Nome:
Localização: aaacarmelitas@gmail.com, Portugal

3 de janeiro de 2011

SEM COMENTÁRIOS - II
Por proposta anónima, surgida hoje como comentário no nosso Blog, e por nos parecer perfeitamente apropriado o tema sugerido, AQUI se abre um novo espaço de diálogo. E o Tema é:

NOVO ANO!

AAACARMELITAS,

QUE FUTURO?




193 Comments:

Blogger EL CANTANTE said...

Bom Dia
O futuro a Deus pertence, vamos caminhando e vendo, porque já é muito bom estar vivo e poder contar com a amizade de todos os amigos que trilharam e partilharam alguns dos lugares que nos foram comuns.
Quanto ao futuro, penso eu, como tantos outros que aqui metem o bedelho que temos gente para dar continuidade a este ponto de encontro.Com mais padre nossos, mais avés marias, uns mais crentes, outros menos crentes, mas tem aparecido gente de raça, para dar um ar da sua graça.
Pena tenho eu, que os nossos escritores ex-companheiros que até publicam livros, não venham até aqui dar duas da sua léria, mas é a vida, uns reconhecem de onde viemos, outros ainda andam à procura, para onde vão. Na certeza porém meus caros companheiros, aqui ninguém é melhor do que ninguém, por isso venham todos e digam qualquer coisa, porque para bom entendedor , meia palavra basta. Muita prosa e retórica é bom para encher a página, mas muito mais importante para mim será, ver e aparecerem, tantos amigos e companheiros que privaram connosco os bons e alegres momentos, lá pela Falperra e depois Sameiro.
Em tempos, em conversa com um companheiro, ele falou-me que este espaço , era mais para filosofos e teólogos. Pois, também é, disse eu, mas para além disso existem tantos que com outros saberes e vivências, bem poderiam animar este espaço, com seu jeito e modo peculiar, mesmo que simples, mas importante no convívio fraterno.
Mesmo os malandros que dão uma chancada e pisgam-se com o rabo entre as pernas, também fazem falta, para animar a malta.
É engraçado, mas podemos ser mais tolerantes e respeitar mesmo os marcianos e videntes que bateram com os tamancos no rabo e não apareceram mais!...
Quanto ao futuro, vamos acreditar que o Jorge, o Neiva, Mariano,o Intrometido, o Anónimo, o Baltrano e Sicrano, etc, etc., darão corda nos sapatos e levarão por em diante este nosso querido espaço.
Não podemos nunca deixar de agradecer, o trabalho do nosso amigo Augusto e demais elementos da Direcção que devem ter uma canseira , para que tudo funcione em conformidade e sem reclamações dos mais afoitos.
Bem Hajam, a todos.

04 janeiro, 2011 10:14  
Blogger Anonimus said...

Visão do Futuro



Mãe terra chora
em mil prantos,
sem acalanto,
calaram seu canto.

Filhos descuidados,
poluíram os quatro cantos,
por falta de amor
causam-lhe tanta dôr.

Viverão lá fora?
Acabou-se o” planeta” dos encantos!
Mataram os sonhos!
Só se ouve seu pranto!


(hoje muito especialmente para o EL CANTANTE, porque te conheço e sei que vais sofrer.)

04 janeiro, 2011 17:12  
Blogger Unknown said...

E, quando e se forem os que agora estão a tomar conta da associação e do blog, que acontecerá? Oh tu que cantas, mesmo desafinado, olha que, segundo parece, este ano é ano de eleições e eles podem não ficar..... e quem é que lhe vai pegar ?
Ora diz aí....
Já agora, um Ano Novo Bom para todos.....

04 janeiro, 2011 17:23  
Blogger Anonimus said...

AAACARMELITAS QUASE ...




Ainda pior que a convicção do não,
e a incerteza do talvez,
É a desilusão de um Quase !

É o Quase que me incomoda,
que me entristece,
que me mata
trazendo tudo o que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou
Ainda joga !

Quem quase passou
Ainda estuda!

Quem quase amou
Não amou!

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perderam por medos,
nas idéias que nunca saíram do papel,
por essa maldita mania de viver no Outono.

Pergunto-me, às vezes,
o que nos leva a escolher uma vida morna?

A resposta eu sei de cor, está estampada
Na distância e na frieza dos sorrisos
na frouxidão dos abraços,
na indiferença de um bom dia quase que sussurrado.

Sobra covardia e falta coragem
até para ser feliz.

A paixão queima!
O amor enlouquece!
O desejo trai!

Talvez esses fossem bons motivos
para decidir entre a alegria e a dor.
Mas não são.

Se a virtude estivesse mesmo no meio termo...

O mar não teria ondas!
Os dias seriam nublados!
O arco-íris em tons de cinza!

O nada não ilumina...
Não inspira!
Não aflige!

Não acalma...
Apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Preferir a derrota prévia à dúvida da vitória
é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Para os erros
Perdão!
Para os fracassos
Chance!
Para os amores impossíveis
Tempo!

De nada adianta cercar um coração vazio
ou economizar alma.

Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor,
não é romance.

Não deixes que a saudade sufoque,
que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.

Desconfia do destino e acredita em ti.
Gasta mais horas a realizar que a sonhar...

A fazer que a planear...
A viver que a esperar...

Porque, embora quem quase morreu esteja vivo,
quem quase vive, já morreu...

04 janeiro, 2011 21:35  
Blogger EL CANTANTE said...

Caro anónimo, garanto-te que não me conheces e muito menos vou sofrer, com a dita morte anunciada que incutiste na tua moca. Só fazem falta os que cá estão e os outros que virão. Mensageiros da desgraça, sempre conheçemos bastantes , basta olhar para a crise que atravessamos e conhecerás os autores. Felizmente ainda não senti, mas também não sou aventureiro, que tenha peito para bala e rabo para cartucho.
Jamissone que deves ser menino de coro, bem afinadinho, digo-te que mesmo desafinado não te vou dar música, nem cantarei na clave se Sol, mi em cima de si , sem dó nenhum... Agora dediquei-me à ópera e certamente não gostas. Canto só no banheiro, para não assustar os vizinhos e com o barulho da água nem noto a desafinação.
Davas um bom candidato, se bem que és atinado (afinado), mas devo dizer-te que o cargo (lugar) está exemplarmente ocupado pelo nosso amigo Augusto. Força amigo e demais colaboradores.
Como sempre fala o amigo Jorge, tem de haver provocação, para haver o arauto da reacção.
Parabéns aos nossos poetas, mas ainda não descobri aquele que eu conheci e que apelidava-mos, como tal, desde os tempos da Falperra.
Para terminar, penso eu de que...;
Mais vale morrer do que perder a vida.

05 janeiro, 2011 10:04  
Blogger Anonimus said...

Pensar e Realizar


Eu visitei o http://www.lagenegra.blogspot.com/


Pensar é criar ideias, soluções, resolver problemas de toda a ordem, selecionar o que haverá de ser útil e servir para tornar a nossa vida feliz.

Pensar também é criar pensamentos que sirvam para o próprio aperfeiçoamento e superação, como também ajudar outras pessoas nesse sentido. É um acto criativo onde a participação da sensibilidade é de extrema importância.

Em todo o processo de criação de um pensamento na mente, que começou como ideia, uma imagem mental, até à sua manifestação neste mundo material, entrou em jogo essa função, a de pensar. Nesse caso, para a realização de algo físico, sólido, material. Muitos outros pensamentos podem ser criados para facilitar o trânsito pela Terra e seriam como insígnias que nos garantissem transpôr os obstáculos da vida sem maiores dificuldades: paciência, tolerância, bondade, temperança, decisão, virtudes, enfim, produtos da nossa criação mental, da nossa capacidade de pensar.

Pensar não é recordar, uma outra função mental, e nem ser dirigido por pensamentos alheios. Pensar é maior, é ser criador dos próprios pensamentos e construtor do destino individual. Pensar é saber identificar os pensamentos que se tem na mente, em geral vindo de outras mentes, e selecionar o que haverá de ser útil para a nossa vida. Não é fácil e nem difícil. Exige constância, dedicação. É um aprender que pode e deve ser iniciado na infância. É uma arte pouco conhecida pelo homem moderno que já começa a fazer parte das preocupações dos educadores e haverá de conformar a pedagogia do futuro.

Pensar em Deus, na vida, no tempo e na morte, ao invés de aceitar passivamente suposições fantásticas e irreais sobre os conceitos mencionados, poderá ser o fio condutor que faça o ser humano sair do labirinto em que se encontra aprisionado por ideias sombrias e preconceitos seculares.

A verdadeira liberdade é a de pensar. É assim como o ser humano, o espírito humano, respira; pensando com liberdade, que é o mesmo que criar, que é o mesmo que ter um domínio sobre os pensamentos que habitam a própria mente ou que perambulam por aí de mente em mente fazendo os estragos que todos sabemos quais são.

Ser livre é usar com liberdade a inteligência, todas as suas faculdades, não somente a memória e a imaginação, como nos têm pretendido impôr aqueles que nos querem manter atados às rédeas da submissão e da imposição.

Os tiranos, os ditadores, os inimigos da liberdade não querem que ninguém pense, porque tal grito de liberdade, tal oposição às imposições é a ameaça ao poder que as ânsias de domínio desenham nas suas mentes doentias.

Pensar, observar, raciocinar, reflectir, combinar e julgar são algumas faculdades da inteligência que não têm sido muito exigidas ou desenvolvidas pelo ser humano que pode, num grito de liberdade, deixar de ser joguete ou escravo de pensamentos alheios que nada têm a ver com a felicidade almejada pelos que sonham com a liberdade.

Pensar faz bem para a mente que reside no cérebro, para o corpo e para o espírito que se renova com esta actividade criativa, pois pensar é criar, respirar espiritualmente.

O exercício diário da função de pensar, onde entrarão em jogo o interesse, a atenção e o entendimento, fortalece a inteligência nas leituras e na criação pessoal que qualquer um pode realizar. Será também necessário aprender a ler a própria realidade pessoal e interior, e modificá-la, caso seja necessário. A ninguém está vedado desenvolver a própria capacidade mental e libertar-se da rotina monótona dos dias que se sucedem sem nenhuma renovação; basta querer, pensar e realizar.

Não existe maior triunfo para a figura humana que pensar com liberdade e criar um futuro feliz através da própria inspiração.

05 janeiro, 2011 20:37  
Blogger Augusto said...

EL CANTANTE deixou um novo comentário na sua mensagem "SEM COMENTÁRIOS Apesar de a intenção que presidiu ...":

Que Madalenas, só vos falta chorar, mas na verdade é lindo que alguém dê valor a um canto do mundo que nos fez crescer e ser o que hoje também somos.
BOM ANO 2011



Publicada por EL CANTANTE em ************AAACARMELITAS************ a 03 Janeiro, 2011 18:45

05 janeiro, 2011 23:05  
Blogger Augusto said...

teresa silva para mim
mostrar detalhes 4 Jan (há 1 dia)

teresa silva deixou um novo comentário na sua mensagem "SEM COMENTÁRIOS Apesar de a intenção que presidiu ...":

Olá caros amigos e companheiros desta longa jornada. Aproveito a oportunidade para vos desejar um Bom Ano, com tudo de bom, que todas os vossos desejos se concretizem.
Não pensem que tenho andado desaparecida, apenas não tenho tido tempo para vos escrever,mas tenho lido atentamente o que por aqui se passa.
Gostei particularmente daquela "guerrinha" lá atrás entre o Jorge e o Anónimo. Muito interessante. Ainda hei de voltar a ela.
Mais um ano findo com muitas alegrias e tristezas que fazem parte de qualquer ser humano. Até Jesus teve os seus momentos de alegria e de tristeza, por isso se fez Homem, por isso Deus deu ao mundo o Seu filho. Que mais queremos? Só temos que demonstrar este amor para com os outros, para com os irmãos. Façamos vida com os irmãos. Este é o desafio. Saber aceitar, saber perdoar, saber ouvir, saber dizer aquilo que deve ser dito na hora certa, saber ser amigo, saber encorajar. Não somos perfeitos e também temos que ter a humildade de reconhecer quando erramos. E começar de novo.

Bem haja a todos e um bom ano!!!!!



Publicada por teresa silva em ************AAACARMELITAS************ a 04 Janeiro, 2011 00:15

05 janeiro, 2011 23:05  
Blogger ACOSTA said...

ANO NOVO, Vida Nova-ouvíamos nós outrora, mas porque não também VIDA RENOVADA?...

Tempo de Balanços, de Análises, de fazer Planos para o futuro,de Sonhar ter melhor vida,melhor saúde, de ser Feliz.

O tema que nos é proposto neste forum é muito
importante. Este é ano de eleições e não sabemos se a actual direcção com o actual presidente, se quer recandidatar e com que equipa ou com com que programa. Concordo com o El Cantante que esta Direcção, no seu todo, tem feito um trabalho muito meritório, aliás não deve haver no País Associação de Antigos Seminaristas com tanto trabalho feito,e com as limitações que conhecemos. Este bog é um dos exemplos daquilo que estou a descrever. Também é dever de todos os AACarmelitas contribuirem para que a AAAC se fortaleça, mesmo que às vezes pareça que esteja fraca.Daqui lanço novamente um apelo aos mais novos dos anos 70, 80 e 90 que entrem neste espaço para comentarem, mandarem os seus palpites,os seus "desabafos" ou até críticas, porque aquele dito antigo permanece actual."da discussão nasce a luz".Abraços e já agora Boas Festas de Reis(hoje 6 de Janeiro)

06 janeiro, 2011 14:54  
Blogger EL CANTANTE said...

Até tu Costa, com esses retratos todos que fazes o favor de nos presentear e fazer de nós mais bonitos que na realidade, mereces o nosso aplauso. És um artista, mas tira também retratos aos feios, para ver se se juntam aos camafeus que por aqui andam, rsrsrrs.
Quanto ao assunto da continuidade do Blog e da AAACarmelitas, achas que o amigo Augusto, enquanto tiver forças, deixa isto tombar!!! Nem penses, é homem de fibra e gosta do que faz.
Um abraço amigos

06 janeiro, 2011 15:24  
Blogger jorge dias said...

Bonito como deve, mas muito em unicidade, e não se quer, assim morre! Mas quem o viu e quem o vê! Que grandeza de palavra anda por aqui!

Ainda do espaço sem comentários retiro de uma afirmação do Mário a visão deste espaço como troca de pensamentos, ideias! Penso que nesta afirmação, que apenas tomo pelo sentido mais generalista e sem rigor de citação, falta a vida! Tudo tenho feito para que haja manifestação do pensamento, mas também da vida! E não é bem a mesma coisa!

A abertura deste espaço, se fosse temático, era muito bom, mas seguramente vai ficar rapidamente espaço de tudo. Volto a sugerir a possibilidade de vários espaços temáticos onde entrariamos directamente a partir de ficheiros à esquerda e, claro, também um espaço de tudo!

Futuro da aaacarmelitas!
Continuo a aguardar por sugestões muito concretas que, aquando da aprovação dos Estatutos, me pareceram ser intenção de alguns, no sentido de uma maior proximidade à Ordem, quer como terceiros, quer como colaboradores cristãos de maior proximidade! Não vejo porque não poderia haver um núcleo de terceiros, se alguns tanto o desejariam ter ou fazer e dele serem parte! Mas, aquilo que me pareceu ser um núcleo em fermentação de qualquer coisa, esfumou-se?
Não alinho naquelas críticas que já vi por aqui de que deixaram a Ordem e agora querem regressar a ela. E porque não, se a vista que agora têm da planície ganhou outro horizonte!? Como alguém referia bem há pouco acima, afinal sempre seremos também,a par do presente e do futuro, o nosso passado!
Pareceu-me ver sugerido que alguém renega o passado! Afinal, renegar ou reconhecer que nem tudo foi perfeito? Ele há cada diferença!

06 janeiro, 2011 15:49  
Blogger Evaristo said...

APELO OU RECOMENDAÇÃO

Se todos nos conhecemos, se somos a Família Carmelita porque é que boa gente que até nos deliciam com os seus artigos, recorrem à estratégia de não se identificarem usando nomes artísticos, convido-vos a darem uma ajuda explicando qual o motivo para tal atitude.

Publicai para nós com rosto aberto, ó El Cantante, Mariano, Anónimo, Jamissone e outros mais, talvez os motivos não sejam coincidentes, por isso era interessante, comentarem as vossas razões.

Temos o direito de pensar com o risco de não acertar, salvo melhor explicação estou tentado a dizer que estes amigos vivem perplexos com uma psicose de difícil cura, com a ficção e medo de saírem fragilizados do confronto de ideias, zelosos, preservando a sua personalidade mantendo-se imaculados.

Será que isso vos dá gozo?

Olhem adorava ver o contra informação porque embora de uma forma enviesada identificavam-se os protagonistas, era um óptimo programa com bonecos de caricatura fiel das figuras públicas mais conhecidas, divertidos e sem papas na língua, agora meus amigos não poder imaginar o boneco ou a esfinge dos autores que escreve neste blogue é uma falta de respeito por todos nós, é desolador.

Não precisamos de saber quem são, mas convido-vos a reflectir mudando, todos ficamos a ganhar em prol de um espaço de afectos digno do nome AAACARMELITAS que a todos nos prestigia.

No facebook todos dão a cara, aqui jogam o esconde-esconde, convicto que vos convenci, vamos ter um blogue menos cinzento mais rico e mais colorido, enalteço os pilares resistentes, o Neiva e o Jorge não esquecendo a nossa amiga Açoriana Teresa Silva a quem peço que regresse intervindo com mais assiduidade, os seus escritos são isentos e reconfortáveis.

Costa assino por baixo, mas acrescento que o Presidente Augusto Castro ao reformular a lista que convide um ou dois jovens incluindo aquele que rebocou tanta gente envergonhando-me em 2009, porque pela primeira vez as tripas não chegaram.

Abraços. - FELIZ 2011

06 janeiro, 2011 21:52  
Blogger EL CANTANTE said...

Oh Evaristo, mas se V. Exª. sabe que sou o El Cantante que desejas saber mais!?
Sempre fui conhecido por El Cantante, mal parecia agora , perante os meus amigos, mudar de nome, não te parece?
Sei que sou desafinado, mas dando uma no cravo, outra na ferradura, lá vou calçando os tamanhos à burra.
Sabes que sou muito envergonhado e depois nem as tripas que levas lá para o Sameiro, passavam na goela, se soubesses que sou eu, o El Cantante.
Deixa-me ficar assim, depois digo-te ao ouvido quem é o desafinante que por aqui anda a bater um coro e que todos conhecem por El Cantante.
Estou de acordo contigo, para que entrem também os novos colegas, a apoiar o Presidente Augusto, pois 2010, esteve fraquinho, em relação ao 2009 que foi um encontro impressionante e não só faltaram as tripas, como lingraram num ápice o bagaço do amigo Emídio.

07 janeiro, 2011 10:09  
Blogger Anonimus said...

Direitinho para o meu Amigo Evaristo


Saí à rua. Finalmente parara de chover. Fazia um pouco de frio e ventava, mas mesmo assim havia prenúncios de tempo bom para aquele fim de tarde. Na rua, assustadas com os primeiros frios a sério, as pessoas desfilavam uma coleção de roupas do inverno passado, meio amassadas, cheirando a naftalina, e fugiam com medo do vento que assobiava e brincava com os papéis do chão.

Embora húmidas pela chuva recente, as calçadas possibilitavam o passeio a pé. Ali à volta da praça, o vento, artisticamente, fazia redemoinhos fantásticos, ao levantar folhas que estavam no chão, umas verdes e outras amarelecidas, deixando-as em suspensão, quais ilógicos móbiles, revolvendo a poeira e assanhando cabelos e levantando algumas saias descuidadas... A variedade das cores das roupas, com o rosado do fim de tarde que o sol pintava nas paredes, e o amarelo das folhas caídas, davam contornos magníficos àquele debuxo multicor que a natureza brindava. Muitas pessoas fugiam do vento, atraídas por outros compromissos, e não viam essa cena.

Eu não estava a correr, afinal, não tinha pressa. Sabia que aquele momento era irrepetível; era preciso desfrutar daquele concerto da natureza. Gozado como que, movido por uma recôndita sensibilidade, nestas horas a gente fica meio poeta. Como seria bom saber fazer versos, escrever coisas bonitas, emparelhar rimas e armar métricas, para expressar toda aquela emoção que fazia vibrar o meu ser, elevar a minha adrenalina e disparar o coração, comprimido pela festa da natureza que ali ocorria.

Uma senhora ao passar perguntou-me: “Não tá com frio, senhor?” O prosaico da sua observação, quase maternal, afastou-me das minhas divagações; o encanto quebrou-se, e eu, adulta e racionalmente, voltei à realidade, preocupando-me com os problemas banais do cotidiano, o adiantado da hora, o frio, o buscar o pão, o jantar. Absorto estivera eu, que nem reparei o tempo passar, nem o que sucedeu nesse ínterim. Quando dei conta de mim, o sol espremido entre os edifícios, bordava o céu de carmim, como a estender uma colcha escarlate.

O vento, embora frio, já não era forte, e as folhas já tinham ido embora, quem sabe para outras praças, outros invernos... Mas não todas! Uma ficara na minha mão, talvez para testificar-me da veracidade daquele momento vivido, afirmando que fora real o concerto de inverno que eu presenciara. Cuidadoso, guardei a folha com a reverência de um peregrino que recolhe uma relíquia sagrada, para futuros cultos memoriais. Tudo são coisas simples e ao mesmo tempo de incrível complexidade, flagrantes da nossa vida, emoções disponíveis a olhares perscrutadores e a espíritos inquietos.
( Texto escrito no dia 13/12/2010 – dia de Stª. Luzia)

07 janeiro, 2011 22:33  
Blogger Unknown said...

As pessoas que vêm aqui a este espaço ora escrevendo ora lendo apenas o que por aqui se diz, de certeza que gostam. Não importa o nome, mas o que fica é a mensagem escrita, o texto e aí podem-se tirar ensinamentos para a vida se a pessoa quiser. E há muitos pois basta interpretar os textos por aqui escritos. Dou o exemplo do texto anterior do Anónimo em que as mais pequenas coisas da vida muitas vezes têm um significado enorme. São simples e belas simultaneamente. Temos que parar e apreciar as mais pequenas coisas da vida, pois nelas muitas vezes encontramos a calma necessária para outras etapas da vida.
Nesse pequeno momento em que estava apreciando o rodopio das folhas pode-se assim dizer que estava em comunhão com Deus. E o sinal foi a folha que restou na sua mão a fim de testemunhar esta comunhão. Quando quiseres vem cá ao mais intimo do teu ser que eu estou aqui dentro de ti.

07 janeiro, 2011 23:52  
Blogger EL CANTANTE said...

Na relidade, não é preciso dar o nome para se fazer, dizer ou falar coisas interessantes.
O cunho do seu saber e a experiência de vida de cada um, mesmo que encerrado na sua humilde modestia, pode valer tanto ou mais que um escrito de um douto senhor. Na humildade de cada um, podemos observar a beleza do jeito de cada qual. Eu, deu-me para cantar, podia dar-me para pior, mas na minha singela canção de fraternidade, tento a forma de colaborar e até espevitar, os que dormem sem vontade de dar de si, o que melhor sabem e partilhando deste modo com todos.
Quão feliz seria eu, se todos os meus amigos fossem felizes! Era um sinal evidente que apesar da crise que existe, com nossas humildes palavras e testemunhos, vamos dando alento a quem pugna por um dia melhor no amanhã.
Nunca consegui esquer uma linda frase dos tempos da minha avó: " O pouco com Deus é muito, o muito sem Deus é nada ".
Eu não tenho muito para dar, mas dou o que sei e o que posso e a mais não sou obrigado!
Aqui vamos tendo o conforto dos nossos amigos e dos críticos que no fundo até entendem que este espaço nem é para lamechices, mas que diabo, se a vida é uma roda viva, deixemos mesmo aqueles menos sapientes e anónimos desabafarem à sua maneira e á sua medida, porque quer digam quer não, se eles desaparecem, vão ficar dois ou três a clamar no deserto e então, podem crer que terá mesmo a morte anunciada, o nosso estimado blog.
Já agora, onde anda o Neiva? Foi viajar e não voltou mais? Espero que não estejas mal camarada! Ou ainda estás a curar as cardinas das Festas? Estou a brincar, mas como o Evaristo te ofertou aquela pomado, quem sabe se não a emborcaste todo nesta virada do ano... Um abrço para todos.

08 janeiro, 2011 12:58  
Blogger Augusto said...

Apesar de não ter o hábito de vir aqui tecer os meus comentários, não quero deixar de expressar aqui o meu pensamento no que se refere a observações que foram feitas neste painel, sobre a minha pessoa, minhas intenções e o meu posicionamento no que à AAACARMELITAS diz respeito.
Presido à Direcção da AAACARMELITAS desde 1993 (há 18 anos) e entendo que os mandatos não são eternos e que já vai sendo tempo de rejuvenescer toda a Direcção da Associação.
O que eu penso ou deixo de pensar, a mim diz respeito e creio que não compete, a quem quer que seja, afirmar que eu penso ou deixo de pensar isto ou aquilo.
Quanto à revisão dos estatutos e AG de 2010, li o texto do Jorge dias e que reproduzo:
“””Futuro da aaacarmelitas.
Continuo a aguardar por sugestões muito concretas que, aquando da aprovação dos Estatutos, me pareceram ser intenção de alguns, no sentido de uma maior proximidade à Ordem, quer como terceiros, quer como colaboradores cristãos de maior proximidade! Não vejo porque não poderia haver um núcleo de terceiros, se alguns tanto o desejariam ter ou fazer e dele serem parte! Mas, aquilo que me pareceu ser um núcleo em fermentação de qualquer coisa, esfumou-se?”””
Sobre o assunto aqui versado, desejo dizer que o fermento demora tempo a levedar a massa e que, neste momento, se vive exactamente o tempo de levedura. Quando acontecer a próxima AG, penso que algo mais se poderá saber. Não se esfumou mas, é como acabo de dizer, tempo de fermentação silencioso mas, creio, muito positivo.
Serão sempre bem-vindos todos os contributos que aqui sejam colocados sobre o tema que abre este painel de comentários.
A todos os visitantes (comentadores ou não), um Feliz Ano Novo.

09 janeiro, 2011 23:18  
Blogger jorge dias said...

Mas a fermentação só passa pela direção? Não tem palavra? Adiante!

Venho aqui hoje em peregrinação para saudar o aparecimento do Evaristo! Meu caro, só vais ter jeito para isto se vieres mais e não fugires das nicadas! Garanto-te que quando for ao teu restaurante não vou perguntar pelo dono nem pelo nome do cozinheiro! Só farei isso se a comida for fraca! Mesmo assim, será só por provocação! Se for fraca não volto mais!

A minha peregrinação vem ainda com o objeto específico de saudar "el Cantante" e cito:

"Quão feliz seria eu, se todos os meus amigos fossem felizes! Era um sinal evidente que apesar da crise que existe, com nossas humildes palavras e testemunhos, vamos dando alento a quem pugna por um dia melhor no amanhã."

Abençoado blog que para tais pensamentos dá espaço!

10 janeiro, 2011 00:32  
Blogger Mario Neiva said...

Milagres da Ciencia e Milagres da Fé

Há dias li aqui na net duas notícias que merecem um pouco de reflexão. A primeira contava que o falecido Papa João Paulo II fizera o milagre necessário para se iniciar o processo da sua elevação aos altares. A segunda anunciava a descoberta de um processo revolucionário para detectar as células cancerígenas e que também abria caminho ao tratamento personalizado do cancro.
Não pude deixar de pensar na profunda diferença de atitude dos homens da ciência que procuram servir a Humanidade e dos homens da fé que parecem estar mais preocupados em servir-se cada um a si próprio. A "pedagogia do milagre" está voltada para o individuo e para o destino individual. De certa forma, esta pedagogia cristã do milagre veio preencher o insuportável vazio surgido entre as primitivas comunidades cristãs, após a esperança frustrada da "segunda vinda" de Cristo, tão profusamente anunciada pelo incansável apóstolo S.Paulo. Esta segunda vinda coincidiria com o "fim dos tempos" em que, milagrosamente, a terra e os céus seriam transformados, juntamente com a própria Humanidade. Nessa altura, toda a pedagogia da fé tinha como destinatária a comunidade como um todo, seja para a vida presente, seja para a morte e ressurreição. Foi esse espírito que fez com que os primitivos cristãos vendessem os seus bens e entregassem o produto da venda nas mãos dos apóstolos para serviço de todos. Foi nesse tempo que se consagrou a sugestiva metáfora da Igreja como o "Corpo Místico de Cristo". E esta "igreja" era para a universalidade dos homens.
A "segunda vinda", porém, não aconteceu e desde então até aos nossos dias o cristianismo teve que adaptar não só a sua fé e a sua esperança como também a sua teologia e pedagogia. O resultado foi uma flagrante fileira de contradições entre a palavra dos textos sagrados e as práticas religiosas, exemplarmente ilustrada nesta história de milagres ao jeito da salvação da alma de cada um , que não do homem todo ressuscitado e de uma comunidade ressuscitada.
Se eu pretendesse estabelecer uma ligação entre o cristianismo de S.Paulo e os caminhos percorridos pela ciência, diria que os cientistas estão a concretizar a ressurreição anunciada por S.Paulo, embora de uma forma que ele não poderia suspeitar. É, claramente, uma ressurreição resultante da obra da comunidade humana e para sucesso da mesma comunidade como um todo.
Nesta perspectiva, o culto dos milagres como este que acaba de ser anunciado aparece como um perfeito anacronismo face à evolução das diversas ciências.
A marcha do mundo não pára e, nos tempos que correm, os "prémio Nobel" vão substituindo os santos dos altares.
A canonização vai-se fazendo na Suécia.
Não é o novo culto da "deusa ciência", porque hoje sabemos bem que esta deusa, tanto quanto todas as outras deusas e deuses dos nossos avós, é produto do génio humano. Definitivamente, somos especialistas em sonhar, inventar e criar. Talvez só nos falte mesmo criar um Criador. Não é coisa que não tenha ocorrido a Einstein. Fez a pergunta e tudo...
(In Laje Negra blog)

11 janeiro, 2011 14:28  
Blogger Unknown said...

Se toda a gente pensasse assim hoje em dia as igrejas estariam vazias (não é que algumas não estejam). Não havia viva alma que propagasse os ensinamentos de Jesus.
Aceito que a ciência tem ajudado muito no desenvolvimento da humanidade, mas se a fé não existisse vã seria a nossa vida, desprovida de propósito, desprovida de Amor.
Vou falar por mim agora: Deus está comigo a todo o momento, peço-lhe ajuda quando me vejo numa situação mais complicada, converso com ele como estou aqui a escrever-vos, transmito-lhe todos os meus sentimentos e ele sabe e conhece bem se calhar até melhor do que eu, mas a minha função é mesmo essa descobrir e fazer caminhada com ele.
A caminhada é mesmo assim dividida a dois, ou como se costuma dizer fifty/fifty, se quisermos claro, porque também podemos fazer a caminhada a sós, mas não é a mesma coisa. Porém cada um é livre e Deus deu-nos esta possibilidade sermos livres e depende unica e exclusivamente de nós fazermos a caminhada com Ele.
Mas não é só nos momentos menos bons, mas também nos momentos bons da vida, agradecendo, partilhando com Ele as minhas conquistas,as minhas alegrias às vezes por mais ínfimas que sejam.
Sei Mário que ainda sou nova por estas andanças de blogs e de religião, mas aqui fica a minha opinião.

11 janeiro, 2011 22:30  
Blogger Mario Neiva said...

Eu não diria que a ciência veio substituir-se à fé. Sugeria, antes, que a ciência vem realizar a esperança da fé, "de mais vida". Nesse sentido escrevi que a ciência está dar o seu contributo para a "ressurreição" da Humanidade.
A fé e a ciência são duas marcas distintivas do ser humano. E onde há homens há falhas. E que falhas! De um lado e de outro.
Adorei a sua intervenção, Teresinha.

11 janeiro, 2011 23:35  
Blogger jorge dias said...

Pois é Mário, levaste uma cabazada! É assim sempre que se fica no blog na esfera do pensamento, pensado fora da vida! Pois, e do outro lado emerge a vida límpida e transparente agarrada ao mais puro da boa nova! Amar e estar com... desafios, amigo, e que desafios!

Linha por linha, tanto que te diria! Milagre, meu amigo, coisa linda! Não compliques! Apenas coisa linda! Que outros compliquem o ramalhete, mas tu? Então porque não haveria a ciência de ser um espaço de milagre, de coisa linda? Então não dizes, sonhar, inventar criar!? Milagre um anacronismo ou não será que o anacronismo é atribuíu-lo a João Paulo II? Podendo teres toda a razão, como deitas a razão fora?

Essa dos homens da fé que se servem a si próprios lembra-me alguém que até escreve muito aqui neste blog! Bota faladura com ar de sabedoria de última palavra! Quem é quem?

Já agora, não achas que a parusia (a vinda final de Jesus) resolvia uma mão cheia de problemas a tanta gente? Até a Portugal? E porque raio de razão não podiam os primeiros cristãos, nos tormentos e perseguições mil qie viviam, desperdiçar esse bónus? Conheces os seus sofrimentos, mas conheces mesmo?

Por acaso será que eu próprio por me estar a desfazer dos meus bens ando encapuçado e sou vítima da parusia? Que despropósitos redundantes!

Todavia, quando te distrais, és bondoso e indirectamente dás-me razão! "Talvez só nos falte inventar o criador" e nisso vais a favor do Einstein. O Pobre do Damásio é que não leva os teus favores! Eu próprio sou um sacrílego cada vez que a minha presença conclama a existência de deus! Critérios...

Parabéns Teresa... assim mesmo, como a água cristalina, lado a lado!

Blog! Com vida da nossa, caro Mário! Dos outros, Jesus disse que eram "--------- -------"!

11 janeiro, 2011 23:46  
Blogger Mario Neiva said...

Volto, Teresa, porque me lembrei, a propósito de igrejas cheias ou vazias, do que relatou o Jorge sobre um dos seus filhos "na casa dos trinta" e que, segundo ele, "esta igreja não lhe dizia nada". Porque será? E quantos jovens não pensam exactamente o mesmo? Não será, penso eu, por causa da fé dos homens, mas por causa dos anacronismos como aquele de fazer santos por milagres.

11 janeiro, 2011 23:50  
Blogger Mario Neiva said...

A Teresa foi clarinha, mas tu, Jorge, o que é que disseste afinal?

11 janeiro, 2011 23:57  
Blogger jorge dias said...

"Ouço o meu filho, na casa dos trinta dizer-me que a Igreja não passa mensagem nenhuma, não é apelativa, não evolui, que a malta jovem não vai lá porque os conteudos desapareceram das homílias! Que a Igreja não faz festa e se porta nas eucaristias como o futebol de há 100 anos...Limitei-me a dar-lhe razão, caladinho: Tens toda a razão."

Caro Mário, tininho, então citas mal?
Onde é que o meu filho disse que esta igreja não lhe dizia nada? Conclusões apressadas e citadas como texto. Assim é batota total meu caro!

A verdade é que ele acha que a igreja é uma força, mas, justamente, conclama o seu hermetismo! Andas a ler mal e a citar péssimo e isso, caro amigo, tem nome! Deshonestidade intelectual! Isso não se faz, é batota! Batota total e intolerável! Não se faz! Tu insistes nas tuas mentiras na esperança de ficarem verdades?

Quanto ao meu comentário, tens toda a razão! De facto eu não digo mesmo nadinha, mas só por uma razão, faz-te cócegas! Risos...

12 janeiro, 2011 00:40  
Blogger Mario Neiva said...

Realmente a citação foi de cor e tal facto conferiu-lhe alguma imprecisão, mas não aquela que lhe atribuis. Com efeito, não há grande distancia entre «a Igreja não me diz nada» e «a Igreja não passa mensagem nenhuma».
Fica entretido a saborear o meu ligeiro deslize que eu vou continuar a minha conversa com a Teresa. Ontem fiquei a meio por causa do adiantado da hora.

12 janeiro, 2011 08:40  
Blogger Mario Neiva said...

Para a Teresinha

Permita-me que a trate pelo diminuitivo, porque é assim que eu a "sinto", apesar de só a conhecer pelas palavras que traz a este blog.
Disse que gostei do seu comentário e repito.
A Teresinha foi directa, franca e extremamente comunicativa, quando abriu a alma da sua fé. Por isso disse que «adorei». E a Teresinha merece que eu retribua do mesmo modo.
As coisas deviam ser sempre assim neste blog: não concordo, apresento os meus argumentos e, se quiser, faço comunicação, acrescentando a minha experiência pessoal, íntima até. Fica "máximo".
A Teresinha fez tudo isso lindamente. Apetecia-me dizer: só mesmo a sensibilidade de uma alma feminina!

Teresinha, quanto aos assuntos que dizem respeito a Deus, eu separei dentro de mim os planos, desde que o meu "relacionamento" passou do plano afectivo para o plano do conhecimento. Tudo o que a Teresinha vê e sente na sua fé, eu já vivi o mesmo e com muita intensidade. No seminário passei por ser um «santinho». E pode crer que me esforçava por sê-lo, mesmo que para outros fizesse figura de ingénuo. Recordo com ternura esses tempos. São meus, estão aqui dentro e não os quero afastar por nada deste mundo. São páginas apaixonadas da minha vida. Eu procurava sair da solidão para que tinha despertado, ao atingir a "idade da razão». É uma idade única, esta da passagem para a "autonomia", mas dramática porque nos descobrimos sozinhos perante o mundo inteiro. Os pais deixaram de ser a palavra infalível e o amor garantido; os amigos vão e vêm e, muitas vezes, ou nos chateiam ou não nos compreendem…
É quando buscamos o «amor perfeito» ou «o verdadeiro amor». É a idade das primeiras grandes amizades e das primeiras paixões amorosas...
No seminário ensinavam-nos que a verdadeira amizade e o verdadeiro amor só procedem daquele que é a Perfeição e o Amor: Deus. E n'Ele, Jesus, Nossa Senhora e todos os santos.
Vou saltar todo o processo que fez com que eu separasse a minha afectividade daqueles "ícones" da minha fé. Aliás, muito já ficou dito neste blog. E vou contar-lhe, Teresinha, como substitui dentro de mim aquele que é o seu «companheiro de viagem» e com quem compartilha, meio-por-meio, o melhor da sua afectividade, dos seus sonhos e das suas decepções. Com quem compartilha a vida, como nos conta, sentindo-lhe a "presença" que afasta a solidão na caminhada.

Hoje não tenho dúvidas que foi o aparecimento do amor incarnado, tão real como eu próprio, tão falível e ao mesmo tempo tão confiante, tanto quanto a nossa condição humana o pode proporcionar, que fez a "separação". Sem sombra de artificialismo e sem a ligeireza da rotina, já vai para vinte oito anos que ao chamar a «minha mulher» a chamo de «meu amor». Esteja perto ou esteja longe, tenho sua "presença". Não sabemos, ela e eu, o que é a solidão. E dizemo-lo um ao outro, varrendo sombras de dúvida, se começassem a insinuar-se.
A esta distancia dos anos em que me queria «apaixonar» por Deus, pelos santos e «por todos os irmãos», digo para mim próprio que este amor que vivo no dia a dia, é exactamente aquilo que sempre procurei e nele encontrei a doce paz do espírito no presente.

12 janeiro, 2011 10:01  
Blogger Mario Neiva said...

(Continuação)

Esse amor real, vivido na imperfeição de dois seres, imperfeitos e limitados, sim, está sempre acima de qualquer conhecimento filosófico, teológico e cientifico. Por isso amo e sou amado por uma mulher que faz promessas à Senhora de Fátima, e as cumpre, porque é a sua teologia, a sua filosofia, a sua ciência. A mesma que diz, por brincadeira, que se eu, excomungado da Igreja por ter casado com ela, for para o inferno, «quero ir contigo».
Não pretendo ser injusto com ninguém e, por isso, tomem tudo o que escrevo apenas como o relato da minha experiência. Mas digo-vos que se firmou em mim a ideia de que «Deus, Jesus e Maria» da minha juventude foram, antes de mais, o substituto provisório do amor pelo qual ansiava e acabei por encontrar.
Um amor que está ao alcance de quem o queira encontrar e nele viver.
Assim, «Deus», que «nunca ninguém o viu», como está escrito nos Evangelhos por onde li, constitui objecto do meu pensamento, como tudo o que não compreendo, a começar pela complexidade espantosa do ser que somos. Mas o meu afecto, esse, está, todinho, encaminhado para o meu amor, para os amigos e para o universo todo. E se Deus for o próprio universo, como pensam muitos, então já o amo, e de que maneira, quando abraço ternamente o «meu amor».

12 janeiro, 2011 10:03  
Blogger EL CANTANTE said...

Olá,
Bem disse eu que o Neiva estava a carregar baterias, para aparecer com a rebarba toda neste novo ano de 2011.
O Jorge, sempre matreiro, como era de esperar, não tarda pela demora e manda-lhe uma nicada, a seu jeito, mas mesmo assim, penso que são amigos!
Mas afinal quem anda a fazer batota!?
Já não basta o governo, fintar-nos a toda a hora, quanto mais agora pensarmos que os nossos escrivas deste blog, andam a trocar os olhos aos incautos ou incastos!
Vamos lá ser amigos e companheiros nesta jornada e se pudermos, apanhar uma folha daquelas que no lindo texto do anónimo, acima citado, nos deixou o impressionante saber em transmitir, um sentimento majestoso e digno de ser relido, se vos der jeito, claro.
Imaginem se este caríssimo anónimo interviesse mais vezes( mesmo sem o apoio do Evaristo), para acalmavar, os nossos ánimos que por vezes, nos levam a renegar a existência de Deus. Porém, temos estas provas de amor e conforto, da natureza que dão alento à nossa alma e esperança à nossa vida , já por si complicada, quando mal amada, ou mal encaminhada.
Sejamos amigos e cantemos com fraternidade, porque o povo é quem mais ordena, não se sabe onde, porque tudo isso falhou e infelizmente , vamos depender de esmolas, se não existir o tal milagre dos homens sábios que condenaram, o que Cristo pede a cada um de nós;" AMA O PRÓXIMO COM A TI MESMO ".
Diz o sábio povo e com razão:
" Conhece-los, amá-los e ode-los"...

12 janeiro, 2011 10:24  
Blogger Anonimus said...

Meu caro EL CANTANTE # # # S #

Absalão era um homem justo. Ia semanalmente ao templo orar, fazia jejum uma vez por ano, dava esmolas e não falava mal de ninguém. Um dia o Senhor apareceu-lhe no meio de um fogo e falou: “Absalão, Absalão, vou acabar com o mundo! Os homens estão corrompidos, só pensam em lucros, não respeitam os mais velhos, abandonam as crianças, dorme homem com homem e mulher com mulher. Mas tu és um homem justo, com objectivos, por isso quero salvar-te. Daqui a quarenta dias vai chover. Constroi um barco para ti e tua família”.
E puff, desapareceu.
Assustado, Absalão reuniu a família para dar início a um empreendimento. Um genro, formado em administração propôs: “É preciso organizar! Vamos criar departamentos, como o DEBAR (Departamento do barco), o DEFIN (Departamento de finanças), o DEREH (Departamento de recursos humanos), o DEMES (Departamento de meios e serviços), o DEINF(Departamento de informática) e o DEAUD (Departamento de auditoria). A filha de Absalão, pós graduada em psicologia, disse: “É imprescindível criar-se uma Coordenadoria de selecção, a COSEL, e mais uma assessoria de aconselhamento vocacional, a AVOCA. Um sobrinho, militar reformado, argumentou: “Um empreendimento deste porte precisa de segurança e informações. É preciso criar um Departamento de segurança (o DESEG), nunca se sabe, há muitos subversivos espalhados por aí. E começaram a fazer reuniões. O chefe do DEMES veio, alarmado, comunicar à área de recursos humanos que os cortadores de madeira estavam a reivindicar a periculosidade, e negavam-se a trabalhar nos fins-de-semana sem pagamento de horas-extras. Também reclamavam o não-pagamento do “subsídio de alimentação”. A culpa foi atribuída aos DEFIN que não libertou a verba para comprar as cabras fornecedoras de leite. Absalão exigiu do DEBAR pelo atraso da obra. “É que não há gente especializada. Um concurso levaria mais de noventa dias. Vou convidar um vizinho meu, um tal de... Neul, Noah, Noé, sei lá, que dizem ser carpinteiro, para nos dar uma mão”, respondeu o chefe. Uma tarde, Absalão chegou à sala do DEPLAN e não encontrou ninguém. Perguntou ao ascensorista que respondeu que estavam em greve até que fosse aprovado o quadro funcional, com o programa de “cargos e salários”. Quando retornou ao seu gabinete, no vigésimo andar, Absalão recebe do chefe do DEMES a notícia de que a “comissão de compras” comprou uma madeira barata mas ordinária, que está toda carunchada e só resta pô-la fora. A área financeira exige nova licitação para a compra de madeira. Que fazer, ponderou Absalão? Enquanto assim conjecturava, entra na sala o chefe da COSEL, que informa: “Pesquisei a pasta funcional desse tal Noé e constatei que ele foi admitido sem concurso e sem se submeter a exame psicotécnico. Já mandei demiti-lo”. Desgostoso, Noé resolve ir embora rio abaixo. Não aguentava mais a burocracia daqueles tecnocratas imbecis. Apanhou as madeiras com bichas, que o “controle de qualidade” rejeitou e fez um barco tosco, para ir embora com a sua família e alguns bichinhos de estimação. Ao ver que tudo ainda estava na estaca zero, Absalão apavora-se. Não tinha madeira nem carpinteiro, e estava cercado por um bando de assessores, legítimos ASPONES (“assessores de porra-nenhuma”) e o prazo a esgotar-se. Mandou fazer um e-mail.
De: Absalão. Para: Deus. Assunto: prazo. Texto: “Devido problemas estruturais solicito prorrogação prazo do dilúvio”.
A resposta é imediata.
De: Deus. Para: Absalão. Assunto: prazo. Texto: “Prorrogação negada!".
E começou a chover forte. As pessoas saíram à rua para ver a água que começava a aumentar o caudal do rio. Lá adiante vinha um barco a deslizar na corrente. À frente, uma singela tabuleta: “Arca de Noé”.

12 janeiro, 2011 13:53  
Blogger EL CANTANTE said...

Muito bonito, mas na época, com fuguetões que há, os homens da carcanhol pisgavam-se para a Lua, Marte, ou para a pp. , eu ficava mesmo com o Noé e dava os pregos, já que não tenho jeito para tanta modernice que afundou o país.
Manda outra semelhante á folha, porque isto, está mesmo a precisar de remédio santo e por isso mesmo, não deixo de ser o El Cantante, sempre com meu jeito provocante!...

12 janeiro, 2011 14:24  
Blogger ACOSTA said...

Fé e Ciência e....encaminham-nos para a FELICIDADE????!!!!...

Ó Vós todos que passais (vagueais) por estes sítios,não são belos estes testemunhos???? Até o El Cantante também está "filósofo" neste dealbar do novo ano.Pela parte que me toca, tento registar alguns"apanhados" da vida real (ou dos reality shows) que me vão aparecendo e não defraldar muito as evidências,às vezes até "pinto-os(as)" bem pintados para não serem tão desmancha-prazeres.

Mas queria voltar ao tema Fé-versus-Ciência, ou as duas coisas juntas, que nos deverão conduzir à felicidade (neste mundo) porque no outro(?)não me pronuncio porque pouco ou... mesmo nada sei(Alguém já me referiu que não há outro mundo "que há-de vir"CREDO DE NICEIA".Este mundo que existe é eterno.Será????!!!)
Então não há fim do mundo???? Voltamos ao início...

Na procura da felicidade andamos todos, desde que comecamos a gatinhar.Depois, com a juda dos nossos pais, professores,amigos e outros lá iniciamos a nossa marcha; mas como as estradas têm muitas curvas e vários perigos,esbarramo-nos, caímos, tentamos mudar de direcção e quantas vezes só reencontramos o verdadeiro caminho quando já quase não podemos seguir a nossa marcha.

Então, tivemos uma primeira fé, acreditamos que a nossa passagem era através da escola, da catequese,Seminário(aprendizagem e início de um caminho); só que, como o Mário Neiva muito bem explicou acima, (e eu peço desculpa se não entendi o que ele acima referiu), chegou-se a um ponto em que havia dois caminhos completamente opostos: seguir o caminho "dos afectos"-tais como eram propostos naquela altura, (e que eu considerava sem grande possibilidade de êxito porque eu já na altura (com os meus 19 anos) advogava a grande revolução na Igreja,à luz do Vaticano II(que não se verificou na sua plenitude), ou seguir outro caminho talvez mais dfícil( devido à idade em cima do Serviço Militar e com a agravante de ter que me empregar,etc...
Segui este último caminho.Considero que foi a melhor opção.O tempo, a ciência e a grande escola da vida dão-nos razão às atitudes que em certas alturas tomámos.Não cheguei ainda ao fim da caminhada, porque quero continuar a ser feliz comigo próprio, com os meus familiares e com os meus amigos; e por isso sinto imenso gosto em transformar eventos sociais, religiosos, culturais, de moda etc. em propostas de grandes encontros de paz comigo e com os meus semelhantes.Abraços

12 janeiro, 2011 23:39  
Blogger EL CANTANTE said...

Amigo Costa, olha que eu também fui filósofo, mas dos mais fraquinhos e por isso mesmo, ando cá no rodapé, a ver quando posso dar a minha nicada, como diz o Jorge.
Ao Jorge, devo-lhe uma canelada, para retribuir a que me deu no Sameiro, a quando da inauguração do estádio.Sorte a dele que não tem aparecido nos encontros do Sameiro!
Como diz o candidato Coelho ( Madeira ), vamos ver se arrebanhamos mais companheiros para aqui e podermos este ano fazer um grande convívio no Sameiro, para ajudar a esquecer a crise.
Quanto a ti Costa, leva lá o pinçel, para pintar os mais feios e barrigudos, com o teu toque de artista. Abraços

13 janeiro, 2011 09:13  
Blogger Evaristo said...

Acaba de chegar, enviado por um amigo do BRASIL.
comentando tanta dor com as mortes provocadas
pelas enxurradas nos arredores do Rio de Janeiro.


Diferenças entre Religião e Espiritualidade...


A religião não é apenas uma, são centenas.
A espiritualidade é apenas uma.
A religião é para os que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.

A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer, querem ser guiados.
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.
A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.
A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.

A religião ameaça e amedronta.
A espiritualidade lhe dá Paz Interior.
A religião fala de pecado e de culpa.
A espiritualidade lhe diz: “aprende com o erro”.

A religião reprime tudo, te faz falso.
A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!
A religião não é Deus.
A espiritualidade é Tudo e portanto é Deus.

A religião inventa.
A espiritualidade descobre.
A religião não indaga nem questiona.
A espiritualidade questiona tudo.

A religião é humana, é uma organização com regras.
A espiritualidade é Divina, sem regras.
A religião é causa de divisões.
A espiritualidade é causa de União.

A religião lhe busca para que acredite.
A espiritualidade você tem que buscá-la.
A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.

A religião se alimenta do medo.
A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.
A religião faz viver no pensamento.
A espiritualidade faz Viver na Consciência.

A religião se ocupa com fazer.
A espiritualidade se ocupa com Ser.
A religião alimenta o ego.
A espiritualidade nos faz Transcender.

A religião nos faz renunciar ao mundo.
A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.
A religião é adoração.
A espiritualidade é Meditação.

A religião sonha com a glória e com o paraíso.
A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.
A religião vive no passado e no futuro.
A espiritualidade vive no presente.

A religião enclausura nossa memória.
A espiritualidade liberta nossa Consciência.
A religião crê na vida eterna.
A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.

A religião promete para depois da morte.
A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida.



--

13 janeiro, 2011 23:33  
Blogger Mario Neiva said...

Muito gostava eu de ter escrito isto!

14 janeiro, 2011 09:35  
Blogger EL CANTANTE said...

Escreve outro melhor, para passar a perna ao Evaristo, senão escrevo eu, para Cristo, vir cá baixo ver isto!

14 janeiro, 2011 16:04  
Blogger Evaristo said...

Mário pensei em Ti e que poderia dar pano para mangas
já agora comenta em detalhe.

Algumas comparações não fazem muito sentido, outras
são interessantes.


Por exemplo:

A religião é para os que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.

( DESCONEXA)

14 janeiro, 2011 19:44  
Blogger Lima said...

Evaristo

Eu acrescentaria só mais duas linhas:

As religiões são responsáveis pela morte de milhões de seres humanos.
A espiritualidade é fonte de paz e compreensão.

14 janeiro, 2011 21:58  
Blogger Mario Neiva said...

Evaristo, nao vou comentar setença por sentença porque o "poema" vale pelo todo, ou, dizendo de outra forma, pelo pensameno que o ditou.
O Limabar acrescentou-lhe uma pérola: "a espiritualidade é fonte de paz e compreensão"

14 janeiro, 2011 22:39  
Blogger Augusto said...

Ao ler o "poema" enviado pelo Evaristo, pareceu-me estar a ler o "Escalando o Himalaia" de Huberto Rohden [Alvorada, S.P. Brasil, 1983, 2ed.]. Revi-me, tal como o Mário Neiva, por inteiro, neste espelho, nesta obra prima. Bem hajas, Evaristo, por aqui teres colocado "Obra de Arte tão Preciosa". Oxalá sejam muitos os que a reconheçam como tal.!!!
Olhando, de repente, para o que escreveste às 19h44, oh Evaristo, gostava de te dizer o seguinte:
Efectivamente, no “poema” que nos deste a conhecer, tudo faz muito sentido, pleno sentido, e cada conceito está devidamente encastoado no lugar próprio, tal como um diamante se coloca na peça de arte que se quer ornamentar.
Mas a beleza de qualquer peça de arte só se manifesta a quem estiver disponível para a receber.
Gostei de ver o complemento do Limabar. É mais uma pedra preciosa a compor a obra de arte que nos mostraste, Evaristo. Bem hajam todos !!!

14 janeiro, 2011 23:01  
Blogger Augusto said...

Esqueci de saudar a todos:

NAMASTÉ !!!

14 janeiro, 2011 23:43  
Blogger jorge dias said...

Pois, saudados todos, parafraseando o Augusto, e saúdo também e aplaudo a reposta não referenciada a um certo anónimo supra. Oportuníssima postagem do Emídio com apoio pessoal quase total.

Apenas comento uma breve citação, a última frase de uma maravilhoso trabalho, talvez poema, talvez muito mais...

Cito: "A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida."

Comentário:

Bem que eu percebo o desiderato do autor, por isso melhor entendo o seu erro! A isso chama-se espiritualdade autofágica! Espiritualidades centradas em si mesmas são exercícios perdidos de introspeção egótica, narcísica, senão mesmo carregadas de sadismo. A espiritualidade, sendo lícita sobre nós próprios, e necessariamente sobre nós próprios, só pode ter como objeto os outros! Os outros, sempre os outros, como consubstanciadores da razão e da praxis mental que a realiza! A espiritualidade que encontra Deus em nós só fará sentido quando o encontrar vivo nos outros! Os outros, amaigos! Os outros!
Todavia, Emídio, obrigado por este momento maravilhoso!

Caro anónimo, sei que fui duro, mas tinha que ser! Ia lá engolir aquelas diatribes!

Caro, el Cantante,neste espaço, ou nos contemos no vernáculo ou rebentamos!

Entendam, mesmo que assim não julguem, aqui há lugar a contraditório!

Aprecio muito a generalidade da escrita do Mário! Mas, na escrita do Mário há um desfasamento infinito com a realidade! Com a vida! Levei muito tempo a perceber parte das nossas diferenças! Ele próprio, em auto-defesa, deu-me muitas pistas falsas, mas lá cheguei! Mas isso só lhe dá mérito e por isso o aplaudo e, perdoarão, nico, isto é provoco! E tantas que levou de uma comentadora e até gostou! Parabéns Mário! Mas, como tu, somos irmãos do mesmo Pai! Não esqueças, por maior que seja o nico! E ficam-te prometidos um "granel" deles!

Parabéns a todos! Grande animação seus herdeiros da contemplação do Carmelo!

15 janeiro, 2011 00:55  
Blogger Mario Neiva said...

Não tenho jeito nenhum para masoquista. Nem gosto de ver espetar uma agulha nos outros, quanto mais apreciar que ma enterrem no rabo ou no braço.
Confundir uma critica, dura ou macia, com uma carga de porrada, não abona nada em favor de quem tal pensamento emite.
Todos nós temos direito ao diparate, embora os nosssos avós fossem mais "diplomáticos" na linguagem, quando, condescendentes, nos chamavam a atenção para o facto: «errare humanum est».
São uns queridos, os nossos avós.

15 janeiro, 2011 11:08  
Blogger EL CANTANTE said...

Nada disso , caro amigo, uns dias escrevemos melhor, outros pior, ou escrevemos sempre mal, quando não sabemos mais! Rebentar pelas costuras é que não, nem é caso para isso! Nunca inchei, nem farei como o sapo que fumando acaba mesmo por rebentar de tanta fumaça engolir.
Por vezes, nem temos graça nenhuma, nem tão pouco sapiência para uma escrita mais erudita! Porém, entra aqui no blog, boa gente que vai ensinando os menos letrados polindo e limando as arestas dos mais campôneos. Nunca renegarei as minhas origens, porque sou do Norte... carago!...
Porque carga de água iria com esta idade e ao cabo desdes anos todos, dizer e escrever apenas, coisinhas piadosas e religiosas, esquecendo a tal esperitualidade que me parece ser mais sublime, se bem que entendi o que acima ficou resgistado,na postagem do nosso amigo Evaristo.
A guerra das palavras é interessante, mas desde que não haja ofensas ao próximo, podemos chegar à conclusão que da discurssão, poderá advir a luz, ou então ficamos mesmo a saber tanto como antes! Não me envergonho de dizer que " só sei que nada sei ", mas cá me vou governando e nada mal, para aquilo que vejo em meu redor.
Nem todos temos jeito para as mesmas coisas e ainda bem que assim é, porque mal estariamos se não houvesse burros que levassem a carga para o moinho! Já não se usa, mas eram essenciais no tempo da minha meninice, carregando as fornadas, para o pão nosso de cada dia.
De resto, aceito qualquer nicada, porque estou á altura de retribuir, mesmo de fininho, a gentileza que me for observada! Será sempre bem vinda a crítica construtiva! Se for destrutiva, também diz o ditado de à longa data; " quem com ferro mata, com ferro morre ".
Tenham um bom fim de semana na paz de Cristo Retentor.

15 janeiro, 2011 13:07  
Blogger Anonimus said...

Dedicando aos Amigos(todos)do BLOG AAACARMELITAS

Espiritualidade


Que bom seria se o homem só podesse
No irmão olhar sem desconfiança,
E a ninguém jamais o mal fizesse,
Imerso na fé e na esperança!

Que bom seria se a gente quisesse
Viver a vida simples da criança,
E fazendo do frio lume que aquece,
As mágoas varresse da lembrança!

Sim, viver no sorriso e na alegria,
na paz e no amor eternamente,
hora a hora, sempre, e dia a dia!

E partir, ao terminar a jornada,
Levando desta vida tão somente
A certeza de que não fomos nada.

15 janeiro, 2011 13:23  
Blogger Mario Neiva said...

No "poema" que o Evaristo nos trouxe, o enfoque é colocado na espiritualidade do ser humano, um privilégio único da Mãe Natureza e fruto da nossa mente consciente.
Da actividade do espírito humano resultam as artes, a filosofia, as ciências e a religião. E, por último, proporciona o «encontro de espiritualidades» a que nós chamamos amor e amizade.
Um homem para estar à altura da sua condição humana tem de considerar que as filosofias, as ciências, as religiões e as artes são a marca e os frutos da sua espiritualidade e nenhum deles pode pretender impor-se como o único ou o mais válido. É tudo nosso e também tudo sujeito a erro, porque essa é a nossa condição.
O ecumenismo entre as diferentes igrejas e religiões tem falhado e vai continuar um falhanço completo enquanto cada um pensar «que a minha é que é a verdadeira». E ninguém pára para pensar que Deus não pode ter revelado uma coisa a Pedro e Paulo e outra coisa a Maomé. Aliás, já pensaram, e muito, mas ninguém quer ceder porque está muita coisa em jogo. E eu compreendo e não tenho a mínima dúvida que as coisas vão continuar como estão, pelo menos até que estas velhas gerações de «pastores» passem à reforma.
Sobre a espiritualidade em si convém salientar que quem não a cuidar e cultivar, acabará um bronco, porque a espiritualidade é, antes de mais, uma capacidade inata e não uma realidade inata, espécie de «espirito separado». Por isso fala-se, justamente, em «crescer espiritualmente».
Temos de cultivar a cultura, tanto quanto temos de procurar o amor e amizade, porque nem a cultura nem o amor caem do céu ou são infundidos na pia baptismal.
Tão verdadeira que é a velha sentença: «um santo não nasce. Faz-se».
Nunca tinha visto estabelecer tão claramente, como neste “poema”, a distinção entre espiritualidade humana e a religiosidade. É verdade que foi destacada pela negativa mas, infelizmente, como referiu o Limabar, a religião expôs, demasiadas vezes, a face violenta e até horrorosa do espírito humano.
Não tenhamos medo da palavra que denuncia, para crescermos em espírito e em verdade.

15 janeiro, 2011 19:00  
Blogger jorge dias said...

Caro Evaristo, peguei numa de Emídio e fui por ali fora! Só revisitando me dei conta do erro! Já voltarei. O seu a seu dono pela oportunidade do poema da espiritualidade!

17 janeiro, 2011 00:02  
Blogger Anonimus said...

Melhor que dar o peixe ou ensinar a pescar é ensinar a pensar. Mas antes de o fazer, será necessário aprendê-lo. Pensar é um acto de liberdade, um saber espiritual que exige saber julgar-se, querer melhorar, sentir a necessidade de evoluir, realizar. E pensar no quê? Em Deus, em si mesmo e nos semelhantes, ensina González Pecotche, o pensador que dedicou a sua vida ao culto da nobre função que as crenças e os preconceitos impedem de realizar.
Deus confunde-se com o homem, com todos os homens, sem nenhum privilégio ou intermediário. Está presente no templo interior que existe no coração de todos e que se chama consciência, a que deveria reger todos os actos humanos, o Deus interior, a bela adormecida que ali jaz prostrada sob as sombras do cepticismo, da ignorância, das crenças e dos preconceitos.
O homem nasceu para pensar e não apenas para trabalhar, se divertir e se conformar com a triste vida rotineira dos que imaginam que a felicidade se resume à posse de coisas que perdem o seu valor quando conquistadas.
O princípio do processo de libertação espiritual pelo pensar resume-se no reconhecimento das próprias limitações e na identificação dos preconceitos e crenças que aprisionam a inteligência nas masmorras da ignorância. E a maior ignorância é ignorar-se, não se ver, desconhecer-se. Mesmo o mais letrado, o mais culto, pode ser um ausente de si, de sua consciência.
Mais do que o axiomático ”conhece-te a ti mesmo” do ilustre personagem mencionado por Platão nos seus diálogos, se sobressai o “tudo o que sei é que nada sei”, principio de todo o processo de libertação pelo pensar.
Se não me conheço, desconheço a minha capacidade de criar. Se não sou um pequeno criador, não posso sentir e compreender o grande Criador.
Todo o ser humano pode ser um criador, mesmo não sendo artista, e compreender melhor o Grande Criador, o Deus único, tão distante do materializado homem moderno. E a maior obra de arte que um ser humano poderia realizar seria a de criar a sua pessoa tornando-se um indivíduo melhor, em constante aperfeiçoamento; essa sim seria a obra-prima, a maior obra de arte, a única que poderia merecer tal classificação.
Deus não está nas alturas, nos livros, nos templos ou nas desgraças; nem nas pestes ou doenças incuráveis. Ele não traz o tom pesado e vingativo; não pune, não castiga, não deprime; ensina, reconforta e traz esperança. Está num sorriso infantil, na emoção de uma descoberta, num instante de reflexão, na generosidade de quem ensina. Maior do que tudo quanto existe, que o mesmo Universo, tem em cada coração um pequeno templo despojado do ouro e da pompa, do ar pesado da intolerância e da incompreensão. Para penetrar no seu interior, muitas vezes inacessível à pretensão e à ignorância, é exigido que se desenvencilhe da pesada carga de preconceitos, da incompreensão e dos defeitos que vêm dominando a mente humana, impedindo-a de contemplar a Verdade pela névoa da ignorância que cega o seu entendimento.
Um homem afastado de si e dos semelhantes é desatento, distraído de Deus, inconsciente.

17 janeiro, 2011 13:50  
Blogger Mario Neiva said...

Subscrevo quase por inteiro, Mariano. Quem não tem vida espiritual, não chega a ser mais que uma «capacidade de homem». Infelizmente, também pode ser desenvolvida uma espiritualidade monstruosa. Essa mesma, a dos «espiritos malígnos que andam pelo mundo para perder as almas». E se há cada um!

17 janeiro, 2011 17:03  
Blogger Anonimus said...

A fé de cada dia!

Quem caminha pelas ruas da cidade, pode observar as mais diversas paisagens urbanas. Avenidas, praças arborizadas, calçadas, que apresentam peculiaridades pitorescas, como a que vemos na rua do correio...Enfim, uma gama de cenários interessantes, ainda que se encontrem, muitas vezes, compostos de elementos que destoam da natureza e maculam a singular beleza que se nos oferece aos olhos, pois a limpeza das ruas anda a deixar a desejar...
Nas minhas caminhadas matutinas chamou-me a atenção um personagem constante, uma figura que diariamente cruzava no meu caminho. Deve andar pela casa dos sessenta , porte pequeno, possui a desenvoltura e agilidade característica de quem sabe bem para onde está a ir.
Durante meses observei-a perambulando pelas ruas; óculos, boné e roupas apropriadas. Mantinha uma cadência constante, um ritmo quase monótono no caminhar e a cabeça sempre erecta, a postura adequadamente alinhada e um quê de serenidade ao movimentar-se.
Chamou-me a atenção o facto de que na maioria do tempo, andava de olhos fechados. Diversas vezes, ao andar lado a lado, observei este detalhe, e me intrigava sobremaneira este comportamento atípico.
Era uma pessoa atenta, pois jamais deixou de me cumprimentar quando os nossos passos nos colocavam emparelhados, por alguns minutos, o que ainda mais me intrigava.
Um dia, não resisti, ao aproximar-me dela, cumprimentei-a e, aproveitei o ensejo, puxei conversa com a intenção clara de a indagar sobre o seu comportamento. A dado momento o fiz, e deixei que a curiosidade me vencesse, perguntando-lhe abertamente, o porquê, de na maioria do tempo, caminhar de olhos fechados.
Não me surpreendi com a sua simpatia e espontaneidade ao me responder, pois tudo nela transmitia autenticidade e franqueza. Assim, com naturalidade disse-me que enquanto caminhava, ia orando e conversando com Deus, e como já conhecia de sobejo o caminho, podia se dar ao luxo de assim proceder...
Ouvi atento a sua explicação singela e despretensiosa, e admirei-me com a sua lógica, que de certa forma esbarrava com a minha.Um pouco mais prática e realista...
Continuei a observar dia após dia, encantando-me com a sua inocente presença, que parecia enfeitar o caminho por onde andávamos, e a cada manhã, lembrava-me enternecido da razão dos seus olhos se fecharem...
A semana passada, andava eu como sempre, quando avistei a razão de minha admiração matutina, que caminhava à minha frente. De repente, percebi um movimento estranho e numa fracção de segundos atinei espantado com o que aconteceu. A minha personagem predilecta tinha colidido de forma abrupta com um poste!...
Apressei-me a ir ao seu encontro para a ajudar e quando estava a poucos passos do meu destino, parei ao observar a cena que se desenrolava à minha frente e ouvi com surpresa a minha amiga.
Enquanto pegava no boné, que havia caído, e recolhia os pedaços dos óculos estraçalhados, ouvi quando ela dizia em voz indignada:
Oh meu Deus! Estava eu a falar contigo, o que é que custava me avisar do poste!
Vejam vocês!

17 janeiro, 2011 22:21  
Blogger jorge dias said...

Esta deleitou-me:
"Oh meu Deus! Estava eu a falar contigo, o que é que custava me avisar do poste!
Vejam vocês!"

Pois, mas é mesmo assim, a criação tem leis, mesmo quando se fala com Deus!

Esqueceu-se, porque ela bem sabia e a fé de cada dia deve ter isso em conta!

Como eu gosto de andar de olhos fechados, correndo! Mas abro-os ao viés porque leis são leis! Se a maior ignorância é ignorar-me, obrigado anónimo, porque o haveria de fazer?

Este tema de a realidade que se nos impõe com as suas leis, lembra-me um outro, o da intuição, aliás hoje sugerido em um programa de televisão: o convencimento da accção sem argumentos, a inteligência por excelência, a inteligência que acorda o corpo para a mãe salvar o filho! A inteligência que revela ao professor a fraqueza do aluno, a inteligência que grita alerta Europa ignorando ainda as razões desse grito, a inteligência do bombeiro que lhe revela alguém debaixo dos escombros sem sinais disso, a inteligência que revela ao pedreiro a reparação em local inpensável da construção, a inteligência não racional, mas racionalizável, que revela o caminho sem os argumentos ainda se revelarem! Intuição? A inteligência que leva o médico a descobrir nos terjeitos corporais e interjeições verbais do paciente o verdadeiro diagnóstico! Intuição, se me fora permitido dizê-lo, a inteligência dos anjos mais própria e próxima dos homens, intuição, a inteligência dos factos e dos fenómenos, por quem os intui, e os percebe, sem ter argumentos para o fazer! Intuição, até, a inteligência de que só no amor somos felizes sem o podermos justificar!

Eu afirmo que o caminho, por esta senda, é maravilhoso! Mas isto digo eu que sou intuitivo e muito menos racionalista! Mas sei lá! Sei todavia que a maior ignorância seria ignorar-me e até me esconder! Parafraseando o comentador acima, "tornar-se melhor", e parafraseando tornar-se pessoa (Carl Rogers), muito mais, mas muito mais pela via da intuição! Como assim? Claro, sermos porque entendemos que devemos ser, se for para bem dos outros, sem cuidarmos dos argumentos que nos levam a ser!

Temos direito a viver sem argumentos? Obviamente desde que os outros não se queixem!Aleluia (alelui=louvem, ia= jahvé)!

17 janeiro, 2011 23:07  
Blogger Anonimus said...

“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine”. “Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, ao ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, eu nada serei. A fé sem obras é morta”.

A faculdade intuitiva existe, em cada um de nós, em estado latente. A Intuição é como disse antes uma faculdade estranha que nos permite a revelação directa de factos; não há necessidade, por esse conhecimento, de apelar para as faculdades habituais do nosso espírito; a noção salta por si mesma, sem que a pessoa intuitiva utilize a razão.
Pode-se também afirmar que: a intuição não é, pois, as mais das vezes, senão uma das formas empregadas pelos habitantes do mundo invisível para nos transmitirem os seus avisos, as suas instruções. Outras vezes será a revelação da consciência profunda à consciência normal. No primeiro caso pode ser considerada como inspiração.
Pela mediunidade o Espírito infunde as suas ideias no entendimento do transmissor. Este fornecerá a expressão, a forma, à linguagem e, na capacidade do seu desenvolvimento cerebral, o Espírito achará meios, mais ou menos seguros, e abundantes, para comunicar o seu pensamento com todo o desenvolvimento e relevo.
Existe em cada um de nós em estado latente, mas entre alguns seres particularmente dotados, ela toma uma extensão prodigiosa. As ideias vêm directamente ao pensamento, sem nenhuma pesquisa preliminar; elas sobrevêm de maneira imprevista, sem que o receptor tenha a menor consciência do mecanismo do fenómeno. Mas essas intuições não são necessariamente fortuitas.
É possível, em certas condições obtê-las à vontade. Se alguém se acredita pouco favorecido a esse respeito, pode esperar, um dia ou outro, obter algumas manifestações intuitivas que se renovarão tanto melhor, quanto se colocar condições psíquicas favorecidas à sua eclosão. Antes de tudo, é preciso estabelecer a calma em si mesmo. Todos os desejos, paixões, impulsos e arrebatamentos devem ser submetidos ao domínio perfeito da razão. É no repouso do pensamento, que a calma dos sentidos deve proceder, que as grandes vozes se fazem ouvir.
Uma calma soberana deve reinar na nossa pessoa física e devemos obter também a calma absoluta do nosso campo mental e do nosso domínio emocional. Nenhuma vibração violenta e inesperada deve perturbar a nossa ligação com a Divindade; nada da nossa pessoa deve escapar a essa calma necessária. Pode ser instrumento de prospecção do fundo anímico do educando, das camadas sedimentares de perfeições e imperfeições acumuladas nas existências anteriores.
Continua...

19 janeiro, 2011 22:24  
Blogger Anonimus said...

...continuação

Se fossemos explorar a fundo a intuição, levariam o dia todo, e o resultado não seria uma simples matéria, mas uma importante enciclopédia. As pessoas nervosas, sensitivas e impressionáveis, têm um trabalho mental extremamente rápido e este trabalho nem sempre está colocado sob o controle do consciente. As imagens passam no seu cérebro como num impulso cinematográfico, falam com precipitação, como se as ideias ordenassem as palavras.
É com pressa proporcional que as impressões se registam. Os sensitivos guardam no seu inconsciente, uma interminável multidão de pensamentos e imagens de que não tem nenhuma lembrança ou apenas uma lembrança de tal modo vaga que não pensam mais nela ou supõem havê-las esquecido.
São assuntos vastos, importantes, que requerem conhecimentos mais aprofundados, não só pela óptica simples, visto que ela é a base de todas as percepções espirituais. É um disco milagroso da consciência, funcionará livremente, retransmitindo-lhes as sugestões, sistema inicial de intercambio, facilitando a comunhão das criaturas, mesmo à distancia, para transfundi-las no trabalho subtil da telementação (uso de informações obtidas através da virtualidade, os computadores), nesse e naquele domínio do sentimento e da ideia.
A intuição pode ser natural, pode ser inapta a todos os seres humanos, a que podemos chamar “a intuição natural” do futuro excelso que nos foi posto e nos chamam a todos, o famoso Platão explicou-o pela preexistência. “Antes de virmos a esta vida, já tivemos outras, e no tempo intermediário, que passamos no mundo dos Espíritos, adquirimos o conhecimento das grandezas a que somos destinados; donde essa reminiscência, a que chamamos intuição de um futuro, que mal entrevemos envoltos no véu da carne”. E ainda existem pessoas inescrupulosas, que se dizem estudiosas da história universal afirmando peremptoriamente, que Platão era simplesmente um ateu e consequentemente adepto do Ateísmo. “Viverá aquele que, por meio da fé, é aceite por Deus.” Paulo, (Romanos, 1:17). Esta é uma certeza de todo aquele que acredita na palavra de Deus: ele sabe tudo sobre a minha vida. Conhece os mais íntimos dos meus pensamentos. Conhece-me melhor do que eu próprio me conheço. Não devemos, por isso, comportar-nos como o salmista que, ao sentir esta presença marcante e definitiva na sua vida, pensa em fugir.
Mas para onde? Indaga-se. E reconhece Deus em todas as partes. Uma presença da qual ele não consegue escapar. Nenhum outro Salmo examina tão maravilhosa e extraordinariamente o homem e as raízes de criação como este. Nele enxergamos o poder que Deus tem na nossa vida. Um poder absoluto e divino, que prevê tudo o que acontecerá a cada passo a ser dado, em qualquer direcção, pois tudo sabe e tudo vê. Que têm total controle por todas as actividades existentes no Universo. No entanto é um poder sábio, pois concede ao (ser humano oportunidade do livre-arbítrio) não permitindo privilégios. Concedendo, entretanto, que a sua justiça prevaleça, e que cada um de nós receba de acordo com as nossas obras.

19 janeiro, 2011 22:25  
Blogger ACOSTA said...

O PRESÉPIO DE PRISCOS e A CATEQUESE DOS TEMPOS MODERNOS

Este ano, quis juntar-me aos Magos do Oriente e como ocidental peregrino rumei a Priscos usando os meios mais pobres deste tempo:alguns quilómetros de combóio e várias centenas de metros a pé.Cheguei mesmo a tempo de "retratar" a entrada dos Magos na Gruta, a sua Adoração e a minha profunda admiração pelo trabalho de 6 centenas de "actores" muito bem "catequisados " pelo Pe.João Torres. Creio mesmo que este jovem sacerdote pároco terá catequisado mais naquele período natalício do que a maior parte dos nossos bispos nas suas dioceses.

E a sua catequese não terminou na realização deste evento (que está no Guiness da Europa como sendo o maior).Quem quiser pesquisar no site da paróquia verifica que ele prossegue a sua catequese quase diáriamente, pois estes dias dedicados à Semana da Unidade dos Cristãos, lá está a chamada de atenção daquilo que devemos fazer.QUE TODOS SEJAM UM, Ó PAI....Como se pode chegar à verdadeira unidade?...Nao ´é concerteza à partida de dizer:Eu estou certo, vamos ver onde é que tu estás errado; não, eu não sou detentor 100% da verdade, vamos ver se tu também tens alguma razão na verdade que afirmas.

Palavras, muitas; discursos, demasiados.
FÉ, sem obras, é morta.

Num tempo em que se acusa a Europa da "Crise de Valores", será que a liderança religiosa dessa dita Europa tem oferecido a essa Europa algo para alterar o rumo dessa mesma crise?

20 janeiro, 2011 23:50  
Blogger Mario Neiva said...

Meu caro Costa

Na fé não existe a «minha verdade» e a «tua verdade», como não existe o «meu Deus» e o «teu Deus».
Mas tu e todos sabemos muito bem que existe a tua e a minha verdade e, muito naturalmente, embora ninguém o queira admitir, existe o «meu Deus e o «teu Deus». Ambos verdadeiros, para os respectivos crentes.
E quem está «de fora» não pode deixar de concluir: ninguém crê em Deus, porque os crentes têm Deuses e crêem em Deuses.
Nada de novo, em relação aos nossos antepassados das florestas e das cavernas ou das civilizações mais avançadas do Egipto, da Grécia ou de Roma.
Foi inútil a denúncia posta na boca de Jesus Cristo: «quem diz que ama a Deus que não vê e não ama o irmão que vê, é um mentiroso»
Digo que foi inútil porque os cristãos construiram o seu Deus e dizem que é o único verdadeiro, apesar de estar escrito nos Evangelhos que «a Deus nunca ninguém o viu». E quanto a este «ver», os teólogos sabem muito bem que não se trata de ver com os olhos da cara. Mas os mesmos teólogos esquecem depressa esse conhecimento e desatam a descrever «o verdadeiro rosto de Deus». Tanto os teólogos do Ben Ladem como os de Roma.
E como é tão mais fácil oferecer os nossos afectos a quem não se conhece nem se compreende, em vez de os oferecer aos que ao nosso lado fazem a caminhada da vida!
Deus não deveria ser mais que a esperança ao fundo do túnel, deste universo tão deliciosamente enigmático. Fazer do «Enigma da Vida» o destinatário dos nossos afectos e do nosso amor é defraudar o nosso semelhante daquilo que ele merece, anseia e até implora...
Penso eu.

21 janeiro, 2011 10:46  
Blogger Anonimus said...

Gostei "Fazer do «Enigma da Vida» o destinatário dos nossos afectos e do nosso amor é defraudar o nosso semelhante daquilo que ele merece, anseia e até implora..." Mário Neiva

A origem do universo e do primeiro homem na terra pode, por muito tempo, continuar a ser um mistério a ser desvendado à luz da razão, mas facilmente aceite quando a busca se dá pela fé.

A fé leva imediatamente o homem ao encontro do Criador, enquanto a ciência leva ao Criador, através da criação.

A diferença está no percurso e tempo gasto para atingir o mesmo objectivo.

Digo eu.

21 janeiro, 2011 19:48  
Blogger jorge dias said...

Ai os diabos que fui acordar! Reconheço que ao me referir aos anjos, e fi-lo apenas como referência a um modelo, a um paradigma, por ser do senso comum, me estendi ao comprido na calçada mais agressiva!

Mil vezes não, anónimo! Mil vezes não, senhor anónimo!
A intuição é dos homens, não é extra-terrestre, não é o caminho de Deus para o homem!

A intuição é tão somente um instrumento que o homem tem ao seu dispôr, e as mulheres mais que nós os homens! A intuição é da ordem do racional, embora não do racional imediato! Qualquer confusão ou aproveitamento espírita ou "medium" é pura imaginação e fantasia abusiva, se deduzida a partir das dicas que deixei!

Percebo bem que embarcaste, caro anónimo, noutras aventuras cognitivas, mas isso não é a intuição de que eu falava! Na intuição, a prazo, sempre a racionalização é possível! Simplesmente não o é, não lógica comum, no momento! Aliás, omiti, quando escrevi sobre a intuição, a propósito de um programa televiso, que no dia 10 de Novembro houve pessoas que, por intuição, não foram trabalhar para as Twin Towers! ...à frente...

Fico desgostoso que sempre haja quem entenda que o pepino pode ser torcido a seu belo prazer! Haja fantasia!

A propósito de o deus que não avisa do poste, mesmo a quem conversa com ele, diverti-me um dia destes, quando a propósito das mimhas perambulações no passadão da praia das Milicias, aqui mesmo ao lado, uma jovem pubescente, por entre vernáculo afirmativo me dizia também, "corre senhor, corre senhor". Ali mesmo logo o diálogo disparou, ai escola como andas! E então jovem, sabes o significado desses palavrões! Estás como a cigarra!

Mais uma volta e logo saiu:

"No meu correr de formiga
A tua música não me agarra!
Tu somente és rapariga
E já cantas de cigarra!"

Mais uma volta e logo outra:

"Tu és jovem pubescente,
Tu és sol do amanhecer!
Para vires a ser gente
Vais ter muito que crescer!"

Mais uma volta e logo outra:

"De tua boca vem palavra
Como a bala dos canhões
Mais pareces cão que ladra
e sempre foge dos ladrões"

e ainda,

"Sai-te a lógica aos trambolhões
E o verbo impuro desafina!
Vejam, grandes meus florões!
Que crescida, eu sou menina!"


Vejam lá por onde andei, e foi só por intuição!

22 janeiro, 2011 00:36  
Blogger Lima said...

O meu comentário vai para os postes mais acima, do anónimo e do Mário. Ė que estamos em presença de duas faces da mesma moeda que é o homem metafisico. São duas concepções de um mesmo impulso existencial, que o ser humano arrasta desde as noites obscuras da sua origem. As duas são espirituais, as duas transcendem a animalidade do humano. Porém são edifícios que não assentam nos mesmos alicerces, nem utilizam as mesmas gruas na construção dos respectivos búnqueres ideológicos. Uma é racionalista, humanista e discutível; a outra dogmatista, divina e inquestionável.
Qual delas a verdadeira? Uma é a verdade adquirida, a outra a revelada. Cada uma a sua fé; cada uma o seu lugar no homem transcendente, à procura de um refugio para ocultar a triste condição da sua finitude.
O Mário e o Anónimo têm cada um a sua fé; as duas verdadeiras, mas cada uma no lugar.

E por aqui me fico, ciente, porém que o tema é inesgotável.

Só mais uma palavra:
Toda a pessoa que se preza, ao defender as suas convicções deve assumir as ideias manifestadas, sem subterfúgios de dissimulação. As ideias valem por quem as manifesta, e palavras de anónimo são palavras anónimas...

22 janeiro, 2011 15:08  
Blogger Mario Neiva said...

Por outro lado, meu caro Lima, tanto faz escrever Anónimo como António, se não conhermos quem é o António...O problema é quando aparecm vários a assinar comentários com a mesma etiqueta de "anónimo".

22 janeiro, 2011 17:51  
Blogger Anonimus said...

Queria aqui e agora deixar de ser " Anónimo" para me identificar por "Filho do Manuel Fodorico"

22 janeiro, 2011 21:48  
Blogger Anonimus said...

LIMABAR?... Já ouvi falar!

Com o olhar fixo
No antigo crucifixo
Questiono a minha fé
Reluto em ficar de joelhos
Prefiro ficar de pé
E reflito na imagem de Cristo
Um espelho da minha linhagem
E penso no livro sagrado
E no que nele está escrito:
“À sua imagem ou semelhança’’
Verossimilhança ou fábulas para criança?
Desafio o fio da história
E reflito no passado que se enterra
Glória a Deus nas alturas
E na Terra, aos mortais, as agruras.
Não somos iguais e nem semelhantes
E só por um instante no tempo
Somos reais
Julgando-nos filhos de um Deus único
Mas somos empecilhos na sua casa
Querubins sem asas.
E escavo mais fundo, ao profundo
E o que vejo não é escuridão
E sim as luzes do conhecimento
Que parecem não ter fim.
Retorno aos antepassados rúnicos
Povos escandinavos e fenícios
Inícios de outras crenças
Não no DEUS hebreu
E sim em deuses
Das mais variadas ciências
Havia Tyr, também chamado de Tot
Havia Amon e Crom e outros
E para cada, um sacerdote
Sacrifícios e dotes.
Mas o meu ofício não é o de historiador
E nem de blasfemar o nome do Senhor
Sou apenas um curioso
Um questionador furioso
E questiono a vida e o depois da morte
E toda a sorte de dados e referências
E finalizo a perguntar:
Qual é o significado da existência?

22 janeiro, 2011 22:03  
Blogger Evaristo said...

Pois é Neiva, chamaram por mim ...

Os meus argumentos não perderam oportunidade.

O Lima tem razão.Deve ser um colega nosso, mas não é obrigado a dizê-lo, mas depreende-se que este é o seu apelido.

Está demonstrado que este anónimo escreve com alma incluindo-se nos AAACARMELITAS, só que dizeis bem Lima e Neiva o " Anónimo " não possui propriedade na escrita, sujeitando-se a ser confundido com outros anónimos.
Interessante, imaginem esse colega e outros conviverem connosco nos encontros do SAMEIRO OU DE FÁTIMA com um estilo cómico e brincalhão, exemplo " El Cantante " e chegam a casa entram no blogue e já não nos conhecemos.

Não se recomenda esta postura que em nada contribui por uma vivência associativa que inclui colegas que se conhecem há mais de sessenta anos.

Quem vive como muitos de nós com intensidade a vida da AAACARMELITAS pugnando por uma associação maior, não aceita estes cortes de corrente.

A Teresa tem razão não são importantes os nomes, sim num blogue vulgar, mas não com estas características.

Será que água mole em terra dura ...

22 janeiro, 2011 22:55  
Blogger Evaristo said...

SESSENTA ANOS !!! Para alguns

Para muitos há quarenta ou cinquenta.

Já agora só atinjo a idade da reforma

em 2013.

22 janeiro, 2011 23:16  
Blogger Mario Neiva said...

Meu caro Filho do Fodorico

Assim está melhor, mas o apelido é manhoso que se farta!
Já ouviste falar do Limabar, de Lima Barbosa, porque eu falei. É um aa dos velhinhos, foi do meu ano e do Bessa, descobrimo-nos há pouco tempo por causa deste blog, que não é filho de um tal de Fodorico, mas do Augusto Castro, assumido pai do sitio.
E então, Evaristo, gostaste do Fodorico? Olha que eu nem por isso, que tenho medo de me engasgar ao soletrar aquele nome retorcido pra carago. Mas já vi pior.

22 janeiro, 2011 23:51  
Blogger Evaristo said...

Graças ao nosso Presidente que em devido tempo nos documentou. " LEMBRASTE - TE DE ... ?

O António Lima Barbosa, natural de Geraz do Lima - VIANA DO CASTELO é do ano do Emídio, do Delfim do Hilário ( do Zé Carlos já falecido ) e outros.

Neiva Tu e o Bessa entraram no ano Anterior 1957. O teu Ano é Rico em personalidades como o Padre Américo da Silva Barbosa, Pároco de algumas Freguesias do Concelho de Barcelos o D. Vitalino Dantas. Quem mais me marcou do teu ano foi o José Manuel da Costa Ribeiro " O FOZ CÔA . ( Hoje conhecido Professor em Foz-Côa ) Muito brincalhão, desestabilizador do " SILÊNCIO " . Eu era sonâmbulo, então passava na minha cama dava-me com um sapato, ponha-me a falar sozinho, dizia Ele que ligava o Rádio
depois lá vinha o Pe. Reitor e ponha-me a dormir na Enfermaria.

Será que posso falar destas coisas neste blog...
E se o Jorge me der uma " NICADA ".

23 janeiro, 2011 02:32  
Blogger Mario Neiva said...

Meu caro Evaristo, devo ter feito alguma confusão e tal facto resultou da mistura de dois anos, quando eu, o Zé Marques (de Sande), o Foz-Côa,o Bessa e tantos outros demos em «brincalhões» e chumbamos todos no segundo ano. Foi uma razia que só visto, ó Evaristo!
Obrigado pelos ajustamentsos, mas temos de esclarecer que o bispo Vitalino não foi meu condiscipulo. Pode é ter chegado à Falperra no mesmo ano que eu, mas como vinha de outro seminário, já trazia escola feita e saltou degraus.
E agora vou depositar o meu voto, cumprindo o meu dever cívico. E como ele tem o coração do tamanho do mundo, vou votar "Nobremente". Dizem que não tem jeito para a política, mas é mesmo isso que eu quero: que ele não tenha jeito nenhum. Os outros têm jeito a mais. Menos o Coelho. Mas em Coelhos só votava no Domingos, que é nosso, e nos assa as febras todos os anos.
Botai bem, à hora do almoço, uns copinhos de tinto ou branco "da casa".O tempo frio está convidativo. Pena tenho do Emidio, que foi proibido pelo médico de se aquecer com o sumo do fruto da videira. É a vida...

23 janeiro, 2011 11:38  
Blogger Evaristo said...

Os nossos propósitos cruzaram-se, eu também votei em Gondomar ao lado desta Mui " NOBRE " Cidade Invicta.

Estou farto de políticos, este ao menos não ganha, mas tem um trajecto de vida a olhar para os desfavorecidos.

Não há memória que algum Presidente não cumpra dois mandatos, pena é que ao sabermos isso não fosse possível evitar estas e investir este dinheiro numa boa causa.

23 janeiro, 2011 11:52  
Blogger EL CANTANTE said...

Estilo cómico e brincalhão! Oh Evaristo tens cá disto?!...Atiras-me cada uma, como cada qual.
Estava eu tão caladinho no meu canto e lembras-te de me dar uma nicada.Está bem, apesar de eu não ter graça nenhuma, mais vale cair em graça do que ser desgraçado.
Quanto à nobre causa nacional, se não estivesse tanto frio, ainda punha os pés ao caminho, para (botar) votar nesse mesmo, mas olhem caros amigos já não perco tempo com essa podre democracia! Chamem cá o rei, ou o coelho, para fazer rir a malta! Parece-me impossível quando nestas alturas a gente esquece tudo e vai atrás desses palhaços ou alinha nessas palhaçadas.Tem de haver gente para tudo, até para dar bolotas a porcos, neste caso votos.
Tenham boas ideias e sejam felizes.

23 janeiro, 2011 12:49  
Blogger Anonimus said...

Meu Grande Amigo Mário Neiva

Como fiquei feliz por te lembrares de mim!

Gostaria que no Futuro outro faça melhor, eu já dei o que tinha a dar.

Muitos são os amigos outros são AMIGOS!

23 janeiro, 2011 13:14  
Blogger Anonimus said...

Dia de eleição

Queridos amigos
Hoje levantei-me cedo, mas não fui caminhar.
Confesso que "preguicei" na cama, sem sentimento de culpa, aproveitando alguns momentos de tranquilidade, onde nada me era exigido e apenas havia em mim a paz de quem cumpre sempre o seu dever com seriedade, na alegria de viver intensamente!
Depois de me levantar, tomei um bom banho e aprontei-me, não só para um café gostoso como para ir à missa, um ritual que me fortalece para os desafios da semana.
Então, lá fui eu, cumprir o meu papel de cidadão consciente, algo que levo a sério demais, por acreditar que a vida é o resultado da nossa actuação, das nossas escolhas, e assim, a nossa participação deve ser plena, em todos os aspectos da existência.
Votei e voltei em paz, ciente de que cumpri uma tarefa preciosa, que é a de me manifestar em relação à vida comunitária; ciente de ter participado na escolha do rumo que o nosso país tomará.
Enquanto caminhei pelas ruas em direção ao local onde votaria, fui apreciando tudo o que via, observando com atenção o comportamento das pessoas, as acções de grupos que em alguns locais actuavam... enfim, fui me inteirando do que acontecia na minha cidade, neste dia tão importante.
A minha cidade é simpática, e tenho por ela grande carinho, permitiu que nela eu experimentasse as mais valiosas lições da vida!
Pois foi nela que vi as reacções das pessoas, as atitudes e comportamentos que adoptavam, mostrando-se diversificada e repleta de contrastes.
Não pude deixar de reflectir que aqui havia algo importante; pois esta diversidade é preciosa para que possamos buscar caminhos mais razoáveis e escolhas sábias, que contemplem toda a abrangência da vida do ser humano.
Acho saudável as diferenças de opinião e quando bem elaboradas, transformam-se em valiosas fontes de desenvolvimento.
Ao retornar para casa, havia um sorriso nos meus lábios e uma alegria inexplicável no meu coração. O facto de ter exercido a cidadania; ao escolher o candidato a presidente, depois de tanto garimpar informações verdadeiras no meio das propagandas eleitorais; e de ter pesquisado todas as possibilidades, fez-me experimentar um sentimento de paz, de harmonia; a consciência de que exerci o meu papel da melhor forma possível.
Pensei nos meus amigos da universidades que leciono, “jovens” que discutiram comigo algumas vezes os seus anseios e dúvidas, as suas esperanças e desejos, e que foram orientados a buscarem dentro de si, o melhor argumento para que fizessem as suas escolhas.
Fico feliz por ter a certeza de que vários deles fizeram o seu melhor, ao analisar com responsabilidade e interesse os factos que se desenrolaram durante o período eleitoral.
Hoje a nossa nação saberá quem será o novo líder que a irá conduzir pelos próximos cinco anos. E terá a noção do que a espera em termos de ideologia política.
Que Deus abençoe a nossa Pátria, e que o candidato que vencer seja também abençoado, para que se lembre sempre que foi um acto democrático que o escolheu, expressando a confiança que teve na sua pessoa. Que não traia, em nenhum momento, os filhos deste solo, e que se lembre da enorme tarefa que o espera: fazer de PORTUGAL uma nação justa, fraterna e próspera.
Assim, o meu domingo foi enfeitado de verde e Vermelho e o meu coração de branco, que representa a paz. Feliz final de domingo a todos e aguardemos os resultados deste acto democrático que é a eleição.
Abraço verde e vermelho para todos vocês, caros amigos, e até de repente!

23 janeiro, 2011 13:48  
Blogger Lima said...

Um “olá amigo” para o Fodorico, pois filho de Fodorico, Fodorico é. E se o Fodorico nada trouxe de novo, prefiro ler os escritos de Fodorico, (que, como escritos aprecio), do que os de um qualquer anónimo.

Outro “ olá amigo” para o Evaristo. Este sim, o nome nunca me saiu da memória, mas por-lhe uma figura em cima, isso é outra historia. Desculpa-me Evaristo, tanto mais que a meu respeito, (e dos outros), parece estares bem informado. Eu só me lembro de alguns com quem convivi de mais perto, pois como deves saber a minha passagem pela Falperra foi curta. E já la vão cinquenta anos, durante os quais nunca mais tive contacto com os companheiros desse tempo. (Salvo o Beça e o Hilario que cruzei na tropa e o Moreira de S.Juliao de Freixo que encontrei num comboio para Lisboa). Mas já la vão tantos anos!...

Um abraço a todos que ainda se lembram do meu nome, mesmo se já não conseguem ver a minha cara.

Continuem! A família está a crescer, o blog vai ficar curto!...

23 janeiro, 2011 17:42  
Blogger Mario Neiva said...

Continuemos, continuemos...

23 janeiro, 2011 21:10  
Blogger Anonimus said...

Que dia!...

Caminhava eu pela avenida D. Afonso Henriques, sou abordado por um desconhecido, que me perguntava como se poderia nortear na cidade, pois procurava a rodoviária.
Percebi que era de fora, e perguntei de onde vinha.
- Do interior do país, vim de boleia, Senhor!
Solidário no seu desconforto, prontamente me ofereci para o acompanhar até à rodoviária e auxiliá-lo a retomar o seu rumo.
Qual não é a minha surpresa ao o ouvir dizer que não tinha rumo algum e olhando-me de lado, com aquele olhar de quem espera o inusitado, disse-me:
- Por acaso está a expulsar-me da cidade? Está a dizer-me que não sou bem vindo aqui?
Um tanto aturdido, mas plenamente ciente da sua falta de coerência, respondi que de forma alguma faria isso, que ele seria bem vindo à minha cidade, apenas pensei que desejasse ir para outro lugar, uma vez que me pediu para lhe indicar o caminho da rodoviária.
Antes que pudesse terminar o meu discurso, o indivíduo, já um tanto alterado, começa a gritar na rua em altos brados que não tinha o direito de o expulsar da cidade, que não era o dono da mesma e algumas “cositas” mais.
Fiquei completamente aturdido, e sem acção...apenas registar que se aglomerava um bom numero de passantes, compondo uma audiência que poderia até mesmo atrair alguém da televisão, tão afeita a este tipo de situação.
A confusão já era enorme, quando me dei conta de que a polícia estacionava ao lado. Céus!
E, nada do camarada se acalmar,não havia forma de o deter, sem que parecesse mais culpado do que a assistência parecia já me considerar.
Instalou-se verdadeira balbúrdia, uma vez que a presença dos dois policias, não só o elemento em questão bradava a sua revolta, ao suposto exílio ao qual era induzido, como a plateia, que agora era composta de um grupo heterogéneo e dividida, pois já se tinham organizado, um lado apoiando-me e outro defendendo os direitos humanos e condenando o senso de privatização municipal!
No meio desta cena grotesca, via-me a tentar explicar algo a alguém, sem que ninguém se quer notasse a minha presença, tal era a veemência dos discursos que proferiam.
O tal elemento, os dois policias, e ambos os grupos da comunidade, que não paravam de crescer, e obviamente, promovia cada vez mais opiniões divergentes,formavam um verdadeiro espetáculo da cultura popular itinerante, destes que se vê em filmes da década de sessenta.
De repente, ouve-se um barulho de lataria e vidros a quebrar, e por uns instantes aconteceu o impensável,silêncio!...
Um carro em contra mão “chocou” com um camião que circulava acima da velocidade permitida.
Segundos depois a confusão retornou redobrada, para meu desespero e consternação.
Quando parecia que nunca mais haveria coisa alguma a fazer sentido, o protagonista deste episódio, dá um berro atordoante, e grita, sem cerimónia alguma ao motorista do camião:
- Terá que pagar os estragos e a multa, pois a responsabilidade é sua,seu irresponsável!
Nesse momento, o silêncio predominou em toda a avenida,olhos estatelados, bocas abertas, sem que emitissem som algum, falta de acção total. Em segundos, o caos recomeçou redobrado!
Os policias, finalmente resolveram perguntar-me o que tinha acontecido, e ainda que relutante, relatei o pequenino e inocente diálogo inicial deste episódio funesto.
Ao indagarem o elemento, bem, onde estava o elemento? Eis que enquanto todos opinavam a respeito do ocorrido, e os policias me questionavam,e o pronto-socorro chegava, para acudir ao acidente do camião e do carro,o elemento havia desaparecido.
Ninguém mais se entendia. até que se ouviu uma vozinha doce e delicada de uma criança que cutucava o braço de um dos policias.
- Estão a procurar o jovém que estava perdido? Eu indiquei-lhe o caminho da rodoviária, pois ele disse que era só isso que queria, e que nunca viu uma cidade tão atrapalhada!

Uma pequenina nota: Eu também conheci na Falperra, O Evaristo, O Venancio, O Buda, O Charlott,O Acursio,O Bessa, O Favas, O Sampaio, Oh!... Tantos.

24 janeiro, 2011 13:18  
Blogger EL CANTANTE said...

FODORICO?! Que raio de nome fodorentino é esse! Deve ser desses lados dos Açores, oh Jorge...conheces? Por estas bandas, não sei quem seja!
Seja quem for, é mais um elemento para engradecer o nosso Blog.
Sei que o amigo Evaristo, não gosta lá muito, mas tens de te habituar pá, pois nem todos somos lindos para aparecer no retrato, embora o Costa dê umas pinceladelas, para ficarmos bonitos.
Já agora, pergunto aqui e agora, o que se passa com o Coelho, não o da Madeira,( esse é tolo) que anda meio afastado daqui e segundo me parece, desanimou de oferecer a sua preciosa amizade a todos nós, com a sua estimada presença nos iventos dos aaacarmelitas?!
Amigo Coelho, seja lá o que se tenha passado, não desanimes, nem desistas de rever estes velhos amigos que têm por ti uma enorme estima e consideração. Pensa nisso e vai por mim que sou o El Cantante.

25 janeiro, 2011 12:11  
Blogger Mario Neiva said...

Fodorico, se conheces esses que dizes, também me conheces e eu te conheço. Agora fico com pena por não te ver a cara. Mas não vou exigir que a destapes. Afinal, já me acostumei aos eternos oculos escuros do Pedro Abrunhosa.
Não sendo, nada disso, nem do meu gosto nem da minha opinião, continuarei a escrever, com clareza, da raiz do coração.
(Estava a lembra-me do folclore do meu lindo Minho:
«É do meu gosto
É da minha opinião
Hei-de amar a moreninha
Da raiz do coração»)

25 janeiro, 2011 13:12  
Blogger EL CANTANTE said...

Por falar em inventos, este ano vamos ter novamente a rapaziado nova , para dar mais entusiasmo lá no Sameiro?
Levem as violas, violões, cavaquinhos, ou gizos, tudo que fizer barulho, para acompanharem o El Cantante.

25 janeiro, 2011 18:27  
Blogger jorge dias said...

Oh eis mia ein ó que jogo very bien, nicao niqueza eniqueza Kai!

Está na hora de pensarmos no livro!

Viva as nicadas e as fodoricas, amorosas!

Em self-service, cada um toma do que quer!


A propósito, do fundo do coração ou da raiz do coração?

Quanto a nicadas, depende do tempero, fedorentas é uma coisa, fodorentas ou fodoricas é outra! Que bom que há escolha!

Penso que além das duas há muitas mais, cada um é que escolhe as moscas! Elas sempre acorrem a pedido!

25 janeiro, 2011 23:14  
Blogger EL CANTANTE said...

Caramba Jorge, estás pior que o coelho da madeira, botas tudo avaixo, não há voi que te bote os galhos!Nunca se sabe, se um dia destes ainda vais vorrar as votas com vosta de voi e enxotas as moscas com o avanar do ravo. É mais ou menos assim que se bai falando , pelo nossa santa terrinha?! rsrsrs.

26 janeiro, 2011 09:56  
Blogger Mario Neiva said...

«Da raíz do coração», pois claro. O poeta preferiu a sonoridade «raizdo» à quase cacofonia «dofundodo». E depois, a «raiz» dá firmeza e transporta a seiva do afecto...
Enfim, interpretações.

26 janeiro, 2011 16:52  
Blogger Anonimus said...

Meu AMIGO "EL CANTANTE"

A vida mostra-nos caminhos pelos quais seguimos e encontramos pessoas de todas as maneiras, mas as melhores amizades dependem de nós e aí, está a nossa felicidade.
D/C.

26 janeiro, 2011 19:29  
Blogger ACOSTA said...

"...ENCONTROS DE CAMINHOS...Nem só da amizade, contraída nos dias matinais da vida, mas uma certa consanguinidade feita pela participação do mesmo espírito.E, deveras, o espírito é mais que o próprio sangue..."

Este conjunto de frases encontrei, precisamente, na origem da fundação de uma associação congénere à nossa(de antigos alunos)isto foi escrito em 1964...

É que nós não estivemos num Seminário qualquer, onde nos foi ministrada uma formação qualquer(embora com alguns erros à mistura) e por isso "obtivemos"(ou ganhámos ) um espírito, como que uma certa "mística" própria, como se diz no futebol e que nos torna diferentes dos vulgares"seculares" porque estes "são" mais sós, mais individualistas, e nós mais "comunitários", mais espírito de grupo, porque foi sempre em grupo, em conjunto,que vivemos o noso dia-a-dia com as alegrias, tristezas, horas boas, horas menos boas e que eu me atreveria a dizer que quase nos considerámos do mesmo sangue(portanto da mesma família).
E mais uma vez, vai ser em grupo, com as nossas diversas opiniões, com as nossas maneiras de pensar que vamos ser capazes de continuar a realizar coisas belas... creio que a massa está no caminho da fermentação e brevemente ficará "lêveda"
Já agora, para uma melhor fermentação da massa, e se o Emídio pusesse umas pinguinhas daquela pomada da quinta dele, que tal????? Ó Emídio, bota aí umas pinguinhas!!!!!

26 janeiro, 2011 23:35  
Blogger Anonimus said...

Manifestações Escolares!...


A Hora dos Assassinos – um estudo sobre Rimbaud escrito por Henry Miller, o autor evoca o protesto do poeta francês na juventude: “Tudo o que nos ensinam é falso”. E acrescenta que a nossa missão na Terra “consiste em combater os falsos ensinamentos em nome da manifestação da verdade que trazemos em nós.Mesmo sozinhos, somos capazes de conseguir milagres. Mas o grande milagre é unir todos os homens por meio da compreensão”.
O autor publicou o ensaio em 1955 como um grito de revolta contra a crise moral do século 19 seguida da crise espiritual do século 20, a hora dos assassinos, quando “a política transformou-se em negócio de gangsteres”.
O leitor não sabe ao certo quando Henry Miller está a falar ou quando é veículo das ideias, protestos e angustias do poeta francês.
Para eles, o homem não começou a pensar; vive à sombra de si mesmo e de ideias negras, pensamentos monstruosos, a reeditar os grandes desastres que são as guerras, sem se dar conta de que a modernidade exige o desmontar das quimeras e dos dogmas.
“Temos que produzir luz, e não iluminação artificial”.
“Se um único átomo contém tanta energia, o que dizer do homem, que contém universos de átomos? Se é a energia que ele idolatra, por que não a procurar em si mesmo?”, protestou o indignado americano.
É possível que o século 21 seja o das iluminações; que os ambitos escuros dos universos individuais sejam desvelados, iluminados; que o ser humano deixe de ser inimigo de si mesmo, dos seus irmãos, da natureza e do Deus único. E que os dois poetas, e tantos outros seres humanos que nos precederam e que continuam entre nós nos seus escritos, sonhos e esperanças possam ver o despertar de uma nova civilização, a dos homens que entenderam que há mudanças radicais a serem feitas na Terra para salvar o planeta, começando por mudarmos a nós mesmos. Todas as crises humanas que temos presenciado, as políticas, ecológicas, económicas, sociais, têm as suas raízes numa grande crise espiritual gerada por fanatismos e fundamentalismos.
A Verdade está dentro do ser humano. Tudo o que o afaste de si mesmo e dos seus semelhantes é uma grande mentira, uma grande impostura. Tudo o que promova a compreensão e a união dos seres humanos através das suas mentes e das suas sensibilidades colaborará para a construção de uma nova civilização.


Nota: ...Ainda não esqueci o Mário Neiva e aquele seu instrumento musical!O Zé Marques e o seu acordeão. O Emídio Januário com a sua “Cítara”, o Justino e a Flauta, o Coelho e a sua caixa (bateria). Ainda estou a ouvir MAMA SOU TANTO FELICCE na Voz do Cachetas, mas há mais!...

ÁH!... Eu não sou o FODORICO, sou sim, o FILHO do Manuel Fodorico, entendido?

27 janeiro, 2011 13:38  
Blogger Mario Neiva said...

Entendi, FMF, mas não me sai da cabeça a ideia de que se me ponho a soletrar Fodorico, há um neurónio que faz curto-circuito. Pior ainda quando arrisco a divisão silábica do teu pseudónimo arreliador, porque ainda vou a meio da manobra e já me vejo a falar como um comunista...
Porque não és simplesmente «Filho do Manel»? Também podia ser «Filho da Mãe», mas desaconselho, porque já são tantos...

27 janeiro, 2011 16:41  
Blogger Anonimus said...

Óh Mário, pf, não soletres mais, tu és AMIGO do FMF, o resto pouco interessa!

A minha mulher muito se "ri" por eu me lembrar da "alcunha de solteiro" do meu falecido Pai.

27 janeiro, 2011 17:18  
Blogger EL CANTANTE said...

O melhor evento, caros companheiros e amigos, é o reencontro de toda esta gente que aos poucos vai dando o ar da sua presença, ou graça, quer com (fo..rico), quer sem (fo..rico).
Por falarem em instrumentos, por onde andam os Beatles; Venâncio, Justino, Agostinho Neiva, Porfírio, Taipinhas e José Neiva que fizeram furor lá por Braga, nas suas deslocações a alguns colégios que deixaram as miudas com os olhos em bico e sabe-se lá que mais a telintar de assobio!
Muito gostava eu de os ouvir tocar! Note-se, o maestro, Venâncio, também era pessoa entendida no assunto, mas os seus pupilos, cuidado, manejavam aqueles instrumentos com uma mestria espetacular.
Quem me dera voltar a ouvir esses amigos e companheiros, um dia, mesmo com os dedos enferrujados, creio que nunca desaprenderam.
Voltem, amigos companheiros , para alegrar os nossos eventos e nos intervalos do morfes, nos presentearem com a vossa arte de alegrar a gente.
Eu levo mel para adoçar as vozes e o Emídio tem de levar a pomada, para dar corda aos dedos. Pensem nisso e apareçam velhos e novos, porque o que faz falta é animar a malta e aproveitamos para sacudir os calcantes e regressarmos a casa menos empanziandos, rsrsrs. Não será boa ideia?!

28 janeiro, 2011 10:22  
Blogger EL CANTANTE said...

rectifico ; empanzinados,não empanziandos. Também tenho os dedos enferrujados e troco as letras, ou será o teclado que se engana?! Deve ser, ou dedos grossos... " nunca me engano e raramente falho, era como dizia o outro "? Ou seria " nunca minto e raramente digo a verdade, já nem me lembro ".

28 janeiro, 2011 10:50  
Blogger Mario Neiva said...

Boa, El Cantante! Esta é de antologia: "Nunca minto e raramente falo verdade". Encaixa que nem uma luva aos nossos politicos.

28 janeiro, 2011 15:37  
Blogger ACOSTA said...

Ó El Cantante, esqueceste-te do Mário Neiva, mai-lo seu Bandolim,e o Soares(já não falando em mim),o Emídio a tocar a Citara,o Coelho, o Agostinho Gomes-o primeiro vocalista- , o Zé Cangalhas.O primeiro director da Tuna foi o Pe.Ambrósio, penso eu de que....Um dia vamos ter que organizar uma desgarrada e havemos de arranjar algum instrumento para acompanhamento

28 janeiro, 2011 22:49  
Anonymous El Cantante said...

Bom Dia Costa
Eu estava a falar dos últimos da década de 60, porque os antecedentes não tiveram a liberdade desses que foram convidados para actuações exteriores ao seminário, com grande alarido daqueles que também queriam catrapiscar as garinas, mas só os artistas, tinham essas saidinhas.
Quanto a esses tocantes e cantantes, de que falas, todos bem conhecidos e amigos, eram mais para consumo interno, deves lembrar-te bem disso!
Sobre a desgarrada, bora lá com isso, pois o El Cantante também botará umas:

No monte de Santa Marta,
também fui muito feliz.
Brinquei por lá que se farta
e fui malandro quanto quis.

Ainda cheguei ao Sameiro,
mas já sem grande vontade
e mesmo sendo matreiro,
nunca fiz qualquer maldade.

29 janeiro, 2011 09:34  
Blogger Unknown said...

Olá caros amigos.

Muito se vai falando e discutindo aqui por estas bandas.
Eu cá estive de férias alguns dias por isso não me viram por aqui. E estive de férias aí por algumas zonas de Portugal Continental, nomeadamente a cidade invicta e uma outra cidade que não conhecia a Figueira da Foz.
Adoro viajar, conhecer coisas novas, pessoas novas , culturas novas. É uma sensação espectacular fugir da rotina durante alguns dias. Andar a pé descobrir a cidade e o seu envolvimento. Um gin tónico no Peters da Ribeira num lindo dia de sol a olhar para o rio Douro, maravilha.
Coisas pequenas que muitas vezes não damos importância mas que ao fim das contas sabem tão bem.
Nas pequeninas coisas também se encontra a felicidade. Basta saber encontrar e maravilhar-nos com elas, deixar que o sentimento nos inunde e agradecer ao nosso amigo por aquele momento e quem diz este diz outro qualquer em que cada um pode especificar. Mas que há um ser superior a nós, sim há. Nós sem Ele não somos nada, bem como o contrário. Ele precisa de nós para fazer valer a Boa-nova do Amor e a máxima disso é quando o fazemos em comunhão com os irmãos.
É disso que a igreja precisa. De saber cativar mais as pessoas para uma mensagem dirigida ao Amor, dirigida ao presente, dirigida em função do irmão.
Gostei imenso de estar aí, mas também adoro a minha terrinha, esta ilha perdida no meio do Atlântico à qual se dá o nome de S.Miguel.

29 janeiro, 2011 18:34  
Blogger Anonimus said...

Quando o livro de Unamuno caiu nas minhas mãos, eu encontrava-me numa sala da CP à espera de uns amigos que chegavam do interior. Na introdução aos três contos, o autor abordava a questão da criação da personagem com o que eu me vinha a ocupar naqueles dias. A personagem, dentro da mente do autor, deveria começar como uma semente que poderia germinar ou não, como acontece na Natureza. Deveria ter um elemento do ser e um do não ser. Eram novelas e exemplares e um prólogo; exemplares como as de Cervantes depois do Quixote. Pelo que o autor dizia, essa exemplaridade de Cervantes seria mais estética que moral; procurava alguma recreação no espírito fatigado pela lida diária, com o que discordamos; o espírito necessita mais de acção do que de recreação.

Há os que querem ser e os que querem não ser, sejam de carne e osso ou ficção romanesca. Segundo Unamuno, há os heróis do querer não ser e uma diferença entre o querer ser e o querer não ser. Seriam quatro as posições: a) querer ser; b) querer não ser (ambas positivas); c) não querer ser; d) não querer não ser (ambas negativas). Segundo o autor, para se criar a personagem deveríamos estar enquadrados nos dois primeiros casos: querer ser e querer não ser. Ser e não ser, eis a questão.

O homem real, ou o personagem ideal, é o que quer ser e o que quer não ser, o verdadeiro criador. Esse homem sonhador e criador, fazedor de verdadeiras tragédias, que compreende que o sonho é vida, realidade, drama, espera o sucessor dele mesmo que quer ser e que quer não ser.
Acaso o leitor não pretende deixar de ser o que é para ser algo ou alguém melhor?
Acaso nunca sentiu a necessidade de mudar a própria vida?
Quem é essa personagem que todo o criador procura e cuja semente mental e adormecida tantas vezes germinou depois de anos de silêncio? Quem é este incógnito, herdeiro do grande génio criador, adormecido nas profundezas da alma, esperando o toque mágico, o sopro de vida para despertar ao ser e ao não ser?

Pois estávamos ali, estupefactos e desencontrados com as reflexões mencionadas. Víamos Unamuno e Cervantes, e moinhos de vento, e as sete virtudes e os sete pecados capitais, e Sancho que mais parecia ter sido criado por si próprio, e a conclusão unamoniana que todos carregamos as sete virtudes e os sete vícios opostos, e a tragicómica conclusão de que a leitura servisse para matar o tempo e que nos levasse, no final, a matar a eternidade.

Veio-nos, então, à mente o axioma que sintetiza a Lei Universal que aponta para as mudanças com a qual havíamos tomado contacto há anos lendo uma conferência pronunciada em quarenta e um por González Pecotche em Montevidéu
“deixe de ser o que você tem sido se pretende chegar a ser o que você aspira”.

Era como se cada qual pudesse tomar a si próprio como personagem ou obra de arte e realizasse uma reconstrução a partir da eliminação daquilo que estivesse a afear aquela figura primária que pretendia ser algo melhor e maior.

Ser e não ser. Eis a questão.

29 janeiro, 2011 21:13  
Blogger Mario Neiva said...

AH seu filósofo FMF!E que mal pergunte: a tua mulher riu-se mesmo do apelido de solteiro do teu pai Manel? Aprendeu depressa a lingua de Camões...

29 janeiro, 2011 23:56  
Blogger jorge dias said...

Está de festa animada o espaço e a horta da palavra de verdura prenha e plena! As sementes serão de frutos mil como o demonstra a raiz do coração e as verduras nos trarão, no imediato, fibras de qualidade ao aparelho produtivo e digestivo da plavra!

Quanto ao Coelho da Madeira, obrigado comentarista pela comparação elogiosa, mas o Coelho saiu homem de muito mais valor que o inicialmente previsto e não sou comparável porque por muitas razões mostrou possuir a têmpera de madeirense, que obviamente nunca terei! Julgo que me vou ter que contentar com alguma picardia minhota senão mesmo galega!

Quanto às borradelas fico um pouco estupefacto pela unicidade que me dedicas! Julgava que era um fenómeno mais espalhado! E por que seja V.Excia o primeiro a rir-se apraz-me saudar-lhe a exceção.

No tocante aos galhos do boi, levei com eles bem cêdo na vida! Ainda me recordo! Grande vôo e grande mergulho... Os do boi foi em cheio, mas nisso ganhei o jeito de me defender de outros natos no baixo ventre.

Cada um lá viveu os seus desafios! Haveremos de ler de mais alguns, se a palavra os evidenciar! Mas sei lá, talvez quietinhos, idiotas, seja o ideal para o bicho mau não nos comer e os políticos cuidarem de nós! Quietinhos, não vá o meu medo acordar-me... Disparate!



Parabéns à palavra, sempre, a toda e mesmo à que dá cócegas no céu da boca! Nada de candidatos ao controlo... porque até o medo deve acordar, que venha à luz o que ele esconde... Para "Processo", nem que seja de intenções, Kafka ainda é uma boa referência.

Em dia de celebração das Bem-aventuranças, no espaço das comunidades católicas, que venha a palavra da nossa dádiva à realização dos outros, que ela se verta em solidaridade, num domingo dedicado também à ajuda económica para erradicação da lepra na terra!

30 janeiro, 2011 18:32  
Blogger Anonimus said...

O Jorge Gosta !...




“ Um artista da Fome” de F.K.


Anotações

A pantera simboliza o medo. O motor da sociedade e que possibilitou - o seu desenvolvimento - foi o medo. Ele é o pai da mentira; a eles devemos as religiões. A indústria bélica e a própria medicina são frutos dele; mesmo as artes o são. (as pinturas primitivas eram forma de afugentar animais das cavernas; as feras egípcias desenhadas nas paredes guardavam os tesouros faraónicos) Olhem para o lado, para cima, para o Mundo: devemos tudo a ele. É o medo que fomenta as turbas, e delas prende a atenção; é, portanto, um mercado muito mais lucrativo que a mera admiração. O Artista da Fome deixou de despertar qualquer interesse há muito, pois o seu jejum, sempre subestimado, era antes de tudo incompreendido. A fome consentida é a negação da nutrição corpórea, mas também o desprezo pelo paladar, programado pelo "medo biológico da subnutrição" para provocar sensações orgásmicas, deleitantes.
Ao negar o alimento humano, de que espécie de comida fala o Artista? Disse ele que se fartaria do alimento que o atraísse, como todos nós o fazemos. Possivelmente não falava apenas de comida, mas de tudo que é consumido pelo nosso apetite voraz e infinito: o dinheiro, o poder, o status, o conforto. Nada queria ele senão o reconhecimento da sua arte; para seu infortúnio, a sociedade não tolera as privações. Todos somos obrigados a nos fartar como porcos, seja sexualmente, financeiramente, tecnologicamente. Não há espaço para o jejum; a humanidade está dividida entre os que podem e os que não podem. Não há espaço para o querer não querer.
Existe alegria na falta? Pode o corpo regozijar-se com o deliberado despojo, com a livre busca da cessação do gozo? Seria o Artista da fome um louco?
Não poderia ser o velho Artista venerado pelo seu desprendimento, pela sua força de vontade em exteriorizar a sua abnegação?
Parece que tomamos o caminho inverso, com os nossos vomitórios romanos, o nosso ar condicionado para o calor, os nossos casacos de pele para o frio, a nossa ejaculação precoce para gozar mais de uma vez. Viver há muito deixou de ser a liberdade do arbítrio, para se tornar na tirania da concupiscência.

31 janeiro, 2011 13:11  
Blogger Lima said...

Que não haja confusões!
O texto acima é de Thiago Salinas. Ver: http://recantodasletras.uol.com.br/ensaios/30435

31 janeiro, 2011 13:34  
Blogger Mario Neiva said...

Meu caro FMF (RTP), não apreciei particularmente o texto, nem me parece que o medo seja o "motor da sociedade". Acredito bem que o medo possa ter sido o motor de tudo o que o autor fez ou viu fazer. Mas a vida é muitissimo mais do que aquilo que o autor do texto fez na vida e da vida se apercebeu.
Eu poderia trazer outros tantos argumentos para atestar a isto ou aquilo era o "motor da sociedade". Por exemplo, a luta pela sobrevivência, que não implica necessáriamente o aguilhão do medo. Mas vou apenas deixar a minha opinião pessoal de que não me parece que a inacreditável realidade da vida deste incomensurável universo assente em algo tão negativo como o sentimeto do medo. A vida em si mesma é já o triunfo sobre a morte, sobre o nada ou sobre o não ser. Só pontualmente o medo parece levar vantagem.
Não foi o medo que nos fez viajar pelas estrelas , descer ãs profundezas dos mares ou desmontar a matéria até às particulas subatómicas.
Penso eu.

31 janeiro, 2011 18:01  
Blogger Mario Neiva said...

"...para atestar a isto", leia-se para atestar que isto ou aquilo

31 janeiro, 2011 18:08  
Anonymous El Cantante said...

A filosofia popular é a mais certeira, meus caros amigos e digam lá o que disserem , eu sempre ouvi dizer que : " Quem tem cu , tem medo ". O resto são cantigas da treta.

01 fevereiro, 2011 10:12  
Blogger Mario Neiva said...

Cada coisa no seu lugar, El Cantante. O "povo popular", inumeras vezes se ajuntou para queimar nas fogueiras, linchar na praça pública, banhar-se em sangue de carnificinas.

01 fevereiro, 2011 10:21  
Anonymous Anónimo said...

Olá amigos: Sou o Manuel Bessa, estou a fazer experiências, e aproveito para vos saudar a todos.Cump.Bessa

01 fevereiro, 2011 18:11  
Blogger Mario Neiva said...

Olá, Bessa. Experimenta e fica, que vais gostar.
Um grande abraço.

01 fevereiro, 2011 18:50  
Blogger Unknown said...

Como se o Bessa não andasse por aqui há muito tempo, mas sob outros apelidos interessantes: Cantas oh num Cantas???

01 fevereiro, 2011 21:26  
Blogger Evaristo said...

Viva amigo BESSA.

Então estás a afinar a máquina para voltares a terreiro?

Fazem falta para animar a malta vários que já cá andaram, Bessa, Amaro, Durães. Coelho mais que anda afastado e muitos outros que me espanta porque é não aparecem.

Sendo que nesta fase temos muitos colegas " BEM FORMADOS E REFORMADOS " ,não dá para entender a razão porque este blogue não é apelativo.

É ou não verdade que temos Advogados, professores, Bancários, Altos quadros das Finanças e de outras Empresas. Não acredito que esta boa gente vão todos jogar as cartas para o jardim.

Não aceito que a maioria não gostasse de dar a sua penada, só que para isso é necessário dar liberdade de expressão sobre os mais variados temas, deixando de lado uma compulsão exibicionista obsessiva pouco tolerante empurrando para fora do blog quem não for seguir a forma e o estilo como um clonado. Não é assim temos que respeitar os outros.

O Jorge já está a ver a quem me refiro, já tive a oportunidade de lhe dizer por e-mail, usando o termo que assim espanta a clientela, depois outros não dão a cara entram como anónimos, porque não se sujeitam a estes desvios de ausência de cortesia.

Quem sou eu, que nada sei escrever nem dizer para criticar o Jorge, mas é com esta frontalidade que isenta de hipocrisia que continuarei a contar com amizade do Jorge e de todos convicto que estou a dar um salutar contributo da nossa unidade.
Para todos um abraço.
Evaristo Domingues

02 fevereiro, 2011 01:56  
Blogger teresa silva said...

Olá a todos.

Ontem foi véspera do dia de Nossa Senhora da Estrela que hoje se comemora. Na Ribeira Grande é a Padroeira da Cidade e a festa é enorme. Fazem-se desfiles com vários grupos das várias freguesias a ela pertencentes que vão prestar homenagem a Nossa Senhora através do canto, mais afinado ou menos afinado o que importa é participar e conviver.
E quem diz na Ribeira Grande também o diz em Ponta Delgada com menor expressão é claro, mas alguns grupos reunem-se e lá vão cantando pelas ruas da cidade entre instituições de solidariedade social e a câmara municipal.À nossa espera temos alguns comes e bebes para ganhar mais algumas forças para novo canto e novas paragens. Claro que pelo meio também vão aparecendo algumas brincadeiras entre os vários elementos pertencentes aos diversos grupos.
Momentos de boa-disposição,alegria e forma salutar de convívio.

02 fevereiro, 2011 18:49  
Blogger ACOSTA said...

Olha El Cantante, até já quase me ia passando mais esta.O Pe.Ambrósio trouxe ou mandou vir um acordeão branco e acho que ensinou o Cândido Couto a tocar, e, já como optimo executante do respectivo instrumento, acompanhou todos os restantes elementos da Tuna Carmelita na célebre Matinée ou Soirée algures no encerramento dos festejos de uma malhada em Gondifelos("penso eu de que..." era a terra do nosso amigo Leitão)E foram muito aplaudidos pelo público entusiasta presente.

Como bem sabemos, o computador vai carregando e descarregando as efemérides de outros tempos, e há concerteza malta que se lembra dessas tais saidinhas" à boleia" da liberdadezinha tão cobiçada pelos mais novos; mas depois desses anos, muitos eventos foram registados por outros ", se calhar com mais pimenta ou piri-piri, e que gostaríamos de aqui neste espaço partilhar( esses momentos).

03 fevereiro, 2011 00:14  
Blogger Anonimus said...

Quero escrever sobre a vida
Vida exaltada, cantada, sofrida,
Pobre vida... muito rica!
Rica de sonhos, ilusões, de vida
Maravilhosa, decantada, encantada, fé cantada
Fé... na vida
Nos homens de bem, só tem o sótão dos maus que males trazem
Trazem nas malas a coragem que os bons não têm
Inversamente, sim, ainda bem, homens de bem
Desta forma é ela: a vida
Que chora, ri, oscila, mas cintila
Nas nossas orações, povoando corações
E tantas canções...
Não sei exactamente o que dizer sobre a vida
Quem sabe um dia
Depois que muito viver
Possa eu, de alguma forma,
Sobre a vida escrever...

03 fevereiro, 2011 12:20  
Anonymous Anónimo said...

Boa. Boa...toca a escrever

03 fevereiro, 2011 17:24  
Blogger Mario Neiva said...

Para o Lima Barbosa (publicado na Laje Negra)

Recuar no tempo, aproximar da verdade.

Ai o tempo, Lima, ai o tempo!...
Apenas te recordo no rosto de um rapazinho de treze anos. Não só "vejo" ainda os traços de um rosto a entrar na puberdade, como "ouço" claramente o timbre da tua voz e paro para te observar sentado num muro velho, da velhinha Falperra, ou sentado no chão, recostado a uma árvore mergulhado na leitura de um livro de aventuras. Talvez de Júlio Verne, porque existia na biblioteca do seminário a colecção completa ou quase. Livros da minha alegria.
Cresceste para adulto, pai e avô e não me admirava nada que, depois de mais de cinquenta anos, nos tivéssemos cruzado em Ponte de Lima, Viana do Castelo ou Barcelos, sem nos reconhecermos. Tu, em férias vindo de França onde resides, eu a partir da pequenina aldeia de Balugães, bem próxima destes centros de turismo.
Imagino que tenhas visitado uma ou outra vez a famosa feira de Barcelos e que a gente se tenha cruzado no meio do turbilhão de carros e gente. E não te reconheci numa figura que deixara de me ser “familiar”. Terás sido um estranho como qualquer outro. Uma simples forma de gente ambulante. Uma identidade, seguramente, porque todos temos uma, no papel ou sem papel.
O que falhou para que não acontecesse o nosso reencontro, na feira de Barcelos, não tem a ver com a tua incontestável identidade, mas com a fragilidade daquele que te observa, neste caso, eu. Fragilidade ou “superficialidade”ou simplesmente falta de “diálogo”.
Bastava que tropeçasse em ti, te pisasse os calos do pé direito (!?) e tu reagisses. Algum de nós poderia “olhar” mais atentamente, ver traços do rosto ou da figura toda que o tempo não conseguira esbater completamente, e entabular uma conversa que nos aproximasse da Falperra de cinquenta anos atrás. E fazia-se luz.
A história do conhecimento segue um percurso semelhante. Se queremos descobrir uma identidade temos de fazer um esforço de memória e entendimento. E mesmo assim, a identidade das coisas é tão profunda e misteriosa que, depois de séculos a perguntar, dissecar, equacionar e, a partir de uns tempos a esta parte, também a reproduzi-la, ainda estamos naquela de «um boi a olhar para um palácio».
Do meu ponto de vista fica claro que o Lima passeava-se sempre na feira de Barcelos, independentemente de eu o encontrar ou não, de eu o reconhecer ou não. Porque a realidade está sempre um passo à nossa frente. E é por isso que a podemos observar. Mas uma simples observação não chega para obter a “identidade”. Teremos que avançar até ao ADN do Universo…para uma identificação completa do que somos e até onde poderemos chegar.
Convenhamos que é uma tarefa mais ao alcance dos Deuses que dos Homens. Há dois mil e quinhentos anos já os gregos tinham percebido isso… E Buda também, só que este achou que o melhor era desaparecer!

04 fevereiro, 2011 13:06  
Blogger jorge dias said...

Bonito em palavra, muito bonito!

Pois obrigado caro Evaristo por essa do fantasma da peste em que me transformas, feito porta voz de queixumes imaginários e parabéns por te teres entronizado em patrono protector dos aascarmelitas. Já agora, roga por eles! Cada um escolhe o que escolhe...quando não quer fazer mais nada da palavra!

Mesmo assim, e não obstante essa pública reprimenda em nicada de puxão de orelhas, podes crer que a única coisa que vou continuar a fazer aqui é o que sempre tenho feito. E para que não me julgues distraído, aqui vai mais uma e bem puxada!

Aquele texto do medo, aliás até rico de jeito para a escrita, é o exemplo típico do começo de todas as depressões e loucuras. Para usar uma palavra só, eu chamar-lhe-ia "o vómito". Aquele "escritorário" conseguiu em apenas um pequeno texto dizer muito do que o Satre diz em "!La Nausée". Meu caro Evaristo, penso que mesmo o seu autor, na lógica terapeutica que a palavra sempre tem em si, se curará, a menos que entretanto se tenha suicidado! Espero, se ocorrer, que o faça sozinho. Claro que aprecio as palavras mansas como as do Mário! Mas porque haveremos de nos repetir?

A malhada de Gondifelos, o acordeon branco do grande Cândido e tão incompreendido! Lembro-me e penso que estive lá! Mas memória mesmo real só tenho da malhada!
E de quando "enlouquecemos" o seminário menor da diocese de Braga com aquele acordeon e mais uns tantos a tocar folclore? Quem lembra, quem!?

Mariano, bonito... aprecio coisas assim. São mais ao jeito da explosão da vida, da alegria de sermnos e não sermos sós! Esse espírito, essa vida, essa alegria, eis o espírito das estrelas, festa popularmente conhecida por aí por Senhora das Candeias, e que nós aqui cantamos no dia 1 de Fevereiro. Com esta festa se encerra o Natal e nas estrelas antevemos a Primavera...

Anda Bessa que a festa anda por aqui, festa de palavra! Bota aí da tua música...

04 fevereiro, 2011 14:25  
Anonymous Anónimo said...

Que bem se canta por estas bandas!
Ao açoreano , emprestado, ainda não lhe apertaram o papo?
Ele arreganha a taxa a toda a gente, tem de ser açaimado.

07 fevereiro, 2011 09:42  
Blogger Anonimus said...

O céu nesta manhã atraente mostra-se soberbamente enfeitado pelos raios de sol, que tecem, sobre a cidade, reflexos multicoloridos...
Há um cheiro de harmonia a espalhar-se pelo ar, uma vibração tranquila que provém da mais autêntica Unidade!
Todo o Universo parece emitir a melodia da Vida em acordes suaves e harmónicos como se a Natureza emitisse docemente: AMIGOS!
Misteriosamente tenho a sensação de escutar esta frase ecoando, espalhando-se até os confins do infinito, como a garantir que a amizade, revestida de um som tão bonito, alcançasse toda a humanidade e fosse apercebida por todo o Universo.
Ah! Arrebata-me o sentimento de pertença, de partilha, de doação!
Talvez a amizade na sua essência vital seja exactamente isso: a perda, mesmo que momentanea, da percepção do sentimento de separação.
E aí talvez, resida um pequeno segredo que nos pode possibilitar
uma nova visão do que seja a vida, a nossa rotina e o nosso destino!
O meu bom dia vai como parte de cada um de vós que no meu coração
se transforma numa só emoção, intensa, alegre, profunda e verdadeira:
Amizade!
Um bom dia a todos e que cada um de vós possa, mesmo que por alguns segundos, captar a beleza essencial da vida e nela se deixar banhar beneficiando-se da acção prodigiosa, da própria vida.

07 fevereiro, 2011 12:12  
Blogger Mario Neiva said...

Recebido, MFM. Mas é necessário um passo mais. Não foi de propósito, talvez seja do feitio, mas fui-me apercebendo que o amor e a amizade, se não forem confessados, traduzidos em palavras ou gesto, acabam reduzidos a um sentimento dentro de nós. Autentico, não duvido, mas vai permanecer como sol que não aqueceu ninguém; água fresca que não dessedentou ninguém; musica, cor e forma que não encantaram quem amamos.
Estes meus sessenta e seis anos de caminhada ensinaram-me a alegria que resulta de abraçar e ser abraçado, de beijar e ser beijado, de escutar e ser escutado. Só assim entramos no corpo e na alma de quem amamos; só assim recebemos quem nos considera insubstituíveis na sua própria vida.
Acariciar ou reviver a emoção que se adivinha nas tuas palavras, FMF, é sentir-nos vivos. Mas importante, importante! é que essa vida experienciada passe para alguém, sobretudo para quem caminha ao nosso lado, quem sabe, à espera dessa exuberância de vida.
Vir aqui descrevê-la é anúncio das coisas lindas que acontecem com tantos de nós. Ao fazê-lo, FMF, tornas-te profeta do que melhor somos capazes.
Para profetas da desgraça, já basta os que mais se ouvem.
Podem não ser mais do que isso, mas as tuas palavras são promessa da verdadeira amizade.

07 fevereiro, 2011 13:40  
Blogger Anonimus said...

Entendi o recado do FMF,

como entendi o Mário Neiva


Segundo a definição do dicionário, amigo é pessoa que quer bem a outra, defensor, protector. Já a palavra amizade é definida como o sentimento de amigo, afecto que liga as pessoas, reciprocidade do afecto, benevolência, amor.

Já se disse que quem tem um amigo, tem um tesouro. E pesquisas recentes indicam que ter amigos aumenta o tempo de vida e protege a saúde contra doenças, especialmente aquelas que afectam o coração. É que a convivência com amigos autênticos proporcionam o incomparável prazer de estar com pessoas com quem não precisamos de nos preocupar em como nos vamos portar, o que vamos dizer... Estar com amigos livra-nos do ambiente constrangedor de muitas vezes "pisar em ovos". Com eles, somos nós mesmos, naturalmente.

Os amigos entendem-nos, compreendem-nos, aceitam-nos. Como somos. E estes sentimentos são recíprocos. É aquela cumplicidade natural da reciprocidade do afecto. Mesmo que tenhamos de chamar a atenção ou sermos advertidos, em virtude de qualquer equívoco, isto será feito com jeito, sabendo abordar o assunto, sem magoar, sem constranger. É que entre amigos há um ingrediente fundamental para a boa convivência: o respeito mútuo. Basta pensar que as causas dos atritos, desentendimentos e intrigas estão nas tentativas de imposição das ideias ou no desrespeito à liberdade de cada um.

Em favor, pois, da amizade, habituemo-nos na conquista de novas amizades e manutenção das amizades já construídas. Percamos a timidez e aproximemo-nos das pessoas com naturalidade e simpatia. Para manter uma amizade, deixemos de descarregar as nossas mágoas e neuroses, problemas e dificuldades e estejamos a valorizar a convivência através dos encontros de um passeio, um chá ou gelado desfrutados em dias que o tempo nos permita esses momentos incomparáveis. Os que estão distantes, que se lembrem de enviar um e-mail, de telefonar, de manter permanente contacto.

Afinal, a quem recorremos nas grandes alegrias ou nas grandes dificuldades que a vida nos apresenta? Não são aos amigos? Sejam eles nossos pais, cônjuges, irmãos, parentes, aac, ou mesmo pessoas que não pertençam ao círculo familiar, mas que são nossos autênticos amigos.

A amizade leal é a mais formosa modalidade de amor fraterno, segundo opinião de um grande pensador. Por isso pensemos nos amigos! E reflitamos nos benefícios que este magno sentimento é capaz de espalhar onde se apresente. Antes, pois, de qualquer iniciativa, sejamos amigos uns dos outros, e sentiremos a vontade da convivência saudável de quem se quer bem...

Só mais uma pequenina nota: por onde andam os EL CANTANTE, O SalvadorC. Santos e outros?

07 fevereiro, 2011 17:47  
Blogger jorge dias said...

Caro anónimo, quebraste o gelo de uns dias que o meu fantasma provoca! A peste! E metes-te sob a capa de anónimo face a essa valentia! Parabéns homem. Mas até no tempo dos cavaleiros e dos templários, da conquista de Jerusalém pelo lado do ocidente (por trás), inventaram o açaime para os genitais das pobres das mulheres, que em suas terras ficavam, era o cinto de castidade, e o meu caro, anonimamente quer um cinto de moderação, sei lá, de silêncio, para a minha boca! Já agora e a cabeça, as maõs, sei lá... Ficam-me várias questões, fura-se a língua, tipo piercing, ou, ou, ou!... chama-se o ferreiro!

Já agora explica aí ao povo de que papo se trata, traça aí o azimute, ou as coordenadas para ver se o encontro! Seu destarelado e anónimo, diz-e só ao ouvido ou escreve-me muito reduzidinho!. Se ainda ao menos te servisses de um pseudónimo! Te identificaríamos em futuras diatribes!

Mas olha que eu não sou açoriano emprestado! Desde 17 de Dezembro de 1970, ao serviço da Republica e do Salazar aqui neste torrão imperial, São Miguel de seu nome, e com quatro anos de serviço nas armas nacionais (regionais) e onde o lema era e é "Antes mortos livres que em paz sujeitos!" Há marcas que ficam, meu caro! E logo eu que até me ofereci para Angola, e acredita, já nessa altura tinha bicho, que nem lá me quiseram!

És um patusco como eu! Mas não fôramos nós e isto ficava sério em demasia.

O Fodorico está-me a surpreender! Até parece o Mariano! Como pode azedar rapidamente este tipo de discurso, qual sopa de legumes, meu caro!. Amizade confessada, já agora, também para o Mário, ou vivida?! E a amizade confessada é a afirmação de que a amizade é vivida!? Eu nem vou questionar mais... mas ser ou não ser, vivida, claro,é a questão, como dizia o grande poeta inglês!William Shaquespeare de seu nome de batismo! Mas gosto do estilo e da generalidade do esforço de palavra!

A amizade não é leal, caro DC? Tudo precisa ser dito duas, ou quantas vezes!? Perdão, peço perdão, não chega uma vez? Tenho que acrescentar perdão leal, Jesus real, objecto objecto, treta e treta? Outra língua outra gramática, outras redundâncias, quantas, ou todos burros ou loucos, quantas vezes para sermos salvos ou felizes? Afinal quantos pai-nossos, quantas avé-marias, ou quantos mantras? Boa a problemática.

Depois eu é que tenho que levar o açaime, caro anónimo, e candidato a pide, não é!


Libertem-se e façam-se um pouquinho de loucos para serem felizes e salvos, caso contrário até isso recusam! É fácil ser louco, basta abrir a boca! Pois, mas isso é um problema dos outros! Louco eu? Ainda não é já. Gostariam? Falta pouco! Já estou mesmo no restinho da vida, o fim está mesmo ali à esquina! Malandrice de humor negro, kafkiano, mas não de medo! Medo? Isso é chão que já deu uvas! Lá pra cima! Do medo nada nasce! Nada! A vida vem sempre de outro lado, sempre... descobrireis de onde!

08 fevereiro, 2011 00:31  
Blogger Mario Neiva said...

«Confessar», «anunciar», «profetizar» o amor e a amizade que se sente e vive é necessário...«Mas importante, importante! é que essa vida experienciada passe para alguém, sobretudo para quem caminha ao nosso lado, quem sabe, à espera dessa exuberância de vida».
Até porque ninguém pode confessar e profetizar aquilo que não vive e conhece. E se o fizer, o seu discurso não será outra coisa que palavras ocas para serem arrastadas pelo vento.

08 fevereiro, 2011 09:49  
Anonymous Anónimo said...

Raiooooooooooooooo, consegui enervar o Jorge que ficou a espirrar raiva por todos os pôros! Calma aí pá, também não é preciso açaime em todos esses sítios, até porque alguns , a idade não perdoa e não será preciso açaimar.
Mantem-te calmo e fino, pois não é só saber criticar é preciso levar com algumas no trombil, para ver se também esticas o pernil.
Como diziam os ciganos lá pela tua terrinha: " Eu te baptizo neste ribeiro, para que tenhas olho fino e pé ligeiro ".
Mas não precisas de ficar furioso, porque quanto mais odiares os anónimos, mas atiças a vontade de te darem umas nicadas. Faz antes, por ser bom rapaz e bota uma rezadura à maneira, para ficares melhor da figadeira.
Quanto aos outros, todos laparotos, no teu entender, tens que te render à evidência que eles sabem da arte! Logo, como não és capaz de os derrotar, junta-te a eles, para de bom humor todos possamos continuar.

08 fevereiro, 2011 10:54  
Blogger jorge dias said...

Retificação:
Por se tratar de um erro grosseiro e que inviabiliza o entendimento do escrito,

Onde mais acima se lê ocidente deve ler-se Oriente:


Escrevi:
"Mas até no tempo dos cavaleiros e dos templários, da conquista de Jerusalém pelo lado do ocidente (por trás)", ...

Deve ler-se:

"Mas até no tempo dos cavaleiros e dos templários, da conquista de Jerusalém pelo lado do Oriente (por trás)",

Só assim se percebe que tenham sido as Ordens de cavalaria que primeiro tenham apadrinhado a descoberta do caminho marítimo para a Indía, precisamente para chegarem a Jerusalém por trás, Oriente, bem como a protecção que o Papa deu a essa obra gigantesca, especificamente no tratado de Alcáçovas primeiro e mais tarde no tratado de Tordesilhas, a essa epopeia, que a história evidencia mais por outras razões!

08 fevereiro, 2011 12:26  
Blogger jorge dias said...

Meus caros, isto agora não são horas de andar por aqui que a vida corre ali ao lado e tem que ser feita!

Este bocdinho que repesco do Mário é muito lindo:

«Confessar», «anunciar», «profetizar» o amor e a amizade que se sente e vive é necessário...«Mas importante, importante! é que essa vida experienciada passe para alguém, sobretudo para quem caminha ao nosso lado, quem sabe, à espera dessa exuberância de vida».

Por outro lado, eu vim aqui para a retificação supra e dou-me com esta outra exuberância anónima de palavras a tender para projeções odiosas próprias do "homem, lobo para o homem" e de estádios primitivos de humanidade, em que o"verbo" o evidencia, de que exemplifico: "consegui enervar..., espirrar raiva..., levar no trombil..., esticar o pernil..., furioso..., odiar...., derrotar..., figadeira !" Amen

Dá-lhe anónimo, treina o verbo... quanto a mim se te atiço a vontade de me dar nicadas ainda bem. Mais bonito vai ficar este espaço. Mas se me quiseres ver nervoso vais ter que vir cá e tentar enervar-me, e depois, quando frente a mim, vais ter que me convencer a ouvir-te. Não me parece que venhas a ter muito sucesso.

Aqui, neste espaço, como me poderás enervar!?

Já nada me perturba! Senti um paz interior tão grande qundo te li, que tive piedade de ti na imaginação feita de que me terias enervado!

Quando vemos que o virar da esquina é já ali e que os minutos que temos são tão poucos cada vez mais cresce também o desejo de que a felicidade seja trnasversal e inclusiva, por isso citei acima a primorosa reflexão feita por outro. Amar, meu caro anónimo, amar, querer bem, desejar todo o o melhor para todos, ter coração do tamanho da humanidade...

Por isso sempre desafio para a versão de livro deste espaço e elogio sem medida a palavra, também a tua, porque é terapeutica...Quanto mais "nicadas" me deres, mais respostas lindas te darei. Não confundas estímulos de intervenção e desafios para a palavra com incivilidade ou menos educação! Não se fez o pensamento desde sempre a partir da observação e da pergunta?

08 fevereiro, 2011 13:14  
Blogger Anonimus said...

Meu Caro Jorge Dias


(não estiveste presente no SAMEIRO 2010, não podes compreender a” TAL AMIZADE LEAL”)


Dois amigos, amigos de longa data, que por muitos anos partilharam a sua vida profissional, de maneira indirecta é verdade, mas sempre com uma camaradagem boa e uma certa cumplicidade entre eles.
Cada um seguia o seu caminho, e sempre que a vida favorecia, encontravam-se em algum evento ou simplesmente, em encontros profissionais, que lhes proporcionava momentos de satisfação. Havia entre eles respeito e admiração. Sentimentos que apenas as amizades antigas e autênticas são capazes de compor e conservar.
Certo dia, pelas voltas que a vida dá, viram-se envolvidos num projecto comum. Atendendo às necessidades de um deles, o outro elaborou actividades que deveriam acontecer no trabalho do amigo.
Sendo uma pessoa leal e dedicada, um profissional criterioso e extremamente consciente das suas responsabilidades, viu-se entusiasmado com o projecto e em várias ocasiões compareceu no trabalho do companheiro, procurando aprimorar as ideias do projecto, e partilhar de forma espontânea com o seu entusiasmo.
Após estar tudo estruturado, combinado, apenas a aguardar a agenda ser definida para que o tal evento acontecesse, o amigo que elaborou o projecto, entreteve-se com os seus afazeres rotineiros de trabalho enquanto esperava para que desse vida, enfim, ao projecto que havia criado.
Após quinze dias sem que houvesse a confirmação, procurou o amigo para resolver a pendência, uma vez que restavam poucas datas possíveis na sua agenda, e declinou outros trabalhos, por estar comprometido com o tal projecto.
Ao encontrar-se com o amigo, não vê de imediato o que estava por vir, e apenas no decorrer da conversa, vai perceber que algo estava fora do lugar.
Tentando inutilmente entender o que estava a acontecer prestava a maior atenção às falas do amigo, sem compreender o que se estava a passar realmente.
A dado momento, já um tanto atordoado, indagou o amigo o que se passava, pois que ele já estava há quase uma hora a justificar-se de algo que ele não compreendia e não dizia nada que o pudesse esclarecer.
Foi nesse instante, quando se viu, de certa forma colocado numa situação em que não podia mais “escorregar”, é que deixou claro o que tinha acontecido.
O projecto que ele tinha elaborado, com entusiasmo, alegria, característica peculiar da sua personalidade, com empenho; sim, esse mesmo projecto, entregue confiantemente na mão do amigo. Tinha sido dado a outra pessoa, para que ela o aplicasse.
Ao compreender finalmente o ocorrido,ainda tentou segurar-se e manter uma conversa natural, mas, como toda a pessoa honesta, foi incapaz de permanecer por mais tempo,diante do amigo.
Levantou-se, e, ainda que chocado, sem ao menos entender o porquê daquela atitude, sem ter ouvido do amigo uma só justificação para um acto tão desleal, retirou-se, desejando-lhe felicidades,e levando consigo a sensação dolorida de quão barato tinha sido cotada esta amizade.
Vós deveis estar à espera de um desfecho engraçado para esta história, a explicação do mal entendido. Acontecimento de última hora, que esclareça a situação e que dá graça ao cotidiano.
Também eu esperei que houvesse esse final.
Desta vez a graça da história só quem sabe é o tal amigo, e ele não me quis contar.
Uma pena, não acham?
A maior alegria na vida, é o sentimento de LEALDADE, pois proporciona-nos a paz de espírito e a harmonia no coração, emoções que nos acompanham por toda a nossa vida!
Um ABRAÇO
D/C

08 fevereiro, 2011 18:30  
Blogger jorge dias said...

Bonito texto, caro DC! Argumento!? Mas que interessa!? Estou aqui a tentar casar amizade com lealdade. Talvez amildade! E já gora que faríamos se aplicássemos o mesmo princípio à caridade? Diria: carildade!

Pessoalmente, julgo saber por vivências o que é amizade dada e recebida! A caridade tenho ensaiado!

Quanto à maior alegria na vida ser a lealdade, será mesmo? Não será mesmo manter a vida!?

Pois é, mas assim se fez e fará palavra, por aqui! Parabéns!

Anónimos!

Nada de confusões senhor anónimo supra! Sempre fui a favor dos anónimos por aqui! Sempre fui, e por algum temmpo quase só, e mantenho, agora com muitos mais! Quem usa um falso nome(pseudónimo), a minha sugestão, (face ao seu comentário muito focalizado na minha pessoa,) não é anónimo nos seus critérios!? Nos meus é! A bota tem que condizer com a perdigota!

08 fevereiro, 2011 23:09  
Anonymous Anónimo said...

Caro senhor, tira daí o sentido, nem por sombra sou, ou serei, o tal(s) filósofo(s) de que vomecê está pensando!Deixa os homens filosofar à vontade que eu só vim aqui em jeito de galifão, dar-te uma escornadela, porque estavas a precisar.
Garanto-te de que vais levar mais, pois não podes ser só tu, a sensurares os outros e nem penses que também não és um azémola.
Pseudónimo, ou anónimo, é a mesma coisa, ou fazem a mesma figura. Para ti pode ser triste, mas para eles pode dar gozo, ou gozo nenhum, são cobardes, como tu pensas e talvez outros mais. Pensa como quizeres, não pagas mais imposto por isso! Imagina que colocava aqui a minha careta, que fazias? Entregavas-me á pide?! Sempre tiveste jeito para bufo e quando te isolavas dos outros, lá no teu mundozinho, devias pensar que eras melhor que os outros, ou mais esperto do que os demais! Ora bem, o passado já lá vai, mas não queiras no presente, monopolizar toda a sabedoria e verdade só para ti. Já reparaste que em certas alturas, metes os pés pelas mãos e nem dizes coisa com coisa! Melhor dizendo, lanças umas frases soltas , feitas e muitas vezes desenquadradas do contexto e dos temas abordados? A gente entende tudo, porque te conhece bem. Foste sempre maniento, mas ainda estás a tempo de mudar um pouco que achas da sugestão?!

09 fevereiro, 2011 11:38  
Blogger Mario Neiva said...

Filho do Manuel Fodorico, vem daí, que tens a alma cheia de amizade para o jogo sublime e humano de dar e receber. Conheces os segredos das palavras e nelas podes carregar a mensagem que todos queremos ouvir, agora mesmo, porque mais logo pode ser tarde.
Às vezes chego a ter pena que não te exponhas, porque um rosto entra-nos no corpo e na alma, enquanto que a palavra simplesmente ouvida, lida ou retransmitida exige que sejamos o que não somos: um puro espirito.
De facto, somos esta espantosa realidade corpo-espirito e tudo o que damos e recebemos, para chegar à plenitude, tem de ser pensamento e rosto e gesto, abraço e amor ou, como soe dizer-se, corpo e alma.
Nós tendemos para a plenitude da comunicação. Tudo fazemos para qua a distancia não seja obstáculo. Para isso inventamos os correios, os telefones, a televisão e a net.
Expôr-se é uma forma de "dar-se". "Destapar-se" é ir ao encontro e desejar a intimidade.
Mas não quero, FMF, que te sintas obrigado a fazê-lo. Estou contigo só pela palavra. É pouco, na verdade, mas pode ser o inicio de muito mais. Fica aí, no teu canto, e vai-nos dando pedaços da tua alma, enquanto nos privares dos traços do teu rosto...

09 fevereiro, 2011 13:00  
Blogger Anonimus said...

AMIGO MÁRIO NEIVA


Como seria este rosto
Se as lembranças
Não tivessem traçado
Ruas de tristeza
E esquinas de saudades,
E se os olhos não retivessem
Imagens de sonhos perdidos?
Como seriam os traços
Deste rosto, se permanecesse apenas
A infantil emoção,
Esta que brilha e se apaga
Com medo de se mostrar?

Um grande X

09 fevereiro, 2011 22:25  
Blogger Mario Neiva said...

E se o sol não brilhar
E se a flor não abrir
E a criança não sorrir?
Serão mundos por criar
Serão vidas por viver
Serão esperanças por nascer...

10 fevereiro, 2011 00:47  
Blogger Evaristo said...

Parabéns Neiva pela forma prosaica e sedutora e o romantismo como tentastes convencer o FMF, embora sem sucesso, é pena. Tenho-me esforçado pensando quais as razões. É com alguma mágoa termos que viver com isto. Temos outro anónimo na calha. Lá terão as suas razões.
Diz o FMF
Como seria este rosto se as lembranças não tivessem traçado.
Eu diria antes se as lembranças não tivessem “ PASSADO “ ,
Porque é do passado que falamos, escrevemos e recordamos.
1. Pois julgo ser uma personalidade de grau académico elevado que faz parte de um naipe de ilustres que após a saída do Seminário fez a sua caminhada até ao topo de carreira docente,
A sete de Janeiro foi prendado neste blogue com o texto sobre Santa Luzia, tratando-me como amigo, aproveito para agradecer a bela narrativa mas todos lamentamos a ausência da autobiografia, pois desta forma ficamos distantes como quem lê o teleponto desconhecendo o seu autor. Aproveitemos a vida de mãos dadas, porque o tempo passa a correr.




Passa o tempo a correr
Passa sem darmos por ele
E nem conseguimos ver
Que prá morte nos impele...

Corre o tempo sem parar
Não temos tempo pra nada
Nem sequer para abrandar
A marcha desenfreada ...

No correr do tempo gira
O que na vida se passa
E se um tempo não se tira
Não se evita uma desgraça...

O tempo é tão traiçoeiro
Que se não damos por isso
Há-de virar o feitiço
Contra o próprio feiticeiro...

O tempo corre veloz
É preciso estar atento
E tirar do pensamento
A velocidade atroz...

No tempo tudo se gera
Nasce o novo e morre o velho
E muita coisa se altera
Quando se ouve um bom conselho

10 fevereiro, 2011 01:27  
Anonymous Evaristo Domingues said...

Será que o texto escrito no dia de Santa Luzia foi intencional para me dar olhos para o caminho da descoberta da identidade do MFM.

VAMOS ANDANDO ...

10 fevereiro, 2011 07:46  
Blogger Mario Neiva said...

Este comentário foi removido pelo autor.

10 fevereiro, 2011 14:55  
Blogger Mario Neiva said...

Meu caro Evaristo, não estou preocupado com o "heteronimato" do FMF. Saber que é, confessadamente, um amigo já é muito bom. Aproveitemos a situação para tirar dela as lições necessárias para melhor compreender a nossa realidade.
Se pensares bem, Evaristo, nós somos, em grande parte, mais anónimos do que "nomeados" uns para os outros. Conheço o teu nome e o teu rosto, mais um pouco da tua vida, como a profissão, o estado civil ou a fé que professas. Muito pouco, afinal, para o imenso mundo que tu és. E tu sabes que, quando ficas conscientemente só contigo, muito poucas ou nenhuma pessoa te acompanham nesse retiro intimista. O mais certo é que nem o nosso amor ou o nosso melhor amigo entra nesse "santo dos santos", apesar do desejo intenso de que isso aconteça. Quem ama e se sente amado não chega a sofrer a solidão de nos sentirmos únicos e inacessiveis, porque acarinhamos a certeza de que se ele, o nosso amor ou o nosso amigo, lá entrar, vai abraçar ternamente a nossa intimidade.
Concluindo, eu penso que
Anónimo
Pseudónimo
Heterónimo
são sinónimo
da nossa humana e peculiar condição.
O reconhecimento e respeito por essa condição é o principio da excelência do amor e da amizade.

10 fevereiro, 2011 15:11  
Blogger Anonimus said...

A pena que colocada na mão vai chorar,
Acaba por ser levada numa brisa soprada por um ABRAÇO...
Com o qual se não conta, nem se espera...
E deixa-se planar, porque a poesia e vida não a podem negar...
E se a vida, sobram asas, que se lhe agarrem
também as palavras
E se deixem voar com ela sem o destino importar!

10 fevereiro, 2011 20:22  
Blogger Anonimus said...

Oh. EVARISTO!

Tás a ver o que dá o saber-se a identidade dos
participantes no BLOG? Desaparecem.

Recorda - SALVADOR DA COSTA SANTOS

EL CANTANTE

e os outros que nunca mais deram sinais de vida.
-

11 fevereiro, 2011 10:40  
Blogger jorge dias said...

Projecções
e Romaria - I

Projecções e Romaria,


Com tanta coisa linda por aqui espalhada, qual manto alvo da brancura da neve que a todos atinge, e que da grandeza humana grita a possibilidade de vitória sobre o lobo, invade-nos a paz das bem aventuranças e das obras de misericórdia.

O que sobre certo tipo de comentários tinha a comentar sobre projecções e análise de conteúdos, comentado e evidenciado está de forma suficiente.

A palavra, porém, quer na lógica libertária de ocorrências traumáticas da infância ou simplesmente de tertúlia dialogante, seja ela entendida à maneira de terapia (única), como ocorreu nos campos de concentração naziz (Victor Frankl) e a muitos manteve a vida presa ao corpo, seja à maneira de associação de palavras (K.G. Jung), será sempre marca humana e factor poderoso de crescimento. A síntese mais perfeita ainda é para mim, mesmo em leitura simplesmente humana, o prólogo do evangelho de S.João (comentário 200 de um almoço muito especial).

Vou, portanto, continuar a dar-lhe o valor que lhe reconheço intrínseco, independentemente da origem, das formas que lhe são dadas, e dos conteúdos, apenas tendo por limites: a civilidade e os direitos do outro.


A tentação de colagem do anónimo a uma certa pessoa conhecida, ocorreu-me efectivamente, aquando do aparecimento dos primeiros anónimos, mas cedo me deixei disso face a tanta coisa linda que comecei a ver produzida e face ao que julgo ser um direito de cada um. Obviamente, deixei-me disso.

Quando mais acima um anónimo se descarta de uma identidade que eu supostamente lhe atribuiria, por mim não precisa de o fazer, porque apenas lhe atribuo uma identidade como humano. Nada mais. E tem vantagens proceder assim. Ficamos mais livres para sermos mais fiéis ao nosso pensamento.


Percebo que às vezes nos ocorram, na velocidade da escrita e do pensamento menos reflectido, algumas inexactidões. É natural que isso aconteça, julgo, a todos.

Englobo, com boa vontade, a citação que a seguir faço, de um comentador anónimo, mais acima, nesse tipo de ocorrências:

“Sempre tiveste jeito para bufo e quando te isolavas dos outros, lá no teu mundozinho, devias pensar que eras melhor que os outros, ou mais esperto do que os demais!”

Volto, naturalmente, em romaria!

11 fevereiro, 2011 12:35  
Blogger Mario Neiva said...

Não vou a jogo. Passo.

Todos, sejam anónimos ou renomados, receberão de mim uma palavra sincera, clara, frontal e sempre amiga.
Penso que já entenderam, todos, que não carrego certezas debaixo do braço, para agitar nos palcos mentirosos da falsa sabedoria. Muito menos para, inchado e balofo, «esfregar nas ventas» de quem quer que seja. Já não consigo, por defeito ou por virtude, olhar alguém e pensar que sei tudo dele. De uma vez por todas, aqui este "camelo" percebeu que cada ser humano é um mundo único e inacessivel na sua intimidade. Mesmo quando alguém se esforça, em atitude de revolta, por aparecer como um "bandalho", não deixa de ser quem é. Bem lá no fundo de cada um, onde ninguém alcança, continua a palpitar o coração misterioso da nossa Humanidade Consciente.
Eu não entendo, e ninguém entende, como se tornou possivel, em cada um de nós, "olhar de frente", como se fosse "de fora", o Universo da nossa própria vida.
Se alguém souber, diga-me.

11 fevereiro, 2011 13:09  
Blogger jorge dias said...

Projecções e

Romaria - II

Por indisponibilidade de tempo tive que interromper, entrar na luz de um dia líndíssimo. Entretanto retomo a parte II.
Verifico que entretanto o Mário por aqui esteve, mas vou ao lado, por agora, na oportunidade de outras reflexões..



Gosto de vir ao blog de aaacarmelitas. Venho como que em Romaria! Comecei, há já tempo, a colher por aqui uma paz e tranquilidade semelhante à que me é dado viver quando visito Fátima, O Sameiro, quando em momentos de profundo carinho e plenitude me encontro com as emoções de outros comentadores , como no canto com outros coralistas, ou nos mergulhos de interioridade com a minha companheira. Noutras circunstâncias emergiu igualmente essa infinita calma interior que nos dá a consciência de grãos de pó na história de todos os humanos: Coliseu de Roma, ao pensar nos primeiros cristãos na arena e mais recentemente em Éfeso (cidade antiga, casa de Maria, túmulo de São João, espaço de Paulo missionário, arena de morte de cristãos).

O blog emerge igualmente, de forma surpreendente, como um factor importante da minha caminhada na realização afirmada do homem sobre o lobo.

A citação repescada do anónimo e que volto a citar, ao contrário das aparências, dá-me uma oportunidade única de revisitar o passado. Reconheço que ao revisitar-me estou em ambiente de relação com tantos que fomos companheiros. Cuidarei, todavia, de deixar os demais bem distantes no respeito pelo seu direito de intocabilidade. Posso bem sozinho com a chamuscadela do maçarico da palavra(quais lumieiras de colmo) depilante (qual suíno em dia de alegre festa da matança da fome).

Ora vamos, novamente à citação:
“Sempre tiveste jeito para bufo e quando te isolavas dos outros, lá no teu mundozinho, devias pensar que eras melhor que os outros, ou mais esperto do que os demais!”

No prólogo desta romaria desejava referir a minha mais radical admiração e estupefacção pela produção desta afirmação. Jamais, mas jamais, me passaria pela imaginação a sua possibilidade.
Nem dá para responder especificamente.

Vejamos:
Por onde haveria eu de pegar? Pelo meu jeito de bufo! Mas quem o não foi alguma vez? Dizia-se lá pela minha infância “acusa Pilatos”!
Pelo meu isolamento! E quem alguma vez não teve que se isolar?
Ser melhor que os outros! E quem alguma vez não julgou ser, legitimamente, melhor que outros?

Poderia ficar por aqui dizendo, e depois?

E depois?

Mas não, vou mesmo mergulhar!

11 fevereiro, 2011 13:50  
Blogger Unknown said...

Então caros amigos e companheiros deste magnífico espaço de pensamento e reflexão.
Primeiro fala-se em amizade e em todas as coisas lindas que ela traz, que com ela se aprende, nos sentimentos por ela produzidos e depois começa-se a falar mal uns dos outros...
Vai se entender o ser humano!!!!!
Sejam anónimos ou não as pessoas lá sabem como se querem identificar desde que por aqui apareçam e dêem a sua opinião.
Nós aqui apenas damos a nossa opinião, porque o universo de cada um de nós só a nós pertence. Por mais que as pessoas nos conheçam há sempre alguma coisa que mais cedo ou mais tarde poderá vir a surpreender em algum aspecto ou atitude.

11 fevereiro, 2011 14:14  
Blogger jorge dias said...

Projecções e

Romaria – III

E ainda esta outra:
….“A gente entende tudo, porque te conhece bem. Foste sempre maniento, mas ainda estás a tempo de mudar um pouco que achas da sugestão?!”

Quanto às manias não sei! Preciso identificá-las! Quanto às mudanças acho bem e ai de quem não muda!

Voltando ao assunto e entretanto houve mais uma visita, comentário! Bonita sempre a palavra!

"…Sempre tiveste jeito para bufo e quando te isolavas dos outros, lá no teu mundozinho, devias pensar que eras melhor que os outros, ou mais esperto do que os demais!"...


Na romaria ao passado, divido, para efeitos de análise, os factos, dado que o anónimo não lhes refere o tempo, em dois períodos:

1955-1958/9 - Iniciação
O período da consolidação ética, moral que, na minha vida, nascido em 1944, ganha com a entrada para o Seminário, em 1955, uma viragem radical por força da moral religiosa que ali nos envolvia.

1958/9-1968 - O frade
É um período de personalidade já desenhada nos valores de uma estrita moral religiosa em que o ciclo do pecado (confissão, propósito, progressão), foi a indiscutível marca, se consolidou e marcou a definição da personalidade.

Tempo de iniciação (1955-1958/9)
Caracterizo este período da minha vida marcadamente assinalado por algumas variáveis, que identifico, como um tempo de crescimento rápido e integração nos valores da autoridade, formadores da consciência. São variáveis definidoras:
- Um fortíssimo investimento na genitalidade;
- Carência e confusão de afectos;
- Uma acentuada diminuição das aprendizagens de conhecimentos;
- Desorientação acentuada na relação social.

Não sendo relevante que dê mais conteúdos às variáveis referidas, é, saliento,contudo evidente, que vivi esse tempo de uma forma apaixonada mas também algo estranha face à alteração dos parâmetros comportamentais e com uma fortíssima angústia pela ausência da figura materna. Nada mais natural que essa amostra de gente asneirasse na busca da humanidade que, naturalmente, um conjunto de factores genéticos, hereditários, sociais e, agora, morais, exigiam. No jogo das relações de crianças a despontar para a puberdade, que venha daí alguém com coragem para a primeira pedra! Por isso, caro anónimo, se pudesse reconhecer-me nos mimos que me distribuis, logo o faria. Como não posso sentir-me culpado por esta minha idade de pré-purbedade e puberdade, nem tão pouco ver-me como o vilão lá da malta do Seminário, devolvo-te a encomenda apenas com a tua parte.! Todavia, na hipotética possibilidade de te ter ofendido, seja de que maneira tenha sido, as minhas desculpas! Se não te ofendi neste período ousaste servir-te de um argumento cuja classificação te deixo a ti próprio porque a minha classificação levaria grau máximo de vileza. Se o teu reparo se reporta ao período de frade, já lá iremos.

1958/9-1960 – Tempo de frade

Um tempo lindo, tempo de dedicação total à Ordem do Carmo e aos valores da espiritualidade. A honra de ter servido com denôdo, com desapego total uma causa nobre, de grandeza sem paralelo. Tempos de comunidade, tempos de dedicação total aos outros e aos confrades! Que orgulho que tenho de ter vivido tão fortemente a nobreza daquele ideal! Já voltarei que sobre isto temos que dizer mais, muito mais, mesmo muito mais.

Volto mais logo.

11 fevereiro, 2011 16:37  
Anonymous Anónimo said...

Parece combinado...por cima e por baixo logo tens sempre quem te defenda. Será mesmo preciso.Já disse que não venho aqui muitas vezes,mas quando venho parece-me um saco de gatos com uma rata no meio.

11 fevereiro, 2011 17:03  
Anonymous Evaristo Domingues said...

Ó Filho de Maria " MARIANO " .
O EL CANTANTE no dia 28 de Janeiro dizia-nos que tinha dificuldade em escrever porque os dedos e grossos enferrujados.

Oxalá esteja melhor.

O Salvador Costa santos, pode andar por aí, é a vantagem de mudar de nome.

Que eu saiba ninguém descobriu ninguém. Mas temos que levar tudo isto como brincadeira e passatempo,ninguém deve deve temer ser descoberto, o El Cantante prometeu falar-me ao ouvido no próximo encontro.

Sou autêntico e genuíno não disfarço os meus defeitos, ninguém gosta de notas falsas, e ninguém me vai levar a mal por isso.

11 fevereiro, 2011 18:13  
Blogger jorge dias said...

Num momento de viragem do povo egípcio para a liberdade, viragem levada a cabo pela palavra e pela perseverança, e de forma pacífica, vivo interiormente e na minha circunstância social mais próxima, uma infinita alegria por, também ali, ver as virtualidades da palavra e do ser com os outros tomarem formas de viver social mais humanas! Que consigam! Que nunca desistam!

11 fevereiro, 2011 19:00  
Blogger jorge dias said...

Projecções e

Romaria – IV

Entretanto a dinâmica bloguista continua, e que bom, e tivemos até o prazer da visita de um anónimo que parece ser o mesmo! Bom sinal.

Estas ocorrências não podem, todavia afastarem-me do meu propósito de hoje. Consistirá, por isso, o meu comentário agora em clarificar um pouco a relação humana conventual para que se perceba o elevadíssimo grau de exigência relacional em que estávamos mergulhados e cada um decidirá da sustentabilidade ou não do proferido

1958/9 – 1968 - Frade

Um tempo lindo de eucaristia, tempo de dedicação total à Ordem do Carmo e aos valores da espiritualidade e da fraternidade. A honra de ter servido com denodo, com desapego total uma causa nobre, de grandeza sem paralelo. Tempos de comunidade, tempos de dedicação total aos outros e aos confrades! Que orgulho que tenho de ter vivido tão fortemente a nobreza daquele ideal e não obstante ter seguido outros caminhos… e como essa formação me marcou e de alguma forma programou a minha mente e toda a minha vida para um ideal de proximidade aos outros.

Volto a citar:

“Sempre tiveste jeito para bufo e quando te isolavas dos outros, lá no teu mundozinho, devias pensar que eras melhor que os outros, ou mais esperto do que os demais!”.

Na hipótese do comentarista anónimo também ter sido frade, a questão para encontrar a a razão de ser da citação, reveste-se de uma maior gravidade. Fico sem perceber como foi possível teres perdido tanto tempo sem nunca me teres percebido e conhecido? Então os exames de consciência diários, as confissões semanais, a direcção espiritual, a liturgia das horas, os recreios, os jogos de voleibol, os jogos de futebol, as caminhadas pela serra d’Aire, todo o exercício da nossa juventude, não valeram nada? Só restou um bufo em seu mundozinho que se considerava melhor e mais esperto que os outros!? E as férias em grupo, as praias de São Bartolomeu, Pedrógão, Nazaré, foram “tudo” em vão? E por último, mas não o menos importante, e a sala de capítulo? Sim, ali, quando na frente de todos, comunidade reunida, à frente do prior, de joelhos, semanalmente, escapulário ao chão, o beijávamos, e publicamente nos confessávamos de ter ofendido os outros, também não te diz nada!?

11 fevereiro, 2011 20:11  
Blogger jorge dias said...

Projecções e

Romaria – V

Já nessa altura éramos corporativos, mas reconheço que hoje sou ainda mais corporativo em relação aos meus colegas carmelitas de comunidade e de frade. À medida que o zoom se afasta, maior é a sua proximidade e carinho no lugar certo.
Por outro lado os obstáculos que tentamos vencer para sermos frades e padres eram gigantescos, vivemos anos de luta épica, estóica e sempre afirmada… de procura constante, procura de limite, tentamos abrir caminho por todos os lados! Estavas lá, perdemos… e o mau da fita sou eu?


Neste meu mundo, por civilidade, e por respeito pela dignidade do outro, no aspecto humano, puro e simples, fazemos um esforço para que a palavra não seja apaladada de vernáculo e os seus direitos e deveres sejam tão iguais na lei e na vida, quanto os meus.

Caro anónimo, mesmo que fisicamente tenhas estado no meu mundo de frade, tu de facto, não és mesmo do meu mundo de percepções, ideias, emoções e sentimentos! Continuamos na mesma com a maioria das coisas em comum. Mas neste particular diversos.

Que a palavra te sirva de catarse e o vernáculo te liberte do que te atormenta. Se nada te atormentar e a catarse não for precisa, ainda bem. Escreve na mesma que a palavra encontrará em ti como em todos o espaço da terapia, da progressão nos caminhos da vida e de mais ser!

A propósito, obrigado pela excelente oportunidade de valorizar os meus colegas de frade e este espaço.

E assim aconteceu, uma vez mais, palavra…

11 fevereiro, 2011 20:19  
Blogger Anonimus said...

EVARISTO!

Meu BOM CORAÇÃO, O El CANTANTE é SALVADOR DA COSTA SANTOS.

11 fevereiro, 2011 21:51  
Blogger Unknown said...

Então ó sr.anónimo acho que já vi e li este comentário algures em tempos já remotos aqui neste espaço.
Aqui cada um dá a sua opinião tal como eu, tal como o senhor e os outros que por aqui andam. Só não concordo por vezes com o que aqui se diz e manifesto a minha opinião. Aliás já devia saber disso que quem vai à guerra dá e leva. E venho manifestar o meu desagrado pelo palavreado que usou (saco de gatos com uma rata no meio). Então um espaço destes merece melhor palavra do que simples animais ou não concorda?

12 fevereiro, 2011 00:28  
Blogger Unknown said...

Bom, passando à frente...

Hoje sinto-me particularmente feliz por o povo do Egipto ter conseguido a liberdade ao fim de 30 e tal anos de regime ditatorial. Na praça da libertação encontravam-se centenas de milhares de pessoas no centro do Cairo e uma das imagens que me ficou das noticias foi o fogo de artificio que foi lançado pelas pessoas.
Manifestações ordeiras com alguma tensão pelo meio como é natural em situações como esta.
O povo é quem mais ordena. E foi pela voz, pela manifestação de desagrado do povo que o presidente Mubarak acabou por se demitir.
Agora esperemos por dias melhores e eleições livres vontade esta do povo do Egipto.

12 fevereiro, 2011 00:40  
Blogger Evaristo said...

Ó Filho de Maria " MARIANO "

Há tempos o nosso Presidente depois de muita pressão porque os anónimos usavam as " brejeirices " de conteúdo ordinário rasteiro, todos passaram a Pseudónimos, agora já roeram o crivo e voltaram.

É difícil comparar com o Salvador Costa Santos, mas o verbalismo utilizado é semelhante.

O EL CANTANTE não ofende é mais sarcástico, mas também viveu na embrulhada dos Anónimos, mas foi dos primeiros a mudar para pseudónimo, é diferente.

A TERESA tem razão quem não sente não é filho de boa gente.

A critica é salutar quando construtiva, mas com linguagem contida.

12 fevereiro, 2011 01:08  
Blogger Anonimus said...

PARABÉNS!...



MARIA JORGE/AUGUSTO CASTRO
39 ANOS MATRIMONIAIS
12/02/1972




Hoje não acordei bem
Olhei para os lados, não vi ninguém
Um forte aperto no coração
Uma vontade de chorar
Um sentimento de abandono
Porque será?

A vida é tão bela,
Tenho tantos amigos,
Sou muito querido,
Tenho dinheiro, esposa,
Filhos, netos,
Aposentado,
Mas estou assim!

Uma solidão no meio da multidão
Um solitário no meio das pessoas.
Somente vem à tona
Coisas negativas
Até parece que não sou feliz!

Já sei o que fazer
Vou fazer de tudo para esquecer
Que hoje não estou bem
Quero ouvir uma musica alegre
Quero ler piadas
cantar ao amor
Assim tenho certeza
Que vou esquecer a dor.
Depois de fazer tudo isto
A solidão vai desaparecer
Novamente feliz sei que vou ficar
E esta angustia vai passar.

Um GRANDE GRANDE ABRAÇO

D/C.

12 fevereiro, 2011 10:09  
Blogger ROSALINO DURAES said...

Parabens MARIA JORGE e AUGUSTO

até já

Rosalino Duraes

12 fevereiro, 2011 11:01  
Blogger Mario Neiva said...

Parabens ao casal aniversariante. Desejo da raiZ do coração que sejam felizes por muitos anos.

Oh menino Coelho, perante a solidão sentida deu-te para ouvir música alegre ou ler piadas?
Vai por mim, que sou mais velho: para afastar as sombras da solidão não há nada melhor que abraçar sinceramente quem amamos ou procurar a companhia dos nossos amigos.
E já te lembraste (hoje pareço o director espiritual...) que o teu amor pode estar a sofrer da mesma solidão e à espera de um carinho e de uma palavra tanto quanto tu? Ou os teus amigos?
Há dias morreu, tragicamente, lá minha aldeia de Balugães, um primo meu. No mais completo e desesperado abandono. Tinha 51 anos e dois filhos.
Faltou-lhe o seu amor e o seu amigo.
Em vez de "curtirmos" a nossa solidão, embalando-a ao som da música ou de piadas, porque não ir ao encontro dos que, tants vezes, ao nosso lado, agonizam de tristeza!

12 fevereiro, 2011 12:05  
Blogger Evaristo said...

D. MARIA JORGE e DR. AUGUSTO CASTRO

PARABÉNS SOIS UM EXEMPLO de VIDA

Beijinhos e abraços, desta família amiga

SEMPRE : SAÚDE, AMOR e LONGA VIDA

ALEXANDRA, EPIFÂNIO, LILIANA, MARIA HELENA

e deste que bem conhecem.

12 fevereiro, 2011 12:42  
Anonymous El Cantante said...

Meus caros amigos, efectivamente estive ausente, felizmente não doente! Gracias Evaristo, pelo carinho das melhoras, porque de facto a gente melhora, sempre em cada dia que passa, se é que somos bons irmãos em Cristo.Pelo menos deveriamos ser, já que lemos da mesma cartilha.
Muito se tem especulado por aqui, mas independentemente de quem venham as sensuras, acho que o Jorge está a ser incompreendido, por aqueles que foram rebuscar, talvez maldosamente coisitas menores, de um longuínquo passado, se é que existe algum cunho de verdade! Ou será ajuste de contas antigas?
Não me identifico com nenhum desses anónimos e muito menos com ratas e gatos aqui espalhados. Já repararam que a vida deve ser alegre e não fastidiosa e é por isso que ao meu jeito vou tentando colaborar, mas sem ofensas a terceiros que me parece salutar.
Quanto aos bruxos de serviço que tentam adivinhar que este é aquele, ou aquele é aquele outro, pouco me importa o que pensem, ou deixem de pensar.Fico sempre de consciência tranquila e com a certeza que jamais usaria este espaço para tentar denegrir a imagem de quem quer que fosse.
Como dizia o preto " O Evaristo e o Mariano têem o esperto no cabeça ", mas meu caro estás longe de acertar na lotaria! Pelo menos nesta, na outra espero que ganhes e sejas muito feliz, porque independentemente das tuas boas tripas que confeccionas, tenho-te por bom rapaz e mereces.
Bom Fim de Semana para todos, até para esses espalhadores de ratos, ratas e gatos bravos que por aqui passam...

12 fevereiro, 2011 12:56  
Blogger Anonimus said...

MARIA JORGE E AUGUSTO CASTRO


Uma árvore não fica de costas para nimguém. Dai a volta em torno dela, e a árvore estará sempre de frente para Vós...

Os verdadeiros AMIGOS também...


PARABÉNS !

12 fevereiro, 2011 13:18  
Blogger ACOSTA said...

Mais um a felicitar-vos:MARIA JORGE e AUGUSTO CASTRO.Muita saúde.A. Costa e família

12 fevereiro, 2011 15:05  
Anonymous El Cantante said...

Eu tb, desejo muitas felicidades e principalmente saúde da melhor, por muitos e longos anos, na paz de Deus nosso Senhor. Amén

12 fevereiro, 2011 18:09  
Blogger jorge dias said...

Os farsantes e os não farsantes!

Infelizemnte vi, e passei ao lado! Estava noutra esfera de esclarecimento! Mas fiz mal, muito mal! Sou, por isso, um farsante e um tardio samaritano!

Reduziram-me a gato e calei-me! Uma companheira, do género feminino, que aqui bota comentário, foi reduzida à sua genitalidade expressa no mais reles calão,uma rata, e os farsantes, gatos, calaram-se!

Farsantes! Nem as saudações matrimoniais ao casal, vos desculpam como nem a mim desculpo! Pelo contrário agravam-nos a responsabilidade, na nossa fuga em frente, até por uns serem da direcção e outros terem mais responsabilidade nos comentários.

Farsante, de mim digo, que levei quase 24 horas a gerar a minha repulsa!

Farsantes e niilistas!
Farsantes porque fingimos que não vemos a vergonha de neste espaço se chamar rata a uma pessoa do sexo feminino. Farsantes porque, reduzidos a gatos, nos quedamos bem nessa animalidade, calados, como se nada tivesse acontecido!

Niilistas, porque, ao vermos os nossos valores reduzidos à animalidade, cuspimos para o lado, cuidadosamente, simulando não ser connosco! Mas é mesmo conosco! Somos nós que estamos e ficamos em causa e não os disparates do anónimo! Somos nós que estamos em causa!

Vai-nos bater à porta!

Parabéns aos não farsantes!

12 fevereiro, 2011 18:18  
Blogger Unknown said...

Só mais uma coisinha para animar a malta.

Quando comecei a ler este blog, senti que aqui poderia aprender algo mais na vida e não me enganei. E ao ler também mais tarde senti a necessidade de com vocês partilhar algumas das minhas ideias, apesar de não vos conhecer, ou conhecer-vos só através de meras fotos no facebook.
E sempre gostei da cordialidade com que se tratam através da palavra. Claro que as opiniões nem sempre são semelhantes, nem deveriam ser devido à experiência de vida de cada um, da personalidade de cada um.
Daí também ter adoptado este estilo que julgo ser o mais adequado num espaço como este, uma vez que hoje em dia toda a gente navega na net, e podem muito bem, tal como eu fiz dar cá um saltinho e ler.
Por isso senhor anónimo cuidado com a palavra que bota neste espaço. Não queira transformar isto numa coisa banal que não é aliás muito pelo contrário; aqui discute-se, pensa-se, reflecte-se. Claro que a maior parte das pessoas daqui são antigos alunos da associação eu não pertenço à associação mas gosto de ler o que aqui se escreve e por vezes também dou a minha opinião e gosto.
Para além de animais, somos seres pensantes e é esta a diferença dos outros animais. Nós temos esta capacidade, de pensar, de fazer um raciocínio. E vem para aqui chamar esta gente toda de animais, sinceramente não havia necessidade!!!!!!!!!!

12 fevereiro, 2011 23:36  
Blogger Mario Neiva said...

Não havia mesmo. E vou protestar como faria o Malho. Porque não há direito! Um trata-nos como animais e outro como farsantes!

O farsante
Desata
O nó da gravata
Enforca com ela
A impiedade que grassa
Como a febre amarela
Entre a gente da praça
O farsante aprendeu
Ao entrar no liceu
A fazer direitinho
O nó da gravata
E rata…
Nem vê-la
Muito menos
Comê-la
Que nojo!
Traz a peste no bojo
O pecado
O diabo
Maldição de Eva e Adão
O farsante já foi
Solitário rapazinho
Que não queria
Não podia
Ter gatas e ratas
E foi tocando o bichinho
Um recurso à mão
Para salvar na peleja
A vocação
Se há ratas pra alguém
Só para os filhos da mãe
Aqui
Sem palavras obscenas
Passarinhas
Apenas
Asseadas
Lavadinhas
Perfumadas
Guardadas em redoma
Não há gato que as coma

13 fevereiro, 2011 10:40  
Blogger Anonimus said...

Teu silêncio estranho e recluso
Retrata a verdade dum ser confuso
Perdido no tempo e pesadelos constantes...
Tua ausência encobre a verdade,
O medo da triste realidade
Que tua alma solitária acorrenta...
És tempo fugaz e inconstante
Bipolar que muda a todo instante
Como o mar que não avisa a tormenta...
Teu sorriso é cena ensaiada
Uma peça teatral decorada
Joia falsa de brilho e côr...
És lobo com pele de ovelha
Calor que a floresta incendeia
E sem piedade destroi o que restou...
Teus ditos são canto de sereia
Aranha que destroi na sua teia
A presa frágil e descuidada...
És o abrigo do ressentimento
Tens no rancor o alimento
Em que revives tuas frustações...
És a serpente do jardim santificado
Pioneira da traição e do pecado
Fruto proibido que a humanidade condenou...
Tua arrogância humilha e apavora
Aqueles que conhecem a tua história
E hoje lamentam ter-te conhecido...
Assumes com orgulho e destemor
A tua descrença no divino Criador
Porque não sabes o que é Amor.

13 fevereiro, 2011 12:50  
Blogger Unknown said...

Volto com mais umas opiniões sobre aquele texto do anónimo.
Em lugares como este onde pode-se ler uma linguagem descontraída, interessante, intelectual, de experiênicas de vida. É simplesmente inadmissível que o anónimo venho por tudo a perder aqui neste espaço.
Afinal somos pessoas ou animais????????
Aquele comentário deveria ter sido retirado daquela parte, a fim de preservar o bom nome deste espaço.
Aqui somos gente civilizada, não meros animais sem estrutura de pensamento e raciocínio.
Muitas vezes deixamos o barco correr sem ligar muito ao que nos rodeia, mas linguagem como esssa ninguém pode ficar indiferente.

13 fevereiro, 2011 15:13  
Blogger Unknown said...

Gente civilizada não responde da mesma forma ao que este anónimo diz, apesar de muitas vezes apetecer mandar umas assim mais jeitosas, mas o espaço que tomamos por nosso ao escrever obriga a que sejamos mais moderados nas palavras e responder à letra seria descer ao nível do anónimo, o que não se verificará.
No fim das contas gente civilizada, da mesma forma como comecei da mesma forma termino!!!!!!!!

13 fevereiro, 2011 15:45  
Blogger Mario Neiva said...

O poema é contundente, FMF. Falta botar aí o nome do autor. Se és tu, tens aqui um admirador. Mais da «forma» que do «fundo», porque...
Não se pode julgar ninguém desta forma tão radical, como se fosse possivel a alguém descer às profundezas da alma de outro alguém. Apesar de tal ser absolutamente impossivel, mesmo assim julga-se aí, condenando, o sentimento de outrem. A arrogancia que se afirma ver no outro, acaba esparramada nos versos de quem julga.
O poema é um claro juizo não sobre o que uma pessoa faz e pensa mas sobre o que uma pessoa «É». Tais julgamentos conduzem à fogueira...
Já quanto à «forma» cativas quem te lê.

13 fevereiro, 2011 17:24  
Blogger Evaristo said...

T O T A L M E N T E, O U


politicamente correcto como hoje se diz.

13 fevereiro, 2011 17:29  
Blogger jorge dias said...

Eu bem te percebo Fodorico, mas, mesmo que não seja teu, na arrogante indiferença do chamariz, só tu ficas a perder! Mas esta fogueira eu não acendo! Por tudo, pela mentira, pelo embuste, pela arrogância, pela falta de pudor, de vergonha, de civilidade e de humanidade! A palavra também permite o vómito.

13 fevereiro, 2011 18:56  
Blogger jorge dias said...

A concorrência ou a falta dela

Quando, ontem, revisitando este espaço me dei conta de um aniversário de constituição de família, no caso do nosso presidente Augusto e sua companheira Sra D.Ana Jorge (a que da terra nasce e se eleva), vinha numa tarefa diferente! Hoje ainda é tempo de saudando-vos nos vossos trinta, regressar ao altar onde iniciei os meus quarenta e um e mais uns mêses!

Ainda hoje ressoam nos meus ouvidos as palavras "inviolável fidelidade".... assim foi por muito tempo. Só mesmo os filhos me vieram despertar do sono servindo-me a família! Tal e qual, nem mais!

Recentrada a razão das coisas no lugar certo, sempre a caminhada, os acertos, o crescendo dos dois, as pequenas coisas, as grandes coisas, esta dor e mais aquela outra e os enquistamentos! O parceiro garantido, a parceira certa! O crescer adormecido, o parceiro ou a parceira feita escrava, o servente ou a servente objeto de agressão, de menos afecto, de menor integração, a conversa que já não resulta...

Concorrência a mais ou ausência total dela? Porque se instala a incapcidade de diálogo!?

Sempre a família a recentrar as atenções e as energias! Vale a pena? Se conseguirmos mais equilíbrio e realização ... sempre vale a pena. Senão...

À família sempre uma oportunidade...

Que a caminhada continue bonita! Aguardo-vos ao virar da esquina!

13 fevereiro, 2011 19:40  
Blogger Anonimus said...

em


"11 Fevereiro, 2011 - 13:09
Mario Neiva dizia...
- Não vou a jogo. Passo. "

EU DIGO:

Ninguém me obriga a ser " curto e grosso".


É preciso parar...
É preciso reciclar...
É preciso entender...
É preciso compreender...
É preciso entrar no silêncio..
É importante conversar com o "eu"...
É imprescindível ter novos sonhos...
É necessário escolher novos caminhos...


(vou sair ... ,mas "ser" presente!)

13 fevereiro, 2011 20:06  
Blogger jorge dias said...

Acho piada que depois da violência dos dois textos acima postados pela sua pessoa venha com essa proposta agora! Acho piada à capacidade mimética do ser humano! Acho piada! Por mim, a única coisa em que o acompanho nesse recolhimento, e como desafio, é a do respeito do outro!

O cultivo da cultura da linha, qual membrana, que separa os nossos direitos e deveres dos direitos e deveres dos outros! Não julgue que é humor!

E respondo-lhe, caro comentarista, de modo semelhante, servindo de parte das suas palavras!

Não tenho nada que parar porque estou paralítico de não ser!

Reciclar? Mas que faço eu na vida senão reciclar há anos sem fim?

Entender? E o que tenho andado a fazer!? Eu sei, sou burro... outro é camelo! E depois, não entendo mesmo nada? Tenha dó, meu caro!

Silêncio? Mas qual silêncio! Eu quero é barulho, gritos de afirmação, de ser!

Conversar com o Eu? Mas qual eu? O meu? O meu só grita por acção, então o meu que já vê o virar da esquina!

Novos sonhos! Mas que sonho maior que novos céus e novas terras! Humanos, nada de religiões deificantes!

Novos caminhos? Mas quais novos caminhos se há caminhos a rodos, para todos os gostos! Queres dizer que alguns não os conhecem? Grita então os teus e não as agressõses! Grita-os, anuncia-os, proclama a tese...

Faz tudo o que dizes e farás bem se assim queres mas a vida só se faz, fazendo-se, e com os outros e nunca contra os outros. E sempre, mas mesmo sempre, não pisando a linha que nos separa dos outros, e como a pisaram dois textos que editaste!

Aqui tem que acontecer palavra que provoca e sempre, sempre dá ao outro a possibilidade de se elevar à sublimidade do humano, de antigo aluno carmelita e de amigo e, se possível fosse, elevar-se à de anjo ou dos céus!

13 fevereiro, 2011 22:34  
Anonymous El Cantante said...

Olha-me só para esse, a fazer dos outros papalvos!
Do que te conheço, nem és muito comprido, mas de certeza com o passar dos anos estás mais grosso(gordo).
Se é quem pensa o Evaristo,o que duvido, deves ter ficado com a mania que pertences aos senhores de sangue azul. Se achas que somos tão reles e não estamos à tua altura, vai lá para o raio que o parta, porque só fazem falta, os que cá ficam.
Agora dou razão a muitos amigos e companheiros que nem se aproximam do blog nem dos convívios, talvez por causa dos ilustres senhores da (cagança) que pensam que são melhores que os outros.Eu não vejo em quê, pelo que conheci no seminário, era tudo gente do nosso povo e ainda bem.
E ainda,devo dizer-te que podes levar a tua cultura e douto saber, lá para as profundezas do inferno (cemitério), já que não queres mais partilhar connonco, se é que também foste um aaac.
Boa viagem e muitos furos na carruagem.

14 fevereiro, 2011 10:01  
Blogger Anonimus said...

A quem falta o que fazer
As opções são diversas
Olhar o nada, dispersas,
Ou com os outros se meter.
Na vida, se aborrecer
Por não ter inspiração
Nada de útil saber...
Compor um verso feliz
Mas prefere o diz-que-diz
P’ra chatear seu irmão!

O tempo é sempre escasso
Por isso o faço aumentar
P’ra não dar o que falar
E aproveitar meu passo.
Pois assim sei o que faço
Se levantar minha mão
Será p’ra dar um abraço
Menos naquele infeliz.
Que prefere o diz-que-diz
P’ra chatear seu irmão!

Eu quero é alegria
E na vida, conviver
Com gente que sabe ser
Amigo, a qualquer dia.
Que não briga ou desafia.
E não seja um canastrão.
Quem provoca arrelia
Não sabe o que é ser feliz.
Mas prefere o diz-que-diz
P’ra chatear seu irmão!


- O meu texto escrito em 13/02/2011, todo ele virado para o “farsante”.
- E para vosso conhecimento,fui colega de carteira do Agostinho Neiva e sou frequentador assíduo desde 1991 em TODOS os encontros da AAAC. , não sou o anónimo provocante, não sou o farsante El Cantante e muito menos o MAL EDUCADO Salvador da C. Santos.
Sou simplesmente um Filho de um Pai a quem chamaram Manuel e o alcunharam de “FODORICO”.
- (a vossa velhice não vos deixa ver, ouvir e ser.)

Até Fátima

14 fevereiro, 2011 11:07  
Anonymous El Farsante said...

Fodorico, Fodorico!
Fodorico, quem és tu?
Vai-te catar Fedorico,
pr'a casa do belzebu.

Lindo menino de coro,
até me fazes corar.
Devias pedir namoro,
a quem te queres lamentar.

Farsante deves ser tu
e com pele de cordeiro.
Ou serás um gabiru
que não vês o teu argueiro?

O mais velho é que te ensina
e apruma o teu saber.
Lê o que escreveu em cima
e depois vai-te encolher.

E eu, por aqui me fico,
pois pareces consolado
e quem sabe até mais rico,
no teu ego mascarado.

Até Fátima, mas não leves pistolão...

14 fevereiro, 2011 16:23  
Blogger jorge dias said...

Brincando ao sério!

Está em marcha o ano de 2011… Fevereiro já está no papo e Março no regaço! Primavera a bater à porta e Verão logo atrás! Senhora do Carmo a 16 de Julho deste ano de 2011.

Proposta:
Fazer o livro com base no blog, até cerca de 250-300 páginas! Lançar o livro no dia da Senhora do Carmo nos Açores!

Teria uma parte, a maioria do blog desde “um almoço muito especial”, comentários e só comentários, tais quais, sem alteração de espécie alguma (excepção, erros de português), calão incluido, e uma pequena parte sobre a Ordem do Carmo e aaacarmelitas!

Tipografia tenho e financio! Preço de venda ao público situar-se-ia à roda dos 15 Euros, talvez um pouco mais.

Titulo:
Mil hipóteses:

Os sem lei
aaacamelitas.blogspot. com

A voz dos afectos que não foram!

Perdidos no Seminário

A expressão sem controlo!

Loucos de hoje, seminaristas de ontem!

...

O livro seria lançado em ambiente de soleníssima festa de Nossa Senhora do Carmo, 16 de Julho! Seriam solenemente cantadas as vésperas, seguidas de Eucaristia e convívio à maneira das festas do Espírito Santo onde cvantaria a folia local e ocorreria o lançamento do livro com assinaturas dos aas presentes.

Local: Ponta Delgada! Igreja da Covoada, convívio no Salão da liga de amigos da freguesia!

Estão desafiados!

PS. Informo que hoje estou no meu juízo!

15 fevereiro, 2011 00:21  
Blogger jorge dias said...

Obviamente, publiquei o meu comentário sem ler os vossos! Não fosse mudar de ideias pelo camiho! Não mudei, mantenho!

E podeis crer que gostei de ler os vossos comentários! Todos, até os violentos, e os que têm ofensas pessoais, e que julgo não deveriam ter cabimento aqui! Mas para efeito de livro até é bom! As ofensas pessoais vendem melhor! Mas cada um lá teve o berço que teve! Que quereis que vos diga, que concordo? Porque não vos ficais no que está escrito e só no que está escrito? Pelas ofensas pessoais nunca me levareis e, se por hipótese me distrair e o fizer, logo apresentarei desulpas!

Não estou a pensar ir a Fátima brevemente!

Pistolão nunca usei! As minhas armas sempre foram outras e vão continuar a ser! As palavras, os seus conteúdos, nunca a pessoa do sujeito emissor das palavras! Repito, nunca a pessoa do sujeiro emissor das palavras! Podes voltar atrás e confirmar! Nunca, é isso o que nos separa! Mas muitas outras coisas nos unem!



Por norma escrevo só o que quero! No tocante à leitura é mais complicado! Mas aguento-me...

Aaacarmelitas.blogspot.com está muito bonito e com palavra a acontecer a rodos!

15 fevereiro, 2011 00:49  
Blogger jorge dias said...

Caro Fodorico, não sei quem és, nem isso me preocupa! Tão pouco alguma vez te tomei por seja quem for, nem bem bem nem mal educado!

Para mim és o "Fodorico" e nada mais! Sei de ti um pouco do que escreves!

Mas porque te haveria de tomar por anónimo!?

Ele há cada uma! Era o que faltava! Daqui a nada até já escreves por mim? Calma que o mundo não acaba hoje e muitos sóis serão nossos no amanhecer!

15 fevereiro, 2011 01:00  
Anonymous El Farsante said...

Força Jorge, mas caberemos todos na Ilha?

Voltando à comédia;

Muito genuíno, se bem se lembram, o Fodorico, entrou de fininho e copiando e transcrevendo umas historietas da carochinha, dando a entender que tinhamos uma santidade em pessoa, a colaborar no nosso blog. Fiz jus, a essa salutar escrita e entrada de mais um novo companheiro, com pele de cordeiro.
Não tardou porém, a botar os galhufos de fora, para atacar os anónimos e afins e até com muita raiva, parecendo cão danado.
Repito e afirmo, este Fodorico, é ilustre demais, para ter sido aaac. Imaginem essa categoria à parte, ao lado de um tosco, melhor dizendo, um tratante que o Fodorico apelidou de farsante.
Este Fodorico, fez-me lembrar os políticos, em altura de eleições, a distribuir beijufas e abraços... Ganhou alguma simpatia e vai daí, estalou-se-lhe o verniz e dá duro no anónimo provocante, no farsante El Cantante e até no desaparecido e mal educado , Salvador C. Santos.
Arrrrrrrrrrrrr porra compadre, vomeçê nunca errou o chão, quando fez cocó lá pelas matas de áfrica, ou será que levava a latrina às costas?

15 fevereiro, 2011 10:17  
Blogger Anonimus said...

Quem Avisa Amigo É


Contar até dez
Pensar
Repensar
antes de um acto impensado praticar
antes de uma palavra “ferida” para alguém falar

Reflectir
antes de um amigo ferir
e quem sabe prevenir
o que no futuro
seja improvável corrigir

Portanto,
Quando sentires necessidade de com alguém algo esclarecer
que seja somente com ele, sem necessidade de usar alguém
de forma aclarar as dúvidas que com ele tem
sem magoar ou ofender
e os laços de amizade efectivamente fortalecer

15 fevereiro, 2011 12:11  
Blogger Mario Neiva said...

Para ir treinando a amizade, aqui vai o poema-canção do abraço, de autor que não conheço.

Dá-me um abraço
Que seja forte
E me conforte
A cada canto
Não digas nada
Que nada é tanto
Eu não me importo
Dá-me um abraço
Fica por perto
Que nesse aperto
Com pouco espaço
Não quero nada
Só o silencio
Do teu abraço
Já me perdi
Sem rumo certo
Já me venci
Pelo cansaço
Estando loge
Estive tão perto
Do teu abraço
Dá-me um abraço
Que me desperte
E me aperte
Sem apertar
Eu já estou perto
Abre os teus braços
Quando eu chegar
E nesse espaço
Que me sossega
Quando puderes
Dá-me outro abraço
Só um não chega

15 fevereiro, 2011 12:49  
Blogger jorge dias said...

Senti-vos o cheiro a "cagaúfa"!
É pegar ou largar! Tretas e mais tretas estou cheio!

Mais umas hipóteses ou outras:

"O Retornos dos cucos"!


ou
" Quando os burros falam"


ou....

Ilha, uma nica de terra cercada de mar por todo o lado! Mas aqui fazemos jus a uma estatística única, "o maior número de livros editados por habitante" e o único espaço (Pico) onde em certo ano não havia nenhum analfabeto!

Mas a Estatística da glória é da Terceira, onde, por algum tempo foi, só, Portugal.

O prazo urge e o tempo é curto! Mas a espada também seguro sozinho que a cova que me serviram também leva tempo a abrir, e não vá entrar outro primeiro!

A palavra sempre, mas sempre flui!

Tem piada, e porque não?

A palavra dos cucos!

E porque não! Quando os gaios ficaram sem ninho!

E este outro:
"Os burros também acordam!" Ou ainda, " Os leões de Santa Marta!

Ou " A cova dos loucos"! Ou " A palavra que limpa"!

Agora é que eu vou ver quem vale o quê?



Só como um camelo! Não, jamais

15 fevereiro, 2011 15:02  
Blogger jorge dias said...

Mário, os homens também choram!

15 fevereiro, 2011 15:11  
Blogger Mario Neiva said...

Sobre o "Livro do Blog" queria dizer apenas que as palavras que escrevi para este sitio foram dadas aos meus antigos condiscipulos, confrades e amigos. Já não me pertencem. A Direcção do blog pode dispor delas como muito bem lhe aprouver, desde que qualquer beneficio financeiro que advenha de uma eventual publicação em livro reverta integralmnte a favor da aaacarmelitas.
Titulo? Sugiro: AAACarmelitas no Seu Sitio.

15 fevereiro, 2011 17:00  
Blogger Anonimus said...

Augusto Manuel Matos Pereira de Castro




“Um diamante bruto passa despercebido aos olhos dos leigos; mas jamais aos olhos apurados de um garimpeiro.”

Por analogia, o ser humano também. A maioria de nós é incapaz de perceber o valor do próximo e agir empaticamente. Isso, porque não desenvolvemos a sensibilidade suficiente para compreender o outro,entender e respeitar os motivos que o levam a se posicionar e a agir no mundo, do jeito que se posiciona e age.
Cada ser humano traz marcado na alma, os estigmas de uma história pautada por sonhos e pesadelos, derrotas e vitórias, encontros e desencontros, presenças e ausências, risos e lágrimas, dores e amores... E, certamente, é o somatório dessas e outras tantas experiencias vividas que o torna único, especial e, muitas vezes, incompreendido.
Acredito que só teremos condições de compreender e valorizar o próximo, se praticarmos permanentemente a autocompreensão e a autovalorização. Logo as relações interpessoais são nítidos reflexos das relações “intrapessoais”.
Durante estes ultimos nove anos”GARIMPEI”,o teu valor como SER HUMANO.
Obrigado Augusto pelo exemplo da tua coerência.
d/coelho

15 fevereiro, 2011 21:25  
Blogger Unknown said...

Olá a todos...
A ideia do livro até que é engraçada. Poderem partilhar o que aqui se escreve e o que viveram em tempos já idos e que se mostrou fundamental na construção da pessoa que são hoje.
Claro que os lucros desta publicação deveriam reverter a favor da associação.
Até tenho dois títulos a sugerir também:
- O regresso dos veteranos;
- A palavra da Ordem Carmelita.
Deveria ter alguma história sobre a ordem simples e de fácil leitura e depois entravam os comentários.
Poderia ter uma festinha de lançamento do livro, com alguns comes e bebes e até música que pelos vistos também devem ser bons cantadores e tocadores presssuponho eu.
Seria de facto muito giro.
A vida torna-se bela nestas coisas, nas mais pequenas coisas, de festa de alegria de boa-disposição. Claro que nem sempre estamos para aí virados porque a vida não é só um mar de rosas tem também os seus espinhos mas são momentos como estes que nos dão forças e estimula para um melhor combate aos espinhos da rosa.
O desafio está lançado...

15 fevereiro, 2011 23:00  
Blogger Unknown said...

Aquele poema do EU reflecte bem o que se deveria fazer sempre nas nossas vidas. Mas como seres humanos que somos por vezes erramos, mas o maior erro é não reconhecer ou não pedir desculpa se efectivamente erramos. Nestas nossas relações interpessoais muitas vezes ofendemos as pessoas ou que mais gostamos, ou colegas, ou amigos. Mas isto traduz-se na forma como lidamos connosco próprios. É preciso calma e ponderação. Sei que estou a dizer isso e sei também que muitas vezes é difícil de o fazer mas o desafio é mesmo esse e o mundo seria muito melhor a começar por mim própria. O desafio de ir ao encontro do irmão, de ir ao encontro do amigo, de no fim das contas amar como Jesus amou amai-vos uns aos outros. Mas sempre com a capacidade de lutar pelo que é mais justo, de fazer o bem sem olhar a quem. Pensar e não reagir de imediato, porque muitas vezes há palavras que são ditas que ferem que magoam e há relações cortadas de amizade,familiares por causa de uma mal entendido, por causa de um acto instintivo de reacção num determinado momento de ira.
Pensemos porque é aí que está a diferença. Amemos porque aí está a comunhão com o universo. A comunhão com Deus.

15 fevereiro, 2011 23:17  
Blogger jorge dias said...

Nada de separações das três coisas:
- Livro
- Festa da Senhora do Carmo e
- Lançamento do livro nos Açores, Ponta Delgada na data de 16 de Julho, com um bom grupo de aa's presentes! (Ag Abreu organiza grupos por uma semana a preços imbatíveis.)

Esta foi e é a minha proposta!

Urgência na decisão!
Alô direcção! Vossa opinião.

Nada desta operação está tratada com ninguém. Todavia, em horas se perfila e confirma o desenho da sua realização!

Claro, Mário, que aqui não há negócio para ninguém. Mas, repara, nem para a Associação!

Na minha "imaginação" inicial o livro seria constituído no seu corpo pelos comentários, e teria dois anexos (apêndices), um sobre a Ordem do Carmo (história, sua implantação no mundo e em Portugal, Regra e Objecto) e outro sobre a Associação, estatutos novos, objecto!

O capital a investir para uns 300 livros deve rondar os 3000 euros! O livro não poderá ir além de 200/250 páginas. E, para efeitos de controlo do Iva, as tipografias sugerem edição do autor, por hipótese, o presidente da direcção ou pessoa a combinar! O Iva é pago de uma só vez e o remanescente nas vendas, tirada a margem de lucro das livrarias, reverte sempre para o autor face ao pagamento do Iva à cabeça! Encarece o livro no inicio mas facilita.

Remunerado o capital investido, por juro a combinar com a direcção, pode esta ficar incumbida da aplicação dos rendimentos, retornos, que possam ocorrer em adequada causa social ou da Ordem! Se não houver retornos, resolvido está, como referi em outro comentário.

A minha expectativa é a de que este tempo de blog, em velocidade de cruzeiro,tempo tem, já está no seu ocaso, e há pérolas por aí!

16 fevereiro, 2011 00:38  
Anonymous Anónimo said...

Muito interessante a ideia do livro, desde que sejam excluídos, todos os comentários dos anónimos e dos pseudónimos, para não mancharem as páginas do " lindo livro " que terá o cunho dos bem comportadinhos.
Comentários da juventude (velhos)rasca, devem ser encaminhados para tratar do corpo ( mente), porque a alma já não tem salvação.Fora com eles, pois deve ser o pensamento e desejo da maioria.

TESTEMUNHOS DE ENCONTROS E DESENCONTROS DOS EX-AACARMELITAS.

Fica a minha sugestão
Bem hajam

16 fevereiro, 2011 09:35  
Blogger Augusto said...

Um destes dias, ELE veio ter comigo e disse-me:

"Durante esta tua actual estadia nesta terra dos homens, EU SÓ ENVIEI ANJOS ao teu encontro!...".

E... chorei... eu já sabia... mas esquecia...por vezes... que É assim...

Nunca, como agora, me vi rodeado de tantos Anjos, em cujo rosto vejo estampado o Teu Rosto, Oh meu Bem-Amado "CRISTO".

Obrigado, Querido Senhor, por, nesta Hora TÃO DIFÍCIL, me teres rodeado de tantos Anjos...São a Vossa personificação...Sois Vós aqui em mim e ao meu lado, na minha companhia... Obrigado...

E... a Vós, Domingos Coelho, Rosalino Durães e, em vós, todos os outros,... um grande abraço de gratidão pela vossa companhia e presença ....

augusto pereira de castro

16 fevereiro, 2011 10:45  
Blogger Mario Neiva said...

Não é novidade, mas confirma-se que eu vivo num mundo diferente do Augusto. Não fui contemplado com visões nem audições de seres extraterrestre ou do "mundo dos espiritos". Não fui, e pronto. Não devo ser digno de tal ventura ou sou tão bronco que "eles" vêm e eu nem dou conta. E não é que o meu espirito não esteja aberto a tão nobilissimos interlocutores. Eu é que devo estar num plano tão rasteiro que nem lhes sinto ou pressinto a presença.
A minha homenagem à hiper-sensibilidade de quem a possui, embora considerando que não se deve cobrar de ninguém aquilo que não recebeu, nem se deve alguém ufanar daquilo de que não teve mérito algum. A ser verdade o dom ou privilégio da "extra-sensibilidade" ao "extra-natural"...
O povo costuma dizer, a esee propósito, que " cada um é como cada qual e cada qual é como Deus o feZ". Nem mais.
Por outro lado, a experiencia da vida parece indicar-me que aqueles "anjos" do Augusto são, para mim, a minha mulher e os meus amigos, eles mesmos e a valer por eles mesmos, e não como representantes ou rostos de quem quer que seja. E assim acabei por descobrir que, falando eles em nome próprio e não como representantes de ninguém, precisavam tanto do meu amor e amizade como eu do deles.
E foi uma paixão à primeira vista...

16 fevereiro, 2011 12:49  
Blogger Mario Neiva said...

...E na "hora tão dificil" que vives e de que nos falas, se pode ajudar-te uma palavra carinhosa e de ânimo, aqui fica, Augusto, tão sincera e forte como o desencontro de ideias que sempre me viste expressar. Porque tu és muito mais do que aquilo que conseguimos "ver" de ti.
Coragem, Augusto. Fico contigo.

16 fevereiro, 2011 13:04  
Anonymous BATISTA said...

É a primeira vez que consegui acompanhar-vos neste já longo blog, sendo necessário para isso ler desde o princípio do ano . Teve o seu início tão belo que muitas vezes me emocionou.Sem dúvida que estamos perante um número excelente de bloguistas, que sejam aaacarm ou não.são na sua maioria pessoas com as quais muito me identifico, e até digo, assinaria por baixo ;momentos houve contudo, que eu prefiro pensar que são seres que gostam de ouvir alterações de humor súbitas. conheço muito bem o Jorge Dias e o MÁRIO Neiva e vagamente alguns deles porque os seus nomes suavam nos corredores do seminário da Falperra, porque o frei Servando não permitia o convívio com os marianos, coisa que sempre achei estúpida. UM ABRAÇO PARA TODOS.....

16 fevereiro, 2011 19:18  
Blogger Mario Neiva said...

Mas nós convivemos, apesar de tudo, e até lavamos, juntos, a louça, depois das refeições, na Quinta da Mata, em Felgueiras, quando eu fazia o noviciado. Lembras-te, (frei) Batista?
Um abraço carregadinho de saudades.

16 fevereiro, 2011 21:57  
Blogger ACOSTA said...

Amigos:Realmente em pouco tempo os acontecimentos são à velocidade de cruzeiro, e nós sem darmos por isso. Apoio o Jorge nestas suas iniciativas( 3 em 1).Esperamos pela sua
efectiva realização, e que seja um sucesso.

UNIDOS no mesmo espírito(a tal mística que referi acima) mas sempre críticos quanto baste, tudo devido à formação que tivemos e que nos abriram horizontes diversos, mas SEMPRE cultivando a amizade( muitas vezes cimentada nos problemas que todos nós vivemos, uns de cada maneira).Temos na nossa agenda(os AAAC) a eleição da direcção da nossa Associação, que esperamos cumprir de acordo com os novos estatutos(também a alterar).
"O que diz respeito a todos deve ser discutido por todos..." (uma teoria já muito antiga, e que foi repescada há dias por 144 teólogos no seu último manifesto, dirigido ao Papa Bento XVI e a toda a Igreja Católica).

Tal como dizia há tempos o nosso presidente Augusto, "a massa está a levedar" e espero que terminado o tempo da fermentação, saia um "bolo de entre a lenha,com sardinhas pronto a comer",e tenho a certeza que vamos sair de Fátima com uma Direcção forte e com planos de trabalho a bem de todos.

16 fevereiro, 2011 22:02  
Anonymous Anónimo said...

Olá, Pessoal. Não sei se será hoje que consigo entrar em contacto convosco. É que já tentei tantas vezes quer, apesar dos resultados infrutíferos, ainda não desisti. é que, destas porcarias de informática, se não estiver a papinha feita, nada percebo...
escrevi, escrevi. escrevi, pré.visualizei, pré-visulizei, pré-visualizei, enviei comentário, enviei comentário, enviei comentário, desapareceu-me o que escrevi, desapareceu-me o que escrevi, desapareceu-me o que escrevi, contactei alguém que me ajudasse e fui inormado, repeti tudo e a realidade é que, até ao momento, não consegui entrar. Já acabei o vinho de há dois anos e continuo sem vos dizer aquilo que sinto!!!
Emídio Januário

16 fevereiro, 2011 22:14  
Anonymous Anónimo said...

Parece-me que desta vez consegui entrar, como anónimo. Mas fiquei tão cansado com o esforço, que me vou deitar! BOA NOITE
Emídio Januário.

16 fevereiro, 2011 22:17  
Blogger ACOSTA said...

Emídio: Já sei o que amanhã demanhã terás que fazer!!(daí o deitares cedo e cedo erguer). Podar, se calhar, para poderes mais tarde oferecer aos teus amigos a melhor pomada de Mirandela e arreedores!!!-Mas amanhã, ao fim da tarde,não te esqueças de voltar a este forum e contar mais uma das tuas especialidades, com alguma pimenta!!!

17 fevereiro, 2011 00:28  
Blogger jorge dias said...

Emídio, Emídio!
Desta vez tu é que vens!
Animado!
Agora, só volto com factos decididos! A minha parte está à velocidade de cruzeiro!

Vão reservando tempo! Este ano em Ponta Delgada, Covoada, 16 de Julho! Está em marcha!

20 fevereiro, 2011 18:04  
Blogger Mario Neiva said...

Experiência... TESTE ...TESTE

05 maio, 2011 18:05  
Anonymous j.dias said...

Depois de um longo período de gestação esta é a última vez que comunico novidades sobre o livro nesta espaço do blogue. O livro está formatado, neste momento, estamos a trabalhar a capa, dar retoques na segunda prova e será apresentado publicamente a 16 de Julho conforme previsto. Denominar-se-á de Palavra em Almoço Especial a encimar o nome do blogue. Terá como sub título a Ordem do Carmo em Portugal, vida contemplativa, dado que acabei por incluir um grande anexo sobre a Ordem do Carmo, mormente a reconstrução, bem como um interessante anexo sobre a nossa Associação.Fica a bater as 330 páginas. Um pouco mais com o esperado. Preferivel para facilitar a leitura. Cumpro nisto o desiderato de homenagem a todos os que por atos e palavras são solidários com os outros.
Como planeado o lançamento ocorrerá na Paróquia da Covoada no dia 16 de Julho, em princípio pelas 18H00. Pelas 19H00 será benzida uma imagem da Senhora do Carmo e serão cantadas Vésperas solenes por dois grupos corais litúrgicos de duas comunidades paroquiais. Pelas 20H00 solene celebração eucarístia, ao que espero, com a presença de um sacerdote carmelita,e pelas 21H00 animado convívio com sopas do Espirito Santo e afins. Oportunamente remeterei para a direção cópia do folheto publicitante e convite para as sopas e lançamento do livro.

27 Junho, 2011 20:24

27 junho, 2011 20:34  

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