho vai fazendo de hortelão e regando um pouco para compensar da primavera seca que nos calhou este ano. Como vês, dá jeito ter muitos irmãos e, sobretudo, ter um ao pé de casa...

14 abril, 2012 22:16  
Anonymous Anónimo said...

A todos os que festejaram e os que vão festejar o aniversário durante o ano de 2012, desejo muita saúde, alegria, conforto, dinheiro qb, o amor da família e a amizade sincera des todos os amigos, de modo especial dos aaacarmelitas.
Parabéns.

15 abril, 2012 11:51  
Anonymous Anónimo said...

amen

15 abril, 2012 17:51  
Blogger Manuel Bessa said...

manuel bessa

17 abril, 2012 11:40  
Anonymous Anónimo said...

Oh Bessa, não disseste nada!...

17 abril, 2012 19:05  
Anonymous Mário Neiva said...

Publicado no meu blog Laje Negra, partilho com os meus colegas da aaa:

A Triplice Dimensão de Mim

Retornando à pequena história do Pe Anselmo que eu trouxe noutra postagem mais atrás, claramente ela sugere-nos todo o poder intrigante da mente humana que nos "decompõe" numa tríplice realidade: eu-corpo, eu-personalidade e eu-contemplação (ou reflexão). Esta "decomposição" não é mais que uma simulação da realidade pela nossa mente consciente, um "não-facto", pois a decomposição efectiva do conjunto solidário daquela trilogia seria a morte. De facto, no acontecimento da morte dissolve-se o eu-corpo, o eu-personalidade e o eu-contemplativo (reflexivo). Ou não será assim?
Alimenta-se a dúvida, desde há milénios. Talvez, mais do que uma dúvida, seja a expressão do inconformismo de quem (o eu-contemplativo) se viu nascer, crescer e tornar-se alguém (personalidade). Como pode, pergunta o eu-contemplativo, "tudo" acabar em "nada"? E o "tudo" é o corpo, a personalidade, o próprio acto de reflectir.
Como nunca tivemos resposta conclusiva, considerando o enigma do universo que somos, pensou-se, sonhou-se ou simplesmente imaginou-se uma solução para preservar a identidade individual: a imortalidade, a ressurreição, a reencarnação.
Numa época pre-cientifica estas respostas eram suficientes e chegavam a arrebatar a mente humana. Com o advento da era científica persistiu a esperança de escapar à dissolução da pessoa humana, invocando-se a capacidade misteriosa da mente em contemplar o nascimento, a vida experienciada e a pre-visão da própria morte. Mas acontece que a neurociência demonstra cada vez melhor que o processo mental que nos permite recuar a um "antes da vida" e avançar até um "depois da morte", resulta da actividade essencial e indissociável do corpo e da mente, condicionando-se mutuamente. É um enigma por desvendar, a forma como este processo se desenrola "de baixo", "para cima", ou seja, da não-vida para a vida, até à contemplação e à reflexão.
Mas por ser enigmático, nada justifica afirmar categoricamente a autonomia de um "eu-contemplativo" em relação à sua "humilde" origem.
Estou convencido que, por muitos anos ainda, os homens não consigam viver sem a expectativa da imortalidade, da ressurreiçâo e da reencarnação. Elas vão continuar a garantir, pela fé, cada uma a seu modo, a preservação bem sucedida da identidade.
Haverá alguma vantagem em colocar em causa estas expectativas felizes, desassossegando as pessoas?

18 abril, 2012 10:16  
Anonymous Mário Neiva said...

(Continuação)

Respondendo de uma forma simples, eu diria que não foi menor o desassossego quando a ciência revolucionou o mundo geocêntrico, criacionista e antropocentrico.
Dói, mas passa, acabando-se sempre por descobrir que amamos tanto a verdade, quanto o sonho e a esperança. De modo que a humanidade, como um todo, vai continuar a sonhar e a procurar a verdade.
E depois, aqueles que consideram como falaciosas as respostas "tradicionais" da pre-ciência, que solução propõem para a preservação da identidade como garante da felicidade?
Em definitivo, nenhuma, na verdade. Digamos que, até hoje, o máximo que podem oferecer é uma maior e mais sadia longevidade, vivida no sonho possível e na esperança possível.
O facto de tantos, quase todos, se agarrarem, até hoje, a uma transcendencia que preserve, de algum modo, a sua identidade, significa que o homem da era científica também não aceita ter o mesmo destino de uma estrela, de uma planta ou de um animal. Apesar disso, e dando mostras de um "homem de pouca fé", no dia a dia investe "tudo", como sabe e pode, para preservar a integridade do seu corpo, da sua personalidade, da sua mente reflexiva.
Não admira, pois, que a mais verdadeira das orações é aquela que todos rezamos nos momentos críticos: "enquanto há vida, há esperança". E, naturalmente, estamos a falar da única vida que conhecemos e experienciamos.
Publicada por Mario Neiva em 01:03

18 abril, 2012 10:19  
Blogger Manuel Bessa said...

Olá, Américo Lino.Aceita os meus parabéns pelo teu aniversário, embora atrasados; como o Emídio Januário se acusou de ter feito anos dois dias antes, vão para ele também os meus parabéns, Um abraço para os dois.
Quanto àquela intervenção anterior em que só aparece o meu nome só a consigo explicar como sendo o resultado de um aluno maçarico em questões de informática, mas espero vir a ser Doutor na matéria.

18 abril, 2012 18:14  
Anonymous Emídio Januário said...

Olá Bessa.

E anota mais esta: Ontem, dia 17, fez anos o n/ ex-colega ARTUR JOSE DE SOUSA FERNANDES, que reside em Benlhevai, aldeia vizinha da minha.

EJ

18 abril, 2012 19:53  
Anonymous Antonio Costa said...

Apos a passagem de mais um tempo de Quaresma para todos os cristaos, e depois de ter"tentado" colocar-me na pele de "povo celebrante e participativo" das cerimonias da epoca pascal (tanto catolica como ortodoxa) eis-me chegado a realidade do dia-a-dia...
Apetece-me perguntar:
O que significou a mensagem que a herarquia quis passar de "Quaresma tempo de reflexao, de caridade" a caminho (com esperança) da ressurreiçao?.Nas paginas dos jornais, nalguns boletins paroquiais, e ate nalgumas cerimonias, parecia continuar a haver a mesma catequese de ha sessenta, cinquenta e quarenta anos:Preparaçao para a "desobriga"(Confissao dos pecados), para poder "comungar pela Pascoa da ressurreiçao"=TRISTEZA PELOS NOSSOS PECADOS E ALEGRIA, porque CRISTO RESSUSCITOU E ESTAMOS PERDOADOS. E acrescento eu: E a vida continua como dantes...etc
O que interessa haver mais ou menos rituais, mais ou menos procissoes nocturnas(algumas com pompa e circunstancia, porque presididas por bispos), mais ou menos rosarios repetitidos, se a mensagem que nos ouvimos nao "penetra" em nos?
O que dira Deus?:ESTE POVO HONRA-ME COM OS LABIOS, ...MAS ONDE ESTA O SEU CORAÇAO?

Ja nem falo do Governo tentar tirar ou nao tirar feriados desta ou daquela festa; ou de outro comentario que hoje nos foi fornecido pelo Cardeal Saraiva Martins a proposito do atraso ou nao da beatificaçao da Irma Lucia.Tudo e feito "POR INTERESSES" sejam economicos, sejam sociais.Entao so depois de o processo estar bem adiantado e que se vai ver se se encontra ali um milagre?(para justificar o tempo e o envolvimento da despesa que o processo teve?)Deus so vai fazer o milagre em tal data? Ja se diz que seria bom que no centenario das alegadas apariçoes se procedesse a beatificaçao...Que calculos sao estes?(E atençao: Este purpurado sabe bem do que fala porque esteve bastante tempo no Dicasterio da Causa dos Santos, e sabe mais do que ninguem todos os passos que o processo deve percorrer)

Como referi acima, assisti tambem a algumas celebraçoes ortodoxas, e fiquei a saber mais alguma coisa das diferenças que dividem com os catolicos.Alem das dezenas de sinais da cruz, e das vezes que incensam os icones e de outras tantas vezes que repetem Cristo Ressuscitou, Aleluia, Aleluia, e justo interrogar-nos porque nos e proposto uma vez no ano REZARMOS PELA UNIAO DOS CRISTAOS(precisamente no dia em que os catolicos celebram a conversao de Paulo) e nao procedemos a efectiva uniao, com convivios, concelebraçoes,e compromissos etc?

A resposta podera ser dada:QUERER E PODER, e nao havendo "grande vontade"...

Voltamos novamente aos anos 40,50,60, tanto a nivel religioso, como politico, como social?
Este e o meu receio, porque, se assim for, havera coragem de fazer uma revoluçao nas mentalidades para
mudar de paradigma?

18 abril, 2012 23:04  
Anonymous Mário Neiva said...

Muito interessante este comentário do Costa.

A situação que encontra e descreve, na vida cristandade, reflecte perfeitamente, a meu ver, o resultado do colapso da ressurreição segundo S. Paulo e procura de uma alternativa, à medida que se foi confirmando Muito interessante, este comentário do Costa.
o atraso irremediável do apocalipse da ressurreição dos mortos e da transformação dos vivos, dos velhos céus e da velha terra. Dir-se-ia que a cristandade vive ainda, após dois mil anos, a ressaca deste “não-acontecimento” anunciado (a ressurreição).
Foi uma tremenda desilusão para a cristandade nascente mas a vida tinha de continuar, aproveitando-se tudo o que havia de muito bom e foi pregado juntamente a Boa Nova da ressurreição iminente. Afinal de contas, O Evangelho não é apenas a ressurreição.
Na alma dos cristãos subsiste o carinho pela fé dos seus avós que vão fazendo sua como sabem e podem, mas claramente integrados num mundo novo sem expectativa de qualquer ressurreição iminente e apocalíptica, tendo há muito interiorizado que a ressurreição é sobretudo a transformação do espirito mau no espirito de bondade. Outros crentes, julgando-se mais "progressistas", vão identificando ressurreição com evolução crescente para uma perfeita humanização, que será o verdadeiro projecto divino e re-lido na máxima evangélica: "sede perfeitos como o vosso Pai Celestial é perfeito".

A lucidez e o respeito deveriam acompanhar os teólogos cristãos e pastores de hoje, reconhecendo o fracasso da "previsão" paulina na iminência da ressurreição apocalíptica. E depois, geradores de nova esperança, orientar os crentes cristãos no sentido do novo paradigma de um universo e de uma humanidade que já fizeram uma caminhada de mais de 13 mil milhões de anos e ainda sem meta à vista.
Se o mistério da ressurreição paulina era denso e raiando a loucura, no entender dos sábios, este mistério com que estamos confrontados nem um pouco lhe fica atrás!

19 abril, 2012 09:57  
Anonymous Antonio Costa said...

Algumas resoluçoes da ultima reuniao plenaria da CEP(Conf.Episcop.Portuguesa):

"...celebrar o Concilio Vaticano II nao significa recorda-lo em clima de nostalgia(Para alguns ate so convem mesmo-que grande cinismo!)do passado, mas revive-lo e projecta-lo na abertura ao futuro onde Deus nos espera.Cabe-nos a missao de por sempre em pratica o Vaticano II, um Concilio com 50 anos de actualidade... Queremos dar graças a Deus por este Concilio providencial(E verdade, foi convocado, de surpresa e ao arrepio dos mais cepticos que punham em causa a idoneidade-do PAPA RONCALLI------------------------

um homem que apesar de velho na idade, novo no rasgar de horizontes, com visao de futuro)que continua a inspirar a Igreja, apesar de todas as hesitaçoes e desvios..."(E DE MUITAS MARCHAS-ATRAS!,sobretudo nestes ultimos trinta anos).

21 abril, 2012 00:36  
Anonymous Machado said...

E para quando o Vaticano II no próprio Vaticano? Lemos e não acreditamos. Brincadeiras de um cardeal:

«Enrico de Pedis, mais conhecido como 'Renatino', morreu em 1990 num ajuste de contas perto do Campo das Flores, em Roma, e foi sepultado no cemitério Verano da mesma cidade. Uma situação que a viúva não terá aceitado e procurou dar-lhe um enterro de santo.

A vida do falecido foi tudo menos vulgar: nos anos 80 chefiou a organização criminosa Magliana, responsável por dezenas de assassínios, tinha bons contactos e amigos poderosos e destinou à Igreja entre 260 mil a 310 mil euros para obras de caridade.

Carla Di Giovanni aproveitou as "boas ações" e os "conhecimentos" do marido para lhe dar um novo local de sepultura. Conseguiu que o cardeal Ugo Poletti escrevesse uma carta garantindo que "De Pedis foi um grande benfeitor dos pobres", missiva que Di Giovanni levou ao responsável da Basílica de Santo Apolinário, no centro de Roma.

A carta e 20 mil euros deram direito a que 'Renatino' fosse sepultado numa capela da basílica, lugar reservado em princípio a cardeais, santos ou mártires. Uma situação que tem sido, desde então, motivo de escárnio e escândalo em Roma.» [DN]

As ligações mafiosas de um cardeal e 20 mil euros promoveram um chefe mafioso a santo da Igreja Católica.

25 abril, 2012 23:02  
Anonymous Sousa da Ponte said...

Por isso, são poucos os padres que comem na mesa dos pobres!
O dinheiro compra tudo, infelizmente...

26 abril, 2012 00:42  
Anonymous Mário Neiva said...

O que choca mais é ver como o "fermento" do Evangelho é transformado no "fermento dos fariseus". Uma denúncia feita pelo evangelista há dois mil anos e que de nada serve quando em vez de amor verdadeiro se distribui "caridade" aos pobres. Como se ainda não fosse suficientemente claro para todos que a única pobreza aceitável e recomendável dentro do Evangelho é a pobreza do desprendimento, que significa, exatamente, partilha ou, dito na palavra mais antiga e venerável, "eucaristia". A qual, bem mais que um nome, me ensinaram desde a catequese, que é sacramento, isto é, distribuição (“tomai”) efectiva e graciosa da comida e da bebida. Foi reduzida, a refeição do corpo e do amor, ao simbólico, verdadeira metáfora poética, onde os crentes entram com fome no corpo ou na alma ou em ambos e de lá saem tão “pobres” quanto entraram. E sem perceber que o trabalho e o carinho de cada dia não deveria ser outra coisa que o prolongamento da ceia comungada na fé.
Enquanto a "ceia evangélica" continuar a ser apenas uma metáfora, e, enquanto o "carinho de Deus" continuar a ser transformado em "esmola aos pobres", não faltará um cardeal a confundir um mafioso com um santo.

26 abril, 2012 09:46  
Anonymous Mário Neiva said...

"Vivemos numa democracia de massa, uma mentira que abre os portões a mentirosos, demagogos, charlatães
e pessoas más, como vimos no séc. XX e como vemos agora". (Rob Biemen, filósofo holandês)

Dramático é nós delegarmos as nossas responsabilidades naqueles charlatães, depositando, quase inconscientemente, o nosso voto nas democráticas urnas.
A democracia está viciada ou foi sequestrada.
Para que servem as liberdades, se com elas estamos a construir uma sociedade indecente? ´
Penso que é tempo de reconhecer sem tibiezas que as nossas democracias foram colocadas ao serviço dos "mercados". Tudo se vende e tudo se compra. Já vendemos praticamente tudo o que somos: a voz, a habilidade de pernas ou de mãos, a inteligencia, a criatividade; compra-se a saúde, a educação, o recreio. Literalmente, vedemos a alma e o corpo que somos, nas mais diversas actividades humanas.
Criamos a sociedade das meretrizes, que sucede à sociedade dos "senhores e servos".
Há que tomar consciencia da situação e inverter o rumo.

27 abril, 2012 19:54  
Anonymous Mário Neiva said...

«Os maridos egípcios vão ter, em breve, o direito de fazer sexo com as esposas mortas, até seis horas após o último suspiro da mulher. O pacote legislativo em estudo baixa, ainda, para 14 anos a idade mínima legal para casar.

O novo parlamento do Egito, dominado pelos islamistas, está a preparar um pacote legislativo que choca vários setores da sociedade do país. Das medidas reveladas, a mais controversa pretende aprovar o "sexo de despedida", legalizando a possibilidade do marido fazer sexo com a mulher, até seis horas após a hora da morte da companheira.» [JN]

Empenhadamente, nós, os civilizados e democratas ocidentais, apoiamos o derrube da ditadura anterior e agora, perante isto, dizemos que "é a democracia a funcionar".
Mais uma prova da democracia viciada que construimos e fazemos implementar. Denunciá-la é o primeiro passo para criar uma realidade nova porque, se aceitamos como bom o que já construimos, acabamos por adormecer sobre estas barbaridades "egipcias".

28 abril, 2012 10:54  
Anonymous Mário Neiva said...

De um antigo condiscipulo (hoje advogado) na Falperra recebi na minha hotmail um artigo do Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho e Pinto, que se ajusta ao que venho dizendo da democracia que construimos:

"A liberdade individual só faz sentido em democracia se for usada para combater a mentira. As escolhas políticas que o povo soberano é chamado a fazer periodicamente só serão verdadeiramente democráticas se as pessoas estiverem conscientes do alcance dessas opções, ou seja, se as pessoas estiverem esclarecidas. E o esclarecimento faz-se com a verdade e não com a mentira. Por isso, aqueles que ocultam a verdade aos cidadãos, aqueles que enganam os cidadãos, cometem um crime de lesa democracia. A liberdade sem esclarecimento, sem verdade, pode transformar-se no pior inimigo da democracia e da própria liberdade"

30 abril, 2012 11:41  
Anonymous Mário Neiva said...

A gente lê e pensa que regredimos...60 anos!

"Alan Turing nasceu em Londres a 23 de Junho de 1912. Cedo se interessa por lógica matemática. Conheceu, estudou e partilhou conhecimentos com Bertrand Russell, John von Neumann e Ludwig Wittgenstein. A ele se deve, entre tantas outras coisas, a redefinição do conceito de algoritmo, hoje profusamente usado em cálculos, processos e máquinas. Em 1936 cria a chamada "Turing Machine" que está na base dos computadores modernos.

Apanhado na II Grande Guerra, trabalha no departamento de Criptoanálise em Bletchley Park, centro que procurava decifrar as mensagens encriptadas pela máquina Enigma dos alemães. O papel de Turing é decisivo e reconhecido, dando assim um contributo essencial para o desfecho da Guerra.

Nos anos seguintes, então famoso no meio académico e muito apreciado, Turing continua o trabalho, sendo notáveis e pioneiros os seus textos sobre Inteligência Artificial.

Sucede que Alan Turing era homossexual. Em 1952 é preso, julgado e condenado à castração química. Para além da humilhação, o processo é cruel e causa inúmeros efeitos secundários como perda de cabelo, feminização e osteoporose.

A 8 de Junho de 1954 suicida-se com uma maçã com cianeto.

Mas a história não acaba aqui. Após uma campanha pública, Gordon Brown aceita pedir desculpa pelo tratamento que foi dado a Alan Turing e propõe que seja concedido um perdão oficial. Agora, no ano em que se comemora o centenário do seu nascimento, David Cameron, o atual primeiro-ministro inglês, vem dizer que não há lugar a nenhum perdão porque, à época, era proibido ser homossexual. Haverá atitude mais estúpida?» [Jornal de Negócios]

Autor:

Leonel Moura.

E tantos laicos que ainda falam da Igreja Católica! Imaginem que João Paulo II em vez de pedir perdão pela condenação de Galileu, argumentava como o civilizadissimo Primeiro Misnistro Inglês! Até as pirâmides do Egipto se desmoronavam. Mas como é sua excelência democrática inglesa, eleita pelo voto popular democratissimo...
Digam-me lá se não é verdade que estes eleitores democratas que somos, não delegamos as nossas responsabilidades e convicções em charlatães, mentirosos, pessoas más etc, como ficou assinalado num comentário aí atrás.
Democracia viciada, digo eu.

01 maio, 2012 09:34  
Anonymous Mário Neiva said...

Publiquei no meu blog Laje Negra e partilho com os meus colegas da AAACarmelitas.

"VALORES E DIREITOS HUMANOS"

"Há dias dei uma pequena palestra subordinada ao tema em título, integrado num pequeno grupo de conferencistas, aqui na minha pequena aldeia de Balugães. O tema foi proposto pela organizadora, baluganense como eu e amiga de infância, a Dra Aparecida. Fomos quatro conferencistas e cada um discorreu sobre "direitos e valores" de acordo com sua "sensibilidade académica" de jurista, de médico, de psicólogo e de filósofo. Para surpresa de todos, a sala da junta de freguesia estava praticamente lotada. Gente com vontade de saber mais. Ao preparar a minha intervenção tive a preocupação de adequar a forma do discurso e a linguagem à audiência, conhecendo eu quase toda a gente na plateia. Assim, imaginei uma parábola e contei-a, para que todos entendessem perfeitamente a diferença, na grande diversidade que consideramos serem os valores e os direitos humanos. E, antes de entrar na parábola, propus, como principio fundador dos valores e direitos humanos, o valor da própria vida humana. Nada mais que o "valor da vida" e o decorrente "direito à vida". Queria deixar a mensagem de que tudo, mesmo tudo, estará subordinado ao "valor da vida". O tempo era curto e fiquei longe de explanar o meu pensamento. Por exemplo, de que é que estamos a falar quando evocamos a "vida" como o valor dos valores e o "direito à vida" como o direito dos direitos. Mas a parábola fez grande parte do "trabalho", porque, tal como a imagem, uma parábola vale por mil palavras.
...
Um viajante do deserto, a certa altura, ficou sem água para beber, debaixo do sol abrasador e ainda longe da cidade destino. Quando o desespero já o dominava quase por completo e via a morte próxima e inevitável, surge diante si, vindo não sabe donde, uma figura misteriosa de homem. À sua esquerda, sobre a areia escaldante, está uma arca entreaberta, a transbordar de ouro, prata e pedras preciosas; na mão direita segurava um garrafão de água cristalina. O viajante olhou de relance a fabulosa arca mas os seus olhos cravaram-se, esperançosos, no garrafão da água. O homem misterioso apontou-lhe as duas "preciosidades" e disse-lhe que só poderia escolher uma delas. O viajante, apesar do seu estado desesperado, estava no seu juízo perfeito e escolheu a água, pensando sensatamente:
-Que me adianta a arca da fortuna se perder a minha vida neste deserto?
...
O tempo não permitiu tecer muitas considerações, mas creio que todos compreenderam onde eu queria chegar. Mais adiante voltei à mesma parábola para lhe acrescentar mais um episódio.
...
O viajante retomou a viagem e, um pouco à frente, encontrou outro caminhante na mesma situação desesperada. Este suplicou-lhe que partilhasse um pouco da preciosa água.
Que acham que fez o nosso viajante agraciado?
Respondeu-lhe que "sim, senhor", mas tinha de lha pagar.
-Não tenho dinheiro, senhor! Responde o pobre homem.
-Então nada feito, meu caro amigo. E seguiu viagem, deixando-o agonizar à sede.

Nem mais: Quis vender o que recebera de graça.

Conclui a minha breve palestra assinalando que nós modelamos uma sociedade baseada no "negócio" e não na solidariedade, como seria de esperar de quem recebeu graciosamente tudo o que é fundamental à vida: a vida em si mesma, mais ou menos bem dotada, o ar, as florestas, os mares, os céus. Apropriamo-nos de

03 maio, 2012 12:15  
Anonymous Mário Neiva said...

(Continuação)



de tudo, a começar pelos dons que recebemos à nascença, fizemos a divisão das terras e dos mares, convertendo tudo num imenso negócio de usura. Não há nada que a gente não venda e compre, obedecendo a leis que há muito deixaram de considerar que o valor da vida, além de ser o valor fundamental, é também uma dádiva; e que amor com amor se retribui.

Voltando à parábola, à luz do direito nacional ou internacional, o viajante é dono da água que só cederá a troco de dinheiro. Vai morrer alguém à sede? A lei, todas as leis, permitem que sigamos adiante como honestos cumpridores da lei. Foi nesta base que criamos as sociedades actuais.
Mas está a chegar a hora, e já chegou, em que a nossa consciência humana ou simples sensatez está a obrigar-nos a rever a obra feita. No limite, é criminosa. Não estou a falar de "culpa" mas, sem dúvida, a denunciar o crime que passa despercebido, encoberto por uma miríade de leis e práticas, que não têm na devida conta o valor fundamental da vida e do direito à vida, que todos recebemos graciosamente. Está à vista de todos que uns chafurdam na fartura e outros morrem ao abandono. Direitos adquiridos? Alguém adquiriu a própria vida? Alguém escolheu ser filho de quem é? Alguém escolheu nascer onde nasceu? Alguém adquiriu a sua inteligencia, capacidade de trabalho, caracter, sensibilidade, tendência afectiva, equilibrio neurológico? Etc etc etc.
Não e não! Mas fizemos leis de apropriação de tudo isso e de tudo o que conseguimos obter a partir dos dons recebidos.
Era bem metido, aqui, o "desapego" budista". A verdade, porém, é que passa tão ao lado da vida real quanto o "desprendimento evangélico" cristão, transformado em "esmola aos pobres". Um e outro acomodaram-se à sociedade que tudo vende e compra em vez de um real empenhamento na sua transformação estrutural para a solidariedade de vida. Dão a impressão de que estão, sobretudo, empenhados na "salvação" individual.
Mas a transformação vai acontecendo paulatinamente, mudando-se constantemente as leis do generalizado "negócio" em que transformamos a sociedade, porque a Humanidade é inteligente, sensata e acabará solidária. Há-de escolher a água em vez do ouro. Ou morrerá de vez".

P.S.
Estou convidado para uma nova conferência, em Junho, e o tema que me foi proposto é dos meus preferidos: o amor.

03 maio, 2012 12:18  
Anonymous Emídio Januário said...

Olá, Mário.
Gostei do que escreveste, e da consciência que tens sobre o assunto. Gostaria de ter podido ouvir na tal exposição que fizeste.Aliás,tudo o que tens escrito neste blog, mostram que és uma pessoa recta, com consciência formada, e que te não deixar embalar pelo laxismo, que segues em frente com o que a tua consciência (bem formada) te dita.

A tua parábola sobre a água traz-me à memória o que pode ser a sede e a ânsia de beber.
Conheces o Douro? E a linha do Douro nos tempos de antigamente, quando se demoravam cerca de 5 horas do Porto a Mirandela?
Pois posso garantir-te que nos meses de Julho, Agosto e parte de Setembro, aquilo era um autêntico inferno, com calor por vezes a passar os 40 graus.
Muita sede passei nessas viagens!
Mas a experiência ajuda-nos e, num certo desses dias de verão escaldantes, numa viagem com origem no Porto, depois de muita sede,cheguei ao Tua, onde se mudava para a linha de Mirandela que ainda seguia até Bragança. Enquanto toda a gente corria para arranjar lugar sentado na automotora, eu corri à tasca do Calça-Curta e comprei uma garrafa de água de 1,5 litros, prolongando a correria para apanhar a automotora. E, dentro dela, já na linha do Tua, consolei-me a matar a sede.O calor continuava e de vez em quanto lá ia beberricando.
Fomos indo e ao fim de uma hora, com a garrafa a meio, aproximamo-nos de Mirandela. Peguei no saco de viagem e comecei o movimento de me aproximar da saída. Foi então que uma senhora se dirige a mim, humildemente:
"_Desculpe. Vai sair em Mirandela?"
-"Vou" - respondi-lhe.
-"Pode dar-me a sua água?"
-"Faça favor." E dei-lhe a garrafa, que estava a meio.

Julgo que qualquer um de nós, nessa altura, também optaria pela água em vez do tesouro.

... mas, se me tinhas contando esta história quando ainda andávamos na Falperra, se calhar ainda era capaz de ter vendido a garrafa à mulherzinha!!!

... E ainda te pagava um copo!

Que pena!

Um abraço

EJ

03 maio, 2012 22:36  
Anonymous Mário Neiva said...

Fica o teu abraço, Emidio, que chegou até mim nos longos braços net e feito em palavras que são a expressão da alma.
Ameaçaste a data do próximo encontro anual Sameiro-Falperra (gostei mais assim, naquele de 2011) e dei-me conta que já é tempo de ser determinada e comunicada a data precisa do evento, para irmos divulgando e acomodando os compromissos que cada um possa ter. Fica à atenção do Lino Vinhais.

Depois vem a tua história verdadeira da água que compraste e, em vez de vender, ofereceste a quem dela precisava. Um gesto lindo, numa história muito comum, quando nós damos, de coração aberto, o que já não nos faz falta nenhuma. É o exemplo da "caridade cristã". E da "boa acção" que eu aprendi que o escuteiro deve praticar.
Não é essa, porém, a lição que se tira da minha parábola. Porque eu recuei um pouco mais em relaçâo à tua correria para comprar o precioso líquido. Fui até à fonte, ultrapassando o revendedor a quem fizeste a oportuna e necessária aquisição. E, no princípio de tudo, estava a "dádiva da natureza", como nós dizemos.
Quando se recua deste jeito, qualquer dos nossos gestos ganha uma nova dimensâo e sifnificado. Assim, em vez de um "favor" ou de uma "caridade", tu fizeste, simplesmete, justiça: deste gratuitamente o que no principio dos principios recebeste graciosamente. A isto chamam as escrituras em que fomos educados, tu e eu, "justiça de Deus". Porque a outra, a da "compra e venda", é mercantilizaçâo de todos os dons que recebemos pela "graça de Deus".

Penso que é a hora de não mais esconder debaixo do alqueire a luz do evangelho magnífico do cristianismo, mas colocá-la num lugar bem alto, para iluminar toda a "casa".
E como é preciso que isso aconteça, quando já todos percebemos que a humanidade não se aguentará se cada um se apossar de uma parcela do planeta. Mesmo quando essa "parcela" são os dons que cada um recebeu por graça do nascimento!

07 maio, 2012 14:38  
Anonymous Mário Neiva said...

Não é costume, mas hoje liguei a TV a meio da manhã chuvosa e escura, deste Maio pouco primaveril.
No rodapé da imagem podia ler-se "Alexandra Solnado celebra 10 anos da sua conexão com Jesus”. De um lado os animadores de TV Jorge Gabriel e a bela Sónia Araújo e do outro a Alexandra e uma amiga de que não cheguei a ouvir o nome.

Ouvi as coisas do costume nestes espiritualistas fervorosos acerca da luz, da iluminação e da energia. Tudo, claro, realidades espirituais. Qualquer semelhança com a energia produzida nas barragens, nas centrais eólicas, fotovoltaicas, térmicas ou nucleares é pura coincidência.
Aliás, ficamos sem ponta dúvida, ouvindo a entrevista, de que se está a falar de uma realidade que nada tem a ver com a nossa materialidade. E nem se deveria dizer "nossa" porque, segundo os espiritualistas, não somos nem aparentados com aquela luz das barragens e muito menos com o ferro, o aço e o betão que formam o seu "corpo" gigantesco.

Já no fim da entrevista, respondendo a uma pergunta do Jorge Gabriel, a Alexandra disse que falava em "Jesus" e da sua conexão com Jesus apenas porque vivia num meio católico porque, afirmou ela, falar em "Jesus" ou "Luz" é a mesma coisa. Configurou (ipsis verbis) essa "Luz" como o "Jesus cristão" por estar a falar para cristãos.

Daqui se conclui que o Jesus Histórico, precisamente aquele que nasceu, viveu, pregou, morreu e ressuscitou, da história eda fé cristã, nada tem a ver com esta espiritualidade da Alexandra Solnado. Possivelmente ela pensará, como os antigos gnósticos e os docetistas, que Jesus-Luz-Energia só aparentemente incarnou, comeu e bebeu, cresceu, sofreu e morreu. E também a ressurreição não aconteceu, não acontece e nem acontecerá, muito menos à maneira como Paulo de Tarso a pregou: recuperação do ser humano integral, com sua identidade completa, corpo e espirito, realidade exemplificada de forma espectacular e elucidativa, no episódio da "Ressurreição de Lázaro" do evangelho de S. João.
Santo Irineu, um acérrimo defensor da ortodoxia da doutrina da incarnação e da ressurreição escreveu:”CRISTO VERDADEIRAMENTE NASCEU DE MARIA, FOI REALMENTE CRUCIFICADO E CRISTO ESTAVA NA CARNE MESMO DEPOIS DE SUA RESSURREIÇÃO, NÃO ERA ESPIRITO INCORPOREO.
Concluindo: para o “homem-luz”, “homem-energia” ou “homem-espirito” (diríamos com mais propriedade homem-fantasma), de Alexandra Solnado e dos espiritualistas do mesmo pensamento não há nem nascimento, nem morte, nem ressurreição.

08 maio, 2012 22:15  
Anonymous Mário Neiva said...

(continuação)

O exemplo que S. João nos traz da “Ressurreição de Lázaro”, verdadeira súmula da teologia paulina da Ressurreição, pregada trinta ou quarenta anos antes, mostra-nos a dissolução do corpo (já cheira mal, diz Marta a Jesus) e a dissolução da identidade do amigo querido (Jesus chorou, releva o evangelista). A morte é essa realidade irrefutável e demolidora: dissolução do corpo e da pessoa. A ressurreição cristã é a recuperação do “todo” , magnificamente ilustrada num Lázaro que regressa ao convívio da família e dos amigos. “Quando”, “onde” e “como”, é o mistério que nem a Paulo de Tarso foi revelado e, também ele, teve de morrer “na esperança” da ressurreição que anunciou.
O Cristianismo é esta esperança de “ressurreição –recuperação” do “todo” que é o ser humano e não um qualquer gnosticismo ou docetismo, antigo ou moderno. As testemunhas de Jeová, por exemplo, negam a realidade do corpo físico de Jesus Ressuscitado. Com isso negam o coração do cristianismo. Impropriamente são apelidados de “cristãos”.
A Alexandra Solnado “conectou-se” com um “Jesus incorpóreo” que nunca nasceu, nunca sofreu, nunca morreu, nunca ressuscitou. Na verdade, penso que ela se “conectou” consigo mesma e vive essa realidade com intensidade. Se a faz feliz e sentir-se realizada, tanto melhor. Não vale é confundir tal experiência com o evangelho cristão.
Sobre os prodígios “esplendorosos” que ela presenciou ao longo destes 10 anos de conexão com o seu Jesus-Luz-Energia, fruto da energia infalível e poderosa quando a ela nos conectamos, faltou perguntar, simplesmente: Alexandra, foi essa energia-luz que faltou a quem foi apanhado pelo tsunami que no Japão ceifou dezenas de milhares de vidas? Estavam todos desconectados: bebés, crianças, jovens, adultos e idosos, bons e maus?
Reincarnam todos, responde Alexandra.
Então, oq eu terei sido eu anteriormente? Aqui há uns três anos fui aos SAMS (assistência médica dos bancários) em Viseu e a meu lado estava sentado um colega ainda jovem que, puxando conversa, me deixou perplexo com esta confissão: sabes, pá, descobri porque sou bancário; numa vida anterior fui encarregado das finanças dos Templários. Daí a minha atracção por um emprego relacionado com dinheiro e valores…
Fiquei mudo, por uns instantes. Depois, já recuperado do “choque”, perguntei-lhe de que se queixava, para estar ali à espera de consulta.
Vinha ao psiquiatra.
Os cristãos vivem a esperança da ressurreição na fé e não estribados no entendimento e na razão. Ao contrário, os espiritualistas pretendem apresentar como verdades cientificas as suas experiências místicas e a sua ideia de reincarnação.

08 maio, 2012 22:17  
Anonymous Mário Neiva said...

Da resposta ao e-mail de um amigo que me perguntou sobre S.Paulo:

"O meu S. Paulo está em standby e não perde por esperar. Vou amadurecendo o pensamento sobre ele e há ainda assuntos que me intrigam. Agora estou naquela fase de descobrir até que ponto os quatro evangelhos canónicos, escritos, todos, trinta a quarenta anos depois da pregação de Paulo e das suas cartas, reflectem a teologia paulina. Tal facto, a ser exacto, ajuda-nos a compreender melhor por que os evangelhos, apesar das suas diferentes narrativas, formam um todo teológico homogéneo. Afinal, são uma verdadeira ilustração da cristologia de S. Paulo, a par da tradição dos discípulos de Jesus, fiel ao judaísmo paterno de "Pedro e Paulo". O livro dos Actos dos Apóstolos, que os exegetas como o Pe Carreira das Neves supõem ter sido escrito para lá do ano 100 d.c., (talvez até ao ano 120) é verdadeiramente o livro da reconciliação entre o furacão ( a língua de fogo do Espirito Santo) que foi Paulo de Tarso e os discípulos de Jesus...Reconciliação que, de facto, não existiu, porque Paulo, farto do judaísmo de Pedro e seus companheiros de Jerusalém, "voltou as costas a Pedro" , afirma o Pe Carreira das Neves, no seu livro "São Paulo Dois Mil Anos Depois".

10 maio, 2012 09:28  
Anonymous Mário Neiva said...

Comentário para uma amiga que me enviou um "clip" no correio electrónico, representando um caracol com a casa às costas, perguntando a outro sem a dita, se a tinha entregado ao seu banco...

"Deus sabe quanto me custa assistir ao espetáculo terrível de ver pessoas a entregar as suas casas aos bancos, por terem perdido o emprego ou porque o negócio se afundou com a crise. Dói-me ainda mais porque fui incentivado a vender, vender, vender, pelo meu banco, por todos os bancos e quanto mais vendesse mais ganhava, quando o contrário (vender pouco) era estigma de mau funcionário, de quem ficava "aquém dos objectivos". Como castigo, era arredado das promoções por mérito e confinado à remuneração da tabela salarial do "Acordo Colectivo de Trabalho". Fui sempre promovido por mérito (que me lembre, assim de repente, pelo menos quatro vezes e por diferentes gerências). Por ter vendido crédito à habitação, acções, títulos, seguros, eu sei lá que mais! Tudo produtos altamente rentaveis para o meu banco e, para mim, traduzido em promoções por mérito. Cumpria a minha obrigação de bom empregado e sempre pensei que prestava bom serviço às pessoas. Agora, tudo muda de um momento para o outro, descobrindo-se que os magníficos da economia e da alta finança tinham criado uma gigantesca "Dona Branca", cada instituição financeira emprestando o que não tinha, oferendo juros que nunca poderia oferecer, porque na base apenas havia “palavras” e " bom nome", em vez de riqueza efectivamente criada. O exemplo caricato desta gigantesca fraude é uma empresa que vale 10 milhões, de acordo com o seu verdadeiro "deve e haver", mas na bolsa está "cotada" por quarenta milhões! Na hora da verdade, quem comprou acções pelo valor da "cotação" em bolsa perde trinta milhões, porque comprou a publicidade ou a fama que lhe impingiram como riqueza real.
No limite, jogou-se com a vida das pessoas como se joga num casino ou na lotaria.
Na hora do acerto de contas, que é esta crise presente, atiram-se as culpas, essencialmente, para quem comprou a mentira e não para quem a construiu. No mínimo dos mínimos, repartam-se, pelo menos, as responsabilidades e faça-se pagar quem mais beneficiou com a gigantesca falcatrua.
Dói-me ver penalizar os mais fracos e que menos beneficiaram com a fraude arquitectada pelos maestros da economia e da alta finança".
Um abraço
Mário

12 maio, 2012 14:35  
Anonymous Mário Neiva said...

"As Três Religiões do Livro"

A obra em título acaba de ser publicada e tem como autores o Pe Anselmo Borges e João Gouveia Monteiro, ambos professores de filosofia na Universidade de Coimbra. Este último apresentou-se como "ateu espiritual". Não sei bem o que isto signifiva, mas vou deixar a questão de lado.
Ontem, foram entrevistados na RTP 2, no programa Câmara Clara e houve uma frase, quase no fim, do Pe Anselmo Borges que me deixou a pensar: "os mortos estão vivos em Deus". Não disse nada que não esteja habituado a ouvir desde que me conheço. De facto, na minha cultura e educação cristã-católica, os mortos sempre estiveram todos vivos, seja no inferno, no purgatório ou no céu.
Conciliar este ensino com a "esperança da ressurreição" parece-me uma tarefa quase impossível. E como já li algo de bastante diferente no mesmo Pe Anselmo, vou comprar e ler este último livro, juntando aos dois que já guardo na minha biblioteca, a ver se entendo o que se passa.
Tenho para mim que, tal como o Pe Carreira das Neves, ele se refugia na pastoral tradicional, evitando confrontar a morte humana que não chega a acontecer, com a teologia paulina da morte total do homem e da necessidade da ressurreição. Segundo uma interpretação destas, a ressurreição diria respeito, num qualquer futuro, à materialidade do homem.
Esta não é, porém, a "esperança da ressurreição" de S.Paulo e do "credo" católico, segundo o qual, nem nesta vida nem na outra existem "homens incorpóreos".
Sei muito bem que isto é terrivelmente incómodo, uma verdadeira loucura, mas o "credo" é este, da "morte e esperança da ressurreição", e não da "meia-morte" e da "meia-ressurreição". Nem das almas do purgatório.
O problema talvez esteja nas “almas do purgatório”, cujo sufrágio se converteu num rendoso negócio. E eu falo com esta liberdade toda porque não tenho “responsabilidades pastorais”, o que não acontece com os dois sacerdotes referidos.

14 maio, 2012 23:41  
Anonymous Antonio Costa said...

"PARA QUEM TEM FE COMO OS CRISTAOS, A VIDA NAO ACABA COM A MORTE,APENAS FISICAMENTE NAO VIVEMOS, PORQUE TEMOS ESPERANÇA DE RESSUSCITAR." "SE CRISTO RESSUSCITOU, ELE NAO NOS ENGANA,NOS RESSUSCTAREMOS COM ELE NO ULTIMO DIA"
Em muitos dos nossos funerais, temos ouvido estas e demais expressoes semelhantes, mas depois vem as explicaçoes dos textos do Evangelho, e foge a lingua para o "sufragio das almas dos defuntos", que precisarao das nossas oraçoes para se libertarem "dos pecados cometidos ao longo da sua vida"porque Deus " e justo e "pede-nos contas", e nos devemos "estar preparados""com as lampadas acesas para receber o Esposo que vem ao nosso encontro"

Sim, Mario Neiva, no Credo de Niceia nos proclamamos domingo a domingo: CREIO NA RESSURREIÇAO DA CARNE. Mas ja meditamos mesmo nestas tres palavras?...Saberemos bem o que estamos a dizer( e repetimos vezes sem conta)? Acredito mesmo nisto NO RESSURGIR (DOS MORTOS?-(entao, mortos ou vivos)VOLTAR A VIVER? Onde? Com quem? Mais feliz ou menos feliz do que quando estamos na terra? Entao eu nasci pobre, tive varias doenças,passei fome, frio, calor,estive desempregado,entristeci-me com a morte dos meus pais, irmaos, estive na cadeia,dormi ao relento,tive muitos problemas familiares, talvez me separei(da minha esposa), vivi na rua, fui um dos sem-abrigo, etc.Qual o meu lugar que estara reservado apos todos estes anos de "infortunio" ou de infelicidade?
(Ainda havera lugar para "as alminhas do purgatorio"?)

Quem me dera poder ter respostas para tantas perguntas que faço diariamente, para poder ser mais CRENTE.

16 maio, 2012 01:08  
Anonymous Calhordas said...

Tratem da alma que o corpo já não tem salvação...
E tratem também de um seguro de vida para depois estarem fixes lá no outro lado!

16 maio, 2012 22:00  
Anonymous Mário Neiva said...

Ora aqui está o grande equívoco, Calhordas, que consiste em pensar no "futuro" da alma, porque que "o corpo já não tem salvação", quer dizer, não tem futuro. Não pode haver futuro para um, sem haver futuro para outro. Mas é muito conveniente que não se pense nisso, mesmo entre aqueles que todos o domingos, como diz o Costa, rezam o "credo de Niceia".
Traduzido, este grande equívoco, em coisa prática, considera-se "bom cristão" quem cuida da salvação da alma e só "por caridade" dá uma esmola para a saúde (salvação) do corpo que, ao fim e ao cabo, nem futuro tem na "vida depois da morte".
A minha paróquia de Balugães, por exemplo, tem umas mil almas para salvar e nenhum corpo! Assim, no que diz respeito ao "corpo" é um "salve-se quem puder". Pelo menos da cura da alma trata o senhor Cura. Sempre é melhor que nada, porque então seria a pura lei da selva.
Mas eu acredito que ainda um dia haveremos de ver o sr Cura tratar por igual o corpo e a alma. Esse dia será quando levar a sério a fé na "ressurreição do homem".

17 maio, 2012 00:23  
Anonymous Anónimo said...

Isto continua uma monotonia de todo o tamanho...
Acordem

17 maio, 2012 00:33  
Anonymous Calhordas said...

O cura da tua piróquia, se for como o da minha, o que ele quer é dinheiro, boa mesa, em resumo boa vida! Quer lá ele saber da cura das ovelhas, ou carneirada!Isso é lindo de dizer e escrever, para palerma ler, só que na prática, nada disso acontece e bem deves saber disso, ou não tens as notícias das gabardices que diáriamente entram em nossas casas, quem deixa, claro...ou tem TDT!...

17 maio, 2012 07:51  
Anonymous Mário Neiva said...

Podias contribuir, Anónimo, para quebrar a monotonia. As tuas intervenções, que não passam destes lamentos, fomentam a monotonia. Arrisca mais qualquer coisa. Vais ver que até esqueces os queixumes. A não ser que seja feitio.

17 maio, 2012 08:38  
Anonymous Mário Neiva said...

O apego dos curas ao dinheiro já foi mais generalizado, Calhordas. Conheço mais párocos atarefados com o "ministério dos sacramentos" do que em rechear a sua conta bancária. Aliás, os párocos são tão poucos que, sem esforço algum, podem ganhar muito dinheiro, ao acumular funções em diversas paróquias. O lado bom é que muitos deixaram de se preocupar com o "sustento".Os que gostam mais da "massa" do que das suas "ovelhas" vivem dias de fartura.

17 maio, 2012 08:50  
Anonymous Mário Neiva said...

Um pouco de filosofia sobre esta nossa vida...

De autor desconhecido e posto a circular na NET: "Somos peregrinos e é bom pensar na meta que nos espera".

Todos os dias morre uma verdadeira multidâo pelas mais variadas causas e em diferentes fases da existência indivudual. De um velhote de oitenta anos poderíamos pensar que atingiu a meta. Pelo menos a meta da longividade. Não sei que outras metas terá atingido e que metas terá proposto para si próprio.Porém, as mortes ditas precoces, por doença, acidente ou qualquer outro motivo, que são muitas mais que as que cumprem o "prazo de validade" de uma vida humana, contrariam a ideia de que somos peregrinos seja do que for.
Melhor diríamos que o nosso destino é "ser", sem tempo e sem lugar determinado, muito semelhante a um "seja o que Deus quiser" porque a qualquer momento da existência os nossos projectos podem ser arrastados e destruídos no turbilhão de um tsunami. E como, apesar de tudo, nâo desistimos de fazer planos, tal significa que decidimos desafiar o próprio tsunami. Quer dizer que, muito mais que caminhar para uma determinada meta, nós vivemos o desafio da pura existência. A ameaça de um tsunami mortal na vida de cada um, que se não vier aos oito virá aos oitenta (anos), em vez de nos enclausurar num destino predeterminado, liberta-nos para o desafio da vida, cujos horizontes são os da própria vida em si e das suas potencialidades em cada uma das suas fases.
Ah grande Humanidade!

(publiquei na Lage Negra)

17 maio, 2012 18:35  
Anonymous Calhordas said...

Isto é que vai aqui uma salada russa:
"arremacho, arre-burro, calhordas,etc ", raio que mais nos irá acontecer!?
Haja alegria, só é pena não haver mais intervenientes bem falantes, daqueles que mentem como cestas rotas, mas tenho esperança que ainda aparecerão, para nos dizerem, " olhem para o que eu digo, mas não olhem para o que eu faço".
Outros, como o, Jorge Dias, Teresa, El Cantante, Salvador e Cª. desapareceram, sabe-se lá porquê!? Apareçam , amigos!!!

17 maio, 2012 21:42  
Anonymous Mário Neiva said...

Porque será que eu penso que o "arremacho" e o "arre-burro" são o mesmo que Calhordas? Eu digo: pela vacuidade das suas intervenções. E é pena. O Calhordas podia, por exemplo, e já que gosta de criticar, trazer criticas concretas a erros concretos, a falhas concretas, seja no que se diz e escreve no blog, seja no que vê acontecer à sua volta. Todos podíamos aproveitar. É o desafio que faço ao amigo Calhordas. Ou Arremacho. Ou Arre-Burro. Se for o mesmo. Se não for, venham todos, cada um por sua vez, porque o queixume tem sido comum aos três.

17 maio, 2012 22:04  
Anonymous Anónimo said...

É muito emgraçado o que se passa neste sítio. Se não aparece um anónimo a "chegar fogo à propriedade", os bombeiros de serviço dormem o sono dos justos e não querem saber de nada.Se aparece alguém que o faça, ficam todos baralhados, sem saberem o que fazer. E, então, debitam para o "papel" as mais esfarrapadas desculpas (subentendidas...)e as justificações possíveis para terem forma de criticarem os anónimos... que os chamaram à realidade.
Das duas uma: um querem um blog activo ou querem um blog passivo, que espera..., espera,... e desespera...
Em que ficamos aaac?...
Abraços para todos...

17 maio, 2012 22:28  
Anonymous Américo Lino Vinhais said...

Credo de Niceia
Dizia há dias o Costa que todos os domingos professamos o credo de Niceia. Não me parece que assim seja, pois essa versão, no seu conteúdo original, é hoje professada apenas por anglicanos e ortodoxos. É que a seguir ao concílio de Constantinopla, onde católicos e ortodoxos estiveram totalmente de acordo pela última vez, em 381 d.c.. Mais tarde os católicos acrescentaram a expressão "filioque", que viria também a contribuir para a separação entre católicos e ortodoxos. A versão de Niceia e Constantinopla decorre assim ... Creio no Espírito Santo, Senhor e Fonte de Vida, que procede DO PAI; e com o Pai e o Filho...; Por outro lado a versão latina e que hoje se professa no mundo católico, na versão também aceite pela conferência Episcopal Portuguesa decorre assim: ... Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida e procede do PAI E DO FILHO, e com o pai e o filho.... Há uma grande diferença quanto à procedência do Espírito Santo.
Américo Lino Vinhais

17 maio, 2012 22:58  
Anonymous Américo lino Vinhais said...

Já agora vejam o vosso correio electrónico. Em 25 de Maio todos à Estação de S. Bento no Porto, para aí, pelas nove horas iniciarmos uma visita cultural a esta cidade.

17 maio, 2012 23:00  
Anonymous Piruças said...

Realmente, ou o arremacho é muito burro, ou tolera o arre-burro que o insulta. Tem piada está, não?
Quanto ao calhordas e demais anónimos, bem diz esse nosso anónimo de fresco, tem de haver força nas canetas e não acordem apenas quando são atiçados, não é verdade rapaziada?
Vamos lá ao Porto no 25 de Maio, ainda que seja só para ver o Dragão e depois quem sabe, haverá mais assunto para aqui podermos esplanar, sem tantas rezinhas e mezinhas.

18 maio, 2012 06:45  
Anonymous Mário Neiva said...

O Lino Vinhais tem razão sobre o "Credo de Niceia" e mais concretamente no que diz respeito àquele ponto do "Filioque". Acontece, porém, que o Costa invocou o referido "Credo" a propósito do dogma da "Ressurreição". Ora, quanto ao "credo da ressurreição da carne" o Costa escreveu a verdade da doutrina tanto para ortodoxos como para católicos romanos.

18 maio, 2012 07:10  
Anonymous Mário Neiva said...

Sobre a ausência de tantos e tão ilustres antigos autores neste blog, também não encontro explicação. Nem os próprios se despediram, pelo que até pode acontecer o seu regresso a qualquer momento. A casa é deles.
Além daqueles que o Calhordas citou, há muitos mais. Todos compreendemos os motivos óbvios da escassez de intervenções do Augusto Castro, face às suas limitações físicas actuais. Mas há outras ausências que custam mais a compreender. Vamos respeitá-las.
Além disso, a vitalidade de um blog mede-se pelo que se escreve, sim senhor, mas mede-se também e sobretudo, pela receptividade que tem junto de potenciais leitores. Quanto a isso, consultando as estatísticas do sitio, podemos concluir que está bem vivo. Se a direcção do blog achar por bem poderá trazer a esta caixa de comentários os dados estatísticos, para o caso de alguém não ter ainda descoberto como se lá chega.

18 maio, 2012 07:46  
Anonymous Anónimo said...

Mário Neiva, se o " arre-burro ", te enviou e-mail a dizer quem era, como podem ser os três a mesma pessoa?
Parece que és bruxo! Inventa outra.

18 maio, 2012 19:30  
Anonymous Mário Neiva said...

Tens razão. Foi lapso meu. O Arre-Burro não é "Arremacho". Como vês, agora fui eu o burro...Acontece a todos.

19 maio, 2012 12:22  
Anonymous Anónimo said...

E que dizes dos ares, vindos dos Açores?

19 maio, 2012 23:32  
Anonymous Mário Neiva said...

Os "ares dos Açores"? Se chegam cá, é em brisa tão suave, tão clandestina, que ninguém dá por eles. E pensar a gente que já foram ciclone!

20 maio, 2012 08:56  
Anonymous Mário Neiva said...

De um e-mail para um amigo, Pe católico e teólogo


Já estava a ficar preocupado com o seu silêncio demorado e nem me preocupei muito com a promessa deixada de lhe escrever mais tarde e com mais calma, acerca da minha ideia sobre a ressurreição. Não me preocupei muito com isso, porque sei que acompanha o blog da aaacarmelitas, onde continuo a explanar o meu pensamento sobre a Ressurreição. Pensamento esse que é quase sempre o que julgo ser o pensamento do apóstolo Paulo, uma vez que eu deixei Paulo e a sua Ressurreição, ficando em mim a admiração pela sua fé e pela sua esperança. Talvez guarde em mim um pouco mais do que isso, porque é admirável a intuição de Paulo acerca da unidade indissolúvel do ser humano, tanto na "vida presente" como na "vida ressuscitada". Segundo Paulo, o homem será uma entidade "corpórea" na nova vida ressuscitada, tal como o ser corpóreo que é, nesta vida presente. E os quatro evangelhos são espantosamente eloquentes sobre esta visão paulina da vida ressuscitada. A descoberta deixou-me fascinado, porque tal fé e esperança encaixam, de certa forma, na filosofia que emerge na sequência das descobertas científicas da neurociência, em linha com as teses do evolucionismo, não só da vida como também do universo.

21 maio, 2012 10:00  
Anonymous Mário Neiva said...

(Continuação)

Segundo esta perspectiva científica e a filosofia que a acompanha, o universo, primeiro, e a vida, num segundo momento, geraram o espirito humano. Se fossemos a considerar a "matéria" do mesmo modo que as filosofias antigas a pensavam, como algo duro, bruto, instável, volúvel, corruptível, degradado e degradante e, por causa isso, desprezível ou até maligna, por oposição à bondade do "espirito", estável, perene, incorruptível, belo e bom, concluiríamos, com toda a lógica, que era um tremendo disparate pensar que a vileza da materialidade fosse capaz de gerar a nobreza e a "transcendência" da espiritualidade. Nesse sentido pensou-se, desde sempre, que o "corpo" não pode gerar a "alma", admitindo-se uma intervenção exterior pontual a interromper ou interferir num processo iniciado há mais de 14 mil milhões de anos; pelo menos. Por outras palavras, o evolucionismo não teria conduzido, NATURALMENTE, à emergência do espirito humano, sendo o ser humano, enquanto tal, uma "excepção" à dinâmica do próprio universo. A essa "excepção" os "espiritualistas" chamaram transcendência, que se constitui como algo pre-existente ao universo e fazendo parte de uma realidade paralela ao universo da materialidade. Na filosofia de Descartes, esta mundivisão ficou consagrada nos conceitos da "dupla substancia": "res cogitans" e "res extensa".

21 maio, 2012 10:04  
Anonymous Mário Neiva said...

(Continuação)


Ora, quando S. Paulo irmana no mesmo destino a realidade corporal e a realidade espiritual do homem ele está a restaurar e a proclamar a unidade da obra da criação divina, exactamente como ele aprendeu desde criança na sua sinagoga, ouvindo vezes sem conta a narrativa do livro do Génesis. Paulo não tinha dúvidas de que tudo "era" como foi feito no "princípio" e não como os sábios gregos ensinavam. E não mudou o rumo da sua fé e da sua esperança quando, depois do seu discurso no Areópago de Atenas, esses mesmos sábios o consideraram néscio e o mandaram ir pregar aquelas tolices sobre a ressurreição para gente crédula e ignorante...
Felizmente, Paulo fez isso mesmo e alimentou, no coração dos homens e pelos séculos dos séculos, a esperança de "Novos Céus" e "Nova Terra". Mas como estes não surgiram, por magia, e no tempo útil de uma vida humana, foi-se deixando de lado a fé e a esperança de S. Paulo ou distorcendo essa fé numa ressurreição imaterial e incorpórea. Nem a celebração solene de dois dogmas carregadíssimos de significado da esperança paulina acordaram a pastoral cristã e grande parte dos teólogos cristãos: a Ascensão de Jesus e a Assunção de Maria sua Mãe ao céu, um e outro, em "corpo e alma". Talvez com receio de que os "sábios" lhes chamassem tolos...

21 maio, 2012 10:06  
Anonymous Mário Neiva said...

(Continuação)
(Continuação)


O caminho certo seria, penso eu, partir da fé e da esperança de S. Paulo na "salvação" dos Céus, da Terra e da Humanidade e fazer a convergência com os novos e surpreendentes conhecimentos disponibilizados pela ciência. Seria, por exemplo, entender a "ressurreição" inscrita no Universo desde o "inicio" e, portanto, fazendo parte da dinâmica intrínseca da evolução-criação do próprio Universo.
Claro que esta perspectiva nova já só tem da fé de Paulo a esperança de uma Humanidade em transformação para a felicidade. E será isto assim tão pouco? E contraria em algum ponto fundamental a fé e a esperança de Paulo de Tarso? Em princípio não, mas permanece em absoluto mistério a forma como cada ser humano, pessoalmente, venha a participar num futuro que ainda não existe e nem pode sequer imaginar como lá possa chegar, preservando a integralidade da sua identidade e exibindo mesmo, juntamente com sua corporalidade, as cicatrizes do calvário dos caminhos da vida, como Jesus ressuscitado exibiu ao incrédulo apóstolo Tomé.

21 maio, 2012 10:09  
Anonymous Mário Neiva said...

(Continuação)
(Continuação)


O caminho certo seria, penso eu, partir da fé e da esperança de S. Paulo na "salvação" dos Céus, da Terra e da Humanidade e fazer a convergência com os novos e surpreendentes conhecimentos disponibilizados pela ciência. Seria, por exemplo, entender a "ressurreição" inscrita no Universo desde o "inicio" e, portanto, fazendo parte da dinâmica intrínseca da evolução-criação do próprio Universo.
Claro que esta perspectiva nova já só tem da fé de Paulo a esperança de uma Humanidade em transformação para a felicidade. E será isto assim tão pouco? E contraria em algum ponto fundamental a fé e a esperança de Paulo de Tarso? Em princípio não, mas permanece em absoluto mistério a forma como cada ser humano, pessoalmente, venha a participar num futuro que ainda não existe e nem pode sequer imaginar como lá possa chegar, preservando a integralidade da sua identidade e exibindo mesmo, juntamente com sua corporalidade, as cicatrizes do calvário dos caminhos da vida, como Jesus ressuscitado exibiu ao incrédulo apóstolo Tomé.

21 maio, 2012 10:09  
Anonymous Mário Neiva said...

(Continuação)


Parece-me que os teólogos sucumbam perante a "dureza" do mistério de uma tal ressurreição. Sentem-se na obrigação de transmitir "certezas", quando, na verdade, só têm uma fé e uma esperança para anunciar. Eu compreendo que, não tendo uma certeza para "impor", ficam impedidos de afirmar, perante a concorrência, que " a minha fé é a verdadeira" ou "a minha fé é melhor que a tua". No fundo, nenhum tem a coragem de assumir perante a sua consciência humana e perante a consciência dos fiéis cristãos, que não faz a mínima ideia de como pode acontecer a ressurreição anunciada nos evangelhos. E então repetem o consolador paradoxo: os "mortos" estão "vivos" em Deus.
Todos os teólogos deixam subentendido que a "vida espiritual" sobrevive à "vida corporal", quer essa "vida" seja feita de bondade, quer seja feita de maldade (espíritos benignos e espíritos malignos). Claro, depois começam a multiplicar-se as contradições: se os mortos estão "vivos em Deus", os mortos maus partilham com os bons a vida divina? E se não partilham, existe uma realidade paralela à absoluta e total realidade divina? "Deus é tudo em todos", diz Paulo e nós repetimos há séculos: omnipotente, omnipresente, omnisciente. Nada existe fora de Deus. Nem o inferno da malignidade. E o teólogo, que em primeiro lugar é filósofo, sabe que o bem ou mal são formas de "ser" e não conteúdos descartáveis. Eu "sou bondade" ou "sou maldade", podendo evoluir de uma realidade para outra mas não ser as duas em simultâneo...

Como vê, Arie, talvez haja alguma diferença entre nós, sobre o que somos e como ressuscitamos. Jesus "está presente até hoje", mas apenas na fé dos crentes porque, "em pessoa", está do mesmo modo que nós estamos em relação aos nossos pais e avós. A força daquele "tu" referenciado a Jesus Cristo não é maior do que a força do "tu" com que, em afecto e em memória, nos referenciamos aos nossos pais. É pouco? Eu acho tanto, considerando o muito que carregamos dos nossos pais. É um elo contínuo, fortíssimo e indestrutível e por isso sentimos como um "tu" presente e activo. E de que maneira está activo! E de que maneira é material e espiritual! O nosso contacto e encontro "memória-afecto" com Jesus de Nazarés só são possíveis devido ao longo braço da história. E se não fosse a "materialidade" verdadeira (em pergaminhos, palavras e pedras) desse longo braço histórico com dois mil anos, nem saberíamos que um dia existira alguém chamado Jesus de Nazaré. Do mesmo modo que se não fosse a materialidade verdadeira de toda a realidade que é a NET, eu não chegaria até si nem saberíamos, sequer, um e outro, que estávamos vivos!
O sonho maior, subjacente a todas as espiritualidades, é de garantir a preservação das memórias e dos afectos que SOMOS. Por tempo indeterminado. A gente diz "por uma eternidade". E quem não sonha este sonho arrebatador?! Todos! É ver os cuidados cada vez maiores com a nossa saúde do corpo e do espirito! E quando os "remédios da terra" são desesperadamente insuficientes, o homem recorre ao "auxílio divino". A esperança há-de ser a última a morrer.

21 maio, 2012 10:11  
Anonymous Antonio Costa said...

Dia da Ascensao(DE CRISTO)versus Dia da Assunçao(ou Dormiçao )de Maria?

Mario Neiva: Tocaste e passaste ao de leve por estes dois dogmas tao importantes quanto a Igreja Catolica quase que a ignora, pois um(quanto a mim mais importante )ja deixou de ser dia Santo de Guarda ha umas grandes dezenas de anos(apesar de na Falperra ser mais um dia Santo com direito a Missa Cantada e rancho melhorado, ou nao fosse para todos os efeitos um "feito glorioso o poder todo poderoso de ser Elevado aos Ceus", creio tambem de tres padres);e o outro esteve quase a desaparecer nestes acordos ditos obrigados pela " Santa (trindade) Troica".
(Atendendo a que mais uma vez as tantas festas que se realizam nesse dia 15 de Agosto, e por essa via um grande numero de fieis faz um grande movimento de cifroes, note-se; os decisores (dirigentes eclesiasticos) fizeram marcha atras, com a desculpa da grande fe arreigada no tal "povo de Deus".

Estes meus comentarios vem a proposito de que eu assisti a duas eucaristias neste fim de semana, por força da minha"actual situaçao
de reporter" e os presidentes das assembleias destes eventos liturgicos tentaram explicar cada um a sua maneira estes dificeis dogmas que, penso que uma grande percentagem dos fieis nada percebe, e dai, se calhar, se o tempo estivesse bom para a praia, as mesmas estariam " a pinha"... porque era mais um domingo, e tal...
La esta a tal catequese, que , nao sendo bem explicada logo na adolescencia/juventude, jamais teremos pessoas bem formadas no futuro. Poder-me-ao retorquir: sao misterios; Ok, mas tera que haver um minimo de reflexao, estudo destas materias , senao, jamais seremos capazes de compreender o minimo do que se passa a nossa volta.

21 maio, 2012 21:20  
Anonymous Mário Neiva said...

Meu caro Costa

Eu passei "ao de leve" sobre os dois dogmas porque não podia alongar-me mais, num discurso já longo para uma simples "carta" e, além disso, estava a escrever a um teólogo, a quem bastaria uma referência para fazer o necessário enquadramento no tema principal da Ressurreição da Carne.
Para sermos inteiramente concordantes com o Evangelho, bem podíamos criar a designação "Ressureição em Corpo e Alma". De uma penada só, estendia-se a toda a cristandade e a toda a Humanidade a mensagem contida na narrativa evangélica da "Ascensão de Jesus" e na oportuníssima extensão, à Mãe de Jesus, da doutrina contida na mesma narrativa evangélica da Ascensão. A intenção da Igreja católica é claríssima e profundamente esclarecedora se correctamente lida: a completa (corpo e alma) e só humanidade da Mãe de Jesus partilha o mesmo destino de Deus Incarnado e Ressuscitado em Jesus Cristo. A distinção dos dois planos -divino e humano- vem traduzida nas palavras sacramentais "Ascensão" e "Assunção", que realizam aquilo que significam.
Resumindo: tal como a Mãe de Deus, todos os crentes vão ter a sua "assunção ao céu em corpo e alma".
Separar a Ascensão e a Assunção, do dogma fundamental e criador da "Ressurreição da Carne", conduz os teólogos a um labirinto escuro, que me faz recordar as palavras premonitórias do evangelho "cegos, guias de cegos", dirigidas precisamente a quem se havia constituído como guia do Povo de Deus. E fica uma advertência para todos aqueles que levianamente, quase sempre por elementar ignorância, isolam uma qualquer narrativa evangélica do seu fundamento e se perdem em considerações marginais. Piedosas ou nem isso.

22 maio, 2012 08:36  
Anonymous Evaristo Domingues said...

TOQUE A REBATE

TOQUE A REBATE


Ó GENTE DO NORTE E DO SUL

PORQUE NÃO ...

Havendo apenas uma inscrição para o encontro cultural no Porto, vimos lembrar que o programa é aliciante sob o ponto de vista cultural, a saber:

1. Um passeio ao Porto Desaparecido - Visita guiada com início junto ao café Guarany, situado do lado esquerdo para quem sobe, na Avenida dos Aliados a escassos 150 metros da Estação de S. Bento, à descoberta de capelas, igrejas, palácios, mosteiros, etc. já desaparecidos. Durará cerca de 90 minutos e inicia-se às 9,30 horas;
2.. Um passeio da Sé à Ribeira - Visita guiada que inclui uma incursão pela casa do Infante (Infante D. Henrique, entenda-se) com início às 15 horas. Para este passeio é necessária inscrição prévia e está limitada a 30 pessoas.

Pelo meio tomaríamos um almoço ao encargo de cada um, num dos muitos restaurantes da baixa.

A hipótese 2 caso não se concretize através de visita guiada por excesso de participantes, podemos nós assumi-la e incluir no percurso uma visita à Igreja de S. Francisco e/ou ao Palácio da Bolsa. Estes monumentos têm entradas pagas. Palácio da Bolsa: 4 euros para reformados e 7,50 para o público em geral; A Igreja de S. Francisco 3,00 euros, podendo reduzir-se para 2,00 caso sejamos mais de 15.

Um abraço.

A. Lino Vinhais e Evaristo Domingues

Ó Gente despertai, aproveitem, unir, conviver e aproximar os AAACARMELITAS.

TELEFONES : VINHAIS -222004371 - 968098545
EVARISTO-224897872
936412519

22 maio, 2012 10:43  
Anonymous Evaristo Domingues said...

TOQUE A REBATE

TOQUE A REBATE


Ó GENTE DO NORTE E DO SUL

PORQUE NÃO ...

Havendo apenas uma inscrição para o encontro cultural no Porto, vimos lembrar que o programa é aliciante sob o ponto de vista cultural, a saber:

1. Um passeio ao Porto Desaparecido - Visita guiada com início junto ao café Guarany, situado do lado esquerdo para quem sobe, na Avenida dos Aliados a escassos 150 metros da Estação de S. Bento, à descoberta de capelas, igrejas, palácios, mosteiros, etc. já desaparecidos. Durará cerca de 90 minutos e inicia-se às 9,30 horas;
2.. Um passeio da Sé à Ribeira - Visita guiada que inclui uma incursão pela casa do Infante (Infante D. Henrique, entenda-se) com início às 15 horas. Para este passeio é necessária inscrição prévia e está limitada a 30 pessoas.

Pelo meio tomaríamos um almoço ao encargo de cada um, num dos muitos restaurantes da baixa.

A hipótese 2 caso não se concretize através de visita guiada por excesso de participantes, podemos nós assumi-la e incluir no percurso uma visita à Igreja de S. Francisco e/ou ao Palácio da Bolsa. Estes monumentos têm entradas pagas. Palácio da Bolsa: 4 euros para reformados e 7,50 para o público em geral; A Igreja de S. Francisco 3,00 euros, podendo reduzir-se para 2,00 caso sejamos mais de 15.

Um abraço.

A. Lino Vinhais e Evaristo Domingues

Ó Gente despertai, aproveitem, unir, conviver e aproximar os AAACARMELITAS.

TELEFONES : VINHAIS -222004371 - 968098545
EVARISTO-224897872
936412519

22 maio, 2012 10:43  
Anonymous Evaristo Domingues said...

TOQUE A REBATE

TOQUE A REBATE


Ó GENTE DO NORTE E DO SUL

PORQUE NÃO ...

Havendo apenas uma inscrição para o encontro cultural no Porto, vimos lembrar que o programa é aliciante sob o ponto de vista cultural, a saber:

1. Um passeio ao Porto Desaparecido - Visita guiada com início junto ao café Guarany, situado do lado esquerdo para quem sobe, na Avenida dos Aliados a escassos 150 metros da Estação de S. Bento, à descoberta de capelas, igrejas, palácios, mosteiros, etc. já desaparecidos. Durará cerca de 90 minutos e inicia-se às 9,30 horas;
2.. Um passeio da Sé à Ribeira - Visita guiada que inclui uma incursão pela casa do Infante (Infante D. Henrique, entenda-se) com início às 15 horas. Para este passeio é necessária inscrição prévia e está limitada a 30 pessoas.

Pelo meio tomaríamos um almoço ao encargo de cada um, num dos muitos restaurantes da baixa.

A hipótese 2 caso não se concretize através de visita guiada por excesso de participantes, podemos nós assumi-la e incluir no percurso uma visita à Igreja de S. Francisco e/ou ao Palácio da Bolsa. Estes monumentos têm entradas pagas. Palácio da Bolsa: 4 euros para reformados e 7,50 para o público em geral; A Igreja de S. Francisco 3,00 euros, podendo reduzir-se para 2,00 caso sejamos mais de 15.

Um abraço.

A. Lino Vinhais e Evaristo Domingues

Ó Gente despertai, aproveitem, unir, conviver e aproximar os AAACARMELITAS.

TELEFONES : VINHAIS -222004371 - 968098545
EVARISTO-224897872
936412519

22 maio, 2012 10:43  
Anonymous Anónimo said...

Como querem unir uma coisa que, desde a sua fundação, originou clivagens de toda a ordem, e, mesmo nas diversas reuniões do "conjunto" se pautou por "afastamentos" estratégicos relativamente a uma verdadeira associação de amigos?
Haja bom senso nos pedidos...

22 maio, 2012 22:06  
Blogger Evaristo said...

As ruas do Porto irão receber a partir de hoje a 7ª edição da “Festa na Baixa”.
Desde concertos a workshops, de eventos de música/dança a eventos de poesia/literatura irão haver as mais diversas atividades para todos os gostos.

Este evento que promete animar os portuenses irá decorrer até ao próximo sábado dia 26 de Maio :)

Poderás consultar a agenda neste link:
http://www.cnc.pt/Noticias.aspx?ID=416

MEUS AMIGOS

A iniciativa tomada pela Direção no âmbito cultural insere-se neste calendário das festas da cidade do Porto, estamos disponíveis.

Contamos contigo.

A Direcção

Américo Vinhais e Evaristo Domingues

23 maio, 2012 17:32  
Anonymous Anónimo said...

Também tenho essa ideia, de meia dúzia de carólas que por exibição querem dar nas vistas, esquecendo completamente o espírito de camaradagem, para uma singular confraternização da família aaacarmelita. Continuem, a guerra é vossa e ninguém tem nada a ver com isso.

23 maio, 2012 21:37  
Anonymous Mário Neiva said...

Estou admirado com as considerações destes dois anónimos (podiam aparecer sob um pseudónimo, até por uma questão prática). Esta iniciativa da Direcção nada tem de novo, considerando aquelas do tradicional magusto e da comemoração das bodas de ouro, por ano de entrada no seminário.
E depois, meus caros anónimos, onde dois ou três aacarmelitas se juntarem por terem partilhado anos da sua juventude na Falperra, a AAACARMELITAS estará no meio deles.
Estou a recordar-me da visita ao Mosteiro de Tibães. Foram os quiseram e puderam. São pequenos convívios, filhos do grande convívio anual Sameiro-Falperra. Não vou estar no Porto. Desejo, desde já, aos meus colegas e amigos um dia magnifico de fraterna conviência.
Um abraço a todos os que estiverem presentes.

23 maio, 2012 22:30  
Anonymous Américo Lino Vinhais said...

Acabo de tomar conhecimento, não interessa como, que um senhor anónimo, muito senhor, pelos vistos, entendeu classificar esta direcção de se exibir e perverter a sã camaradagem.

A sua condição de franco-atirador incita-o a estas directas sem nexo e mesquinhas que, pelos vistos, lhe dão muito gozo!

Está claro que essa individualidade nunca se terá prestado para ajudar no que quer que seja esta associação e, desconfio, qualquer outra. Nunca mexeu uma palha em prol dos outros! Mas dá-se a este desplante!

O meu lugar está à tua disposição se assim o quiseres e, pelos vistos não quiseste, pois esta direcção constituiu-se a saca-rolhas! Não havia ninguém para continuar a associação! E não vi quem quer que fosse nessa assembleia-geral a chegar-se à frente. Avançamos nós! A custo e com a promessa de que serão apenas três anos!

Não o querendo, e creio piamente que não queres pois a tua condição de anónimo nunca te permitiria expores-te a actos públicos, ficas desde já convocado para, na qualidade de pessoa de bem que, apesar de tudo, continuo a pensar que és, debater os problemas da associação e o que é que está mal e gostarias de ver melhorado. Onde quiseres! Pessoalmente, no blog, por mail ou qualquer outro meio de comunicação que entendas te sirva à tua condição de anónimo.

Este encontro cultural que motivou a tua azia nem sequer foi iniciativa da direcção, resultou da proposta de um sócio, Homem com H grande, que o sugeriu e a direcção abraçou, não por qualquer vaidade pessoal, mas para satisfazer a vontade de um associado que, por azar está ausente, mas estavamos convictos, pois ele próprio mo havia dito, nesta data já estaria disponível sendo a sua ausência prevista de 10 a 17. Aconteceu que se ausentou de 18 a 25.

Mas tu, meu caro, só criticas pela negativa, e, por isso, estou certo, nunca terás a coragem de dar a cara e aparecer com propostas válidas e com espírito de refundamento da associação. Se o pretenderes fazer, cá estamos para te ajudar, e para te ceder o lugar se quiseres, caso contrário o melhor será ires pregar para outra freguesia, sobretudo para blogues mais condizentes com o teu espírito que, em nada, indicia boa-vontade.

Por último, fica a saber, que faremos outros encontros do género, para tua mágoa, mas para gáudio de outros.

23 maio, 2012 23:00  
Anonymous Anónimo said...

Já desabafaste? Nem reparaste que o anónimo nem é o memso?
Fala baixinho, não assustas quem quer que seja.
Bom sucesso, não são mais que os mesmos, todos homens com H grande no teu entender,nós outros a escumalha.
Não foi por acaso que muitos velhinhos se afastaram.Um deles o Jorge Dias que era a alma deste Blog. Será que foi para um daqueles blogs que tu pensas?

23 maio, 2012 23:45  
Anonymous Mário Neiva said...

Seguindo a lógica deste anónimo a respeito de (H)omem e (h)omem, o Jorge Dias era Bloguer com "B" grande e nós outros, os que ficamos, somos a escumalha.
Claro que não foi isso que quiseste dizer. Nem o Lino Vinhais quis tratar por ecumalha quem quer que fosse.
Sejamos clarividentes e amigos, mesmo na discussão. Ou, sobretudo, nela.

24 maio, 2012 09:51  
Anonymous Anónimo said...

Deixem-se disso. Categoria tem o Augusto que não respondia a provocações, nem precisava de acólitos.

24 maio, 2012 19:52  
Anonymous Mário Neiva said...

Estás a exceder-te, anónimo. Tentas virar todos contra todos. Não vais conseguir.
Devias ter memória do que tem sido este blog nos últimos dois ou três anos. Se não tens, devias pensar duas vezes antes de afirmar que o Augusto não respondia a provocações. Respondia e estava no seu pleno direito e a demonstrar que quem nâo se sente não é filho de boa gente.
Essa do "acólito" está-se mesmo a ver que é para mim. Diz o que quiseres que eu faço o mesmo. Se me conheces do blog, sabes bem que é meu feitio tomar posição, usar a palavra e assinar por baixo, coisa que tu não fazes, mas eu respeito, porque lá terás ponderosos motivos para a reserva da tua identidade.
E para terminar: sou acólito, sempre!, não do Augusto ou do Lino Vinhais, mas da AAACARMELITAS, que nos traz a lembrança e os rostos da nossa juventude.
Com todo o prazer.

24 maio, 2012 22:06  
Anonymous Antonio Costa said...

Meus caros: Assino tambem por baixo aquilo que os meus comentaristas anteriores tem dito sobre a atitude pouco sensata , de um senhor anonimo que se tem aproveitado da liberdade de expressao para lançar uma serie de ataques, esses sim pessoais, que nao tem razao de existir num espaço comunicativo como este.

Eu ao reafirmar isto nao e para agradar ou tentar defender quem quer que seja, porque a direcçao da AAAC visada nao precisa de advogado para sua defesa, mas sim porque acho que ha uma altura em que ha limites para tudo... O povo costuma dizer:"Quem esta de fora , racha lenha..."
Esta direcçao foi " arrancada a ferros" , porque para trabalhar em prol dos outros, sem receber nada em troca(a nao ser aborrecimentos), e mesmo so para quem tem mesmo muita atitude de serviço para com os outros(sejam eles quem forem), em prol de uma verdadeira amizade.

Ja aqui escrevi e volto a reafirmar:Este blog nao esta morto: se com isto alguem pensa querer dar alguma machadada, que se desengane, porque so da mais um contributo para sair reforçado, porque foi concebido por uma causa nobre: o contacto mais directo entre pessoas que gostam de trocar opinioes sobre temas diversos, que discutem qualquer assunto sem amarras ideologicas,religiosas, com liberdade, mas tambem com responsabilidade, essa atitude que e dificil de conciliar com liberdade.
SOMOS TODOS HOMENS, ANTIGOS ALUNOS DO SEMINARIO CARMELITA.

24 maio, 2012 23:36  
Anonymous Antonio Costa said...

Meus caros: Assino tambem por baixo aquilo que os meus comentaristas anteriores tem dito sobre a atitude pouco sensata , de um senhor anonimo que se tem aproveitado da liberdade de expressao para lançar uma serie de ataques, esses sim pessoais, que nao tem razao de existir num espaço comunicativo como este.

Eu ao reafirmar isto nao e para agradar ou tentar defender quem quer que seja, porque a direcçao da AAAC visada nao precisa de advogado para sua defesa, mas sim porque acho que ha uma altura em que ha limites para tudo... O povo costuma dizer:"Quem esta de fora , racha lenha..."
Esta direcçao foi " arrancada a ferros" , porque para trabalhar em prol dos outros, sem receber nada em troca(a nao ser aborrecimentos), e mesmo so para quem tem mesmo muita atitude de serviço para com os outros(sejam eles quem forem), em prol de uma verdadeira amizade.

Ja aqui escrevi e volto a reafirmar:Este blog nao esta morto: se com isto alguem pensa querer dar alguma machadada, que se desengane, porque so da mais um contributo para sair reforçado, porque foi concebido por uma causa nobre: o contacto mais directo entre pessoas que gostam de trocar opinioes sobre temas diversos, que discutem qualquer assunto sem amarras ideologicas,religiosas, com liberdade, mas tambem com responsabilidade, essa atitude que e dificil de conciliar com liberdade.
SOMOS TODOS HOMENS, ANTIGOS ALUNOS DO SEMINARIO CARMELITA.

24 maio, 2012 23:36  
Anonymous Mário Neiva said...

E tu vê lá, Costa, se tratas de colocar os acentos nas palavras. Deixa de ser preguiçoso e poupa-nos ao trabalho extra de adivinhação.

25 maio, 2012 07:00  
Anonymous Antonio Costa said...

Tenho um problema no computador, Neiva, com os acentos e outros, as minhas desculpas a todos.

25 maio, 2012 13:36  
Blogger Lima said...

Caros amigos! Abriu-se a porta para os anónimos, mas não se devia abrir para a mesquinhez. Somos todos crescidos e com cabelos brancos, (a maior parte!), temos atrás de nós uma vida de luta e de trabalhos. Não acham que é hora de conversarmos calmamente, de partilhar recordações e sentimentos, de conviver, senão fisicamente, pelas palavras que trocamos. No nosso tempo da Falperra éramos companheiros, com afinidades diferentes, certo, mas partilhávamos o mesmo ideal. Hoje, certamente que a vida nos moldou de modo diferente, já não somos tão próximos como fomos, mas, mas penso eu, que somos todos mais homens. Cada um com a sua sensibilidade, é certo, cada um com as convicções da sua própria vivência, mas penso que aqui ninguém obriga ninguém a mudar o capote que vestiu.
Enfim, não quero ser tomado... pelo que não sou... era só para dizer que a discussão é salutar quando respeitadora...

Um abraço!

25 maio, 2012 13:56  
Anonymous Mário Neiva said...

Palavras sábias e amigas do Lima.
E vindas de longe, da França, que nâo o fez esquecer as suas raízes. Como sabe tão bem este abraço que faz perto, pelo afecto confessado, o que está longe pelo espaço que separa.
Espero que um dia ainda consigas um furinho no teu tempo, para vires ao encontro anual Sameiro-Falperra. Mesmo que seja um ano apenas. De qualquer modo, cá te espero para o Verão que se aproxima e nos vai juntar como no ano passado.

25 maio, 2012 16:45  
Anonymous Viana said...

Ora aqui está um HOMEM, no seu perfeito juízo.
Sempre ouvi dizer que "os homens entendem-se com palavras e os buros aos coiçes".

Boa sorte, para todo o mundo, disse...

25 maio, 2012 16:46  
Anonymous Viana said...

burros, desculpem

25 maio, 2012 16:47  
Blogger Manuel Bessa said...

Olá amigos. Lamento imenso o que se está a passar no nosso blog. De certeza que não foi para isto que ele foi criado.Será que um dos anónimos não está também a ser acólito de alguém? Ganhem juizo e juntem-se em defesa do mesmo ideal. Apenas quero pedir ao Américo Lino que não se deixe influenciar por estas situações. Não faças aquilo que eles pretendem.
Um abraço amigo e sempre AAAC.

25 maio, 2012 17:12  
Blogger Anonimus said...

O que diz
Nem sempre
É o que queria

O que não diz
Quase sempre
É o que queria

O que faz
É como
O que diz

O que é
Vem sempre
Do que faz.

25 maio, 2012 20:27  
Anonymous Mário Neiva said...

Ó Viana, olha que a tua emenda sugere um poema de escarnio e maldizer...Fizeste-me rir com vontade.Enfim, uma nota jovial e descontraída para desanuviar o ambiente.A ironia ficou a espreitar.

25 maio, 2012 22:58  
Anonymous Mário Neiva said...

Já tinha saudades do FMF.

26 maio, 2012 07:06  
Blogger Anonimus said...

Hoje digo eu...
É interessante a analogia que se faz entre as pessoas que são desprovidas de inteligência, ou de habilidade, com nossos amigos muares. Convenhamos que não tem nada a ver.
Chamar alguém “burro” porque não sabe fazer certas coisas, ou porque não as faz como devia, chega a ser... burrice... Afinal o burro cumpre direitinho a sua função. Faz o seu trabalho correctamente e com dedicação. Quando bem treinado, dificilmente faz alguma coisa errada... Portanto, ele pode ser burro, mas não é burro... Talvez burro seja quem pensa que as suas reações, digamos, contraditórias se devem à burrice. O que o burro tem, é uma personalidade muito forte, e não gosta de fazer nada forçado, a exemplo de muita gente que prefere ser chamada de individualista... quando o correcto seria chamar-lhe burro...
Chamar burro a alguém que seja teimoso, até que posso concordar, pois o bichinho, realmente quando cisma em não fazer algo, não faz mesmo... Tem as suas convicções bem arraigadas, e é difícil convence-lo do contrário.
A coisa mais difícil que existe, é desempachar um burro empachado... Como certas personalidades da política... Essas são mesmo burros... Pela sua teimosia crónica, merecem o epíteto de burros... Mas são personalistas.
Mas, na verdade, burro, burro não é. Teimoso sim... mas burro (no sentido que os humanos querem dar), ele não é, de maneira nenhuma.
No seu trabalho, desde que bem conduzido, não faz nenhuma burrice, faz tudo certinho. Em compensação existem pessoas que por mais que procuremos ensinar-lhes como desempenhar as suas funções, nunca chegam a aprender. Fazem sempre burrices. Como não são burros, ou seja teimosos, desistem de tentar aprender...
Quem é burro então? Aí, possivelmente entre si, se um burro fizer uma burrice, um outro irá zurrar e chama-lo-á de “pessoa”... Ele não terá feito uma burrice, mas uma idiotice...
Essa é a grande realidade da coisa. O burro, pode ser burro, mas nunca poderá ser chamado pejorativamente burro, pois, apesar de ser burro, não o é... pelo menos, não nesse sentido.
Fica então a pergunta... Sendo o burro um animal que aprende tudo o que se lhe ensina, dentro das suas funções e faz o trabalho direitinho, porquê chamar burro a alguém que não consegue assimilar os ensinamentos?
Penso que idiota estaria melhor aplicado.
Vamos organizar uma campanha para limpar o bom nome dos burros.
Vamos evitar a burrice, digo a idiotice de chamar a um burr...digo, a um idiota burro.
Vamos dar ao burro o seu devido lugar na Sociedade Equina.
E se alguém quiser me chamar burro, posso replicar e dizer que não sou teimoso, até que sou bem cordato...
Resumindo... Burro, não é burro... é teimoso. E quando alguém lhe chamar burro, não seja teimoso, concorde, principalmente se você for um fiel cumpridor de ordens, um desses funcionários perfeitamente consciente das suas obrigações e que faz tudo direitinho, pois é assim que é o burro.
Vamos devolver o burro à sua real posição, bem assentado sobre as suas quatro patas...
Vou insistir teimosamente numa coisa... Um abraço para todos.

26 maio, 2012 15:14  
Anonymous Mário Neiva said...

Diz-se do burro que aprende tão bem que "nunca tropeça duas vezes na mesma pedra". Por aqui, sou inferior ao burro, porque estou cansado de repetir os mesmos erros. Logo depois, supero infinitamente o burro, quando reconheço a minha burrice.
Seja como for, continuo sem saber porque diabo se há-de sugerir que é "burro" um bicho que nunca se engana. E o mais certo é que também não tenha dúvidas.
Mistérios, FMF.

26 maio, 2012 22:12  
Anonymous Arre-Burro said...

Ora aqui está uma cabeçinha pensadora.
Parabéns amigo, assim gosto de ler o que se escreve aqui.
É caso para dizer; " E esta AFONSO! ".
Assim já me podem chamar " arre-burro", só que não deixo ninguém montar, porque não tenho lombo para a albarda.
Este mundo, pelos vistos é dos burros que fazem tudo direitinho como lhes é ordenado pelos ginetes dos topo.
Que raio de cavalgaduras, com que temos de aguentar e como dizia o SALAZAR, a Bem da Nação.

26 maio, 2012 22:13  
Anonymous Anónimo said...

Estou devidamente esclarecido. Afinal, o que aqui se discute, e pelos vistos, com bastante conhecimento de causa, são os burros. E, não é difícil concluir, que de burros e burrices todos percebem qb; os juizos são amplos e as conclusões são compactas, não deixando margens para grandes dúvidas. E, agora, pergunto eu: mas afinal este blog é um encontro de amigos ou de "técnicos" veterinários?...
Até breve... nas críticas construtivas...

27 maio, 2012 00:10  
Anonymous Mário Neiva said...

Achas mesmo, Anónimo, que o blog tem sido um discurso sobre burros? Ora recua lá algumas páginas!
Além disso, não podem os amigos, uma vez por outra, falar sobre os simpáticos quadrúpedes?

27 maio, 2012 01:17  
Anonymous Anónimo said...

Esse , deve ter tacho, (ou os seus) e não gostou das calinadas. Aguenta amigo, pois aqui consta de tudo e como é dito mais a cima e eu acrescento que muitos fazem-se de burros, para levar a vida, embora tenham " o sperto no cabeça ", como dizia o amigo manguço de Cabinda.

27 maio, 2012 08:28  
Anonymous Mário Neiva said...

SEDE PERFEITOS…
Estou convidado para dar uma conferência sobre o AMOR, aqui em Balugães, no próximo mês de Junho. Como as pessoas que vão estar na plateia são todas de formação e prática cristãs, não poderei deixar de referir que o AMOR está no coração do Evangelho. E não vou fazer distinção entre o “amor divino” e o “amor humano”, porque o Amor ou “é” ou não “é”. O que se faz muitas vezes é confundir “amor” com o “afecto” e a “compaixão”. Assim, quando se diz que alguém tem um grande amor pelo seu animal de estimação, estamos a falar de “afecto” e não de amor; e a simples compaixão pelos que sofrem também fica aquém do amor. Os namorados a sério vão muito além da compaixão e do afecto e aquilo que designamos como “paixão” é, sobretudo e quase sempre, manifestação do exagero de afecto e não intensidade de amor.
Pode alguém namorar e casar por paixão e compaixão mas será, provavelmente, um casamento sem amor. O que não quer dizer que não aconteça, a posteriori, o verdeiro amor, porque o espírito do amor, talvez o maior anseio e realização do “coração” humano, também sopra onde quer, como quer e quando quer. É uma realização ao alcance de qualquer um de nós. Podemos é não ter consciência de como lá podemos chegar.

27 maio, 2012 10:06  
Anonymous Mário Neiva said...

(continuação)

Pessoalmente, tudo o que de mais belo e extraordinário aprendi sobre o amor, foi no meu cristianismo paterno. Digo assim mesmo, “paterno”, porque de facto nasci cristão, cresci cristão e formei-me cristão. E posso dizer-vos que foi uma dádiva tão preciosa como a própria vida.
Se nós casamos “por amor” ou se já depois de casados aprendemos a amar, no meu cristianismo me ensinaram que Deus desposou a Humanidade e fê-lo, não por afecto do Criador pela sua Criatura, nem por compaixão pela nossa miserável condição, mas “POR AMOR”. No cristianismo aprendi que Deus não se relaciona com a Humanidade através de um amor-afecto, de Criador para com a Criatura, como o dono pelo seu cão, mas como de Pai para Filho ou de Esposo para Esposa. Isto é, partilhando inteiramente a própria vida, dentro do perfeito milagre que é o respeito integral dos nubentes um pelo outro.
A fé cristã na Ressurreição não é outra coisa senão o caminho aberto à Humanidade e a toda a Criação para a partilha total dos dons do Esposo no seu “reino”. A Ressurreição oferecida não é uma “esmola por compaixão” nem tão pouco a recompensa que se dá a um animal amestrado e fiel e pelo qual se nutre um profundo afecto! O cristianismo ensina as “núpcias por amor” entre Deus e a Criação. E na Criação há quem aceite o “namoro divino” e diga “sim” no altar do AMOR.: é o Ser Humano.
Naquele tempo, e ainda hoje, esta perspectiva cristã de um casamento entre Deus e a Humanidade é surpreendente e revolucionária. Quando lemos o capítulo V de S. Mateus ficamos espantados pelo “atrevimento” de todo o discurso, que começa com as Bem-aventuranças e acaba com o desafio inaudito de “deveis ser perfeitos como o vosso pai celeste é perfeito”.
Aí se lê o inegável apelo a esquecer tudo quanto foi ensinado sobre o modo como o homem deve agir, porque um novo “Evangelho” é anunciado: a absoluta perfeição. É proposto aos homens que o limite é o infinito. Que se tornem deuses de perfeição.
Se nós aprendemos na catequese a definir Deus como omnipotente, omnisciente e omnipresente, então, à luz deste apelo em S. Mateus, devemos empenhar-nos em “poder” sempre mais, ”conhecer “ sempre mais e “estar presentes” cada vez mais. “SEDE PERFEITOS”.
E não foi este o verdadeiro percurso da Humanidade, desde que estas palavras foram proferidas? Foi. Temos mais poder, sabemos mais e estamos presentes uns aos outros e no universo de uma forma como nunca estivemos. Porém, o casamento está ainda longe de atingir a perfeição. Podemos testemunhar que tem sido um “casamento” entre o divino e o humano, deveras atribulado. No mínimo, tão atribulado como a formação do Universo e da Vida, onde as gigantescas convulsões foram sem conta e continuam. E se há alguma coisa que admiro acima de tudo é a fidelidade desta esposa apaixonada que é a Humanidade no seu todo, posta à prova em cada dia que nasce.

27 maio, 2012 10:08  
Blogger Evaristo said...

Ontem em visita de trabalho para preparação do encontro dos AAACARMELITAS para o dia 30 de Junho, fomos surpreendidos com o dia do Aniversário do FREI MANEL , bem disposto levou-nos a visitar as suas Roseiras e Arvores de fruto, onde demonstrou a dedicação e o prazer no seu acompanhamento, podas enxertos rega etç., e o resultado e a abundância de lindas Rosas e Frutas.
De seguida convidou-nos a tomar um café e comer do bolo de aniversário, que tinha sido festejado pela comunidade do Sameiro e Casa da Mata, horas antes no almoço e aí cantamos os Parabéns pelas 73 PRIMAVERAS.
MUITOS ANOS DE VIDA FREI MANEL

27 maio, 2012 16:03  
Anonymous Anónimo said...

Como os anos passam!...tás velho sousa!...estamos todos!...

29 maio, 2012 19:52  
Anonymous Anónimo said...

A todos os CARMELITAS e a todos os membros da aaacarmelitas, os meus parabéns pelos aniversários que vão celebrando.
Que o tempo, para todos, seja o coroar de uma vida de sucessos, de muita saúde e de sã camaradagem - coisa que anda um pouco arredia destas paragens - são os meus desejos.
De modo especial, estes votos vão para o Jorge Dias, Mário Neiva, Fernando Venâncio, Manuel Bessa, Amaro, Adelino, João Carvalho (Carviçais), Machadinho, Victor Domingues, Esteves, Feliciano, José Rebelo, Ribeiro, Gabriel, António Castro, Pe. Chico, e todos aqueles de quem me quero lembrar mas que já não consigo (já passou mais de meio século!!!...)
Em frente.

29 maio, 2012 21:39  
Anonymous Zé Sousa said...

Ficamos A SABER O MESMO!...És o cá te espero?
De qualquer modo, obrigado.

29 maio, 2012 23:48  
Anonymous Evaristo Domingues said...

Ó ANÓMIMO.
Como é que esta molhada de boa gente que recordaste te pode agradecer!!!

O ZÉ de SOUSA ,tem razão diz que ficou a saber o mesmo e em tom irónico chama-te o cá te espero, porque aditimos que foi por lapso que destes a identidade o que aguardamos com muita ansiedade .

Pelo meu irmão VÍTOR DOMINGUES, agradeço eu, está de boa saúde embora acuse agumas sequelas de um ABC, do qual recuperou satisfatóriamente.

Já agora digo-te por cá é o ambiente é de sá camaradagem, a não ser um ou outro " BIRBICALHO " que se arrasta po aí, são ervas daninhas daquelas que se arrancam e sempre voltam, mas a semente cresce e floresce ...

30 maio, 2012 01:37  
Anonymous Evaristo dOMINGUES said...

Pretendo corrigir:

porque admitimos que foi por lapso que não destes a tua identidade, o que aguardamos com muita ansiedade.-

Quanto à palavra " BERBICALHO "
Telefonei ao Prof. Marcelo Rebelo de Sousa e diz que nem Ele sabe o significado, saiu ...

30 maio, 2012 02:00  
Anonymous Evaristo dOMINGUES said...

Pretendo corrigir:

porque admitimos que foi por lapso que não destes a tua identidade, o que aguardamos com muita ansiedade.-

Quanto à palavra " BERBICALHO "
Telefonei ao Prof. Marcelo Rebelo de Sousa e diz que nem Ele sabe o significado, saiu ...

30 maio, 2012 02:00  
Anonymous Mário Neiva said...

Zé de Sousa...Tinha piada que fosse o José de Sousa Marques, do meu ano. Não será, não será.

30 maio, 2012 07:53  
Anonymous Zé Sousa said...

Deus também criou as ditas ervas daninhas. Ai do mundo se fossem todos perfeitos como vós outros.
Quanto ao BERMICALHO, nunca ouvi falar, mas sim berbicacho. Bervicalho, deve ser uma palavra oriunda do CARILHO, mudando o i, ok!

30 maio, 2012 09:41  
Anonymous Mário Neiva said...

Ó Zé Sousa, deve ser do sol! Começaste em bermicalho e acabaste em bervicalho. Mas que saralho do carilho!
Não tarda nada, isto resvala para a impudicícia do vernáculo, tão ao gosto da minha gente do norte. A rudeza da linguagem só tem paralelo na vida arrancada a ferros de entre as agruras do di-a-dia. E é espontânea, como águas bravas das nascente no supé dos montes.
Há já talvez uns dois anos, regressava de Braga, numa camioneta de carreira que faz ligação a Viana do Castelo e ali perto de Prado entra mais um passageiro. Vinha coma cabeça toda ligada e por cima das ligaduras brancas assentava um chapeu protector da enfermidade, do frio ou sol. A passageira que ia ao meu lado reconheceu o recém-chegado e atira "Ó Zé, tu agora tens dois chapéus, ca...lho?". Pois tinha. Pelo breve diálogo entre os dois, fiquei a saber que vinha do hospital, onde lhe fora extraído um temor no cérebro. "Valha-me Deus, rapaz, (passava dos sessenta)estás bem fod...do".
Assim mesmo. E com voz magoada, sem ponta de ironia, sem vislumbre de intenção malévola. Via-se e sentia-se que aquela senhora anafada falava de coração compassivo e amigo, mesmo usando as palavras do diabo.

30 maio, 2012 11:59  
Blogger Evaristo said...

Este comentário foi removido pelo autor.

30 maio, 2012 15:07  
Blogger Evaristo said...

Neiva e Zé de Sousa.

Pois afinal ouvi essa palavra da no Domingo dita pelo professor, mas ouvi mal, que a atribua à controversia da "relva daninha ".

Vocês têm razão, grato pela correção, pois " BERBICACHO " quer dizer, situação complicada ou dificil de resolver ou imbecilho.

30 maio, 2012 15:07  
Anonymous Mário Neiva said...

Vim reler isto e reparei, além de outras gralhas, no meu "supé" que que é mesmo sopé...
As minhas desculpas.

30 maio, 2012 17:47  
Blogger Evaristo said...

Este comentário foi removido pelo autor.

30 maio, 2012 19:19  
Anonymous Mário Neiva said...

Devorai-Vos Uns Aos Outros

Um olhar mais atento sobre a "luta pela sobrevivência" não deixa margem para dúvidas: os seres vivos subsistem porque se devoram mutuamente.
Fica evidente para a nossa inteligência e capacidade extraordinária de raciocínio que o ser humano distinguir-se-á dos outros seres vivos e elevar-se-á da sua condição "natural" na medida em que for capaz de transformar este "mandamento da sobrevivência" em "mandamento solidário". E há-de fazê-lo, em primeiríssimo lugar, e pela razão primeira, que é a razão da sobrevivência.
Assim, o mandamento novo, "amai-vos uns aos outros", acaba por ser muito mais que um preceito moral, ganhando uma força decisiva na inteligência e na racionalidade.
A implementação nas estruturas das sociedades humanas do "mandamento solidário" é um desafio à ordem primitiva, a da "lei da selva", onde os seres vivos traçam o seu território ou espaço vital e lutam entre si, até à morte, pelo "talhão" da selva que lhes garanta a vida.
A reconstituição de todo este processo da longa história da vida, que a ciência de hoje nos possibilita, deve consciencializar-nos para a mudança na estruturação das nossas sociedades ou simplesmente aprofundá-la e fazê-la avançar mais depressa.
Aquilo a que estamos a assistir, e a presente crise é o seu reflexo gritante e pavoroso, é o retorno, em força, à lei do mais forte, no domínio do espaço vital de cada comunidade e, noutro plano, de cada ser humano.
Vem este meu pensamento a propósito da notícia absolutamente inaudita de que um juiz deu razão ao meu ex-patrão, Jardim Gonçalves, no processo que o banco, o Millennium BCP, intentou contra o reformado Jardim Gonçalves, que a si mesmo se atribuiu, enquanto presidiu à instituição, uma pensão de reforma de 175 mil euros mensais. Além de uma outra série de regalias.
Uma vez que o juiz deu razão a Jardim Gonçalves e nós vivemos numa sociedade de "pleno direito democrático", conclui-se que a legalidade foi respeitada e aqui não entrou a primitiva "lei da selva", até porque se trata de uma país civilizadíssimo e de um cidadão da mais alta consideração e credenciais humanas e religiosas acima da média, que lhe permitem jantares na presidência da república e a militância em organizações culturais e religiosas de primeira linha, como a sua filiação na Opus Dei católica.
Concluo para mim mesmo que a saída para a presente "crise de valores" passa pelo distanciamento face às estruturas tradicionais que temos implementado nas nossas sociedades e vidas individuais, decidindo substituir a lei do mais forte e a lei da selva, pela lei inteligente, racional e verdadeiramente humana da "lei da solidariedade". Como se vê caso que apontei, as leis que criamos para nos reger traduzem a primitiva lei do mais forte e não a lei da solidariedade.

01 junho, 2012 08:45  
Anonymous Mário Neiva said...

Como anexo ao comentário anterior registo as declarações de D.Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, anteonem, durante a inauguração de uma creche. Disse que quase se engasgou ao pequeno-almoço, ao ouvir a notícia sobre a pensão de Jardim Gonçalves, no valor de 175 mil euros.

03 junho, 2012 21:01  
Anonymous Mário Neiva said...

Ainda a pensão de 175 mil euros

Um governante, o secretário de estado da segurança social, saiu em defesa de Jardim, argumentando que quem pagava a reforma era o Banco Millennium. A pressa foi tanta em defender a pensão que ia engasgando o sr Arcebispo de Braga, que o dito governante até se esqueceu de que o fundo de pensões dos bancos foi integrado na Segurança Social.
Também não percebo porque veio o governante em defesa da pensão milionária, sabendo que ela é legalissima e transitada em julgado, quando o que está em causa não é a legalidade da coisa, mas a moralidade ou imoralidade da situação em si: a lei da selva; a lei do mais forte, a lei do mais apto.
O nosso povo é mais terra-a-terra e diria que é simplesmemnte a portuguesissima "lei do chico esperto. E ainda, afinando por outro diapasão: "quem tem unhas toca guitarra".

O pior é quando nos cortam as unhas à nascença e depois nem unhas nem guitarra.

05 junho, 2012 07:36  
Anonymous Antonio Costa said...

O Sr. Arcebispo engasgou-se ao pequeno almoço...Quantos milhares de crianças vao para a escola e nao se engasgam... porque nem sequer tomam o pequeno almoço?.Quantos de nos nos engasgamos ao saber que o "nao ministro"Antonio Borges mas "conselheiro"( que ainda consegue ganhar mais que o dito senhor engº reformado do Millenium) e anda a "ACONSELHAR" o 1º primeiro ministro e outros ... a baixar( penso que por decreto ) os miseros salarios (minimos) e medios,? etc? Concerteza que nao so nos engasgamos como tambem fazemos outras coisas piores (v.........) porque nos metem nojo as noticias que nos "debitam" pela nossa casa dentro.´´E a dita "LEI DA SELVA COM TODO O SEU ESPLENDOR".

Mas eu queria virar esta pagina, como , alias, varias vezes aqui tenho referido, embora a chamada crise tenha muitos items e tem contagiado todos os sectores da sociedade...
Hoje detenho-me um pouco sobre uma pequena parte do discurso de Bento XVI no Encerramento do 7º Encontro Mundial das Familias.Como se nao bastasse a polemica antiga da pedofilia, agora a polemica em volta do Banco Ambrosiano e a celebre Vaticaleaks( do mordomo e companhia)o Papa " toca " noutro assunto nao menos polemico em que a Igreja Catolica se sente pouco a vontade para discutir.Refiro-me aos catolicos "divorciados" e os seus direitos e deveres dentro da Igreja.

Os Divorciados que voltam a casar (pelo registo civil), segundo a hierarquia catolica, quebraram a promessa inviolavel contraida no sacramento do matrimonio e por isso estao proibidos de participar na comunhao eucaristica. Alguns movimentos cristaos exigem que os divorciados que voltem a casar sejam readmitidos na vida da Igreja.

Mas para o Papa, quando um sacramento e quebrado, tal nao existe.Aos fieis que, embora compartilhando os ensinamentos da Igreja sobre a familia,que " ficaram marcados pela experiencia dolorosa do fracasso e da separaçao, o Papa e a Igreja apoia a vossa dor" disse Bento XVI. E acescentou: "Encorajo-vos manterem-se unidos as vossas comunidades, desejando que as dioceses tomem a iniciativa de vos acolher com a proximidade adequada"...(Discurso redondo= igual a palha=cuidado paliativo??? etc.)
(Outros comentarios: ...proximidade..." da caixa das esmolas" ou"Jesus nao condenou a mulher adultera. E o Vaticano? Quem atira a primeira pedra?...")

05 junho, 2012 15:17  
Anonymous Anónimo said...

Por vezes dou uma vista de olhos por estas bandas a apraz-me ver alguns problemas da igreja católica ser debatidos com maior ou menor (dis)concordância com a dita. Pelos vistos este é um blog não secular e por isso aqui fica o extracto de uma entrevista concedida por um ateu confesso à vossa consideração: "... gosto do que os cristãos chamam o Mistério, com M grande. É uma categoria interessante. Gosto de muitos conceitos religiosos, mesmo que não acredite neles, como o pecado original, que é fascinante. A ideia de que os seres humanos têm falhas, que são imperfeitos, é muito interessante. O pressuposto de que as pessoas são imperfeitas e que temos que lidar com essas imperfeições - as nossas e as dos outros - é um ótimo ponto de partida para a vida social. Voltando ao que os cristãos chamam Mistério, a sensação da presença de Deus: posso compreendê-lo e traduzi-lo em algo que conheço que é o valor de estarmos em contato com coisas que não percebemos. Isso pode ser matemática, as estrelas, coisas que vão além da nossa capacidade de raciocínio. Não é um mistério religioso mas é nas mesma um mistério. Há muitos mistérios para além dos mistérios religiosos" Extracto de entrevista concedida ao jornal Público pelo filósofo de origem judia Alain de Botton que também afirma "ESTAMOS SOZINHOS POR RAZÕES ESTÚPIDAS E AS RELIGIÕES TÊM RESPOSTAS SIMPLES PARA ISSO"

05 junho, 2012 16:34  
Anonymous Anónimo said...

Relativamente aos divorciados, vou tentar fazer uma comparação para discordar frontalmente das teorias da hierarquia da Igreja Católica.
Os casados pela igreja, se se divorciarem, não podem voltar a casar, porque quebraram um juramento e o sacramento que foi feito sobre juramento não pode ser revogado.
Os presbíteros, para serem ordenados, juraram obediência, pobreza e castidade. Mas muitos que renunciaram continuar a execer o múnus eclesiástico, pediram licença aos eus superiores para poderem casar e foi-les concedida.
Agora, eu pergunto: por que motivo se tratam dois sacramentos de maneira diferente? As juras de fedilidade de uns são superiores às juros de castidade, obediência e pobreza de outros?
Onde está a moralidade destes assuntos? Será que a hierarquia da igreja católica vai continuar a agir como muitos tribunais civis, que para casos semelhantes, condenam uns e ilibam outros?
Quem souber que me responda, que agradeço.

05 junho, 2012 17:35  
Anonymous Mário Neiva said...

Meu caro anonimo, eu sou divorciado de um casamento católico e casado por registo civil. Por esta ordem. Logo, tenho de ficar nas "proximidades" da igreja (não sei bem se a de pedra e cal, se a das pessoas). Pelo sim pelo não, vivo afastado daquela que é mais visível, a de pedra e cal e em grande paz de consciência. Mas há mais, muito mais: segundo o meu muito estimado Paulo de Tarso, eu próprio sou "templo do Espirito Santo". Isto quer dizer que sou uma igreja viva! Nada que se compare a uma igreja de pedra e cal. Quem me garante, caro anónimo? S,Paulo que escreveu, com as letrinhas todas, que "Deus não faz acepção de pessoas".
Que bom ter conhecido este magnífico Apóstolo!
Quanto aos sacramentos do Matrimónio e da Ordem, temos de considerar dois factos fundamentais:
-1 Quem celebra e realiza o sacramento do matrimónio são os nubentes , sendo o sacerdote apenas uma testemunha, ao mesmo nível dos “padrinhos de casamento”.
-2 O sacramento da Ordem é uma delegação de Cristo nos Bispos e destes nos sacerdotes, sendo as palavras sacramentais “tudo o que ligardes na terra será ligado nos céus e tudo o que desligardes…” . Tal como no matrimónio o “sim” dos nubentes e respectiva consumação no acto nupcial, esta delegação de Cristo nos bispos e destes nos sacerdotes, uma vez conferida, é irrevogável. Por isso o bispo ou sacerdote, casados, renegados e excomungado serão para sempre bispos e sacerdotes.
Portanto, caro anónimo, nenhuma contradição e fica assim: “casado para sempre ; sacerdote para sempre”.
E um pequeno grande pormenor: o celibato dos padres é uma lei da igreja e não uma doutrina de fé, por isso nada tem a ver com o sacramento da Ordem enquanto tal.
Os sacramentos católicos condensam e escondem pequenas maravilhas. Eu, que sou um excomungado, tenho pena que tão poucos católicos conheçam essas maravilhas de sensibilidade humana-divina e que as palavras que definem um sacramento deixam vislumbrar: “realizam aquilo que significam”. Ajusta, caro anónimo, esta definição ao sacramento do Matrimónio. Percebe-se que o “acasalamento” une, efectivamente, duas vidas, que são intrinsecamente corpo e alma. Nesta perspectiva, o divórcio é uma extrema violência, só comparado à morte. E confesso-te que me senti viúvo com o divórcio.
Mas a verdade é que os divorciados continuam vivos e a Igreja não sabe como lidar com a situação. No entanto, bastava que fosse fiel ao ensinamento fundamental: “ Deus é tudo em todos” (outra vez Paulo). Portanto, também nos divorciados. Não havia necessidade de os deixar “nas proximidades” da ”Igreja de pedra e cal” ou da “igreja das pessoas”. Mas eles é que são os intérpretes da “palavra de Deus”.
Por mim, sinto-me muito bem ,fazendo “igreja” com a Humanidade. E nesta Humanidade recupero aquela Igreja que me deixa “nas proximidades”.

05 junho, 2012 22:01  
Anonymous Evaristo said...

Hoje o Dr. AUGUSTO CASTRO faz

setenta anos.

Deus e Nª. Srª. do Carmo lhe

concedam muitos anos de vida com

melhor saúde.

05 junho, 2012 22:37  
Anonymous Evaristo said...

Hoje o Dr. AUGUSTO CASTRO faz

setenta anos.

Deus e Nª. Srª. do Carmo lhe

concedam muitos anos de vida com

melhor saúde.

05 junho, 2012 22:37  
Anonymous Anónimo said...

Mas que treta da mula russa...divorciados, casados,solteiros, padres, frades, freiras e afins e mais até capados, é tudo gente e boa gente de Deus, ou do diabo.
Os homens e mulheres, é que inventam umas criquices, para se enterterem e muitos para ganhar o deles.
Já que o mundo, foi e será sempre dos poderosos e dos xicos espertos que vieram à terra para salvar os pecadores e tramar o próximo, como FP, dos grandes.
Toda essa boa gente vive á grande e à francesa e mandam umas (in)geculatórias cá para o povileu e querem lá eles saber dos filhos de Deus que sofrem as armaguras da vida, muitos sem pão, nem água.
Aparece um camelóide nos meios de comunicação social a dizer que isso , ou aquilo está mal, mas não saiem la dos pedestrais, para correrem ao lado das ovelhas ranhosas e fedorentas e partir os cornos aos carneiros asquerosos que corram velozes para o reino de S. Pedro, mas sem levarem com a moca, cá na terra. No céu não sabemos, mas é capaz de também ser para os afortunados que compram tudo...

06 junho, 2012 09:01  
Anonymous Anónimo said...

Três pequenas coisas:
1 Parabéns ao Augusto, com os desejos de saúde e felicidades sem conta;
2 O Mário Neiva deu una explicação que, teoricamente, até pode estar correcta. No entanto, o essencial é isto:os padres continuam a ser padres e podenm casar, etc; os casados continuam casados, porque a igreja não quer admitir, como acto institucinal, o divórcio.
E eu pergunto: a quem favorece o não divórcio, quando devidamente justificado(... ou não)
3 Sou anónimo, por opção, mas não me revejo no tipo de escrita, com timbre marginal, de certos descrentes da vida... como acima se vê.

06 junho, 2012 10:42  
Anonymous Américo Lino Vinhais said...

Casamento, divórcio, separação…homossexualidade

Como nota prévia adianto que não conheço o que o Código do Direito Canónico estipula sobre o assunto, mas prometo que vou indagar.
Enquanto isso não acontece não vou deixar de dizer aquilo que penso sobre o assunto.
Parece-me louvável que a igreja esteja contra o divórcio e tenha até sanções próprias para o assunto. O que não podem ser é tratados de forma igual todos os divorciados, pois o divórcio tem causas.
Efectivamente parece-me muito bem o que a igreja estabelece sobre o assunto nos casos de divórcio por libertinagem, adultério, voyeurismo, práticas sexuais aberrantes (para a maioria) e outras situações que o senso comum condena, mas não me parece correcto fazê-lo em relação aos cônjuges que estão divorciados por abandono do lar, práticas criminosas, conversão a outras religiões, e outras situações igualmente vexantes por parte do outro cônjuge e insusceptíveis de comunhão a dois. Até me parece que, nestes casos a igreja, em vez de condenar, deveria ajudar os divorciados a encontrar uma vida melhor.
Este tema do casamento é muito interessante e dá muito que pensar. E passo a reflectir um pouco sobre S.Paulo, tão ao gosto do Mário Neiva, que é uma sumidade sobre a sua doutrina. S.Paulo foi casado? Foi celibatário por renúncia ao outro sexo? Terá tido comportamentos sexuais que alguns consideram desviantes?
Já vi defendido que se desconhece, que foi celibatário e, imaginem, até há por aí uma corrente que o considera homossexual, teoria, a meu ver, completamente aberrante pois ele próprio afirma em 1 Tessalonicenses 4:5 “que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, não na paixão da concupiscência, como os gentios que não conhecem a Deus”.
Parece que, segundo alguns estudiosos, se desconhece com exactidão o seu estado civil. Porquê? Ora era (é) prática dos judeus casarem-se aos dezoito anos e não há qualquer referência sobre o assunto e não seria por falta de pretendentes dada a sua condição de origem de gente abastada fabricante de tendas. Nem em Tarso, nem em Jerusalém.
Mas há quem defenda que foi efectivamente celibatário, como por exemplo Alain Decaux, no seu livro “O ABORTO DE DEUS”, sem qualquer sentido pejorativo (creio eu), pois o título foi repescado de 1 Coríntios 15, 1-8 (… Depois apareceu a Tiago e, a seguir, a todos os apóstolos. Em último lugar, apareceu-me também a mim, COMO A UM ABORTO. É que eu sou o menor dos apóstolos…), descreve-o, tal como a Barnabé, celibatário, como aliás, se concluirá do que ele próprio escreveu aos Gálatas 5:24 “E aqueles que pertencem a Jesus Cristo crucificaram a carne com as paixões e desejos”.
Há agora uma corrente que pegou em 2 Coríntios 12.7-10 (E, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de que eu não me exalte demais;”)
Foi o debate sobre homossexualidade e casamento homossexual que trouxe esta questão sobre se Paulo era ou não homossexual.
Mas subsiste uma grande dúvida sobre qual seria a origem do espinho na sua carne, e mesmo não sabendo o que seja este espinho, ele serve para se meditar e situar a homossexualidade que, só por abuso e conveniência de algumas correntes de pensamento, é que podem imputar essa aberração que, contudo é apelidada por muitos como normalidade.
Esse espinho na carne sugeriu ao longo dos tempos as mais variadas doenças como, tendinite, ciática, artrose, gota, taquicardia, angina de peito, sarna, antraz, peste, eripisela e mais uma infinidade delas. Algumas estão excluídas à partida pois tendo Paulo falecido já em idade bastante avançada, certamente que, se as tivesse teria morrido mais cedo, pelo que, interpretando “o espinho na carne”, não conhecendo Paulo a doença, provavelmente seria artrite que é muito dolorosa, sendo comum apelidá-la de bicos de papagaio entre o povo e, parece-me até que quem está a ser o papagaio sou eu…

06 junho, 2012 14:24  
Anonymous Mário Neiva said...

Ninguém me há-de ver, nunca, preocupado com o modo como Paulo de Tarso viveu a sua sexualidade. Como também nunca me interessarei pela sexualidade de Platão ou Galileu. Nem Alexander Fleming ou Einstein. Nem de Buda e Jesus Cristo.
Se entrássemos por esse caminho, Salomão era um exemplo de promiscuidade sexual e Abraão o exemplo miserável de como não se deve comportar um marido: à conta da cobiçada beleza da esposa, enriqueceu , fazendo-a passar por sua irmã e entregando-a em casamento ao rico e poderoso homem enfeitiçado pela sua beleza. Para salvar a própria pele!
Posto isto, e porque realmente houve quem considerasse S. Paulo de misógino, inferindo daí a sua hipotética homossexualidade, vejamos o que escreve Carreira das Neves (obra citada anteriormente)sobre o verdadeiro pensamento do Apóstolo sobre as mulheres: "Ninguém terá pronunciado uma sentença tão categórica a favor das mulheres como a de Gl 3, 27-28: "Todos os que fostes baptizados em Cristo, revestistes-vos de Cristo mediante a fé. Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há HOMEM e MULHER, porque todos sois um só em Cristo Jesus".
Quando as pessoas se desviam dos princípios fundamentais e se perdem em considerações marginais à essência da realidade humana e aos fundamentos da fé, fica cada um a falar a sua verdade.
A força da teologia de S.Paulo procede do facto de ele ter chegado à profunda consciência de que a "lei mata e o espírito vivifica". E a lei espartilha, divide, separa, atrapalha e confunde.
Eu afirmei no comentário anterior que o divórcio é de uma "extrema violência". Nem precisei de medir as palavras, porque foi assim que vivi o meu divórcio.
Mas atenção! Para mim também é de uma violência inaudita que um qualquer tenha uma pensão de reforma de 175 mil euros, num país de carências extremas para tantos!
E não me consta que o senhor arcebispo de Braga, para além de se ter engasgado com a "novidade", tenha a mínima intenção de excomungar tão público criminoso contra o sacramento do amor. E porquê? Porque o divorciado infringiu a lei do matrimónio e o milionário pensionista cumpriu as leis todas, como o jovem rico dos evangelhos (lembram-se?).

É uma chatice a gente apegar-se aos princípios. Se um dia se for por esse caminho, quantos verdadeiros excomungados vão vir à tona!

07 junho, 2012 01:22  
Anonymous Anónimo said...

No mínimo, dos mínimos, toda essa cambada que passou , passa e está no governo e além desses, todos os outros que sabemos... sim, esses são os verdadeiros excomungados.
O timbre das palavras, caro anónimo é macio demais, comparado com o timbre dos larápios que até dizem palavras bonitas e sedutoras. Pobre de quem acredita nessa jandra que comeram tudo e não deixaram nada. O arcebispo de Braga e todos os outros do país que metam os pés ao caminho , como fez Cristo e ajudem a escorraçar esses vendilhões e ladrões do templo, quis dizer governo.
Palavras lindas e moles, já não enchem barriga e está muita gente desesperada, por causa dessa cambada de excomungados, ou não é verdade?!
Infelizmente , vai ter de ser mesmo á bastonada e acho até que já ontem era tarde...
Nós até podemos estar bem e os outros, tantos que estão a ficar sem nada?!
Falem disso, porque esses Paulos e Pedros, já nada podem fazer por esta dramática situação, criada por esses excomungados atuais.

07 junho, 2012 10:11  
Blogger Augusto said...

Queridos Amigos

Na impossibilidade de responder a todos individualmente, aqui deixo o preito de gratidão pelas palavras que, no dia cinco,e através dos mais variados meios, me endereçaram em gesto de parabéns, pela passagem do dia em que recordo a minha entrada neste planeta, na minha actual encarnação (5 de Junho de 1942). A todos um grande abraço de Amizade e Hamor. augusto

07 junho, 2012 12:20  
Anonymous Anónimo said...

Parece que temos HOMEM, seguidor de CRISTO. Então não é que D. Januário Torgal, já meteu os pés ao caminho e mandou quatro ripeiradas neste totó que temos no governo. Foi pena não ter mandado também no outro Zé furagido lá por França e nos antecessores, como por exemplo o bochechas e esse camelóide que anda de dentes arreganhados, acompanhado da sua dama de copas, a passear como se o país tivesse posses para essas mordomias e passeatas...

08 junho, 2012 10:25  
Anonymous Emídio Januário said...

Olá, amigos.

Há muito que não escrevo no Blog, já que tenho o computador avariado há cerca de 3 ou 4 semanas, nem sei bem. Este que estou a utilizar é emprestado.
Ora ocorreu uma série de assuntos para os quais não pude contribuir com a minha opinião, como gostaria.

1º. Não pude dar os parabéns ao Augusto Castro, pelo seu aniversário, no próprio dia, apesar de estar informado do evento. Peço desculpa ao Augusto e mando-lhe daqui um grande abraço de amizade e votos de longa vida.

2º. Não pude contribuir a contento para o esclarecimento do “arre macho” e “arre burro”, E este caso custou-me… E porquê?
Porque eu trabalhei 5 anos na Régua!
E então saía quase diariamente de Mirandela para ir “à Régua”. E então pensei para comigo e para com os meus botões( é que eu às vezes também penso):
- Ora, se há “arre macho” e “arre burro”, porque é que não há “arre égua” ( à Régua)?
… E o que me custou mais não ter entrado com esta última hipótese “arre égua”, foi pelo facto de eu ter sido Tenente de Cavalaria…

3º. Também gostaria de ter entrado na questão da sexualidade do “Paulo de Tarso”. Mas felizmente o Neiva deu uma razão sensata sobre o assunto. Infelizmente, hoje em dia e com esta mentalidade que um determinado loby quer a todo o custo enfiar nas cabeças de todo o mundo, de que só é normal quem for homossexual, já só me lembro daquele período em que se perdia tempo a discutir o sexo dos anjos ou se a mulher tinha alma…
Este problema é o mesmo. Sempre houve homossexuais, infelizmente, mas não se lhes dava o estatuto e categoria de serem superiores aos heterossexuais… Querem ser? Pois que sejam. Mas não lhes chamem casamento, apesar de já estar legalmente estabelecido.
Chamem-lhe outra coisa qualquer. E agora que anda em moda o “coiso” porque é que, quando lhes perguntam o estado civil, em vez de dizerem, “casado/a” não dizem “coisado/a”?

4º Este assunto é novo. Joga-se amanhã o “Portugal-Alemanha” para o Euro 2012.
Ainda não sabemos o resultado, e antes que se saiba, reporto-vos para Junho de 2008, portanto há 4 anos.
Como a maioria de vocês sabe, os meus netos têm tripla nacionalidade: Alemã, portuguesa e, claro e por exigência minha; transmontana.
Há 4 anos o meu genro, alemão, a minha filha, portuguesa, e o meu neto,( a minha neta tinha 5 meses) foram ver o Portugal-Alemanha à embaixada Alemã em Lisboa. O meu neto, nascido em Berlim e na altura com 5 anos, torcia pela Alemanha dada a influência do pai.
Lembram-se que na altura havia bandeiras nacionais em todas as janelas, carros, etc.?
Quando o jogo acabou, com a vitória da Alemanha e consequente eliminação de Portugal, liguei para eles e atendeu a minha filha. E diz-me ela, bastante desiludida com a derrota portuguesa: “ Valeu a pena andarem com tanta ilusão!... Tantas bandeiras… Se metessem as bandeiras no c. “

E este desabafo dela deu-me inspiração para esta, que li pelo telefone ao Augusto Castro, e que agora levo ao vosso conhecimento. Só espero que não se aplique ao dia de amanhã..
(continua)

08 junho, 2012 22:35  
Anonymous Emídio Januário said...

(Continuação)
Então é assim, e chama-se “O pau da bandeira”:

Ó gentes da nossa terra
Que apoiais a selecção,
Anda agora na berra
Andar-se de pau na mão!

Há tanta mocinha nova…
Como o agarram bem!
E velhas de pé prá cova
Que não o largam também!

Jovens e adolescentes,
Velhos e homens maduros,
Erguem-nos muito contentes
Uns flexíveis(ª), outros duros…

… Os paus da nossa bandeira
De pano vermelho e verde,
Certos que, desta maneira,
A selecção já não perde!

- Mas que é isto? Óh desgraça!
-Oh que miséria tamanha!...
- Qu’é que diabo se passa?...
- Perdemos com a Alemanha?..

É verdade! Aconteceu
Aquilo que se temia:
Só com bandeira no céu
A bola não se mexia!..

Em campo, onze pernetas
Faziam somente asneira.
Iam bolas como setas,
Mas nenhuma era certeira!!!

… Andámos, ao fim e ao cabo
A nutrir tanto gabiru!
- Limpai com o pano o rabo
E metei o pau no c.. !

ª) já há paus de bandeira feitos de plástico, por isso flexíveis.

Esperemos, pois, que amanhã, não possamos dizer o mesmo, embora o meu neto já me tenha telefonado a dizer que torce pela Alemanha.

E é tudo. Lá nos veremos dia 30 no Sameiro e Falperra.
Um abraço

Emídio Januário

08 junho, 2012 22:38  
Anonymous Malho said...

Muito bem poeta Emidio
a versejar não és mau
poemas de muito pano
a enrolar em muito pau.

08 junho, 2012 22:52  
Anonymous Anónimo said...

Poetas, grandes poetas,
Eu não vos nego o jeito.
Se uns andam de moletas,
Outros andam de pau feito.

09 junho, 2012 00:07  
Anonymous Anónimo said...

E a um homem feito de pau,
não me importo de dar o c.
mas a um homem de pau feito,
vai, corre e dá-lho tu.

E assim vão os poetas
Deste nosso Portugal.
Hoje temos atletas,
para mais um arraial.

Vão levar na tripa dura,
por terem tanta cagança,
mas parvo é de quem procura,
prestar-lhes tanta festança.

09 junho, 2012 07:23  
Anonymous Machado said...

Golpe baixo contra quem ousa criticar desassombradamente a governação. Só não é exilado como se fez ao bispo D.António Ferreira Gomes, porque a ditadura de hoje faz-se passar por democracia. São uns cobardes. Salazar era frontal.
Hoje, como ontem, o colégio episcopal vai ficar calado neste golpe baixo a um dos seus. No fundo, talvez o Correio da Manhã seja a sua própria voz.

«O Bispo das Forças Armadas diz--se vítima de um “linchamento público” devido a ter criticado, na última quarta-feira, o primeiro-ministro.

Em declarações ao i, D. Januário Torgal garante serem “falsas” as notícias de ontem, que deram conta de que ganha quase 4500 euros por mês – ordenado superior ao de um deputado e o equivalente a nove salários mínimos nacionais. “É totalmente falso. Ganho pouco mais de 2500 euros”, garante o bispo, acrescentando que “metade” da sua reforma vai para o Estado. “Depois de uma vida inteira a trabalhar, praticamente metade do que ganho vai para o Estado, que depois não sabe gerir esse dinheiro: vai para espiões e para empresas privadas”, critica.

O bispo garante ainda que uma reforma de 2500 euros “depois de décadas de trabalho” não “é nenhuma fortuna” e que a maior parte da pensão que aufere diz respeito aos anos em que foi professor assistente e regente na Faculdade de Letras do Porto. “Fui professor desde Fevereiro de 1971 e até 1989. Saí quando entrei para as Forças Armadas”, explica. Ontem, o “Correio da Manhã” adiantava que, além da reforma, D. Januário Torgal tem também direito a um conjunto de regalias – como um gabinete de apoio, carro, motorista, secretária e telemóvel. “O que também é completamente falso”, assegura o bispo. “Quando pedi a reforma, há quatro anos, abdiquei de tudo isso e nunca tive, sequer, secretária ou motorista”, diz, acrescentando: “E não sou nenhum herói por abdicar dessas regalias. Fiz aquilo que qualquer cidadão deve fazer.”» [i]

10 junho, 2012 10:21  
Anonymous Anónimo said...

Grande HOMEM, força D. Januário Torgal, assim vale a pena seguir CRISTO.
Não está só, pode crer que milhões estão consigo e na hora da batatada ninguém lhe toca com um dedo, já esses democratas fedorentos vão levar que contar, lá para as profundezas do inferno...

10 junho, 2012 11:53  
Anonymous Mário Neiva said...

“O mundo seria muito mais pacífico se todos fossemos ateus”
(José Saramago)

"Todos têm direito ao seu disparate. Este é um, e dos grandes, de Saramago.
Só um olhar muito superficial permite fazer aquela afirmação. É cada vez mais evidente que a Europa está a ficar "ateia". Deus resiste como reminiscência, numa sociedade que quer construir o paraíso "aqui e agora". Só "vai a Fátima" quando a farmácia não tem o remédio. Para esta Europa, Deus é uma hipótese académica, "algo" para além do que conhecemos, mas longe de ser a motivação para a vida.
Outra coisa é a religião e os seus deuses serem explorados pelos espertalhões para domesticar as massas mantidas na ignorância e na opressão.
O erro trágico, autêntico jackpot do euromilhões para o capitalismo, foi a colagem do marxismo ao ateísmo científico e filosófico, insultando a reverência ancestral dos humanos pelo "desconhecido", o qual, quer no imaginário, quer no sentimento e na percepção, permanece como último recurso e última esperança, quando tudo falha nas espectativas do homem.

Custa ver tanto primarismo num prémio Nobel da literatura".

(Mario Neiva, in Laje Negra)

13 junho, 2012 07:51  
Blogger Lima said...

Não sou simpatizante de Saramago, ainda não li um livro seu. Mas este “disparate”, que seja dele ou de um outro qualquer, não deixa de conter uma certa verdade. Tudo depende do contexto em que é inserido. Visto numa perspectiva geral, e numa visão global da história da humanidade, depois e antes de Cristo, temos de concordar, mesmo se isso nos incomoda, que “O mundo seria muito mais pacífico se todos fossemos ateus” .
E não estou a defender o ateísmo. Tenho em mente unicamente as imensas atrocidades, barbaridades, crimes, mortes de milhões e milhões de inocentes que não mais pediam senão que os deixassem viver a vida segundo a sua fé, ou mesmo a falta dela, e que sofreram e pereceram unicamente porque uma suposta Divindade, ou um possível Deus, em nome de uma hipotética salvação assim o exigia. Quase todas as religiões, mas sobretudo as grandes religiões monoteístas, estão manchadas de sangue, infestadas de ódios, desmembradas por guerras insensatas.

Religiões de apaziguamento, ajuda, salvação... ou instrumento de submissão, tortura, destruição do ser humano?
Religião para servir um Deus pode compreender-se, para servir os humanos não.

13 junho, 2012 14:59  
Anonymous Mário Neiva said...

É verdade que o judaismo, o cristianismo e o islamismo fizeram guerras em nome do seu Deus. Mas vejamos. Quantos grandes impérios antigos foram construidos em nome de Deus? E aqueles que foram construidos nos séculos mais recentes, os islamicos e os cristãos, tiveram motivações religiosas ou económicas? Não foi a fé em Deus um mero pretexto para a ganancia dos poderosos domesticar a vontade dos seus soldados? Veja-se o caso da expansão da "fé e do império" em Portugal e Espanha. Foram guerras essencialmente económicas. A religião foi por arrasto e nunca a primeira motivação.
Por norma, os deuses foram quase sempre invocados como protectores das campanhas militares e não como incentivadores dessas campanhas. Mas os tiranos de todas as épocas perceberam o poder da fé religiosa sobre as mentes dos povos e começaram a usar esse poder para levar a cabo os seus intentos bem mundanos.
As duas últimas hecatombes das duas guerras mundiais tiveram motivações religiosas na sua génese? E as guerras napoleónicas?
E os cruzados cristãos que pilharam e aniquilaram a cristianissima e opulenta Constantinopola, estavam imbuidos da sua fé ou da perfeita ganância?
Houve, na verdade, massacres por motivos religiosos e ainda continuam. Mas daí a a uma generalização, como faz Saramago, não tem suporte na historia da humanidade.
Não deixa de ser curioso que o mesmo Saramago nunca tenha feito uma única referência, tanto quanto eu saiba, à actualissima "guerra santa" islâmica, quando os cristãos já falam, sobretudo, em "Deus Amor". Tarde e mal? Talvez. Mas não conheço uma única comunidade cristã que a nivel local ou nacional proponha, hoje, a guerra como meio de "conversão dos infiéis". Os islâmicos, porém, em perfeito retrocesso civilizacional, fazem-no e Saramago nunca refere o seu criminoso uso de Deus. Porque será?
Portanto, meu caro Lima, concordo contigo que a afirmação de Saramago "contém uma certa verdade", mas a generalização, para mim, continua a ser, no mínimo, uma inverdade face ao que conhecemos da história humana. E na boca de um prémio Nobel é mesmo disparate.

13 junho, 2012 23:10  
Blogger Lima said...

Guerras económicas e de ânsia de domínio e enriquecimento... certamente. Mas quase sempre com a bênção e mais do que o consentimento tácito: o apoio espiritual e muitas vezes material, da religião vigente, em muitas épocas e lugares com poderes suficientemente fortes e reconhecidos para fazer vergar o povo, os nobres e os chefes das nações. Esse poder de influência e de domínio, foi quase sempre a arma utilizada pelas religiões para defenderem os interesses de uma instituição criada em nome de um Deus e defendendo uma ética de vida para elevar o estatuto do homem, mas em fim de contas arquitectada e utilizada em prol dos seus seguidores, mesmo quando imbuídos dos mais baixos instintos humanos.

Concordo que este ponto de vista generalizado pareça tendencioso, quando apreciado do interior de um grupo que se satisfaz do seu próprio círculo. Se, no entanto, formos capazes de ultrapassar por um momento o nosso natural subjectivismo, e fazer o esforço de sobrevoar a imensa história das religiões através dos tempos, descobriremos com perplexidade, quão estreito e restrito é o nosso conhecimento face aos ensinamentos que a memória dos tempos nos deixou.

14 junho, 2012 10:35  
Anonymous Anónimo said...

Bom Dia Companheiros

O blogue parou, ou já mudaram para outro local?
Tudo tão quietinho, estranho! Ou será por causa do apoio à nossa seleção?

19 junho, 2012 07:59  
Anonymous Mário Neiva said...

Homossexualidade e Paneleirices

Não contava, tão cedo, voltar a este tema. Mas tem de ser, porque se pode ler nas entrelinhas dos comentários dos meus queridos amigos Emídio e Lino Vinhais uma reprovação da homossexualidade. Velada, no Emídio; expressa, no Lino. Ainda pensei deixar passar a coisa, mas o Lino Vinhais tocou-me na corda mais sensível, trazendo à colação S. Paulo, como se este condenasse a homossexualidade tal qual ele, Lino, a condena hoje. S. Paulo não pode ser lido da mesma maneira como as testemunhas de Jeová (?) leem a Bíblia, defendendo, por exemplo, que o universo tem cerca de sete mil anos de existência. O meu amigo Lino vai ter que enfrentar o peso-pesado da minha argumentação, por se ter lembrado de responsabilizar Paulo de Tarso pela sua própria ideia acerca da homossexualidade, passando por cima de dois mil anos de evolução da ciência antropológica. Mas vou deixar S. Paulo para o fim deste comentário.
Para começo de conversa fique claro que a “homossexualidade” é apenas um conceito para definir uma realidade e essa realidade são “pessoas homossexuais”. As pessoas é que são hétero ou homossexuais. Portanto, quando se desrespeita a homossexualidade não se dá um murro no peito de um conceito, mas no peito da dignidade de uma pessoa em carne e osso, com sensibilidade, pensamento e consciência. E depois, caríssimo Lino, temos que distinguir entre homossexualidade e paneleirice, que é como que diz , entre real sexualidade das pessoas e as putas e os paneleiros, que representam a sua degradação e perversão. Não é perverso o acto sexual em si, seja na normalíssima cópula, seja na novidade da improvisada “enrabadela”. A “animalidade” do acto ficará sempre aquém da dignidade dos comungantes. Se estes a não tiverem nem promoverem, tanto faz ser de uma forma como de outra.
Por outro lado, e agora estou a pensar no comentário do Emídio, penso que é um erro fazer marchas pelo “orgulho gay”, embora compreenda a necessidade de afirmação de um grupo que se sente marginalizado. Maior erro, porém, cometem os entusiastas da homossexualidade, quando tentam negar a evidência de que a sexualidade humana começa por ser orgânica e, por norma, a anatomia é maravilhosamente complementar e harmónica no masculino- feminino. Dizemos, e dizemos bem, que foram feitos um para o outro, com vista a uma aproximação-atracção para a reprodução bem-sucedida.
Mas os heterossexuais também não podem perder de vista que a pessoa humana é mais, muito mais!, que a funcionalidade reprodutora do seu corpo.
No fundo, trata-se de reconhecer que o ser humano é essencialmente corpo e alma, sem que um se confunda com o outro e sendo ambos, desde a fase embrionária, uma realidade em construção. Uma autêntica realidade viva e inacabada, que se emociona, que sente, que pensa e que tem consciência de si mesma. É o pensamento consciente que faz com que a pessoa não se confunda, nem com o seu património genético, nem com a sua anatomia.
Foi esta consciência, única no mundo da vida, e a consciência dessa consciência, que fez emergir no homem o sonho de que é bem mais que um “organismo” que nasce, cresce, reproduz-se e morre, como os seus animais de estimação.

19 junho, 2012 16:48  
Anonymous Mário Neiva said...

(Continuação)

Quem não for capaz de perceber que subsiste naturalmente na pessoa homossexual este ser único, esta pessoa que se vai construindo ao longo de uma vida toda, terá que rever toda a filosofia e meditar no sentido das suas crenças religiosas.
Nós sabemos como um corpo anatomicamente masculino pode gerar uma alma feminina e vice-versa. São “casos” e não a “norma” da mãe natureza. Pois seja! Ma estes filhos da natureza são tão legítimos quanto os da norma. Filhos e não enteados; e se são filhos, são também herdeiros de todos os dons da natureza, entre eles, o prazer que acompanha o exercício da sexualidade. E o que não falta ao ser humano é imaginação e engenho para expressar a sua espantosa sensibilidade sexual. Não se deprecie a sexualidade, por preconceito, em todas as suas formas humanas, pois ela pode ser o princípio de uma comunhão incomparável entre duas pessoas.
Tenho ouvido gente bem pensante, tanto leigos como eclesiásticos, que afirma ”sim senhor, nós respeitamos a diferença, mas…”
Mas respeitam coisa nenhuma! Na hora de fazer as leis, para esses senhores, o homem é considerado essencialmente um animal reprodutor e com os sexos a condizer. E acabam a defender uma legislação para o casamento civil ou o matrimónio religioso em que o pressuposto fundamental é a animalidade da anatomia humana. Fazem-se leis em conformidade com a realidade da anatomia e não com a realidade “pessoal”. E se nós podemos compreender que assim tenha sido numa época da história humana, em que havia um total desconhecimento em relação ao património genético herdado e à forma como este condiciona a construção da pessoa-personalidade, já custa, muito, ver ignorar a nova realidade patenteada pelo acervo científico acumulado.

19 junho, 2012 16:50  
Anonymous Mário Neiva said...

(Continuação)

E agora S.Paulo.

Seria faltar à verdade contida nos documentos genuínos das cartas paulinas, negar que Paulo de Tarso condena, de forma contundente, a homossexualidade. E condena-a por a considerar uma depravação tão ou mais grave que a fornicação.
Ponto final.
Não me vou demorar a justificar porque pensava ele assim e praticamente todo mundo à sua volta. Como não me vou interessar por tentar esclarecer, agora, porque motivo os nossos antepassados consideravam serem possessões diabólicas certas doenças do foro neurológico, hoje perfeitamente identificadas, como epilepsia ou convulsões provocadas pela terrível doença do tétano. Na falta de melhor explicação, era o demónio. Do mesmo modo, era o mafarrico que intervinha directamente e transviava a sexualidade humana.
Direi, pois, que, sobre este assunto, S. Paulo “foi com as outras”, como também foi no caso da subalternidade da mulher ao marido e do respeito dos escravos pelo seu senhor, como que consagrando a escravatura!

Gostava de ver alguém, aqui e agora, citar S. Paulo para justificar o esclavagismo!

Onde eu quero chegar, meu caro Lino, e foi por esta razão que nasceu o presente e extenso comentário, é que este imenso Apóstolo nunca perdeu de vista o fundamental do seu Evangelho: Deus é tudo em todos; não há grego nem gentio; nem judeu nem romano; nem homem nem mulher (onde pára a subalternidade desta?!); nem senhor nem escravo (onde pára a lei da escravatura?!). E, muito naturalmente, hoje, aqui e agora, Paulo diria e eu escrevo sem receio de o trair: não há heterossexual nem homossexual.
Mas escreveria, não tenho dúvidas, que putas e paneleiros não herdarão a incorruptibilidade.
E eu assinava por baixo, porque aquela vida é mesmo o caminho do inferno da corrupção do corpo e da alma.

19 junho, 2012 17:41  
Anonymous Anónimo said...

Como os anónimos são preciosos, chegam a murraca e cá temos foguetada, para toda a gente.
Força nas canetas e sigam em frente,porque os P.P.P., todos teem direito à vida e são filhos de Deus, como os outros, ou não???

20 junho, 2012 00:02  
Anonymous Américo Lino Vinhais said...

Provavelmente não fui claro no comentário que inseri há uns dias e agora o Mário Neiva repescou. Efectivamente não me interessa absolutamente nada o que duas pessoas fazem quando se encontram, sejam do mesmo sexo ou não. Cada um escolhe o seu caminho. Utilize a parte de trás ou da frente como melhor entenda. É-me indiferente. No entanto já me não é indiferente a forma como o Estado tem tratado os homossexuais! Sou contra o casamento homossexual. Porquê? Não sei bem. Mas custa-me viver num Estado que por um lado se queixa da baixa natalidade, premiando por vezes os nascimentos de crianças, designadamente em concelhos mais desertificados e por outro lado facilita a ausência de procriação digamos que incentivando-a. O homem habitua-se a drogas, mas a sociedade em geral condena-as aplicando fortes sanções a quem as trafica. Porquê? Porque leva o homem a comportamentos violentos, roubos e toda a espécie de marginalidade, julgo eu. Mas então não é uma escolha? O homem não será livre de escolher? Está claro que não! Para viver em sociedade devem ser respeitadas regras e regras ditadas pela maioria e não por uma minoria.
Defendo a liberdade individual controlada (o homem sozinho não consegue desenvencilhar-se dos seus instintos, levando a falta de regulação ao crime e outros desvios) e o que o Estado não deve despender recursos que vão de encontro a práticas que as sociedades em geral rejeitam. Se é uma doença o Estado que a trate com psicólogos, mas não incentivando casamentos que são inúteis para a sociedade já que o futuro das sociedades está nas crianças e eles não as podem conceber! O investimento do Estado, todo o investimento, deve ter fim lucrativo para a sociedade em geral e não em activos que depressa se depreciam com o passar dos anos que culminará na morte. Sei que vou ouvir muitas críticas relativamente a esta posição, mas defendo-a conforme me parece e não com argumentos de terceiros.
Já agora porque é que a sociedade condena de forma tão veemente (e acho bem) a pedofilia? Também está provado, ou pelo menos há quem diga que sim, que os pedófilos são doentes. Será legítimo apoiá-los em práticas que a esmagadora maioria rejeita? Está claro que não! Porquê tanta complacência com os homossexuais e tanta condenação aos pedófilos se ambos têm disfunções mentais (ou funcionais?) relativamente ao sexo?
As conclusões da ciência nem sempre me interessam até porque frequentemente contradizem ou põem de lado o que antes era inequívoco, sobretudo no campo educacional e das relações inter-pessoais, onde o que ontem era uma verdade absoluta hoje já não o é. As ciências humanas andam muitas vezes ao sabor das modas e de teóricos de verbo fácil! Tendem muitas vezes para o facilitismo que, normalmente dá mau resultado. Veja-se a crise do país que, inequivocamente, resultou do facilitismo.
Nunca na minha mente atribuí qualquer tendência homossexual a S. Paulo. Basta ler o texto que escrevi, alvitrando até uma doença provável. O que disse claramente é que muito boa gente, para justificar as suas tendências homossexuais utilizou (utiliza) S. Paulo para se justificar. Foi isto que disse.

20 junho, 2012 00:50  
Anonymous Américo Lino Vinhais said...

Um dos anónimos que frequentam este blog está a enviar comentários através de links. Acontece que ontem cliquei num desses links e o resultado foi que, alguns minutos depois fui alertado pela administração do gmail que a caixa do correio da AAACARMELITAS foi acedida em local devidamente identificado da China. Por isso agradece-se que trabalhem apenas com links fiáveis e não ponham em risco a segurança de outros.

20 junho, 2012 11:15  
Anonymous Mário Neiva said...

É verdade o que afirmas aqui no fim e também é correcto afirmar-se que a moral cristã encontrou nas palavras de S.Paulo a justificação para condenar a homossexualidade. Foi isto que reconheci nos textos de S.Paulo, que não deixam margem para dúvidas acerca dessa condenação. Mas S.Paulo não se fica, nunca, pela espuma das coisas. E a espuma das coisas são os usos e costumes e a ciência possivel para a época. Tudo isto acaba por ter uma última leitura que é também a última palavra. vou .

20 junho, 2012 18:49  
Anonymous Mário Neiva said...

Considero um perfeito disparate utilizar S.Paulo para alguém justificar a sua homossexualidade (e dos outros), como é disparatado invocar as Cartas de S.Paulo para justificar dois mil anos de cristianismo a conviver com o esclavagismo e a subalternidade da mulher. Os conceitos de mulher, escravo e homossexual eram uns naquela época e naquele lugar e são outros nesta nossa época. Não esqueçamos que a condição feminina e de servo eram, ao tempo de S.Paulo tão genuinamente conformes à natureza das coisas, como era repulsiva a homossexualidade. O facto é que o nosso tempo está a superar a "natural" subalternidade feminina e a "natural" condição do homem-escravo, tentando também, ainda com manifesta relutância, superar a "natureza" da homossexualidade. Não foi fácil reconhecer a paridade do feminino e a perfeita condição humana do homem –escravo. Não se adivinha fácil o reconhecimento da paridade homossexual. As alegações do Lino Vinhais aí estão para o provar. Só espero que, no entusiasmo da refrega, alguém se lembre de argumentar que o celibato dos padres e freiras é um atentado contra a demografia!

Quanto a mim, penso que o problema de fundo está em saber se as leis vão sendo elaboradas ao longo dos séculos para servir e promover o ser humano, que é um ser em descoberta e construção contínua, ou se, pelo contrário, o homem tem de sujeitar-se aos usos, costumes, conhecimentos científicos, filosóficos e crenças religiosas de uma determinada época da História Humana.

O que me fascinou em S. Paulo foi a sua capacidade de transcender o seu tempo em tantas e tantas "verdades sagradas" consideradas fundamentais e definitivas. Basta recordar que ele, judeu letrado e bem letrado, no esplendor do culto judaico em redor da liturgia sagrada do Templo de Jerusalém, a que "Tiago, Pedro e João" -as colunas da Igreja e íntimos de Jesus- permaneciam fiéis, voltou costas a isso tudo, atendo-se somente ao que era fundamental: o amor incondicional do Pai, que já não o era apenas de um grupo de privilegiados humanos, mas Pai da Humanidade, por intermédio de um Novo Adão, Jesus Cristo.
S. Paulo condicionou tudo, mas tudo mesmo, a este Evangelho da universalidade de uma ressurreição/transformação iniciada em Jesus Cristo. Tão universal, que até florestas, oceanos e todos os animais da terra farão parte dos "Novos Céus" e da "Nova Terra". Quanto mais as mulheres, os escravos e os homossexuais.

“Tudo isso é muito lindo, respeitamos as mulheres e os homossexuais, mas na lei não!".

Mas não foi precisamente contra o poder esmagador e sagrado da Lei que Paulo de Tarso mais combateu? E os quatro evangelhos não são um hino a este combate de Paulo contra a tirania castradora da Lei? Salvar um simples jumento que cai ao poço não merece bem a violação da lei sagrada do Sábado?

20 junho, 2012 19:37  
Anonymous Mário Neiva said...

Errata.
Leia-se: "Só espero que, no entusiasmo da refrega, alguém NÃO se lembre de argumentar...".

21 junho, 2012 08:37  
Anonymous Mário Neiva said...

Mesmo a propósito: "andar ao rítmo das mudanças do mundo".

«O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Policarpo, disse esta quarta-feira, em Fátima, que a Igreja tem "uma mensagem perene" e "não tem que andar ao ritmo das mudanças do Mundo" e atacou os "exageros antropológicos" como a adopção por casais gay.» [CM]

Também ouvi na TV.

Tenho reparado que pessoas bem formadas e bem intencionadas, como D. José Policarpo, optam por fazer prevalecer o que consideram ser as suas responsabilidades pastorais, em detrimento do aprofundamento para esclarecer as questões potenciadoras de elevado melindre, como estas dos casais homossexuais. E eu compreendo o seu embraço. Ele vê, porque sei que vê, em cada pessoa “um templo vivo do Espirito Santo”, conhecendo muito melhor S. Paulo do que eu. E por isso sabe que tem de seguir com olhar carinhoso estas preciosidades, mesmo quando, ao “ritmo do mundo”, realizam casamentos homossexuais.
E o cardeal é um homem inteligente, sábio e bom.
Permitam-me que entre em jogos de adivinhação, sobre o curso dos pensamentos de D.Policarpo…

Repare-se num pormenor que me parece revelador. Nesta declaração o presidente da CEP não refere sequer o casamento gay, já consagrado nas leis da república. Parece, isso sim, já só estar preocupado com a evolução futura, "o passo seguinte", que se desenha no horizonte imediato e já é lei em países como a Inglaterra, a saber, a adopção por casais homossexuais. Será que a Igreja e, mais concretamente, o nosso bispo D. Policarpo apanhou o "ritmo do mundo" no que diz respeito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, aceitando o facto consumado da prevalência das leis civis, como aconteceu no uso dos anticoncecionais e na lei do divórcio, por exemplo? Se for isso, nem sequer é inovação da Igreja. Não foi a reboque do "ritmo do mundo" que a Igreja ilegalizou o esclavagismo, neste nosso Portugal, porque só o fez depois da lei civil da monarquia? E como está difícil acompanhar o "ritmo do mundo" no reconhecimento da completa cidadania da mulher, onde o "mundo" claramente dá lições, "ex-cátedra", à Igreja! Basta lembrar a teimosia na recusa do sacerdócio das mulheres, elas que são, conforme o evangelho paulino, membros integrantes do corpo sacerdotal que é Jesus Cristo.
Esta doutrina é sua, senhor D. José. E esta, sim, é a “mensagem perene” e "revolucionária" do Evangelho e não aquela dos “usos e costumes”, da moral e das concepções antropológicas desta ou daquela época. Ontem o homossexual era, no mínimo, uma possessão diabólica e a mulher uma criatura inferior ao homem. No “Corpo Místico de Cristo” estão irmanados na ressurreição que se espera. Ou se constrói?
Vocês foram os meus mestres nestes assuntos, D.José Policarpo!

21 junho, 2012 09:39  
Anonymous Evaristo Domingues said...

Um pai judeu, com a melhor das intenções, enviou o seu filho para o colégio
mais caro da comunidade Judia.
Apesar das suas intenções, Samuel não ligava puto às aulas.







Notas do primeiro mês:

Matemática 2



Geografia 3.5


Historia 1.7

Literatura 2

Comportamento 0

Estas espantosas classificações repetiam-se de mês a mês, até que o pai se cansou:
- Samuel ouve bem o que te vou dizer, se no próximo mês as tuas notas e o teu comportamento não melhorarem, vou-te mandar estudar para um colégio católico.

No mês seguinte as notas do Samuel foram uma tragédia, só comparável ao naufrágio do Titanic e o pai cumpriu com a sua palavra.
Através de um rabino próximo da sua família, contactou com um bispo que lhe recomendou um bom Colégio Franciscano para o qual Samuel foi enviado.

Notas do primeiro mês:

Matemática 18

Geografia 16

Historia 16

Literatura 20

Comportamento 20

Notas do segundo mês:

Matemática 20

Geografia 18

Historia 18

Literatura 20

Comportamento 20.

O pai surpreendido perguntou-lhe:
- Samuel, O que é que te aconteceu para teres tão boas notas?
Como é que se deu este milagre?
- Não sei papá. Apresentaram-me a todos os colegas e a
todos os professores e, logo de tarde fomos a uma igreja.
Quando entrei, vi um homem crucificado, com pregos
nas mãos e nos pés, com cara de ter sofrido muito e todo ensanguentado.

Perguntei, quem é Ele?

E respondeu-me um aluno dos cursos superiores:
'Ele era um judeu como tu'.

Então disse para mim: F***-se,... aqui temos que estudar, que estes gajos não são para brincadeiras.



TODOS AO SAMEIRO

ALMOÇO - CARDÁPIO

ENTRADAS

RISSOIS DE CARNE E DE MARISCO
CROQUETES DE CARNE
BOLINHOS DE BACALHAU

PEIXE

FILETES DE PESCADA

CARNE

VITELA MENDINHA ASSADA

SOBREMESAS

DELICIAS CASEIRAS
( Confecionadas pelas nossas
Esposas )

CAFÉ E BAGAÇO DO EMÍDIO

21 junho, 2012 10:16  
Anonymous Evaristo Domingues said...

HÁ FALATAVA O VINHO


MADURO TINTO DO EMÍDIO


VERDE TINTO E ESPADEIRO

( LONGRA - FELGUEIRAS )

21 junho, 2012 10:23  
Anonymous Evaristo Domingues said...

HÁ FALATAVA O VINHO


MADURO TINTO DO EMÍDIO


VERDE TINTO E ESPADEIRO

( LONGRA - FELGUEIRAS )

21 junho, 2012 10:23  
Blogger Evaristo said...

HÁ NAS ENTRADAS

VAMOS TER TAMBÉM

MELÃO COM PRESUNTO

21 junho, 2012 10:32  
Blogger Evaristo said...

Este comentário foi removido pelo autor.

21 junho, 2012 10:32  
Anonymous Mário Neiva said...

Já não me lembro de me rir tanto com uma anedota.

21 junho, 2012 15:15  
Anonymous Antonio Costa said...

A seguir vamos entao pensar no Conivivio do Sameiro-Falperra.

Mas, como o Mario Neiva quer continuar a servir-nos um " bom aperitivo " para o dito almoço-convivio, vamos deixar amadurecer o melao e "defumar" o presunto. Na realidade, segundo a Historia, Cristo andou milenios adiantado na pregaçao do Evangelho, so que a Igreja(?)(os seus seguidores) nao acompanhou " o pedal" dos ensinamentos, e alguns começaram a "puxar" para tras sempre que a ciencia vinha " confirmar" e alargar os ensinamentos doutrinarios (evangelicos)e vimos e ouvimos ao longo dos seculos os "detentores do poder eclesiastico" "puxar dos seus galoes" "tentar esclarecer" os seus fieis afirmando "ex catedra" que "ha que seguir o magisterio da Igreja e dos santos padres..."etc.

Foram, sem duvida, a vida e os ensinamentos de Cristo a base da civilizaçao das nossas sociedades ocidentais a que nos honramos de pertencer; mas sabemos que houve ao longo da historia muitos contratempos e ate guerras cometidas pela e contra a propria doutrina crista e praticadas por muita gente tanto ligada as hierarquias catolicas como da sociedade dita civil. Ninguem esteve impune, pelos vistos. E agora, que estamos num tempo em que a CRISE ´´e de VALORES (etica e de justiça) e que mais precisamos que quem, por deveres pastorais, tem que mostrar ao mundo os caminhos da VERDADE, DA JUSTIÇA, E DA SOLIDARIDADE( afinal o verdadeiro AMOR) nao precisamos de pequenos fait divers como estes que nos presenteiam alguns responsaveis ecelsiasticos.

21 junho, 2012 15:55  
Anonymous Mário Neiva said...

Caro Lino Vinhais

Na na reacção ao teu comentário, estou sobtetudo interessado em falar dos princípios a partir dos quais se constrói a dignidade humana.
A dignidade humana apenas existe potenciada em cada um de nós, tal como a razão e a consciência. Por isso falamos, e bem, em "chegar a idade da razão".
Também sabemos que um ser humano pode nunca vir a atingir a plena fase da razão e a plena consciência, estacionando próximo do infantilismo, da demência e da inconsciência. E as pessoas ditas "normais" passam por um processo, também normal, de desenvolvimento gradual da inteligência, da razão e da consciência. O resultado final é um escalonamento que pode ir do "oito ao oitenta", tudo dependendo do património genético herdado neste nosso corpo-cérebro, das condições de nascimento, do meio social que nos calhou e da formação que nos foi proporcionada; e ainda, de uma forma muito vincada, dos acontecimentos imprevisíveis que se abatem sobre nós em qualquer fase do nosso desenvolvimento, podendo diminuir o seu ritmo ou acelerá-lo; mas também estancá-lo, inverter o seu curso ou simplesmente acabar com ele de vez, como acontece na demência definitiva ou na morte física.
Perante este ser "potenciado" e em formação crescente, a filosofia actual define o homem como um "ser inacabado" até à morte. E nisto consiste a sua maior fraqueza e a sua maior glória.
Repara, meu caro Lino Vinhais, que se nós saíssemos do ventre da nossa mãe tão perfeitos ou imperfeitos como uma peça saída de uma fábrica de produção em série, onde parava a nossa liberdade, a nossa responsabilidade, a nossa dignidade única de nos construirmos em sentimento, razão e consciência?
A nossa mais-valia resulta de nascermos "inacabados" ou "por fazer", precisamente naquilo que melhor nos define como seres únicos no reino da vida.Não nascemos livres, não nascemos racionais, não nascemos conscientes! Mas tudo isto e todo o resto existe potenciado no embrião inicial que fomos.
É à luz desta ciência e desta filosofia que avalio a actividade humana. E sei bem que é uma ciência recente e que é uma filosofia recente. E também sei que muito há ainda para "observar", definir e meditar. Não fossem, tanto o indivíduo como a humanidade, uma realidade em evolução/transformação. E porque não dizer "ressurreição", não repetindo Paulo de Tarso, mas no seguimento da sua fé e da sua esperança? E quem sabe a nossa identidade, tão laboriosamente construída ao longo da vida e a que tanto nos agarramos, possa subsistir numa outra dimensão desconhecida da ciência actual e ser "amparada" nos braços da matéria-energia misteriosa donde procedemos! Intuitivamente e antropomorficamente, os nossos avós chamaram-lhe "Pai". E nós, eternos meninos, pensamos logo que ele gosta muito de nós...Eu serei o último dos vivos a desfazer este sonho de eternidade que aquece a alma humana.
Se perdermos de vista esta antropologia e esta filosofia fundamentais, acabamos a discutir, de forma ridícula, o sexo dos homens e das mulheres. Ou os olhos em bico, dos chineses.

22 junho, 2012 08:34  
Anonymous Mário Neiva said...

Não vou deixar sem reparo a comparação que se estabelece entre pedofilia e homossexualidade. Têm tanto em comum como a pedofilia e a heterossexualidade. Qualquer pessoa minimamente informada sobre estas questões sabe que tanto o “hétero” como o “homo” podem ser pedófilos ou não o ser. Sendo este facto uma evidencia universalmente aceite na esfera das ciências, não consigo perceber qual o intuito de certas pessoas, ao brandirem este argumento na praça pública. Se não for ignorância, só pode ser vontade de manipular as mentes mal esclarecidas e “puxar a brasa à sua sardinha”.´
É indecoroso, mas vi fazê-lo descaradamente nos meios de comunicação social e por parte de pessoas que tinham obrigação de ter outro entendimento acerca do que é a se sexualidade humana e todas as suas manifestações.

22 junho, 2012 08:56  
Anonymous Américo Lino Vinhais said...

Meu caro Mário Neiva
Está claro que em matéria de casamento homossexual estamos em campos completamente opostos o que é salutar. Mas estamos também em plano diferente no campo da percepção do ser humano. Muito evoluído o teu o que denota amplo estudo no campo das ciências humanas e muito canhestro o meu, que argumento pelo lado mais prático e que, no fundo, interessa mais à generalidade das pessoas.
Se leste bem o meu comentário onde trouxe à liça pedófilos e homossexuais, terás que conceder que não comparei as duas coisas. Argumentei pelo lado da “doença” de cada uma das espécies comparadas. Já agora a questão dos padres e das freiras também é despropositada pois trata-se de uma opção de vida individual assente em crenças que em nada prejudica a opção e a carteira dos outros, pois embora sejam sustentados pelos fiéis, são-no pelo produto do seu trabalho..
Fazendo uma resenha dos teus últimos comentários sobre o assunto, invocaste uma quase aceitação por parte da igreja católica do casamento homossexual que, em desespero de causa, (não sei se será exactamente este o sentido das tuas palavras) tenta agora evitar que esses casais não adoptem crianças, pois o casamento homossexual estará já implicitamente aceite dada a evolução das sociedades nesse sentido.
Pois meu caro Mário, creio que não e a aceitação do casamento homossexual pelos vários países não está tão generalizada assim. Fiz umas buscas na Internet e delas resulta que “Desde 2001, dez países permitem que pessoas do mesmo sexo se casem em todo o seu território: Argentina, Bélgica, Canadá, Islândia, Noruega, Países Baixos, Portugal, Espanha, África do Sul e Suécia. Casamentos desse tipo também são realizados e reconhecidos no estado brasileiro de Alagoas na Cidade do México e em alguns estados dos Estados Unidos. Algumas das jurisdições que não realizam os casamentos homossexuais, mas reconhecem os que forem realizados em outros países são Israel, os países caribenhos pertencentes ao Reino dos Países Baixos, partes dos Estados Unidos e todos os estados do Brasil e do México. A Austrália reconhece casamentos do mesmo sexo apenas se um dos parceiros mudar seu sexo depois do casamento. Em 2012, há propostas para introduzir o casamento homossexual em pelo menos em dez outros países”. Portanto, no contexto global, são ainda um pequeno número de países que enveredaram por esse caminho. Há outros como o Reino Unido, que invocas como estando à beira de aceitar a adopção de crianças por homossexuais e acredito que sim (embora não concorde, acho que é preferível que deixá-las morrer à fome), mas repara que o casamento homossexual não existe nesse país, existe apenas a união de facto que era, se bem me lembro, a solução defendida pelo PSD para Portugal. Em França também apenas é aceite a união de facto, que eu também aceito por questões de direito sucessório. Efectivamente, não vou aqui discutir as razões que levam homossexuais a juntar os trapinhos, porque não me interessa, mas o lado mais fraco dessa união se não tivesse uma protecção na lei em termos de direito a alimentos ou herança do parceiro falecido provavelmente ficaria na miséria e repudiado pela sociedade (por enquanto é assim. Até os humoristas têm como bombo da festa os homossexuais, pois sabem que recolhem amplas gargalhadas do público em geral). Abro aqui um parêntese para lembrar um amigo meu que é homossexual, companheiro de homossexual rico que lhe tem proporcionado uma vida faustosa que me dizia há uns tempos “Não sei como vou sobreviver com a miséria dos meus rendimentos se o meu companheiro me faltar e que me tem proporcionado uma vida fácil”. Pois é meu caro Mário, são muito poucos os países onde o casamento homossexual é aceite e, ao contrário, são inúmeros onde, não o casamento, mas a homossexualidade é reprimida até com pena de morte (valha-me Deus!).

22 junho, 2012 13:58  
Anonymous Anónimo said...

Américo Lino Vinhais

Para que fique claro, repito o que já disse, sou frontalmente contra o casamento homossexual, mas não me importa o que duas pessoas façam na sua intimidade, o que inclui que aceito a união de facto por razões sucessórias e de protecção, mas nunca com gastos do Estado que devem ser canalizados para questões que sirvam a normalidade (é mesmo isto que quero dizer: normalidade pois homossexualidade não é normalidade no contexto global, e espero que nunca seja pois neste caso a espécie ficaria ameaçada. As sociedades, segundo o meu ponto de vista, devem providenciar que todos usufruam de cuidados sociais mínimos dentro das necessidades básicas dos indivíduos (ocorre-me agora uma situação interessante sobre o assunto, o que são necessidades básicas, mas que deixo para outra ocasião se vier a propósito). Não vou entrar pela árvore das necessidades básicas defendidas por Maslow, mas as que qualquer cidadão comum entende: comer, beber, ter um abrigo e … ter a sorte de nascer numa aldeia onde haja rapazes e raparigas em número equivalente, pois se se nascer numa aldeia isolada onde só nascem rapazes ou só raparigas, se calhar cabras e porcos devem acautelar-se ou então a homossexualidade aparece. Será? Não sei. Só mais uma coisa: porque é que existe (existiu) homossexualidade em colégios masculinos ou femininos? Tinha que ser reprimida, não há outra solução. O homem tem que ser educado segundo parâmetros gerais pois... nasce selvagem.

22 junho, 2012 14:01  
Blogger Lima said...

Até que enfim... temos leitura salutar, instrutiva e respeitadora.
Bravo, amigos!
Pena que se limite a um diálogo!

22 junho, 2012 14:23  
Blogger Augusto said...

Pois é, Lima e outros Amigos, é um diálogo, mas não fora a minha incapacidade de digitar letras no pc e eu também botaria aqui os meus pensares, bem longe de qualquer dos que se têm por aqui debitado. Mas vamo-nos deliciando com o que por aqui se vai debitando... Abraços.

22 junho, 2012 15:26  
Anonymous Mário Neiva said...

Meu caro Lima, avança e faz disto um "triálogo". Quem sabe não chega a "tetrálogo" ou mais.

22 junho, 2012 15:27  
Anonymous Mário Neiva said...

Mal-entendidos, mesmo assim úteis, porque permitem clarificar posições.

Sugiro, sem dúvida, que a Igreja está em vias de, no mínimo, fechar os olhos ao casamento entre homossexuais, como foi fechando os olhos ao uso dos anticoncecionais, ao avanço da lei do divórcio e à legalização da união de facto. No ensino oficial, sabemos, continuará a reprovar o uso da pílula, as uniões de facto e o casamento entre homossexuais porque, desde há dois milénios, só admite relações sexuais dentro do matrimónio e tendo como pressuposto exclusivo a procriação.
Penso até que no dia em que ceder nestas questões, como também na ordenação das mulheres ou no casamento dos padres vai perder a sua identidade e correr sério risco de implosão. A minha geração é testemunha da crise gravíssima que resultou de inovações tão superficiais como o uso das línguas vernáculas na liturgia, no abandono da música gregoriana ou na alteração da indumentária de padres e freiras e do altar voltado para o público.
Para evitar a implosão, a Igreja prefere manter intacto o seu ensino multisecular e, na prática, fechar os olhos às “modernices” próprias do ritmo do mundo. Os casais católicos fazem uma verdadeira desobediência civil continuando a usar a “pílula” e tenho conhecimentos que muitos divorciados de casamentos católicos vão pelo mesmo caminho, frequentando os sacramentos, após realizar um novo casamento pelo civil.
Qual vai ser o resultado final deste divórcio entre o ensino e a prática cristã, na próxima década se irá revelar.
Quanto à confusão entre homossexualidade e pedofilia eu evitei dizer expressamente que foi feita pelo Lino Vinhais. Mas tal confusão tem sido alimentada na comunicação social e achei oportuno desfazer o mal-entendido. Apraz-me que neste ponto estejamos de acordo.
Acho exagerado que se considere a homossexualidade uma doença porque se facilitarmos no conceito de “doença” não sei se alguém nascerá “sadio” , tantas são as maleitas embrionariamente transmissíveis.

23 junho, 2012 00:14  
Anonymous Mário Neiva said...

A Universalidade da Salvação em S.Paulo

Se a Igreja tivesse abraçado o universalismo do Evangelho de Paulo da mesma forma fiel com que o fizeram os evangelistas que escreveram cerca de trinta anos após a morte de Pedro, Paulo e Tiago, não se teria enredado em tão magnos problemas perfeitamente escusados. Mas a Igreja foideixando na gaveta a fonte da fé magnifica, profunda e fabulosa da teologia cristológica de Paulo de Tarso, tão bem assimilada pelos evangelistas canónicos.
Esta assimilação perfeita aparece sinalizada e ilustrada nos Actos dos Apóstolos de S. Lucas, na narrativa extraordinariamente significativa da descida do Espirito Santo sobre os apóstolos, sob a forma de línguas de fogo.
Nunca ninguém pareceu interessado, ao longo dos séculos, em esclarecer porque não foi a palavra viva de Jesus a produzir este efeito pentecostal. No entanto, os exegetas das diferentes cristandades leram vezes sem conta a explicação em S. Paulo: “Aprouve a Deus revelar em mim o seu Filho Jesus Ctisto…” Como se S. Paulo estivesse a dizer-nos que, aos outros apóstolos, Deus apenas revelara o “Jesus na carne” e não o “Cristo de Deus”.

Mais cedo ou mais tarde, as igrejas cristãs vão ter que alterar as suas narrativas sobre o cristianismo inicial, não para as contradizer mas apenas para lhes dar a sequência verdadeira do tempo da revelação. Foi em Paulo de Tarso, o aborto de Deus como a si mesmo se intitula, que se revelou o Filho de Deus na sua plenitude.

(Felizmente que neste nosso tempo não há fogueiras e nem sequer posso ser excomungado, porque era chover no molhado: já sou).

23 junho, 2012 09:11  
Anonymous Mário Neiva said...

(Continuação)

À luz da poderosa teologia paulina, que fascinou os evangelistas, meditemos um pouco na realidade da doutrina do sacramento da eucaristia.
Na eucaristia celebra-se a encarnação de Jesus Cristo, com todas as implicações dessa “humanização divina”, a saber: nascer, crescer, sofrer e morrer. E este “Deus Humanado” é simultaneamente a reconciliação entre Deus e a Humanidade, ao assumir a “humilhação” de se tornar “carne do pecado” como o sacrifício supremo e definitivo, e “Acção de Graças” pela dádiva da segunda criação, a Ressurreição, que na pessoa de Jesus Cristo, o novo Adão, se tornou efectiva.

Nesta perspectiva, a Encarnação, o Santo Sacrifício e a Eucaristia são três faces da mesma realidade teológica, donde se infere, sem qualquer dúvida, que não é o homem que se sacrifica por Deus, mas Deus que se sacrifica por amor da Humanidade, no acto de assumir a nossa humana condição. Assim sendo, numa lógica perfeita, baseada na realidade do Novo Adão que é também o novo, definito e único cordeiro pascal aceite pelo Pai, S. Paulo decreta o fim de todas as liturgias antigas sacrificiais, de todos os baptismos e de todas as alianças, mesmo aquela aliança fundadora do “povo eleito”, a circuncisão.

A conclusão desta teologia avassaladora de Paulo de Tarso também pode ser assim anunciada: o nosso baptismo é o nosso nascimento; o nosso “sacrifício a Deus” e a nossa “acção de graças” é a nossa própria vida; e a nossa morte será o acontecimento definitivo para a ressurreição.
E tudo isto porque a Encarnação de Deus em Jesus Cristo abarca toda a história humana e o próprio universo, que são destinados à ressurreição. Nada fica de fora: nenhum tempo e nenhum lugar.

Deus não faz acepção de pessoas. Deus é tudo em todos. Não há judeu nem gentio, nem senhor nem escravo…

Todas estas proclamações são o eco da Encarnação de Deus em Jesus Cristo. Perder de vista esta teologia fundamental do cristianismo significou, ao longo de dois mil anos, andar a discutir e até matar, para saber quem era o chefe da Igreja, se os não baptizados tinham direito à salvação; se os índios tinham alma; se as mulheres podem ter acesso ao sacerdócio; se os padres podem casar; se o latim é a língua dos anjos e o gregoriano a música do paraíso…

De facto, a Igreja via no latim e na música sacra uma forma de garantir a unidade eclesial Quando a unidade devia assentar, em primeiríssimo lugar, na simples pertença ao género humano, que, por sua vez, pertence a Cristo.

E S. Paulo foi tão divinamente explicito: ser homens é ser de Cristo, mesmo que o não saibam. A urgência sentida da sua pregação –“ai de mim se não evangelizar!”- era para anunciar aos homens sem rumo que afinal estavam salvos e não sabiam disso. Viver a vida -esta vida- era, afinal, o caminho para a ressurreição.

Tão profundo e tão dramaticamente simples que gerou tanta confusão.

23 junho, 2012 09:12  
Blogger Lima said...

Mário, vamos lá a ver se consigo abranger melhor a coerência das ideologias que defendes. Por um lado colocas-te em progressista entusiasta, proclamando a normalidade e legitimidade da homossexualidade, integrando-a na necessária dignidade da construção do homem, e aí sigo-te até certo ponto. (Não resisto em fazer a aproximação da tua ideologia, neste ponto, à de Wilhelm Reich, o aluno crítico de Freud, que criou a associação Sexpol por volta dos anos 1930, onde defendia uma espécie de Planing familiar actual, no qual, já na altura promovia ousadamente entre outras recomendações: o acesso aos contraceptivos, a ajuda generalizada ao IVG, igualdade entre casados e solteiros, supressão da palavra “adultério”, banalização do divórcio, etc, etc. Um largo programa em favor da libertação sexual da sociedade e da emancipação da mulher. Só não consta da lista o casamento homossexual, prova que as ideias progressistas não param.) Ora, como dizia, sigo-te até certo ponto e compreendo que a evolução do ser humano é e deve ser permanente. A minha ideia, no entanto é que ela deve favorecer, além do bem estar das pessoas, a ética necessária à elevação do homem como ser inteligente e superior vivendo em comunidade. E isso nem sempre acontece. Hoje, a evolução é sobretudo orientada para o umbigo do individuo, esquecendo muitas vezes que esse individuo faz parte de uma sociedade sem a qual a sua existência se tornaria problemática.

Mas, voltando ao princípio: progressista por um lado, (corrige-me se estou a inventar), e por outro defensor incansável de uma determinada ideia de salvação do género humano, assente em construções filósofo-teológicas que a luz do progresso e a poeira dos séculos não deixa de ofuscar.

Para mim trata-se de dois extremos. Extremos e opostos.
Eles são conciliáveis?

23 junho, 2012 16:46  
Anonymous Mário Neiva said...

Como é bom e salutar conversar com os amigos e sem tabus, acerca de todos os assuntos. O que sinto nestas alturas é como se fosse iniciar um jogo que, seja qual for o seu desfecho, nunca vai beliscar o que é fundamental na nossa condição humana: a amizade, a compreensão e a boa vontade mútua, na expectativa de aprender mais. E fazê-lo de forma consciente, como só nós humanos somos capazes de o conseguir. Esta é a realidade que faz de nós aquilo que nos distingue da lei da selva e da lei do mais forte, associadas à da luta pela sobrevivência. Claramente, na "discussão entre amigos", atingimos e experienciamos o patamar que transcende a animalidade que também seremos sempre.
Esse novo, humano e transcendente patamar é assim como continuar a comer de tudo para nos alimentar, mas fazê-lo "à maneira humana", isto é, com todos os requintes proporcionados pela arte e pela ciência da culinária.
Sendo a humanização das formas de nos alimentar-viver um novo patamar, é natural que postule uma nova ética e um novo ordenamento jurídico. E é então que tomamos consciência aguda dos "extremos e opostos " que tu, meu amigo Lima, referes no final do comentário.
Hás-de convir que nada é mais oposto, extremo e chocante, que a visão, por um lado, de um dos nossos antepassados das cavernas desbastar à dentada um coelho acabado de caçar e, por outro, o chefe Loureiro da nossa selecção servir um "coelho à caçadora", soberba e sedutoramente cozinhado, deixando adivinhar sabores insuspeitados nos aromas que se antecipam à degustação.

Num outro olhar mais profundo e sério, nada mais chocante, extremo e oposto, no confronto das leis esclavagistas ou da inferiorização da mulher, de outros tempos , com as nossas leis baseadas nos direitos universais da pessoa humana.

Este preâmbulo todo, amigo Lima, para estar em posição de responder à pergunta com que fechas o comentário: "Eles (os extremos e opostos) são conciliáveis?".

Já percebeste que a minha resposta é "sim".
Mesmo que a conciliação precise de anos, séculos ou milénios para acontecer.

24 junho, 2012 09:06  
Anonymous M'ario Neiva said...

E agora com o amigo Lino Vinhais.

Sempre que se chega a um novo patamar de humanização, que vou olhar aqui como um novo patamar de compreensão e respeito pela diferença, não basta, para harmonizar a sociedade humana deste novo patamar, a simples compreensão e respeito. A nova ética (comportamento) que emerge neste novo patamar exige um novo ordenamento jurídico, precisamente para integrar a realidade emergente. Só assim a lei cumpre a sua função de conciliar e harmonizar as mais diversas diferenças dentro de uma sociedade.
Respeitar e compreender nunca poderão ser tomados como sinónimo de "tolerar", porque a tolerância não é lei e sem leis uma sociedade não se aguenta.
Porém, a tolerância é importante como o primeiro passo na fase para a transição de uma realidade para outra. Assim, reportando-me ao assunto que nos trouxe aqui, tolerar a homossexualidade (ou a mini-saia ou os anticoncecionais) é o primeiro passo para a sua legalização e para conciliação da sociedade, neste domínio.

24 junho, 2012 09:41  
Anonymous Anónimo said...

Já todos reparamos que este blog passa, num instante, de monólogos a diálogos "teofilosóficos" pesados e com muitas dificuldades de se fazerem perceber.
Se, muitas vezes, quase parece uma sala de aulas, outras vezes assemelha-se mais a comícios políticos, onde todos falam, falam, mas pouco dizem de interessante.
Mas, a base comum, é sempre a mesma:
"tentam dissecar teorias, sem passarem da boa vontade...
Até um dia destes

24 junho, 2012 15:30  
Blogger Lima said...

Caro Anónimo, a boa vontade é o primeiro passo para a compreensão...

24 junho, 2012 17:34  
Anonymous Mário Neiva said...

O comentário do anónimo parece sofrer do mesmo mal dos outros comentadores do blog. A diferen4a está apenas no facto de o anónimo tentar "dissecar" o próprio blog...e também nâo ir além da boa vontade.
E se o anónimo não explica porque os dialogantes do blog não passam da boa vontade, eu vou explicar porque o anónimo nos está a dissecar com faca mal afiada.
Assim, não é verdade que estejamos a "dissecar teorias". O que fazemos é partilhar as ideias que temos sobre os assuntos que chegam ao blog.
Tão pouco os desabafos políticos se assemelham, sequer, a comícios "onde TODOS falam, falam...". Tal afirmação, face ao que tem estado em cima da mesa, é fantasiosa.
Já dou razão ao anónimo, quando alega que os diálogos teofilosóficos são pesados e dificeis de perceber. Ninguém é perfeito, caro anónimo, e cada um dá o que pode e como sabe. Mas diga lá se nâo é melhor assim, que nada!

25 junho, 2012 08:03  
Anonymous Mário Neiva said...

A homossexualidade é uma abstracção. O que é mesmo real são pessoas homossexuais. Já o disse. E agora lembrei-me de ilustrar esta afirmação com um pequeno trecho do filósofo e teólogo Hans Küng , extraído da sua obra “O Princípio de Todas as Coisas”.

“…O homem com formação científica poderá continuar a falar metaforicamente de “alma”: negativamente (uma casa sem alma) ; antiquadamente ( uma aldeia de 500 almas) ; poeticamente (a alma da Europa); liturgicamente (a minha alma alegra-se no senhor); ou modernamente abreviado SOS: “Save Our Souls” (salvem as nossa almas).(…)Hoje em dia, em vez de falarmos de uma “alma” séria, fiel e boa, falamos antes de um “homem” sério, fiel e bom; também para o pastor contemporâneo “de almas” se trata antes de mais da totalidade corpórea do homem e não somente da sua dimensão imortal.(…) Ou seja…não é nem alma nem apenas o cérebro, mas um homem, na sua totalidade, que respira, experimenta, sente, pensa, quer, sofre, age: o “eu”, uma “pessoa”.
“Em conformidade, o corpóreo e o psíquico nunca -nem sequer em sonhos- podem ser considerados isoladamente.
“Muitas características (ou pelo menos disposições) corpóreas e psíquicas, ligadas aos cromossomas dos progenitores, são dadas a cada indivíduo logo no berço”. (fim de citação)

O que afirma este filósofo e teólogo é a “voz corrente” acerca da actual ciência antropológica. Esquecer que, no passado recente ou remoto, a simples crença, a filosofia e a teologia não assentavam numa determinada “ciência antropológica”, a possível, nesse tempo, do saber acumulado, é desconsiderar a História Humana de forma trágica.

Ora, as leis fazem-se para regularizar, integrar e harmonizar as pessoas dentro das suas comunidades, à luz da nova antropologia, mesmo que isso tenha de significar roturas com o passado. A alternativa é reprimir as diferenças herdadas ou, numa versão mais “soft”, tolerar mas deixar à margem da lei, fazendo sentir, necessariamente aos “diferentes” a discriminação social. E depois é ver os próprios autores da marginalização entoar o slogan, mentiroso na sua boca: “todos diferentes, todos iguais”.
Quem souber, explique-me: porque não, perante a lei, numa altura em que até já se avançaa para os medicamentos “personalizados”?!

Alguém fará ideia de quantos homossexuais vivem o drama da sua homossexualidade marginalizada e clandestina? Iremos sabê-lo quando lhes fizermos saber e sentir que os consideramos seres humanos tão dignos quantos nós próprios.

Uma nota importante: perversão e crime não são inerentes à homossexualidade, como muitos tentam fazer passar. Perversão e crime são comportamentos, ou seja, aquilo que fazemos com a nossa vida, consciente e deliberadamente.

Se um crente disser que alguém “nasce perverso” está a condenar o Criador ou, em alternativa, a inventar mil desculpas para o absolver da “má-criação”...

25 junho, 2012 10:17  
Blogger Lima said...

Começo onde terminaste, Mário: “Se alguém “nasce perverso” está a condenar o Criador”.
Se não quisermos seguir cegamente ideias preconcebidas temos de substituir aqui Criador por Natureza. Os conhecimentos de que hoje a ciência dispõe apontam todos no sentido de que o homem é um puro produto da Mãe Natureza. Abundam os exemplos de que, se o ser humano é obra de um Criador capaz de dar a vida, a sua criação não é obra isenta de defeitos, de falhas, e mesmo de perversidade. Nem é preciso exemplificar, basta estender a vista sobre as misérias do mundo. E não me digam que a culpa está e vem da própria humanidade porque um dia cometeu um suposto pecado original. O mais lógico para um entendimento esclarecido, é que, se Criador houve, Ele criou e abandonou a criação à sua sorte.

Guardo, no entanto a minha ideia, enquanto não me convencerem do contrário, de que o ser humano é filho da Natureza e irmão dos outros animais. E a Natureza não é perfeita. Ė bela, complexa, organizada, é o resultado de milhões de anos de evolução, a consequência do acaso e da necessidade, mas não atingiu ainda a perfeição, nem certamente a atingirá jamais, pois o erro é uma das suas componentes.

A homossexualidade tenho-a como uma distorção às leis fundamentais da Natureza. Uma disfunção no sistema primordial do ser vivo que é a continuidade da espécie. Se esta disfunção é inata ou adquirida é, para mim, um ponto obscuro, que terá de ser esclarecido antes de abordarmos uma reflexão sobre o assunto. De facto a discussão não pode ser a mesma se partimos do principio que a tendência homossexual já estava no individuo à sua nascença ou é o resultado da sua vivência na sociedade. E não se trata de condenar ou de absolver. O essencial é compreender. Compreender como e porquê o desvio existe. Desvio à normalidade, à lei natural da vida que permitiu a nossa vinda ao mundo. O ser humano, como praticamente todos os outros animais, saiu vencedor dos contratempos da história da vida, devido ao facto de ser uma entidade dupla e complementar, duas metades que fazem um, separadas mas dependentes.

Pessoalmente não condeno nem defendo os homossexuais. Considero que têm o direito de dispor como entendem das suas pulsões que, em fim de contas, sendo estritamente íntimas e pessoais, a essa própria especificidade se devem restringir. Não compreendo por que motivo um indivíduo tem necessidade de fazer reconhecer pela sociedade a sua diferença, o seu desvio à normalidade. A sociedade soube, através dos tempos, viver com a anomalia sem necessitar de lhe dar um estatuto, ou leis para a reger. A tendência actual da sociedade para reconhecer, legalizar e legislar sobre esta questão velha como o tempo, integra-se em determinadas ideologias, surgidas em meios minoritários mas suficientemente fortes para imporem pela força, material e/ou intelectual, os pontos de vista que favorecem os seus interesses.

Os homossexuais não me incomodam, mas a sua institucionalização interpela-me.

25 junho, 2012 17:33  
Anonymous Mário Neiva said...

Lima, a tua citação inicial está truncada e altera o sentido do que eu escrevi. Ora vê lá.

25 junho, 2012 20:29  
Blogger Lima said...

Tens razão Mário. Não a transcrevi integralmente pelo facto de ela se achar duas linhas acima do meu texto, portanto visível pelo leitor. Quanto ao sentido alterado admito-o se considerarmos apenas a primeira linha do texto, pois repara que o parágrafo que segue se dirige implicitamente aos crentes.

25 junho, 2012 21:48  
Blogger Lima said...

Há coisas que por força da banalização tornam-se transparentes para o utilizador.
A escrita é uma delas.
Não quero dizer que não o saibamos, mas às vezes é bom relembrar:

- A escrita é uma mensagem codificada dirigida a um eventual leitor.
- Basicamente é uma linha de transmissão entre um emissor e um receptor.
- Se não podemos duvidar da integridade da transmissão, o mesmo não podemos dizer do emissor e do receptor.
- O primeiro porque não pode garantir que a mensagem emitida seja o espelho fiel da ideia que a originou.
- O segundo porque utiliza o seu próprio dicionário para a decifrar.

27 junho, 2012 11:02  
Anonymous Arre-Burro said...

Como diz o outro PALHAÇO " raramente me engano e nunca tenho dúvidas " .Dizer que temos nós um estúpido destes no topo da república!
VENHA O REI, já faz falta desde o 25 de Abril.

27 junho, 2012 23:46  
Blogger Augusto said...

Caríssimos:
Não me ocorreu, efetivamente, que houvesse quem acedesse aos comentários diretamente. Disso me penitencio. Aqui fica o meu pedido de desculpas. Agora os comentários seguem em “Lugar da Palavra VI”. Abraço. Augusto.

28 junho, 2012 18:24  

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