Nome:
Localização: aaacarmelitas@gmail.com, Portugal

21 de maio de 2011

SEM COMENTÁRIOS
IV 

Espaço disponibilizado para a continuação da troca de ideias, informações, comunicações, testemunhos, etc., que qualquer um possa ter para partilhar com os outros visitantes desta comunidade, nomeadamente Antigos Alunos do Seminário Missionário Carmelita, da Ordem do Carmo em Portugal.
Aconselha-se a deixar o SEM COMENTÁRIOS III e a passar para este espaço, pois o outro está a atingir o limite da sua capacidade.
Em 9 de Abril passado, ocorreu a Assembleia-geral Eleitoral, cuja acta aqui reproduzimos para divulgação dos nomes dos novos Corpos directivos da AAACARMELITAS. 
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ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL

No dia nove de Abril do ano de dois mil e onze, pelas dezoito horas, após a Assembleia Geral Ordinária para hoje convocada reuniu, em Assembleia Geral Extraordinária, na Casa Beato Nuno, em Fátima, a Associação dos Antigos Alunos do Seminário da Ordem Carmelita em Portugal, sob a orientação do presidente da Assembleia Geral, nomeado ad hoc, Benjamim Fernandes de Almeida, na ausência do titular e com a presença de mais vinte e cinco associados e do secretário da mesa Américo Lino Vinhais, com o único objectivo de escolher os titulares dos Órgãos Sociais e da Mesa da Assembleia Geral.
Foi então a Assembleia questionada pelo seu Presidente no sentido de serem apresentadas listas à votação, uma vez que até ao início desta reunião nenhuma havia sido apresentada.

Dada a palavra ao Presidente da Direcção cessante este esclareceu que a anterior não se apresenta nem aceita qualquer cargo, referindo que, contudo o presidente da Assembleia Geral anterior manifestou interesse em continuar.

Depois de algumas intervenções de circunstância concluiu-se que seria melhor suspender os trabalhos por dez minutos, para que se encontrassem elementos dispostos a prosseguir e dar corpo ao que se estipula nos Estatutos da Associação já aprovados, o que se fez.
Recomeçados os trabalhos continuou o impasse até que foram surgindo alguns candidatos que, no seu conjunto foram suficientes para constituir uma nova direcção que ficou assim constituída, após votação por unanimidade:

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL: Presidente: Joaquim Vilela de Araújo; Secretários: António Abreu Pereira e António da Silva Costa.

CONSELHO FISCAL: Presidente: António Fernandes da Silva; Vogais: Alexandre Augusto Dias Sampaio e Manuel Vaz Alves.
DIRECÇÃO: Américo Lino Vinhais, João Baptista Martins, José Joaquim Silva Cachetas e Evaristo Silva Domingues, sendo o primeiro o presidente e entre si definirão os pelouros de cada um.
O Presidente da Direcção cessante felicitou os eleitos e desejou-lhes boa sorte; o até aí dirigente Durães leu uma mensagem especial para o também dirigente Coelho, que se emocionou, tendo-se decidido publicar o texto no blog da Associação.
Finalmente o Gameiro propôs um voto de louvor à Direcção cessante, em especial ao seu Presidente Augusto Castro, que foi aprovado por unanimidade e aclamação.
E não havendo mais nada a tratar, o presidente deu por encerrada a reunião, da qual se lavrou a presente acta, que vai ser assinada por ele e por mim, secretário, que a escrevi.
Américo Lino Vinhais


56 Comments:

Anonymous Mário Neiva said...

Força,Lino e companheiros da Direcção!

21 maio, 2011 22:56  
Anonymous Mário Neiva said...

A Ressurreição e o Casamento

Quem diria que em S. Paulo estes dois temas estão intimamente ligados! Mas é um facto e quem não percebeu isso farta-se de dizer disparates, chegando ao ponto de acusar S. Paulo de misógino ou sugerir mesmo a sua homossexualidade.
Este gigante do cristianismo legou-nos aquilo que eu considero uma das afirmações mais belas e profundas da relação entre um homem e uma mulher. Está na I Carta aos Corintios, no cap. 7, ver. 4: “A mulher não dispõe do seu corpo; mas é o marido quem dispõe. Do mesmo modo, o marido não dispõe do seu corpo; mas é a mulher que dispõe”.
Antes de se apressarem, os machistas e as feministas, a atirarem-me com um sapato à cabeça lembrem-se de que para este imenso Apóstolo não existem corpos e almas, mas homens e mulheres. E assim, aquela frase de S.Paulo não quer significar outra coisa senão isto: pelo casamento e de livre vontade a mulher entrega a sua vida ao homem e o homem entrega a sua vida à mulher. É exactamente isso que os apaixonados dizem um ao outro: amor, tu és a minha vida, dou-te a minha vida!
Desculpem, meus amigos, mas estas duas frases são tão antigas como o amor apaixonado entre um homem e uma mulher e tão actuais como o amor verdadeiro.
Quem encara o casamento em termos de animalidade, considerando que o homem é uma alma que se arrasta penosamente atrelada ao estupor de um corpo selvagem, nunca há-de entender a profundidade do amor conjugal de que fala Paulo de Tarso.
Quanto à maneira de traduzir, na prática, esse amor, se lerem tudo com atenção , acabarão por ouvir ressoar a “lei” única que o fascinou: ama; e faz o que quiseres.
E facto, quanto ao “modus faciendi” Paulo não inovou, limitando-se a seguir a tradição judaica e a evocar a criação do Génesis para justificar a “hierarquia” entre o casal: a mulher foi criada depois, e retirada de Adão. Mas isso de modo nenhum a torna inferior ou lhe reduz os direitos, como se vê naquela declaração que citei.
Quase todos, clérigos, leigos e laicos, se inebriaram com o relato do Génesis que diminui a mulher e só os apaixonados professaram a doutrina do amor conjugal de Paulo de Tarso.

21 maio, 2011 23:06  
Anonymous Mário Neiva said...

(Continuação)

Paulo também não inovou nas leis que regulavam as sociedades noutros domínios, por exemplo, quando afirma que “cada um permaneça no estado em que o Senhor o chamou”. Assim, apela ao escravo que respeite o seu senhor e ao senhor que respeite o seu escravo.
Claro que também não é a aprovação da escravatura mas o anúncio da ressurreição.
Porquê este realíssimo e reiterado desinteresse de S. Paulo pelas leis vigentes? Por uma razão tão simples e que decorre do seu evangelho: a iminente vinda do Senhor Jesus e consequente ressurreição dos mortos e transformação dos vivos.
Falta tão pouco, porquê preocupar-nos com essas minudências…
E depois, nesse dia a esperança acaba e a fé acaba; só o amor transita para a incorruptibilidade da ressurreição. Assim sendo, o amor é a única “lei” que deve vigorar no casamento, porque é a única que subsiste na eternidade.
Compreende-se, agora, porque é que S. Paulo aconselha a fazerem como ele: quem não tem mulher,, deixe-se ficar assim, celibatário, não porque isto seja uma virtude especial mas por que está iminente a ressurreição.
Também aqui foram dois mil anos a “meter água” por todos os lados. Até eu queria ser frade, Paulo!
Notem bem que S.Paulo está a afrontar a mais sagrada tradição judaica, a procriação, e o mandamento divino desde a Criaçâo: crescei e multiplicai-vos!
Paulo foi genialmente provocador, depois que foi ”arrebatado ao terceiro céu; no corpo ou fora dele, não o sei, Deus o sabe”. Não deixou pedra sobre pedra do monumento de leis e tradições sagradas, arriscando a vida vezes sem conta.
A Igreja que o venera entre os seus maiores tão mal o tem compreendido. Mas preservou intacto, nos seus dogmas fundamentais, a preciosidade do evangelho da ressurreição, que torna a sua doutrina e a sua fé transparentes como a água das montanhas.

21 maio, 2011 23:08  
Blogger Mario Neiva said...

Este comentário foi removido pelo autor.

23 maio, 2011 11:52  
Blogger Mario Neiva said...

Numa entrevista para o jornal ingles The Guardian, publicada em 16.05.2011, este físico de renome mundial propõe sem rodeios as suas ideias acerca da vida humana. Começa com uma alusão à paralisia que o afecta há muito tempo: “Vivi durante os últimos 49 anos com a perspectiva de uma morte iminente. Não tenho medo da morte, mas não tenho pressa de morrer. Há tantas coisas que eu queria ainda fazer”.
“Eu considero que o cérebro é um computador que cessa de trabalhar logo que os seus componentes se avariam. Não existe paraíso ou vida depois da vida para os computadores avariados; é um conto de fadas destinado àqueles que têm medo do escuro”.
Perguntado, então, “porque é que nós estamos aqui?”, remete a resposta para uma conferência que terá lugar em Londres, mas vai adiantando que “ínfimas flutuações quânticas no começo do universo semearam os germes da vida humana”.
Se nos colocarmos numa perspectiva de “fim da ciência” e que, com Hawking, está tudo descoberto, pensado e dito, só nos resta ficar vergados a essa verdade total e definitiva. Não é, de maneira nenhuma, o que está a acontecer.
Mas não vale a pena tentar “dourar a pílula”, porque a desagregação e desintegração do conjunto prodigioso constituído pelo nosso corpo e nosso cérebro é uma realidade inelutável e tudo o que a ciência pode fazer e faz é tentar preservar-lhe a vida e eficiência por um tempo mais longo possível. Aliás, as ciências têm como objectivo último essa preservação, ciente de que dela depende a existência do individuo e o futuro da humanidade.
Desvalorizando, na prática, o facto de a maior parte das pessoas acreditar na vida depois da vida, a ciência luta em cada dia, no silêncio dos laboratórios, por mais e vida e mais qualidade de vida, para este conjunto corpo-cérebro.
Convenhamos que não faria sentido lutar tanto pela vida que temos, se a ciência tivesse a certeza acerca da “vida depois da vida” e que essa vida fosse precisamente o paraíso, ou seja, o cúmulo de tudo aquilo com que poderíamos sonhar.
A situação criada é paradoxal. Por um lado a ciência de Hawking afirma que já somos tudo o que é possível ser, ou seja, um monumental fogo-de-artifício e, por outro, a mesma ciência aparece na linha da frente a dar tudo por tudo como se, também, na prática, não acreditasse termos chegado ao “fim da linha”.
Numa perspectiva de “fim da cência”, a ética e a moral seriam relativizadas até ao limite da indiferença e frieza com que legislaríamos para meros computadores. E nenhum obstáculo se colocaria ao poder da ciência de um grupo com poder económico ou outro qualquer.
Como dizem muitos cientistas da actualidade, avisada e sabiamente, decretar o “fim da ciência” é liquidar os sonhos da Humanidade.
A certeza de Hawking é apenas a sua certeza. O que nos fez chegar ao que “somos” pode ser bem mais que meras “ínfimas flutuações quânticas”. E a ciência, na prática, ignorando quaisquer limites, continua a investigar. Quem não suportar a expectativa, pois que se acomode a Hawking e morra em paz. Em alternativa, creia na “ ressurreição cristã” ou na “ imortalidade da alma”.
Só devia ser proibido, mesmo, parar a caminhada e a demanda do “santo graal”…

23 maio, 2011 12:03  
Anonymous Anónimo said...

Valha-nos Nossa Senhora do Carmo e amigo Beato Nuno, para nos livrar destes corruptos despudorados que nos mentem a toda a hora, com os dentes arreganhado, como cães raivosos faminhtos dos ossos do país, porque pelos vistos, a carne desapareceu democraticamente repartida.
Se Deus existe e zela pelo bem dos seus filhos que lutam por uma vida digna, qual será o lugar destes FP que vivem apenas para roubar o próximo, valendo-se de mentiras, promessas e beijos, distribuidos pelos pategos que os seguem.Deviam sim, escarrar-lhes no foçinho, em vez de os seguirem como uma carneirada bué de contente, como dizem os mais novos. É certo que muitos mamam umas jantaradas e almoçaradas, mas será que isso paga os sacrifícios que vamos ter pela frente?
Será que Portugal ficou reduzido à incompetência de uns fraldiqueiros que sabemos que não valem nada? Afinal tudo aquilo que era imprescindível para o desenvolvimento da nação, já nem ouvimos falar!Agora só são precisas as acusações mútuas?
Esclareçam as pessoas do que pensam fazer, seus FP!
Porque será que o Presidente, quando é abordado se mostra tão risonho, quando nesta altura o país precisava de uma cara de cavaco negro , para espelhar a situação do país!
O palhaço do 1º mascoto, aprendeu a repetir a mesma coisa ao longo destes últimos dias. Anda perdido, mas tem ainda a esperança de voltar a delapidar o que resta do desgorverno que fez.
Os outros não serão melhores, mas diz o povo e com razão; " quem muda Deus ajuda ". Vamos ver!
Nossa Senhora do Carmo e amigo Beato Nuno, rogai por nós, para que pelo menos restem umas migalhas para os nossos filhos e netos que não têm culpa de sermos governados por mentecaptos.

25 maio, 2011 06:15  
Anonymous Mário Neiva said...

Este anónimo entrou de peito cheio e saiu de vesícula vazia: a bilis ficou cá toda!
Também para isto serve um blog. Não desanimes, que o mundo dá muitas voltas.

25 maio, 2011 23:54  
Anonymous Anónimo said...

Isso é o que te parece, não preciso disto para desopilar e pensar o que mesmo que os mais ignorantes observam, nestes dias de fantochada pegada, por todo o país moribundo.
Desanimar eu? Estás enganado, meu caro, para mim vai chegando, mas mete-me nojo o vazio de ideias que esses malandros de meia tijela, passam o tempo a repetir mentiras que muita gente certamente vai pensar que são verdades, de tanto falarem na mesma coisa que é o mesmo que nada.
Uma vez mais, valha-nos Nossa Senhora do Carmo e amigo Beato Nuno, para dar coragem aos mentirosos, a mudarem de rumo e de linguagem, falando a verdade e só a verdade, porque mal, todos sabemos que está o país! Haja um milagre!

26 maio, 2011 10:50  
Anonymous Mário Neiva said...

Com o meu ”muito obrigado” ao Lima Barbosa

Acabei a leitura da obra de Alain Decaux sobre S.Paulo, L’Avorton de Dieu. Posso garantir-vos que foi uma preciosidade que o nosso colega aa Lima Barbosa me colocou nas mãos. Quando ele voltar a Portugal, de férias, em Julho, como me informou, poderei devolver-lhe a obra que me deixou encantado.
Tal como outros autores que escreveram sobre S. Paulo, também Decaux considera a epístola aos romanos como o verdadeiro testamento do Apóstolo. Não contendo ela todo o ensinamento de Paulo, encerra, porém , o coração da sua teologia.
Vem colocada em primeiro lugar na ordem atribuída às suas cartas canónicas, mas foi a última a ser redigida. Talvez por isso seja como que uma súmula da sua filosofia e teologia.
Um pormenor que muitos podem desconhecer é o facto de, contrariamente às outras suas cartas, esta se destinar a uma “eclesia” que ele não tinha ainda evangelizado! Anota Alain Decaux que S.Paulo escreveu a epístola como se estivesse, de facto, a dirigir-se a uma “eclesia” universal. Não esqueçamos que Roma era o coração do Império Romano e no tempo de Paulo de Tarso o mundo era Roma…Não podia deixar de ter presente que nascera na província romana da Silicia, ( na actual Turquia), estudara em Jerusalem, na província romana da Palestina, e agora estava a dirigir-se para a cabeça do Império- Roma. Até onde conhecera e pudera caminhar, por mar e terra, tudo era mundo de Roma.
Em Paulo de Tarso terá nascido a convicção de que ao Deus único do seu judaísmo correspondia o mundo-império único de Roma.
Tudo começara em Adão e Eva, todos haviam sido purificados na encarnação e sangue do Senhor Jesus, todos foram irmanados, nele, por ele e com ele, para a ressurreição futura. Sem renegar uma vírgula da fé dos seus antepassados, percebeu que era a hora de esquecer o que separava os filhos dos homens em Adâo e os filhos de Deus em Jesus Cristo. Todas as leis, todos os cultos, todos sofrimentos e todas os anseios da humanidade foram um tactear do caminho até à plenitude da vinda do Filho de Deus, o Senhor Jesus. E todos tinham que conhecer, urgentemente, esta revelação e boa-nova. Sujeitou-se a perigos sem conta, enfrentou a raiva dos seus irmãos judeus e dos próprios judeus-cristãos, pregou sem descanso.
Para este homem singular, de coragem extrema e genial, tudo era claro, simples e perfeito. Não podia deixar de anunciar “urbi et orbi”.

28 maio, 2011 06:54  
Anonymous Anónimo said...

Olá.amigos.
Arranjei agora um bocadinho de tempo para entrar em contacto convosco. Parece-me que o Blog anda pouco frequentado e eu, confesso-vos, também não disponho de grande tempo para o utilizar.
Mas hoje venho participar já que, aqui em Mirandela, houve qualquer coisa parecida com os nossos encontros.
Costumo normalmente ir à missa das 7 da tarde, mas hoje lembrei-me de ir às 11 aqui na Paróquia de S. BENTO, a que pertenço. E fiquei muito admirado por ver lá tanta gente, a igreja paroquial completamente cheia. Como era dia de comunhões pensei para comigo: "...deve ser a família das criancinhas que fazem a 1ª comunhão"
Mas não era. Entra pela porta principal a procissão com a cruz, os acólitos, o nosso pároco e outro padre, as crianças em 2 alas e o coro. Tudo muito lindo com cânticos.
E mal começa a missa, o nosso pároco dá as boas vindas aos "Antigos Alunos Beneditinos de Singeverga" e ao Rev. Doutor Geraldo, Professor da Universidade Católica, que concelebrou a eucaristia. Foram eles, antigos alunos, que cantaram em Gregoriano o Kyrie, Glória, Sanctus e Agnus Dei, sendo o restante cantado pelo coro da paróquia.No fim da missa aguardei
e entrei em contacto com eles e logo por sorte e grande espanto meu, o regente do coro e um dos principais organizadores era o Sr. Dr. Abílio Marques, antigo Director do Instituto de Formação Bncária, meu velho conhecido, que talvez alguns dos colegas bancários também conheçam. Ficamos ambos satisfeitos por nos reencontrarmos numa situação desta e ele esteve-me a dizer que, normalmente, o encontro deles é uma excursão a qualquer igreja ou antigo convento que tenha a ver com a ordem beneditina ou S. Bento. Este ano vieram a Mirandela, à Paróquia de S. Bento, e depois do almoço iriam para Murça, localidade em que existiu um convento beneditino onde actualmente está instalada a Câmara Municipal. Referiu também que, ente outras localidades, já estiveram em Alcobaça, Lorvão, Cabeceiras, Alpendurada, Travanca, Arouca, Tibães, Cucujães, Tarouca e Pitões de Júnias. Tiveram pena de não poderem ter ido ainda a Castro de Avelãs, arredores de Bragança.
E porque trago isto ao v/ conhecimento? Porque é um encontro diferente do nosso e também uma maneira agradável de conviverem entre si.

Um abraço.
Emídio Januário

29 maio, 2011 19:45  
Anonymous Mário Neiva said...

Olha, Emidio, no que dá mudar velhos hábitos...
Singeverga traz-me a lembrança do meu noviciado. Fomos lá em passeio, com o Pe Prior, que fazia de "cicerone" à meia dúzia de noviços, cansados da viagem, mas curiosos e contagiados pelo entusiasmo do Pe Casimiro com tudo o que era monumento ligado à história da arte da cristandade lusa.
Singeverga, pois, e mais memórias.

29 maio, 2011 22:11  
Anonymous Mário Neiva said...

S. Paulo e o Erro de Martinho Lutero

I

Nenhum teólogo pode isolar um versículo ou até um capítulo inteiro, do conjunto da obra de um autor bíblico, para tirar conclusões sobre a doutrina proposta. Mas Lutero fez isso com S. Paulo e provocou uma grave cisão dentro do cristianismo. O ano de 1515 foi o ano da discórdia.
Frade Agostinho e professor de filosofia na universidade de Wittenberg, estava revoltado com a prática pecaminosa da hierarquia da Igreja, que decidira declarar propriedade sua os espaços do paraíso e vendê-los em lotes aos fiéis que tivessem dinheiro para pagar a bom preço, com tanta ou mais desenvoltura e proveito como a que os presidentes das juntas de freguesia nos vendem um talhão no cemitério. Para isso, os pecados eram remidos a prata e ouro, muito mais que pelo arrependimento sincero e penitências disciplinares.
Lutero decide não só denunciar essas práticas, indígnas do Evangelho, como também questionar a teologia da Igreja. Agarra-se a um autor do NT, S.Paulo, a uma das suas cartas, a um capítulo e a um versículo. É a Carta aos Romanos, capítulo III, versículo 28. Tudo o mais que S. Paulo e o NT trouxeram ao cristianismo serviu apenas para enfeitar a sua tese…
Resumindo a tese luterana: o homem salva-se “apenas” pela graça da fé e não pela prática das boas obras.
De repente, uma teologia amadurecida ao longo de 1500 anos é posta em causa e Lutero convence-se que é ele quem interpreta bem o Apóstolo e o NT.
No meu entender, comete um erro tão grande quanto evidente.
Lutero afirma, e muito bem, a gratuidade da “salvação”. De facto, nós não “merecemos” ser salvos. Deus o fez por um acto de amor e não para atender aos nossos pedidos ou para nos recompensar das boas obras praticadas. E S. Paulo é claro quanto a isso. Porém, do mesmo S. Paulo sabemos que a o princípio de toda a graça divina é o próprio acto da criação, primeiro em Adão e depois em Jesus Cristo, o “Novo Adão”. Esta segunda criação é nem mais nem menos que a ressurreição.
Temos assim que a “graça divina” é um acto de amor para com a humanidade e este amor fundamental é um acto criador.
Fica claro que a graça da criação e da salvação são pura iniciativa divina e não resultado das preces de quem nem sequer existia (!). E fica também claro que ninguém se “salva”, por mais patacas que introduza na caixa das esmolas e por mais missas que “encomende” pela remissão dos pecados.

31 maio, 2011 08:06  
Anonymous Mário Neiva said...

S.Paulo e o erro de Lutero


II

Onde está, então, o erro de Lutero?
Quase me apetecia dizer que se ele não fosse frade tinha percebido a sua falha fundamental. Habituado como estava, lá no convento, a um eterno monólogo com Deus, tudo se passando directamente entre ele e uma Divindade sem o rosto do mundo e da humanidade, não percebeu que no amor há sempre interacção entre duas pessoas, dando e recebendo, partilhando tudo: o afecto, a palavra, o pensamento, a alegria, a compreensão, o sonho; E o pão e o vinho e o agasalho; e o esforço, tantas vezes de suor e lágrimas, de uma vida vivida entre esperanças e desesperanças, que levará o próprio “Filho de Deus” a clamar: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?”
Lutero devia saber que o Deus cristão é uma comunidade de Pessoas Divinas, professada no dogma da SS Trindade. Só assim podia ser AMOR, dando-se, as Pessoas Divinas, umas às outras.
Devia saber que essa “Comunidade Divina” decidiu partilhar com a Humanidade a essência da sua própria vida, pessoal e amorosamente interactiva, pela Criação, pela Encarnação e pela Ressurreição.
Devia saber que os homens, em Jesus Cristo e por Jesus Cristo, tornaram-se “herdeiros” legítimos desse Deus, desse “reino de Deus”.
Devia saber que essa herança é a harmonia do amor e não um dote em talhões no paraíso.
Devia saber que nós seremos herdeiros do amor, amando!
Devia saber que a única forma conhecida de as pessoas se transformarem em amor é beijarem-se e abraçarem-se uns aos outros e partilhar todos os actos da vida comum: comer, vestir, abrigar, consolar, curar, alegrar, socorrer, cantar, brincar…
Devia saber que sem estes actos ou obras –chame-lhes o que quiser – ninguém nasce, ninguém cresce, ninguém poderá ressuscitar.
Devia saber que o amor não é um pensamento, uma intenção, uma oração intensa, uma luz imensa, uma fé grande de transportar montanhas, uma esperança maior que a certeza.
Devia saber que sem amor, nada vale, como canta, num hino magnifico, o mesmíssimo S .Paulo da “justificação pela fé.
Devia saber que o que vale mesmo e nos torna “iguais a deuses” é a resposta emocionada, activa e realizadora a quem, do mesmo jeito, nos dá a sua vida: a nossa esposa, o nosso vizinho ou irmão que está no outro lado do mundo.
Devia saber, enfim, que na bíblia o amor de Deus à Humanidade é evocado como o amor do Esposo pela Esposa. E nós sabemos como o amor entre dois apaixonados é profundamente activo e repleto de gestos de carinho com que se dão um ao outro, em cada hora do dia, em cada dia do ano, em cada ano da vida.
São as obras, Lutero, são as obras, e está tudo lá, em S. Paulo e nos Evangelhos. Partiste a Igreja ao meio sem necessidade e para te justificares esqueceste metade do Evangelho. Estavas coberto de razão nas tuas críticas à vergonha do “comércio divino” e continua de pé o teu protesto, mas já era tempo de reconheceres que a Igreja sempre foi muito “mais” que muitas das suas criminosas hierarquias, e que a sua teologia é um tesouro inestimável, com sabedoria preservado. Os crimes da Igreja têm sido reconhecidos ultimamente pelos seus máximos representantes, os Papas. Pena que o façam na expressão eufemística de “Igreja pecadora”, que ninguém chega a entender ao certo o que isso quer dizer.
Como se não bastasse à Igreja, que se reclama de Pedro e Paulo, a desgraça de deixar nas prateleiras uma fé divinamente humana como a que professa nos seus dogmas, vieram os protestantes, nestes últimos séculos, contribuir, eles também, para desviar a cristandade da essência da vida que, para ser divina, só pode emergir do amor, por obras concretizado em família e em comunidade. E o resultado é que todos “amam muito a Deus” nas suas orações fervorosas e ortodoxas ( as minhas, não as tuas!), enquanto se trucidam em guerras intermináveis.

Conclusão: Segundo a doutrina preservada nos Evangelhos de Pedro ou Paulo o homem não pôde nunca “merecer” a “graça” da sua vida.
Mas a vida recebida é a “graça” de nos podermos transformar no próprio paraíso.

31 maio, 2011 08:09  
Anonymous Anónimo said...

Sim,Mário Neiva, não basta arranjar um termo muito bonito, pedindo desculpa em nome da Igreja pecadora, se depois não há consequências lógicas de punição, REPARAÇÃO e sobretudo de Propósito de Emenda.Houve muitos erros cometidos ao longo dos séculos, só que como não eram totalmente assumidos por PESSOAS investidas ao abrigo do dogma da infalibilidade, mas sim por uma identidade abstracta que se chamava Igreja(que se auto-designava de Mãe e Mestra-)logo os castigos passavam para os desgraçados dos pecadores `às mãos dos inquisidores-mor.

Também nesta passagem do Credo..."Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica..." há muita reflexão a fazer, mas sempre com muita HUMILDADE principalmente para aqueles que DEVEM " estar ao serviço dessa mesma igreja"

31 maio, 2011 15:21  
Blogger Augusto said...

Este comentário foi removido pelo autor.

01 junho, 2011 21:54  
Blogger Augusto said...

Em “sem comentários III” o Lima pôs o seguinte comentário:

Lima said:
É de lamentar a paginação organizativa deste blogue. Merecia melhor!
01 Junho, 2011 20:40

A este comentário, respondi o seguinte:

Boa noite a todos:
Li com atenção o comentário do Lima, o que agradeço. Como a minha imaginação não é tão brilhante como eu desejaria e, considerando que a observação do Lima tem de fundamentar-se num conhecimento adequado de como deve ser uma boa “paginação organizativa”, agradecemos que partilhe connosco as ideias mais adequadas para uma melhor organização deste espaço. Assim todos poderão beneficiar do seu contributo. Bem hajas. Augusto Castro

01 junho, 2011 21:56  
Anonymous Mário Neiva said...

Acredito que o Lima Barbosa fale com conhecimento de causa: é programador informático. Mas se falou, agora tem de mostrar serviço. Concordo, Augusto.

01 junho, 2011 22:16  
Anonymous Mário Neiva said...

O Filho do Manuel Fodorico zangou-se comigo? Nunca mais apareceu...

01 junho, 2011 22:18  
Blogger Anonimus said...

Meu caro Mário, nem penses...

É imensa a insatisfação no campo das mentes , de onde não se pode colher nem lírios, nem grilos ou até mesmo o roxo que envolve o caixão, onde os mortos são enterrados, juntamente, com os segredos, sem que, a ninguém seja dado o poder de esquematizar na imaginação,o emaranhado que por dentro existe, sem desabrochar.
Refiro-me à atitude de um professor universitário que terminou os seus dias com um adeus e uma bala no ouvido! Com ele, a sua verdade...a que muitos fingem não carregar, mas dela, não se conseguem libertar. Que motivos o levaram a tanto? Nada se sabe. Nada se pode afirmar de verdadeiro, a não ser, algumas interpretações à luz das considerações. Na realidade, a verdadeira “estória” foi para o túmulo, descansará eternamente, sem que jamais alguém a possa desvendar. Muitos dizem:- “É a herança dos tempos modernos; a corrida para o universo das competições; o poder aquisitivo – “versus status social”- acima das possibilidades...? O vôo supersônico do dinheiro. O resultado desta corrida... corrida inútil, que somente aos cavalos compete atingir. A minha verdade, por exemplo, não é aquela verdade que os outros se apressam em adivinhar. Ela está comigo, é particular,exclusiva, com direitos reservados e intransferíveis. Não é passível de punição o que dela quiser se apoderar, sem antes penetrar no fundo da minha compreensão; afinal, temos ou não o direito ao que criamos? Ela está registada, patenteada e bem protegida, como qualquer outra parte do meu corpo. Alimento-me do que penso ser verídico e me alicio no pequeno espaço, onde guardo os meus segredos, contados a mim, por mim, trancafiados numa mala oblíqua, em que o acesso se torna difícil e a chave caminha nos latejos da fiação nervosa das paredes do meu estômago. As lamentações ao estilo bíblico; as fraquezas supérfluas; as atitudes grosseiras;os sofrimentos desarticulados,contornam o destempero dos males que ardem como arame desentupindo artérias,ao mesmo tempo,fisgam como minhocas as veias como que dançando uma valsa de “Strauss!. Esta é uma verdade posta aos analistas, de modo que a malícia apela para os adivinhos, cientes da certeza que têm de ascender aos corações intrusos que pagam qualquer preço pela irreal especulação. “Sou o que sou; isto não é tudo, mas eu sou!” Se alguém quiser saber a que me refiro, ponha-se dentro da pintura contemporânea e imagine o seu mundo estampado em revista de alta tiragem, em que os críticos tomados como conselheiros diriam de ti o que tu não ousarias dizer de mim, porque a imaginação é fértil e enfeita as criações, fantasiando os temas, embelezando as caricaturas. Muitos arrogam-se doutores, no entanto, percorrem com afã o caminho ora analisado, com a mesma disposição que projetam no tempo, o fruto da sabedoria emanada das idéias que levaram “Platão, Sócrates” e os demais pensadores a insistirem em delongados temas, nos quais, o amor a qualquer preço teria que sobreviver como ideia e verdade declarada à maneira como cada um defende a filosofia referendada pelos filósofos de qualquer tempo ou idade. Reafirmada, afixada, rebuscada, tornada pública e popularizada em “Shekespeare!”
A verdade, no meu ponto de vista é tudo que não pode ser refutável;
difícil de ser contestado e não se chega a ela , sem antes, apelar para o sentimento de justiça. Perguntei a um amigo: - “qual é a tua verdade? Ao que ele respondeu: -“Ah, meu amigo! Eu não tenho verdade. Sou um poço de mentiras, que uso nas minhas defesas pessoais; e quase sempre me saio muito bem e descontraído!” No íntimo ele está falar a verdade... a que muitos acreditam. Negando ou afirmando está a expor a sua crença dentro da sua realidade. Quase sempre a mentira burla a experiência, alojando-se no subconsciente - verdadeiro delator dos conflitos.
Para completar só resta dizer: “ A verdade de cada um está onde ele quer que ela permaneça, sem nunca vir à tona, total, parcial

02 junho, 2011 21:14  
Anonymous Mário Neiva said...

Pronto, estou mais descansado. Não vás embora, mesmo que aconteça, às vezes, eu te desgostar com a minha prosa. Sabes que não é por mal. Atrevo-me, isso sim, a correr riscos e errar na leitura, na análise, na conclusão apressada. Como bem dizes, entrar na verdade de cada um é pretensão vã. Embora eu pense que há um meio de encurtar distancias e penetrarr muralhas como nenhum outro: a confiança mútua que escancara as muralhas da nossa realidade única e irrepetível, quase fundindo sentimentos e emoções, no encontro que a gente chama de amor.
Aqui chegados, a este amor, derrubadas de livre vontade todas as barreiras e defesas, a sequência só pode ser a felicidade ou a morte lenta e penosa dos amantes. Se não for morte, será a agonia da solidão. E, normalmente, é a solidão que espera os desencontros, sem remédio, dos amores desfeitos.
O que mais encontramos à nossa volta são muralhas derrubadas, expondo vidas vazias, secas e moradas, farrapos de vida, que se arrastam como podem, à espera que o tempo passe, desesperados de todos e de tudo. Para estes, se não for a fé o refúgio seguro de um amor divino, fiel e confiável, será a revolta a tomar-lhe por inteiro o sentimento e o pensamento. Para uma “fé-refúgio” ou uma revolta entranhada, o antídoto só pode ser o encontro do amor.
Persistentemente, a humanidade heróica, quase louca, não deixa de perseguir nada menos que a perfeição: o sentimento perfeito, o pensamento perfeito, o conhecimento perfeito; a perfeita justiça, a perfeita alegria, a melodia perfeita, a paz perfeita, o ritmo perfeito, a perfeita harmonia; a perfeição das formas, a perfeição das cores e dos sabores e dos sons.
Desde menino ressoa na minha mente um apelo que vem “de fora” ou “de dentro”, não sei ao certo, a desafiar-me à perfeição. Se é “de fora”, foi porque ouvi uma vez e outra dos livros sagrados dos meus avós: “Sede perfeitos como o vosso Pai Celestial é perfeito”. Se é “de dentro”, é porque nasci vocacionado para gostar da perfeição.
É mais forte do que nós e, quando há alguém que desiste, há sempre outro alguém que resiste na demanda do impossível...

04 junho, 2011 12:04  
Anonymous Anónimo said...

O Jorge, gastou todo aparo, com o livro e já nem vota aqui nada!

06 junho, 2011 08:53  
Anonymous Mário Neiva said...

Para quem não acompanhou a notícia pelos meios de comunicação, aqui fica a nota sobre o falecimento do Pe Americo Silva Barbosa, antigo aluno no nosso seminário da Falperra, onde entrou no mesmo ano que eu, 1957, e donde saiu para o seminário diocesano de Braga, no fim do terceiro ano.
Era pároco de tres freguesias e uma delas confinava com a minha de Balugães, Aguiar, onde faleceu, quando ensaiva as crianças para a "primeira comunhão".
A vida "são dois dias".

07 junho, 2011 22:08  
Anonymous Mário Neiva said...

Fui passar uns dias a Viseu e, como de costume, dei uma espreitadela pelas novas publicações da Bertrand. Encontrei duas preciosidades bem fresquinhas a que não pude resistir.
A primeira tem tudo a ver com o que tenho escrito no blog sobre S. Paulo. A obra é do Pe Carreira das Neves: S.PAULO, DOIS MIL ANOS DEPOIS.
A outra preciosidade é sobre divulgação científica: CRIACãO (IM)PERFEITA, com o subtítulo "O Cosmos, A Vida E O Código Oculto DA Natureza", do cientista brasileiro Marcelo Gleiser.
Costumo folhear bastante um livro antes de o comprar, quando não conheço o autor, como aconteceu no caso de Marcelo Gleiser. Devo confessar-vos que fiquei caidinho. Talvez comente aqui, mais tarde com vocês. Na minha Laje Negra, com certeza.
Quanto ao S. Paulo do Pe Carreira das Neves bastou-me uma olhadela. Primeiro porque conheço a envergadura do biblista e teólogo franciscano e depois porque o assunto me interessava.
Já vou adiantado na leitura e posso afiançar-vos que o livro é sumo do melhor.
Muito do que vos escrevi sobre S. Paulo neste blog está no S.Paulo do Pe Carreira das Neves, mas agora saído da pena de um especialista e com toda a fundamentação, apoiada em estudos e pesquisas.
Quem tiver curiosidade em saber como nasceu a fé cristã pode comprar à confiança.
Para aguçar o vosso apetite aqui vão algumas "surpresas":
1 -S. Paulo foi o primeiro a escrever sobre Jesus Cristo, uns 20 anos após a sua morte. Marcos escreveu pelo ano 70, Lucas e Mateus, no ano 90 e João por volta do ano 100 da nossa era. Tendo Jesus sido crucificado no ano 30, vejam o tempo decorrido entre a sua morte e o evangelho de João.
2 –S. Paulo não terá nascido em Tarso mas na povoação de Giscala da Galileia. As legiões de Varo arrasaram a Galileia e a sua capital, Séforis, e Paulo terá sido levado, em criança, como escravo, juntamente com a família para a Tarso onde viveu a meninice, a juventude e onde estudou. Tarso (na actual Turquia) era um grande centro cultural no tempo de S. Paulo. S. Jerónimo é quem refere o nascimento em Giscala
3 –S. Paulo nunca esteve em Jerusalém antes da viagem que ele anuncia para se encontrar com Tiago Pedro e João, “as colunas da Igreja”, portanto depois da sua conversão. Isso significa que não perseguiu cristãos em Jerusalem nem assistiu à lapidação do diácono Estevão. Terá perseguido cristãos em Antioquia e Damasco e a sua conversão deu-se como ele próprio conta na carta aos Gálatas e não como Lucas narra, 40 anos depois da morte do Apóstolo. O Pe Carreira das Neves alerta para o facto de Lucas ter a intenção de catequizar e não fazer relatos históricos, quando escreveu o seu evangelho e os Actos dos Apóstolos.
4 –Apenas 7 das 14 epístolas atribuídas a S.Paulo são genuinamente do Apóstolo. Outras sete são da autoria dos seus discípulos, e reflectem interpretações da pregação de S.Paulo. Carreira das neves designa-as por “deuteropaulistas” e outros referem-nas como pseudo-paulistas. As que se consideram genuínas são: I Tessalonicenses, Gálatas, I e II aos Corintios, Filémon, Filipenses e Romanos.
5 –A conversão de S. Paulo aconteceu como o Apóstolo a comunica nas suas cartas e não como resulta da narrativa “misteriosa” a caminho de Damasco, do texto dos Actos dos Apóstolos.
Por hoje é tudo

07 junho, 2011 23:43  
Anonymous Anónimo said...

Mais um AAC ( e também, julgo eu AADiocesano) que findou a sua actividade por estes lados, e segundo os relatos "NO SEU POSTO".Admiro e presto a minha homenagem.Segundo me parece e não devo estar errado, este AAC esteve na Falperra a celebrar os 50 anos de entrada no Seminário juntamente com os seus colegas no ano de 2007.(o Augusto Castro é que poderá confirmar).
Foi bom, Mário Neiva, trazeres a este espaço esse infeliz acontecimento, para que os seus antigos colegas (que ainda se lembram dele, concerteza) façam memória dos tempos passados.
A.Costa

08 junho, 2011 00:12  
Blogger Evaristo said...

Este comentário foi removido pelo autor.

08 junho, 2011 00:15  
Blogger Evaristo said...

PADRE AMÉRICO DA SILVA BARBOSA

NATURAL DE MARTIM BARCELOS, NASCEU A 9 DE ABRIL DE 1942 - SAIU A 17 DE SETEMBRO DE 1960
ENTROU PARA O SEMINÁRIO A 17/O9/57 - SAIU PARA SEMINÁRIO CONCILIAR DE BRAGA, sendo ordenado Padre a 11 de Julho de 1971.
FOI PÁROCO EM QUINTIÃES - BARCELOS ( E DE MAIS ALGUMAS FREGUESIAS VIZINHAS)

Segundo notícias na sexta feira num ensaio de preparação com as crianças para a primeira “ COMUNHÃO”, acometido de um ataque cardíaco
pereceu no local em frente às criancinhas e Pais.

Lembro-me do Américo que conheci quando entrei para o Seminário, um baixinho gordinho muito simpático sempre a sorrir,gostava de ocupar o lugar de guarda redes na equipa de futebol, mais
tarde decidiu mudar para o Seminário de Braga,

Não sei dizer nada sobre a vida deste nosso amigo, somente tive a iniciativa de lhe telefonar
talvez há uma dezena de anos a convidá-lo a aparecer nos nossos encontros, disse-me que um dia poderia acontecer mas que era difícil porque normalmente eram ao fim de semana e como sabemos os Párocos agora têm várias freguesias e têm o tempo muito preenchido.

Há tempos convidei Neiva que um dia iríamos visitá-lo, fico triste pela promessa não cumprida.

Era do ANO do NEIVA, D. VITALINO, BESSA, JOSÉ DE SOUSA MARQUES,ADRIANO DE SÁ MACHADO, JOSÉ MANUEL DA COSTA RIBEIRO « O FOZ CÔA » MÁRIO DOS SANTOS BRASILEIRO ( estes os mais conhecidos ) e outros num total de 34.

Lamentámos a partida deste nosso AMIGO, fechou-se a porta da vida, abriu-se a porta da eternidade.

DEUS lhe dê o eterno descanso.

08 junho, 2011 00:50  
Blogger Evaristo said...

CORREIO DA MANHÃ

Américo da Silva Barbosa, de 69 anos, pároco há 40 anos, tinha tudo preparado para dar ontem o sacramento da primeira comunhão a dez crianças da paróquia de Aguiar, em Barcelos. Mas, na última reunião que teve com os meninos, na sexta--feira, sofreu uma paragem cardiorrespiratória e morreu no altar. As crianças e toda a comunidade ficaram em choque.

Ontem, uma multidão de paroquianos disse adeus ao sacerdote que há vinte anos se ocupava das paróquias de Quintiães, Aguiar e Aborim, no concelho de Barcelos.

"As crianças assistiriam a tudo e ficaram em estado de choque", contou ao Correio da Manhã, muito abalada, Goreti Ferreira, mãe de uma das crianças que assistiram à morte do sacerdote.

O incidente aconteceu cerca das 21h45. Na presença das dez crianças e dos pais, o padre Américo Barbosa tratava dos últimos preparativos para a cerimónia da primeira comunhão.

"Ele estava no altar a falar para os meninos quando fechou os olhos e caiu. Ficou tudo em pânico", recordou, ainda bastante perturbada, Goreti Ferreira.

As crianças foram acompanhadas por dois psicólogos, no próprio dia e também ontem, quando receberam o sacramento, que foi celebrado apesar da morte do padre.

"Os meninos fizeram a comunhão todos tristinhos, mas decidimos que era melhor não adiar, porque estava tudo marcado", disse a mesma mãe ao CM.
Ontem, a Igreja de Quintiães, em Barcelos, freguesia onde o pároco residia, foi pequena demais para acolher todos os que se quiseram despedir.

"Era um padre excelente e uma óptima pessoa", garantiu ao CM um paroquiano. As crianças da primeira comunhão acompanharam o cortejo fúnebre, todas com uma flor branca na mão.

08 junho, 2011 21:44  
Blogger Evaristo said...

Este comentário foi removido pelo autor.

08 junho, 2011 21:50  
Blogger Evaristo said...

Fiz uma pesquisa em seara alheia, fui encontrar na FESTA DA " SENHORA DA APARECIDA " - BALUGÃES - BARCELOS ( TERRA DO MÁRIO NEIVA ) Videos de 2008 /
15 de Agosto.

Como lá cheguei: " GOOGLE " PADRE Américo da Silva Barbosa Opção - QUINTIÃES - Concelho de Barcelos - Mapas - Tempo - Notícias - Hotéis ...

Encontram-se vários vídeos, escolhi - 3ª. Parte

Encontramos celebração pelo Bispo Auxiliar de Braga, D. ANTÓNIO DIAS, com vários sacerdotes do Concelho de Barcelos.

Ao lado direito do Bispo lá está o PADRE AMÉRICO, reconhece-se, estatura baixa,óculos .

Atenção Vídeo que faz três anos a 15 de Agosto próximo.

É uma dica para os mais saudosistas, recordarem
um amigo que já não víamos à mais de 50 anos.

08 junho, 2011 22:12  
Anonymous Mário Neiva said...

Adão e Eva não pecaram!
Diz o Pe Armindo Vaz


Já agora sou eu a convidar-vos a ir ao Google para ficarem a saber mais alguma coisa acerca deste ilustre biblista português.
Os meus amigos, além da amizade que é o melhor que podem oferecer, fazem-me chegar livros e textos para eu ler e comentar.
Agora foi a vez do Zé Moreira me alertar para um artigo do O PÚBLICO, da autoria do Pe Armindo Vaz. Já não fui a tempo de comprar o jornal, mas nos tempos que correm a gente desenrasca-se bem com a NET.
Resumindo, diz o biblista católico: os nossos "primeiros pais" não podiam ter cometido qualquer pecado porque eram completamente incapazes de o fazer, por não poderem distinguir entre o bem e o mal. Na verdade, segundo o Génesis, Adâo e Eva só ficaram a saber o que isso era depois de comerem do "fruto da árvore do bem e do mal". Portanto, o "pecado original" não foi nem ali no paraíso, nem aquele.
Consequentemente, podemos concluir, agora, nós todos, que a punição divina foi de todo injusta...
Eu bem me parecia que alguma coisa não batia certo, isto de andarmos aqui a penar sem "culpa" nenhuma. O lobo da fábula, contada nos livros velhinhos da nossa instrução primária, já não pode dizer ao pobre cordeiro "se não foste tu, foi o teu pai", a conspurcar a água do ribeiro.
Na noite da "vigilia pascal" já se canta no "precónio" : Oh feliz culpa de Adão, que tão grande redentor mereceu! Agora pode-se cantar outra realidade ainda mais empolgante: ninguém nasce culpado e ninguém precisa de ser resgatado (Portugal parece que sim...).
Se leram tudo o que escrevi sobre S.Paulo neste blog e sobre o tema central do seu Evangelho, devem ter reparado que nunca falei en "redenção", mas sim na "primeira criação" e na "nova criação", sendo esta a "ressurreição".
Também disse que ambas foram acto de amor de Deus, sendo o segundo mais extraordinário que o primeiro.
Se a criação do Génesis em Adão nos tivesse chegado envolta em pecado, era como se Deus tivesse dado ao homem um presente envenenado. E como o "presente de Deus" (dádiva) é a "graça Divina", imaginem o que significava um tal pensamento…
Estarão vocês a pensar que se não há pecado original, não há necessidade de "salvação" nem do baptismo, nem do "santo sacrifício da missa". E Cristo morreu em vão.
Na minha leitura do “S. Paulo Dois Mil Anos depois), do Pe Carreira das Neves, estou precisamente no capítulo que tem por título "O que é a salvação-Justificação?".
Já reparei que ele está a ser confuso na resposta. Lutero perdeu-se completamente na abordagem desta temática, como já vos disse, e os teólogos católicos apenas se mantiveram fiéis, e bem, ao conjunto do Evangelho, porque a explicação que foram dando para a "justificação-salvação" é muito e muito esfarrapada. Por isso andam há cinco séculos às turras com os protestantes.
Este artigo do Pe Armindo Vaz está no caminho da nova abordagem da "História da Salvação".
Agora sem medo de excomunhões, da fogueira ou da forca.
Os crentes só têm a ganhar.

09 junho, 2011 08:22  
Anonymous Anónimo said...

Mas ganham o quê? Isso dá dinheiro, ou tira-nos da crise?

10 junho, 2011 06:33  
Anonymous Mário Neiva said...

Nem só de pão vive o homem, caro anónimo. Não basta ter a pia sempre cheia para ser feliz. Ou a ti basta?

10 junho, 2011 08:23  
Anonymous Anónimo said...

Não,porque ainda não cheguei a porco.Costumas dar foçinhadas nela?

10 junho, 2011 19:11  
Blogger Anonimus said...

Meu AMIGO Mário Neiva

Há "cavalheiros" a quem a sombra faz mossa "nos cabeça". Há gente que faz tanta falta, como a viola num enterro! Com certa "gentinha", eu mão saio de casa, posso sujar-me!

10 junho, 2011 20:58  
Anonymous Mário Neiva said...

Já tinha saudades tuas, Domingos. Por onde tens andado?

10 junho, 2011 22:31  
Anonymous Mário Neiva said...

S. Paulo Dois Mil Anos Depois – Pe Carreira das Neves


Depois que me reformei e vi encaminhados na vida os meus quatro filhos, sobrou-me tempo e algum dinheiro para comprar os livros de que gosto. Tem sido um tempo de privilégio e não me canso de dizer para comigo mesmo que nunca poderei saldar a dívida para com os homens e mulheres que, em dedicação total, nos laboratórios, nas bibliotecas ou palmilhando os quatro cantos da terra, do mar e dos céus possíveis, nos vão revelando realidades insuspeitadas.
Nesse aspecto, somos as gerações mais sortudas de todas aquelas de que há memória.
O P e Careira das Neves tornou-se num dos meus incontáveis credores e sei que vou morrer cravado de dívidas para todos eles …
Quase que completei a leitura do seu livro em título e deixem-me dizer-vos que o Pe C.Neves apresenta um trabalho notável de exegese bíblica, ora definindo conceitos e explicitando temas, ora contextualizando no tempo e na geografia humana coeva, o Evangelho de Paulo de Tarso.
No entanto, quase poderia dizer que discordo dele e concordo com ele, em cada página da sua escritura. Paradoxal? Talvez, mas já me habituei a viver com o paradoxo da nossa vida, e é da nossa vida que fala o Pe Carreira das Neves.
Aqui vai um cheirinho a divergência.
Na página 180 da 1 edição (Editorial Presença) escreve assim: “Jesus e Paulo apresentam um outro mundo, um outro paradigma (...) Continuamos com as mesmas barreiras de pobres e ricos, com os mesmos problemas de corrupção, (…)Muros entre judeus e palestinianos, entre cristãos católicos, ortodoxos, protestantes , evangélicos, entre crentes e não crentes. Para já não falar da crise financeira e económica dinamitada por cristãos e judeus americanos. Mundo sem paz? Mundo complexo? Mundo sem solução? Mundo sem santidade? Pessoalmente penso que é um mundo sem Deus. Quando o homem se entrega a si mesmo, como o senhor da História, da verdade e da justiça, acaba por ser um homem/mulher que só pensa e age a partir de preconceitos filosóficos, políticos, económicos”
Meu caro Pe Carreira das Neves, nunca como hoje o homem se sentiu tão esmagado pela consciência adquirida da realidade incrível da História da Vida e pela imensidão e profundeza do mistério do Universo! Como pode afirmar, caríssimo Pe, “que o homem se entrega a si mesmo, como o senhor da História, da verdade e da justiça”? Não se deu conta, caríssimo Pe, que o “paradigma do conhecimento” mudou?
Ora aqui está um exemplo do tal paradoxo de que vos falava. Estamos de acordo, em boa parte, quanto ao “retrato” e em desacordo quanto às conclusões.
Prometo-vos muitas surpresas de encontros e desencontros com este verdadeiro mestre da exegese bíblica.
É tão reconfortante quando discordamos segundo a nossa inteligência das coisas e na bondade de sentimentos fraternos.
Vai ser sempre assim a minha crítica, com todo o carinho e gratidão ao Pe Carreira das Neves , pela doação do seu trabalho e serviço do seu talento.
Paulo de Tarso nos aproximou.

12 junho, 2011 10:47  
Anonymous Antonio Costa said...

Segundo a imprensa de hoje, esta semana os bispos portugueses vão discutir sobre a nova evangelização.Ora este tema por tantas vezes falado, dá a impressão que já tem resoluções tomadas ou recalcadas de outras reuniões, porquanto partem de orientações hierárquicas pre-definidas.

Penso que este tempo litúrgico que hoje mesmo termina(tempo pascal) e que é o tempo mais que propício de reflexão do grande mistério da fé dos cristãos(a ressurreição de Cristo),deveria ter sido melhor aproveitado para reler, meditar (aprofundar, como dizem os ortodoxos) e vivenciar à maneira dos tempos dos
primeiros discípulos e talvez o resultado seria melhor nas conclusões, no que respeita à nova evangelização, ou reenvangelização como hoje alguns advogam. E por via disso, talvez não estivesse o mundo neste estado de crise(estado crítico)de vários valores e aqui concordo de todo com o biblista Carreira das Neves. E se possível eu atrever-me-ia a insinuar que um dos valores que foi hiper-estimado e até "deificado"(não sei se existe este termo)até à exaustão foi o de a humanidade inteira se ter deslumbrado nos discursos fáceis de uns" ILUMINADOS ECONOMISTAS" terem acenado com O PARAISO que estava a ser construído num castelo sobre a
areia.

Que propostas têm os senhores deste mundo, eles que que nas suas constituições juram por" Deus salve a...." ou "em nome de Deus"?

Em tempo de Pentecostes, que são os nossos tempos, ocorre-me salientar dois parágrafos de reflexão de Frei Bento Domingues(in Público):
"...Jesus Cristo e a sua causa continuam a servir de orientação, de critério, de modelo para a vida concreta pessoal e da comunidade dos crentes, para a relação entre seres humanos, as relações dos seres humanos com a sociedade, com a terra e, enfim, com Deus.
"...O que é extraordinário é que o espírito do Nazareno conseguiu sempre romper, apesar das falhas das pessoas, das instituições e das constituições, quando os fiéis, não se contentando com palavras, o seguiam de uma maneira prática. A verdade do Cristianismo não é apenas, verdade para conhecer, mas um espírito que faz viver.(Apeteciá-me sublinhar esta última frase).

12 junho, 2011 23:37  
Anonymous Antonio Costa said...

100 Primaveras!É tanto quanto tem o Padre/frade Carmelita mais velho do mundo, chamado Frei Celestino,O.Carm.(brasileiro)Neste momento, o Carmelo brasileiro tem motivos fortes para celebrar A VIDA.

14 junho, 2011 20:55  
Anonymous Mário Neiva said...

Por causa de Paulo de Tarso...

Acerca da sua sugestão de reunir em livro os meus comentários sobre S.Paulo, tenho de pensar bem se vale a pena. Há tanta coisa boa publicada e não sei se eu iria acrescentar algo de novo. Mas se realmente, como teólogo entendido que é, lhe parece que estou a trazer alguma luz nova sobre o cristianismo de Paulo de Tarso, talvez fosse o caso de pensar nisso.

Ando a ler um grande biblista, um franciscano ainda vivo, que acaba de escrever sobre S.Paulo. Faz uma exegese fantástica e desassombrada (honesta) mas depois tira conclusões conformes ao eterno marasmo da "pastoral da Igreja". Chega a ser desesperante, mas eu compreendo. O bondoso e sábio frade deve rondar os oitenta anos e já não está em idade para aventuras e sobressaltos.

Ouvi contar que o falecido João Paulo II concordava com a implementação do casamento dos padres, mas que não lhe exigissem isso. Deixava o assunto para o seu sucessor.

E parece que na Igreja é tudo assim. Adiar. No fundo têm a noção que o cristianismo é um museu vivo e magnifico, com um historial impressionante de 2000 anos. E ninguém quer nem pensa destruir esse preciosíssimo museu (e ainda bem!). Outra coisa seria reconhecer que pouco mais é que um museu. Como eu escrevei no blog, o cristianismo foi o fermento que levedou a massa da humanidade e as democracias ocidentais que dela nasceram, "santas e pecadoras", são agora a verdadeira herdeira de Cristo. Mas as igrejas cristãs, todas elas, recusam-se a passar o testemunho. Felizmente, e porque o espirito é mais forte e subtil que o corpo, a passagem do testemunho está a ser feita, silenciosamente, como sempre foi a acção do espirito. Chame-lhe Santo, a esse espirito, como se diz nas Sagradas Escrituras.

15 junho, 2011 10:57  
Anonymous Mário Neiva said...

Re-convertido ao Cristianismo (I Parte)

Assim mesmo me escreveu um amigo de longa data. Não sei em que texto viu a minha "re-conversão", mas posso garantir que está equivocado, pela simples razão que eu nunca me des-converti.
Há muito tempo que para mim o cristianismo é muito mais que um "corpo" de ensinamentos, de dogmas e de liturgias. Reconheço-o como a matriz da minha cultura e des-converter-me dela seria negar-me a mim próprio.
No cristianismo interiorizei a fraternidade universal e o amor como o único mandamento para a vida. Nele me tornei militante dos direitos universais da pessoa humana.
Nele vi nascer as democracias, tão imperfeitas quanto as pessoas que as puseram de pé.
Do cristianismo vi emergir uma filosofia humanista, centrada na dignidade da pessoa humana, que produziu a magna carta dos Direitos do Homem.
Das raízes profundas da minha cultura cristã cheguei a esta conclusão libertadora de todos os fantasmas e medos ancestrais: Deus só pode ser este misterioso e Infinito Universo que nos gerou, mas um “Infinito de Consciência Pessoal”, que não pode ser identificado com as estrelas ou galáxias, porque a “Consciência” está par além delas de uma forma tão real e misteriosa como a nossa própria e pessoalíssima consciência.
Mas isto é pouco mais que um sonho e no cristianismo se chamou fé e tomou, precipitadamente, como certeza. Não faz mal nenhum que as pessoas vivam como certezas os seus sonhos, desde que respeitem as certezas e os sonhos dos outros.
Por causa deste sonho que fiz meu, comecei a valorizar o papel central das ciências neste mundo do século XXI. Elas procuram desvendar os mistérios da Vida e do Universo, porque tudo o que é mistério está dentro de nós e à nossa volta e não num qualquer “outro mundo” de fábula e superstição. É um mistério que está ao alcance do génio humano, que paulatinamente o “revelará”. Se alguma vez o irá conseguir é um sonho, não uma certeza da fé como “Palavra de Deus” ou “ Deus falou”..
Sei que isto é uma re-leitura do cristianismo da minha matriz cultural, diferente, por exemplo, de filosofias e teologias orientais, que identificam Deus com o Universo Impessoal . Estas propõem um “EU SOU”, mas tão esmagadoramente “Único” que anula tanto o meu “eu sou” como o “eu” do meu amor e do meu amigo. E a última coisa que eu quero perder na vida é a “identidade” do meu amor e dos meus amigos. É essa “identidade” que nos faz ser mais que um átomo, um ADN ou calhau.

19 junho, 2011 18:10  
Anonymous Mário Neiva said...

(II Parte)


A minha genuína admiração por Paulo de Tarso explica-se em grande parte pelo desassombro com que foi capaz de re-ler pela base o judaimso que tão bem conhecia e amava. Construiu o seu "evangelho" A sobre a sua história e a sua cultura, abrindo uma nova esperança. Na minha linguagem “dessacralizada” eu diria “um novo sonho”.
Logo que acabe a leitura do “SÃO PAULO” do Pe Carreira das Neves vou trazer aqui o “evangelho de Paulo”, nítida e perturbadoramente diferente do evangelho de Tiago, Pedro e João. ´Tão perturbador, que as conclusões que o Pe Carreira das Neves vai tirando são contraditórias com o que ele próprio escreve. Quase me apetecia dizer que nem podia ser de outra maneira, sob pena de se provocar um verdadeiro tsunami sobre as igrejas cristãs. Todas. É tão radical o evangelho de Paulo, que até hoje não foi entendido como devia ser. De facto, ninguém leva a sério que amar a Humanidade é amar a Deus. E não devia nem podia haver equívocos, pois reza o Evangelho Segundo S. Paulo, que Deus fez-se homem em Jesus Cristo, assim divinizando a Humanidade.
A grande revolução do evangelho de Paulo de Tarso é que este não propõe um novo culto, depois de se abandonar todo o culto judaico (ou qualquer outro), porque Deus não precisa de nenhuma espécie de culto (OH sacrílego Paulo!). O evangelho de Paulo é uma “história de amor” entre Deus e a Humanidade, que se inicia com a surpreendente e novíssima revelação de uma verdadeira declaração de amor de Deus à Humanidade, feita na Criação e na Ressurreição.
Digam-me lá se esta não é uma boa razão para eu amar o cristianismo em que me criei. Para não falar das catedrais, belíssimos testemunhos tanto do amor declarado como da confusão entre o vestido da noiva e o coração do noivo.

19 junho, 2011 18:14  
Anonymous Mário Neiva said...

São Paulo Dois Mil Anos Depois-autor Pe Carreira das Neves.

Acabei de ler. Penso que CN (doravante utilizarei esta sigla para indicar o autor) escreveu para académicos ou estudantes de teologia e se assim foi, devia ter-se abstido de preocupações pastorais. Nâo o fez e estas destoam da teologia saída da sua exegese paulista.
Aprendi com a leitura porque ele é muito competente a contextualizar no tempo e no espaço social, politico e cultural os acontecimentos e as palavras que os relatam.
Pena, muita pena, que as conclusões sobre esses factos e essas palavras não sejam mais que a repetiçâo de tudo o que se ouviu ao longo de dois mil anos.
CN fez a boa exegese e depois não teve coragem de "revelar" a re-leitura que os restantes autores neo-testamentários fizeram do evangelho de Paulo de Tarso. Compreendo que tal "revelação" deixaria claro que os autores do Novo Testamento, ao escreveram trinta a quarenta anos depois da morte de Pedro e de Paulo, fizeram-no sobre duas tradições distintas: a dos apóstolos de Jesus e a de Paulo de Tarso. O desencontro entre as duas tradições foi grave e acabaram "de costas voltadas", como assinala CN. E o pomo da discórdia era a verdade sobre o “Messias Davídico". Os íntimos apóstolos de Jesus de Nazaré, que o acompanharam desde a Galileia e ouviram da sua boca o "seu evangelho", terâo entendido tudo ao contrário ou, em alternativa, Jesus de Nazaré não pregou nem a sua nem a nossa ressurreição. Porque quando Paulo de Tarso apareceu com o evangelho de Jesus Cristo Ressuscitado, como a "nova aliança" e a nova criação, eles ficaram muito escandalizados e mandaram-no pregar o seu muito pouco ortodoxo Cristo (=Messias) aos gregos e aos romanos.
Foi o que Paulo fez e CN assinala que foi depois deste desencontro em Jerusalém que Paulo escreveu as suas cartas consideradas autênticas (Sete).
Mais de trinta anos depois os evangelistas fundiram as duas tradições e o que acabamos por receber nem é o evangelho de Pedro nem o de Paulo. Nâo se terá perdido nada dos dois, porque está lá tudo. O problema é saber onde acaba um e começa outro.
Perante tudo isto não dá para afugentar o pensamento de que o evangelho de de S.Paulo foi o verdadeiro Espirito Santo que iluminou a "cabeça dura" dos apostolos. Para complicar ainda mais as coisas, o livro dos Actos dos Apstolos que relata o Pentecostes, foi escrito entre o ano 120 e 130 depois de Cristo, data que os especialistas determinaram, segundo refere Careira das Neves.
As vicissitudes na elaboraçâo dos textos do NT em nada diminuem o poderoso evangelho de S.Paulo, mas o seu cabal esclarecimento poderia ser o ponto de partida para uma verdadeira revoluçâo no cristianismo. Penso que as diferentes igrejas cristãs têm receio de enfrentar a realidade e fazem como CN ou o frei Bento Domingues: repetem a pastoral tradicional e deixam a teologia para os circuitos académicos.
Julgo que daí não virá mal ao mundo, porque a humanidade já incarnou uma boa parte do evangelho de Paulo de Tarso, que é um “messianismo” para a Humanidade. E assistimos, nestas últimas décadas, a um aparente paradoxo: quem está na vanguarda para levar à prática os fundamentos da teologia paulina são os gentios de hoje que proclamam: não há preto nem branco, nem senhor nem escravo, nem homem nem mulher, nem judeu nem grego.
Porque, penso eu, são já a “massa levedada” pela proclamação paulina: ” Deus é tudo em todos”.
Dizia, há três anos, no Sameiro, o Pe Monteiro na sua homilia de boas-vindas aos aa que foram conviver : “O Espírito sopra onde quer” .
Pois é mesmo assim. “Sopra onde quer” e não onde as igrejas dizem que anda a soprar.

21 junho, 2011 10:00  
Anonymous Anónimo said...

Temos por aqui poucos sopradores!

27 junho, 2011 10:49  
Anonymous Mário Neiva said...

O cardeal Patriarca de Lisboa acabou de falar para a comunicaçâo social sobre o casamento dos padres. Repetiu o que todos os crentes já sabem há muito tempo, que o celibato é uma instituição eclesial e não um preceito da fé. Portanto, nada de novo. O que me chamou a atenção foi a forma como concluiu a sua breve declaração. "O casamento dos padres ocorrerá quando Deus quiser".
Fiquei a pensar comigo: o celibato veio quando a hierarquia da Igreja quis e decidiu. Agora só vai "quando Deus quiser".
Ou quando der mais jeito à Igreja.
O assunto não me diz respeito, mas não posso deixar de registar a invocação da vontade divina para justificar a apatia global de uma hierarquia responsável pela condução de uma grande comunidade de fiéis. A "vontade de Deus" tem as costas largas e os católicos estão cada vez mais entregues à sua sorte. As intituições agonizam sem que se vislumbre um gesto de coragem para combater uma hierarquia acomodada.
Quem sabe não é mesmo "avontade de Deus" que a comunidade cristã dispense o trabalho dos sacerdotes "profissionais" e assuma aquilo que nós tantas vezes ouvimos desde a catequese: o sacerdócio do Povo de Deus.
Se pensarmos bem, o "evangelho da ressurreição" dispensa "mediadores" entre os dois apixonados: Deus e a Humanidade. A "mediação" está efectivada de uma vez por todas através do único Mediador, Jesus Cristo Ressuscitado, como anunciou Paulo de Tarso.
Ostensivamente, e perante o olhar profundamente escandalizado dos apóstolos de Jesus, S.Paulo voltou costas ao Templo de Jerusalém, aos rituais de oração e sacrificios, porque ele ouvira dentro do seu coraçâo a voz apaixonada do amor divino. O seu corpo, ainda de morte, transformara-se, se bem que também ainda e apenas na fé e na esperança, no incorruptivel templo do Espirito Santo.
Claro que ele não pensava que o tempo de espera para a ressurreiçâo fosse assim tão longo. Mas este facto não devia ser razão para os cristãos esquecerem o evangelho de Paulo tal como ele o transmitiu e apegarem-se a um outro templo, a outro culto e a outro sacerdócio.
Até porque o Deus de Paulo de Tarso não tem nariz para inalar o perfume do incenso. Nem um peito onde a Humanidade possa recostar a cabeça. Nem um rosto de ternura que penetre a alma solitário dos filhos de Adão. O Deus de Paulo de Tarso fez da Humanidade, em corpo e alma, o seu templo sagrado e no peito do irmão se deve recostar a cabeça sofrida e a alma esperançada.
Outros templos e outros cultos são lembranças de outros tempos, pode o cristão dizer hoje, como Paulo disse há dois mil anos.
Aqui reside a grandeza da revleção que ele afiança que lhe foi feita, " no corpo ou fora dele, não o sei, Deus o sabe".

27 junho, 2011 18:17  
Anonymous Anónimo said...

28 de Junho.Véspera de S.Pedro e S.Paulo.Há cinquenta anos atrás este era um dos dias "mais longos"do ano.Depois do toque a recolher, cerca das 10 da noite, cada um levava o seu bloco de apontamentos para o dormitório(cábulas)e, enquanto o "fogo do S.Pedro das Taipas" não acabasse, era uma tal espreitadela ora para o fogo, ora para os últimos apontamentos, pois os "exames finais" estavam à espreita.O sono, esse só chegaria mais tarde.

28 junho, 2011 15:18  
Anonymous Mário Neiva said...

Estas duas figuras maiores do cristianismo primitivo desencontraram-se em Jerusalém (Carreira das Neves afirma que "Paulo voltou as costas a Pedro) e foram irmanados em Roma, no martírio, no ano 64 da era cristã. Pelo menos foi nesse ano, sob o imperador Nero, que Paulo foi executado.
Passados cerca de trinta ou quarenta anos sobre esta data(continuo com Carreira das Neves)os evangelistas uniram definitivamente Pedro e Paulo num só evangelho e foi assim, em harmonia, que chegaram até esta festa comemorativa do dia em que morreram na esperança de ressuscitar no "final dos tempos".
Se o evangelho da ressurreiçao de Paulo de Tarso for entendido como se professa no credo católico teriamos de pensar em Pedro e Paulo ainda adormecidos na "esperança da ressurrição" e aguardando pelo " mundo que há-de vir".
Como há muito tempo não dou catequese, não sei exactamente como ensinam a ressurreição às crianças.
Quanto aos adultos, sei que recitam o credo tal e qual eu também aprendi e Paulo de Tarso transmitiu. No próximo sábado vou poder confirmar no Sameiro.

28 junho, 2011 17:27  
Anonymous Anónimo said...

Parece que tens de ir rezar à Falperra. Andas desorientado!
Rezem muito e por mim também!

29 junho, 2011 18:59  
Anonymous M'ario Neiva said...

Desorientado? Todos andamos um pouco. Mas tu até perdeste o nome e agora não sei se és o mesmo que escreveu ontem.

29 junho, 2011 22:48  
Blogger Evaristo said...

Ora então está a chegar o SÁBADO 2 JULHO -

T O D O S A O S A M E I R O


Meus amigos vamos mais uma vez disfrutar de umas horas de convívio com sã amizade.

É como diz o " POVO " , é o que se leve desta vida, pois à que aproveitar para nos revermos fazendo de mais este encontro um reviver ... com boa disposição e alegria.

As participações já são animadoras, muito boa gente : Augusto Castro, Coelho, Durães, Amadeu Teixeira, Neiva, Feliciano, Joaquim Vilela , Venâncio, António Silva, Bessa, Amaro, Artur (Charló),Salamonde,Cândido, Costa, Sampaio,Gonçalves, Ivo, Vaz Alves, Justino, Emidio,João Horácio,Bento Fernandes, Francisco Abreu,José Freire Alexandre,Gabriel Carvalho, José Veloso, Joaquim Rodrigues da Costa, João Martins, Cachetas, Vinhais, Evaristo.

Amigos esperamos nestes últimos dias mais inscrições. Cada um use a sua carolice fazendo um pouco de voluntariado, há sempre um colega antigo
aluno que se conhece, que trabalha aqui ou acolá,
telefonando-lhe, hoje os telefones fixos de um modo geral estão convencionados sem mais custos porque estão agrupados ao pacote da internet e televisão. Estou convencido que se todos trouxessem mais um éramos muitos mais e daríamos um grande contributo para uma AAACARMELITAS maior.

Por favor quem souber ou tiver números de telefones fixos próprios ou nossos amigos forneçam-nos
Um abraço

Até Sábado

Evaristo

30 junho, 2011 01:24  
Blogger Anonimus said...

NO “GOSTO” DA LEITURA...

(Obrigado Mário Neiva)


«O Deus de Paulo de Tarso fez da Humanidade, em corpo e alma, o seu templo sagrado e no peito do irmão se deve recostar a cabeça sofrida e a alma esperançada.
Outros templos e outros cultos são lembranças de outros tempos, pode o cristão dizer hoje, como Paulo disse há dois mil anos.
Aqui reside a grandeza da revleção que ele afiança que lhe foi feita, " no corpo ou fora dele, não o sei, Deus o sabe".» Mário Neiva (27/06/2011)


Que Deus seja sempre a razão maior da tua vida
Que o sol nunca te falte,
Que a chuva venha na medida precisa,
Para que mais flores nasçam no teu caminho
Que o tempo te seja afável e não tenha pressa
Que a brisa te traga o cheiro do mato da infancia
Que a noite que é indispensável, te traga as estrelas
E estas o brilho da inspiração
Que o vinho farto esteja sempre na tua mesa
E em volta dela os amigos
Para que as conversas umedeçam a alma seca
E o espírito da amizade te preencha de afeição!
fmf

30 junho, 2011 23:37  
Blogger Evaristo said...

O MEU GRANDE FILHO DO MANUEL FODORICO



SABEMOS QUE ÉS UM GAJO PORREIRO " PÁ "


VAIS AO SAMEIRO .


QUEREMOS LÁ TODA A GENTE BOA, NÓS SABEMOS QUE


NOS AAACARMELITAS SÓ HÁ BONS RAPAZES


UM ABRAÇO

EVARISTO DOMINGUES

01 julho, 2011 12:16  
Anonymous Mário Neiva said...

Meu caro FMF

Não sei se o poema me é dedicado. Ser for, fico a chorar de emoção.
Mas permite-me, querido e desconhecido amigo, que discorra um pouco sobre o verso que abre o teu poema "Que Deus seja sempre a razão maior da tua vida".
Deixei-me enfeitiçar pelo "evangelho do amor" , em boa hora bebido do seio do cristianismo que me amamentou.
Não sei se foi do olhar de ternura infinda de minha mãe, se da solicitude sem falhas do meu pai. Mas sei que fui crescendo "viciado" no amor, na amizade, na compreensão. E, quando me parecia que tudo isso falhava ou era pouco ou duvidoso ou repartido por muitos, eu, inquieto, inseguro e ciumento procurei em Deus a plenitude e a exclusividade almejadas, um Deus que eu subentendi e Paulo de Tarso explicitou "ser tudo em todos".
Devo dizer-te, meu caro FMF, que não me sossegou este encontro da alma (do espírito ou da mente) com uma plenitude que literalmente me afogava. Não será culpa do "Oceano de Amor e da Compreensão" mas da medida limitada do pequeno lago que é a minha humana condição. Senti-me perdido, como alguém a morrer de sede rodeado de fontes de água fresca por todos os lados, sem poder alcançar uma só.
Mas quem procura, com rectidão de espírito, sempre alcança.
E nem é tão difícil como parece, quando nos aproximamos de alguém que procura pela mesma água da vida.
Encontrei no olhos do meu amor e no coração dos meus amigos verdadeiros a medida certa para saciar a minha sede.
Não é blasfémia, é simplesmente assim, que Deus seja "de mais" ou "de menos" para me dar a ternura e a compreensão que um dia vislumbrei no olhar da minha mãe. E depois, FMF, deves calcular a alegria que a gente sente por retribuir ao nosso amor ou ao nosso amigo, exactamente aquilo que eles, desde sempre, demandaram.
Este encontro de mundos pequenos e limitados, que nos dão apenas uma felicidade tão breve e limitada como a própria vida, são o respaldo seguro e firme para, então sim, olhar o Infinito.
Sem angústias, sem medos e sem pressas, como quem compreendeu que se não pode abarcar o Infinito pode, porém, comtemplá-lo do seu limitado, fugaz e ternurento amor.
Se o poema não foi para mim, a ti dedico o teu verso “retocado”:
“Que o amor seja sempre a razão maior da tua vida".

01 julho, 2011 16:55  
Anonymous Mário Neiva said...

Por favor leiam: "os encontros de mundos pequenos e limitados..."

01 julho, 2011 17:03  
Anonymous Anónimo said...

Ó Mário Neiva,
Tenho vindo a assistir, constantemente, às tuas dissertações sobre o Paulo de Tarso.
Mas eu, que sou uma pessoa de alguns conhecimentos, já que frequentei o SMC na Falperra(o que me dá algum estatuto), sei que, e aprendi na Falperra,além do Tarso, também há o Metatarso, que fica situado entre o Tarso e os Dedos. Será que não houve nenhum Paulo de Metatarso?
Desculpa a minha ignorância...
E até amanhã.
EJ

01 julho, 2011 21:48  
Anonymous Mário Neiva said...

Ainda bem que falaste, Emidio, que hei-de perguntar ao Pe Carreira das Neves se existe a metafísica de Tarso.
Sem metafísica alguma tenho visto eu uns grandes metacarpos a segurar o garrafão de tintol nos encontros do Sameiro. Apostava que amanhã não vai ser diferente.

01 julho, 2011 23:16  
Anonymous Anónimo said...

Comam como abades e bebam como odres e depois dêm notícias.
Bom proveito!

02 julho, 2011 07:45  

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