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26 de julho de 2009

"ZELO ZELATUS SUM PRO DOMINO DEO ..."
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AH RAPAAAZES... !!!
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RESTAURAR
O VERDADEIRO
ESPÍRITO ELIANO DO CARMELO
NA FAMÍLIA CARMELITA LUSITANA
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É P R E C Iiiiiiii S O !!!
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J ÁÁÁ !!!
augustus

36 Comments:

Anonymous Rosalino Duraes said...

SIM, pôr o verdadeiro sol a brilhar nas mentes e nós leigos carmelitas com candeias bem acesas a iluminar a humanidade e que o nosso testemunho de fé seja o de Paulo, inquebrantável.

26 julho, 2009 11:33  
Anonymous Anónimo said...

EU ESTOU A FALAR PARA DENTRO DA FAMÍLIA CARMELITA E NÃO PARA FORA.

26 julho, 2009 11:46  
Anonymous jorge dias said...

Caríssimos,
por mim concordo em absoluto... só que não sei como nem quando e, por conseguinte, por onde começar nem com o que começar nem tão pouco com quem partilhar este desafio. Porque até prova em contrário estamos em espaço de liberdade e, por isso, de livre adesão. E, todavia, quem não aderir, não deixa, por esse facto, de ser aacarmelita. Por ser gente, mas também por ser aacarmelita, e por isso mais integrado...
Tinha idealizado um comentário para outro lugar... eis senão quando me deparo com este desafio que, como é óbvio, é o que tenho andado a fazer há mais de 4O anos. Afinal, que tebho andado eu a fazer senão de carmelita no "século"? Quem neste espaço disse "carmelita um dia carmelita toda a vida" fui eu.
Sendo este o desafio é natural que tenhamos que dar às coisas o seu real e moderno sentido porque isto de afirmarmos que "zelo e zelarei pelo senhor Deus dos exércitos" é uma enorme provocação dado que se usa uma linguagem histórica sem cuidar de a ler em linguagem de hoje. Eu notei que a citação foi incompleta apena sugere. Todavia, um acto desnecessário... falar de exércitos quando em mil e um "lugares" citáveis se poderia falar do desafio do amor e da boa nova, única razão de ser desta Ordem nos tempos passados e, se quisermos adaptar-nos, e isto concedo contra outras opiniões, hoje também, ao serviço da boa nova, porque isto e só misto é a Igreja de que somos membros e justicará a sua existência.

Como dizia o nosso irmão e Pe Geral em Fátima, contemplativos, proféticos e como irmãos de Maria. Os dois ilustres comentantes anteriores estiveram lá.

Caríssimos, não há mais caminho nenhum!

Contemplativos, proféticos (o dom do profetismo) e irmãos da Bem Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo. Eis o carisma! Repito, eis o carisma, eis a nossa marca, a marca dos carmelitas calçados. O slogan citado nem é nosso. Sem ofensa, é dos outros carmelitas, os descalços.

A Igreja de que somos parte precisa de nós como do pão para a boca. Mas noutra onda, na onda da boa nova, como os nossos irmãos no Carmelo fizeram noutros tempos. Precisa da contemplação e descoberta e adequação desta boa nova aos nossos dias e nesse exercício precisamos urgentemente do exercício do dom da diferença e da provocação, o exercício do dom do profetismo, e tudo isto feito com Maria, a primeira, com outras mulheres a ir ao sepulcro, e a quem o anjos envia:"Ide...".

Eis o caminho, criar ambiente para irmos, deixar que as emergências do "E"spírito ocorram e dar-lhes forma, mantendo o espaço dos que querem ser o que já são e tentar descobrir a vanguarda, mais provocante ainda, mas único espaço possível para o profetismo carmelita, ou para a Ordem do Carmo, hoje, e com seu exercício, mais adesões (vocações). Tudo o que se afastar deste eixo não é Ordem do Carmo. Contemplação, profetismo e irmãos de Maria. Claro que leio a postagem e os comentários como um desafio, uma provocação de militância.

Obrigado pela provocação.

26 julho, 2009 16:59  
Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

26 julho, 2009 18:50  
Anonymous domingos coelho said...

QUE QUEREMOS ?

Na curva que curva depois da grande recta tem sempre uma surpresa maravilhosa para ser saboreada, porém muitas vezes não conseguimos saborear o maravilhoso sabor, que se perde para nós e para os outros também. Engraçado estar a falar de manjares saborosos e repleto de prazeres, pois sempre que se avista uma gigantesca recta na nossa frente, preocupamo-nos apenas em vencê-la rápidamente, rápido no percurso sem olhar para os lados, buscamos com afinco ultrapassar por cima de tudo e de todos e queremos a cada momento que apareça rapidamente a próxima curva. Não importa que a próxima seja para a direita ou para esquerda, e paira dentro da gente a obsessão explicita de chegar logo e curvar sem pensar na próxima recta atropelamos com ardor as nossas curvas e partimos para galgar o próximo obstáculo. E com estas e outras atitudes incertas deixamos para depois o sabor das pequenas e consequentemente também das grandes conquistas. Não saboreando e nem sendo útil para nada e para ninguém, pois somente pensamos em ser grandes, fortes, poderosos e passamos por passar na estrada do nosso tempo. Esquecendo que tudo começa e termina em nós se andarmos com prazer, somos os primeiros a saborear o prazer do caminho e sucessivamente os outros também irão colher a beleza no nosso caminho, se fomos com prazer, ou saímos para acampar na vida não esquecendo de levar na bagagem a felicidade, o carinho, o afecto, o encanto encantado que temos dentro de cada um.
E com isto a cada momento estamos a passar por passar na estrada de nossa existência, não sendo nada no nosso tempo ,dizemos por aí que estamos além do tempo fazendo tudo errado , sendo errado e o melhor tempo de agora , por tudo isto temos de saborear cada segundo , não importa se existem momentos nas nossas retas que temos de nos mostrar frágeis e sensíveis igual ás flores, porém fortes no momento certo de inalar a essência perfumada de suas fragrâncias nas curvas de sua estrada a perfumar com aroma sem igual para perfumar nossos caminhos nas rectas e curvas deslumbrantes das nossas estradas.
P.S.
- Eu chorei neste fim de semana!
- Não esperava respirar o que respirei numa casa de PAZ.
D/C

26 julho, 2009 20:04  
Anonymous Rosalino Duraes said...

Paz é paz, tão somente…….

Paz para os homens de paz, “guerra” para meninos que não respiram o verdadeiro espírito Eliano.

Ser Carmelita, é respeitar o próximo, os meus irmãos de fraternidade com quem convivo diariamente, com quem oro, com quem laboro, com quem vivo muitas vezes em comunhão de mesa e habitação, com que partilho as minhas alegrias, as minhas tristezas, os meus problemas.

Renegar ás fraquezas do mundo, ao dinheiro e ambições desmedidas que não me alimentam o espírito.

Ah!... Aaas, ainda temos dentro do Carmelo Lusitano homens verdadeiramente Elianos que se entregaram totalmente á vontade de Deus, muitos deles, com quem tive o privilégio de conviver, desabafar e recorrer a ensinamentos que de outro modo os não teria (Frei Francisco Rodrigues, Frei António Monteiro, Frei D. Vitalino Dantas, Frei Manuel Alves, Frei Manuel Freitas, Frei António Lourenço, Frei António Sabino, Frei Miguel, Frei Olavo Djstrika) e muitos outros que se entregam de corpo e alma ao verdadeiro bem comum, sem interesses mesquinhos de exibicionismo desmedido que poderão colocar o bem estar do próximo em causa, bem como o seu estado emocional descontrolado.

Tive um fim de domingo, verdadeiramente atribulado e triste, ao saber que o meu amigo DC, chorou. Emocionei-me de tal modo que não posso deixar de partilhar com ele tão grande mágoa, que também é minha, refugiei-me na gruta de Elias e vejo a nuvenzinha, que ao longe me dá esperança!.

Rosalino Durães
Julho 2009

26 julho, 2009 22:39  
Anonymous jorge dias said...

Caríssimos, isto está patético ( isto é de sofrer)...

Recuso os comentários anónimos que depois são retirados e me levaram um comentário de tanto esforço e reflexão. Recuso o patético em que nos podemos meter.

Calma caríssimo Domingos e calma caríssimo Rosalino. Muita gente gosta da aacarmelitas e muita gente mais gosta verdadeiramente da Ordem do Carmo, entre outros eu próprio. Mas gossto há muito tempo pela simples razão de que se retirasse da minha vida o que sou teria que tirar a parte que sou por força da Ordem do Carmo. Isto é linear. Aqui não há divagação.
Esclareçamo-nos: aacarmelitas, sempre. Uma viragem na aacarmelitas só para alguns, os que quiserem, e eu quero.

Não dramatizem porque aqui não há drama nenhum.

A viragem que vier a ocorrer só pode ser muito leve... e muito reflectida. Porque reflectida? Porque nos nossos dias tudo é vasculhado ao mínimo pormenor e nós também.

A viragen sóm pode ser para a boa nova, o seu serviço, o que a Ordem sempre fez noutros tempos à luz do seu carisma: contemplação, profetismo e Maria nossa irmã. Este é o Carisma e nada mais.
Foram os carmelitas que em tempos mui distantes defenderam e proclamaram a ressurreição de Jesus e com eles se manteve base da nossa fé e hoje a brancura do véu ou capa o atestam. A questão,hoje, volta a ser e só a boa nova ou um aspecto dela e reposicionar a Ordem do Carmo ao serviço. Por mim sempre refiro a boa nova... mas seja qual for o aspecto da boa nova, contemplativos, proféticos e com Maria, porque é esse o carisma.
`
Já agora, haverá sempre e só um factor de que estamos no bom caminho, o da boa nova, o de estarmos ou não ao serviço dos irmãos na lógica do exercício das Bem Aventuranças e respectivas contrapartidas que são as obras de misericórdia. Estas e pricipalmente estas nos dirão se o caminho está de acordo com a boa nova, mesmo que seja a Ordem do Carmo ou a aaacarmelitas. Amigos, é a relação com o irmão que nos dá a certeza do caminho. Aleluia e nada de envolvimentos de sofrimento (patéticos) porque disse o mensageiro: "Elias, longa restat tibi via". Comam, descansem, porque têm muito caminho a fazer ao serviço dos irmãos em contemplação e profetismo, acompanhados de Maria. Tem mais: eu não quero caminhar só.... Fiquem calmos, que eu que vivo em cima do vulcão mais novo dos Açores, o do fogo, calmo fico. Aleluia por sermos cristãos e carmelitas, os três, e todos os outros que aqui se incluirem. Vamos ao nosso carisma: contempletivos, proféticos e marianos. Que Ele esteja por aí.

27 julho, 2009 00:06  
Anonymous jorge dias said...

Casríssimo Rosalino, voltei a ler o seu texto e verifico que nos posiciona como cristãos. Com a devida vénia, não é disso que se trata. O carisma carmelita suporta-se na contemplação , profetismo, com Maria nossa irmã, ao serviço do Evangelho. Se não encontrarmos a diferença só criaremos problemas ao entendimento. Repito: o Carmelita é convocado à contemplação (reflexão afectiva) da palavra de Deus, ao anúncio dessa palavra e à denuncia do seu não seguimento, sempre como irmão de Maria. Não parecendo, são, todavia, coisas muito distintas e é sobre isto e só sobre isto que versam os meus comentários.Aliás, sobre isto em muitas outras ocasiões me pronunciei e disse coisas lindas sobre contemplação, a que ninguém ligou. Penso, não obstante que neste blog tem havido "manifestações" contemplativas interessantíssimas a que ninguém ligou e que, em meu entender, ofuscam Teresa de Ávila e joão da Cruz. Às vezes oprimimo-nos por não sermos capazes de ver a beleza contempaltiva apenas por estar tão perto no espaço e no tempo. Outros virão e saberão ler e dizer o quão perto estivemos dEle e como fomos grandes ao serviço da boa nova. Eu gosto de antecipar a compreensão e o afecto. Aleluia.

27 julho, 2009 00:25  
Anonymous mario neiva said...

Alguém me diz o que se está a passar? É que eu sou avesso a enigmas, meias-tintas ou jogos de esconde-esconde, quando estão em causa coisas sérias e posições que todos pressupomos honestas e dignas de companheiros de viagem.
Não sei porque chora o meu amigo Domingos Coelho, que mal acabo de reencontrar e porque se une a ele, na dor, O Rosalino que gostei de conhecer.
Deduzo, pelo que o Jorge escreve, que lhe foi cortado um texto. Ou não foi nada disso? E se foi, o teu pecado deve ter sido bem grande, Jorge, porque a mim nunca me censuram nem uma palavra (e algumas, de tão mal colocadas na escrita bem mereciam lápis vermelho) e falei tudo o que me vai na alma. Quem me aturou foi mais paciente que Job e mais compreensivo que o Chico de Assis; e receberam-me, no Sameiro, com a fraternidade tocante do bem-aventurado Francisco, tratando-me como irmão, como ele ao burrinho que o carregava. Ninguém me deu com o chicote, nem vi ameaça dele.
Alguém me esclareça, para eu voltar logo-logo ao blog e comentar o post apelativo do Augusto. E vou fazê-lo com a frontaliadde que vocês me conhecem e dentro da verdade possivel a um peregrino da História que vamos construindo e nela tentando compreender o que SOMOS e AVALIAR o que fazemos. Se esta «avalição» for feita em comum e for ecuménica, vai gerar sabedoria. Não tenham dúvidas.

27 julho, 2009 07:46  
Anonymous domingos coelho said...

Meu carríssimo Jorge Dias

Este "gemer" todo não é por causa da AAACARMELITA, mas sim por tudo que se relaciona com a "gestão" da ordem do Carmo. Um exemplo: a
Casa Beato Nuno vai ser gerida por uma emprsa exterior à ordem.(O que está por trás, O que move verdadeiramente os seus mentores?... O Espírito Carmelitano deu lugar à gestão materialista da "coisa". Mas este lugar não é próprio para dizer tudo... entendido ?...

27 julho, 2009 09:12  
Blogger Antigo Aluno da Ordem do Carmo em Portugal said...

eu, augusto castro, o gestor do blog, fiz um comentário que depois de publicar achei inoortuno e o retirei. O comentário era meu e, assim, penso uqe não veio mal ao mundo por tê-lo retirado. creio que assim fica tudo esclarecido. augusto castro

27 julho, 2009 13:16  
Anonymous Mário Neiva said...

Marta e Madalena

Não te amofines, meu caro Domingos. Até pensei que fosse coisa grave a levar-te às lágrimas. Eu sei que te sentes muito bem na pele de Marta, incansável a preparar uma recepção digna aos teus amigos. E assim te vejo, também, preocupado com a gestão de um casarão que tem os dias contados, mesmo que sejam outros sessenta anos deles, quando aquilo que interessa é o destino das pessoas que por lá passaram.
Aos primeiros raios da aurora, tenta ser o primeiro a chegar ao lugar do ressurgimento da tua amada Ordem Carmelita, ressurgimento esse que o Jorge anda a chamar de «refundação» e agora o Augustus, com latim e tudo à mistura, evoca como «restauração».
Até parece, meu caro Domingos Coelho, que este filósofo, que pouco mais vê que um palmo à frente do nariz, pretende mostrar-te o caminho para o lugar do ressurgimento... Vai, como aconselhaste a outros, pelas tuas «próprias pernas» e contempla a vida maravilhosa que Madalena enxergou, e a Marta ia escapando, tão atarefada que andava às voltas com o assador...
O edifício grande de Fátima, a velhinha Regra da Ordem Carmelita, o hábito e a capa branca são o que resta do grão lançado à terra para morrer e dar origem a uma nova planta. O fermento realiza em plenitude a sua função "morrendo" na massa levedada. O sal funde-se na comida que tempera. Aparentemente, aqueles três elementos «passaram à história»!
Sem um Templo magnificente de granito e ouro, sem uma pedra onde repousar a cabeça e sem uma legião de sacerdotes fardados a preceito, Paulo de Tarso levou aos quatro cantos da terra a esperança de uma vida gloriosa pela ressurreição, a ser partilhada por todos com o Pai de Jesus e Pai-Nosso, como rezas todos os dias.
Onde está a tua fé, meu amigo? Eu, que sou um simples filósofo, é que vou ter de apontar-te o caminho seguro da tua fé?
Recua aos anos da nossa Falperra, às festas em honra dessas duas irmãs de Betânia e medita na complementaridade da actividade humana: como Marta, não deixes de assar as sardinhas para os teus irmãos e amigos; como Madalena vai pressuroso, de madrugada, ver o novo dia que desponta, com o coração cheio de esperança e corre a partilhar com quem puderes a Boa Nova que é a própria vida, dando-lhe as cores da fé que te aprouver.
Quanto a mim, no mais fundo de mim mesmo soam os ecos de um canto melodioso, num sonho de vida que se renova em cada dia. Bem pode ser resultado de uma pitada daquele sal e de uma minúscula porção daquele fermento.
Seja lá o que for, é bom. Quase tão bom como quando se abraça o nosso amor e o nosso amigo.

27 julho, 2009 19:40  
Anonymous Rosalino Duraes said...

A vida é um jardim, se respeitada……

Quando se abraça um ideal, é demasiado penoso vê-lo afundar-se sem que para isso se contribua, mas fruto de putos que não sabem o que fazem e não sabem pedir conselhos aos mais velhos com experiência de vida e vivificante comprovada.

Na vida todos nós quando nos sentimos impotentes para dar o devido encaminhamento aquilo que é comum ou pessoal, pedimos auxilio, e por muito miúdos birrentos que sejamos temos de reconhecer o nosso erro e proceder de imediato á sua correcção antes que a coisa se torne incontrolável.

É ou não assim na vossa vida? Na minha foi sempre assim! Na minha vida, no meu convento, escutei sempre a voz dos meus confrades, mulher e mais tarde os filhos, e com isto tenho-me sentido muito bem.

A vida é um jardim bem florido, que mais lindo fica quando o regamos, com agua pura e cristalina.

Não transformes a vida num mar de lágrimas, porque nunca sacias a tua ambição.

“Estamos todos num mesmo barco, em mar tempestuoso, e devemos uns aos outros uma terrível lealdade.” (G.K.Chesterton)

27 julho, 2009 22:13  
Anonymous Mário Neiva said...

Eu bem dizia que a ideia da morte causa calafrios. E não me estava a referir à morte natural e inevitável de cada um de nós, mas à morte das coisas a que por demais nos afeiçoamos. Às vezes sentimos isso como se estivessemos a perder pedaços de nós mesmos. É nestas alturas de «crise» que devemos distinguir com clareza o principal, do acessório. De outro modo perdemo-nos em angústias desnecessárias e estéreis.
Vão-se os cabelos e vêm as rugas e que o espírito permaneça íntegro e criador.
Começo a entender, pelo que dizem o Rosalino e o Coelho, que há mudanças na estrutura física da Ordem do Carmo em Portugal.
Meus bons amigos, não comprem uma guerra por tão pouco e tão acessório. Não deixem que entre no vosso vocabulário, mesmo que entre «» , a palavra guerra, a mensageira do ódio e da intolerância. E do diabo, se quiserem. Não classifiquem já os (poucos) frades carmelitas em bons seguidores do espirito de Elias e traidores do mesmo espírito. Não sei qual o vosso grau de conhecimento da história da Ordem, mas pelo menos devem saber que ela foi atacada por dois diabólicos "traidores": São João da Cruz e Santa Teresa de Ávila! Não fazem ideia o que durante anos e anos os bons e fiéis seguidores do espirito de Elias disseram daqueles filhos da mãe! E no entanto...«o Espirito soprou onde quis, como quis e quando quis», como falava, no Sameiro, na homilia, o Pe Monteiro. Será que o Espírito apenas sopra como deve ser, quando está de acordo com as minhas fantasias da juventude?

Não tenho dúvidas que estamos numa época de viragem da história. Esta viragem vai ser transversal ao mundo globalizado. Preparemo-nos para viver em permanente mudança. E só há uma maneira de sair o mais airosamente possivel desta «crise»: cultivar a fraternidade.
A começar pela nossa aaacarmelitas. Debater tudo com lucidez, carinho e firmeza. Ou ficaremos irremediavelmente azedos e despeitados, resmungões e inúteis,a ver a História avançar, apesar das nossas resmunguices.

27 julho, 2009 23:47  
Anonymous domingos coelho said...

Meu caro Mário

Não podia ir para a "deita " sem primeiro ler os teus comentários. Não falamos de guerras,falamos tão somente de "casa" de paz, harmonia, bem estar, sensibilidades, objectivos, razões,motivações e muito especialmente a razão da minha fé, que é o AMOR como tu bem escreveste em outro lugar. Obrigado Mário pelas palavras:
"O edifício grande de Fátima, a velhinha Regra da Ordem Carmelita, o hábito e a capa branca são o que resta do grão lançado à terra para morrer e dar origem a uma nova planta."

28 julho, 2009 00:11  
Anonymous jorge dias said...

Caríssimos, muita emoção, muita sensibilidade, afecto e muitissimo boa reflexão à mistura... que profetismo arrojado anda por aqui a espadeirar novos caminhos... sensibilizado e emocionado com conteudos que julguei impossíveis neste espaço. Obrigado.

Meu caro Mário, ninguém me retirou comentário nenhum. Como já foi referido, houve sim um comentário que foi retirado. O meu comentário, que era directo no blog, desaparce no momento da edição, porque o comentário de suporte, em simultâneo, ou momentos antes, era precisamente o que foi retirado.

Como é de bom tom não comento razões de retirar o comentário, todavia, por mim, penso que todos ficaríamos mais ricos se ele tivesse ficado editado.

Quanto ao Beato Nuno, não obstante o que para mim pessoalmente significa aquela casa como frei e como trabalhor no Bar em todos os Verões que por lá passei, bem como guia para portuguses e espanhois no "tour" de Fátima, Valinhos e afins... podereis compreender quão remexido me sinto nas minhas entranhas. Mas isso não obsta que saúde o retorno dos freis ao fundamental...

Sejamos nós capazes de constituir e ser a planta que estas palavras, por estes comentários e espaços, prefiguram, senão mesmo, anunciam.

28 julho, 2009 02:16  
Anonymous Mário Neiva said...

«A vida é um jardim bem florido, que mais lindo fica quando o regamos, com agua pura e cristalina».
Diz o Rosalino, aí acima.
Para aliviar um pouco a tensão e amenizar a dor o DC, permitam-me que contrarie o bucólico sentimento do Rosalino. De facto, tenho aqui o meu quintal cheio de mimos da primavera/verão, que andei, vaidoso, a mostrar ao Zé Moreira, quando veio passar um dia comigo, e posso atestar que as águas menos cristalinas e mais fedorentas são também as mais apreciadas pelas «novidades». É claro que agora já não se rega com "fossas" cheias de lexivias e detergentes, mas sei, há muito, que se a michordia for só de m...o meloal e o tomatal até saltam!
Retiro o meu comentário, caso o Rosalino se esteja a referir ao jardim celestial futuro ou ao Éden do Pai Adão.
(Deliberadamente, e por malandrice pura, fiz de conta que nem a vi a metáfora primaveril do Rosalino).

28 julho, 2009 12:07  
Anonymous jorge dias said...

O que tem piada nesta confusão é que todos sabem qual é o caminho e anda tudo a fazer de conta que não sabe. Seus "merdosos"... mexam-se, desapeguem-se, amem... É chato, não é fácil... pois então façam o mais dificil que eu vou apanhar o sol. Safa! Mas já que não o apanho que ao menos me atinjam uns raiozinhos!Até quando duram esses melões da michórdia!? Estou a equacionar... Haja saúde que futuro há... metam-se à pista e descolem caso contrário o calor da pista derreter-vos-á os pneus. Delicio-me a ver esta irmandade a brotar...

28 julho, 2009 16:06  
Anonymous Mário Neiva said...

Crentes,
ateus,
agnósticos
e filósofos

No comentário nº 7 que escrevi para o post de quinta-feira, 16 de Julho p.p., voltei a referir-me, distinguindo-os, aos que se identificam com as categorias em título. Como já tenho sido questionado sobre a razão de tal classificação, mais uma vez, e agora da forma mais sucinta que me é possivel aqui vai:

Crentes: aqueles que tudo sabem sobre o nosso destino através da LUZ da FÉ

Ateus: quem tudo diz saber acerca do homem e do mundo pela Luz da Razão.

Agnósticos: os que se estão marimbando para o destino do homem, seja ele qual for, iluminados (fracamente) pela Luz Mortiça da Indiferença.

Filósofos: (nos quais me incluo) são os ceguinhos por Força da Luz Inacessível da Verdade que teimosamente pretendem alcançar, apesar de saberem que vão queimar as frágeis asas do seu pensamento na aproximação ao SOL que os atrai, no horizonte, em cada novo dia.

E mais não digo.
E fico à vossa espera.

30 julho, 2009 11:09  
Anonymous Mário Neiva said...

E rectifico: ateus...tudo dizem saber...

30 julho, 2009 11:13  
Anonymous domingos coelho said...

Voltar à vida simples

No lodo profundo do cepticismo contemporaneo, quase todos os projectos parecem fracassar, ou em vias de fracassar, a única saída é apegar-se à vida e às coisas simples. A sugestão, do meu professor de serviço, pode parecer ingénua. Num mundo que já não se deixa afectar por quase nada, e no qual assistimos anestesiados à acção de sequestradores, homens-bomba e exercitos, como se fossem meros jogos virtuais, ela vem produzir, no entanto, consequências devastadoras. É da vida, enfim, que se trata – afinal foi em nome da vida que a humanidade construíu instrumentos como a ciência, as religiões, a arte e a filosofia. Quando nada mais funciona, dar meia volta em direcção às pequenas coisas, tornou-se uma atitude radical.
D/C.

01 agosto, 2009 14:09  
Anonymous jorge dias said...

Precisamente, pequenas coisas, como o meu convento familiar, a minha companheira, o sucesso ou insucesso dos meus filhos, os meus e seus amores e desamores, estabilizantes ou não das suas vidas e parametrizantes do futuro. Aquilo que nos suporta como actividade comunitária, profissional pois claro, e de dádiva em voluntariado ao serviço da minha comunidade eclesial, social e política. Eis meus caros um desiderato sem fim, perfeitamente integrável numa organização aberta confessional e não confessional que a todos nos mobilizasse ao serviço do homem e do cosmos. Perfeitamente viável, perfeitamente possível, com compromissos mínimos de exigência e de presença, como por exemplo o de vir a este blog. Não precisamos de grandes coisas, nem de grandes crenças... na maioria das vezes basta ser, muitas vezes basta não ser contra. Muitas vezes nem precisa ser a favor de nada que não da sua propria respiração.
Caríssimo DC, pequenas coisas. Permite-me a ousadia, pequeníssimas coisas e, não obstante, contemplativas, proféticas e com a irmã Maria. Este é o meu contributo de hoje, isto o espírito que a outros impede, a mim, hoje, impele a dizer. Um grande espaço de aascarmelitas... com os nossos economistas, juristas, políticos, assistentes sociais, psicólogos, filósofos, teólogos, religiosos, via blog e internet, a pressionar e direccionar o acaontecer! Sonhar é possível? Pois e porque não com o amor a presidir!? Uma organização é possível... abram as mentes, parâmeros bem abertos. É possível uma Ordem do Carmo aberto ao homem e ao futuro.

02 agosto, 2009 00:35  
Anonymous Mário Neiva said...

«Sursum Corda»!

Eu diria mais que «uma Ordem do Carmo aberta ao homem e ao futuro». Afirmaria a sua «fusão» com o próprio homem, com tudo o que isso implica de «morte», de perda do «corpus», fazendo emergir com os homens e nos homens uma realidade nova. Os tempos actuais - a nova consciência desta Humanidade globalizada exige-o -não serão tanto de «anúncio» da Boa Nova, mas da sua concretização. E a partir de todas as coisas simples que acabais de referir. A informação, na hora, das grandezas e das misérias dos homens, não nos permite ficar indiferentes, sob pena de nos sentirmos frustrados com o nosso alheamento. Parafraseando Paulo de Tarso (e referindo-me sobretudo aos membros professos da Ordem Carmelita), cada um permaneça na situação em que os novos tempos nos surpreenderam. Se puderem, façam como eu: aceitem a vida em permanente mudança. Não passará esta geração sem que novas e profundas transformações aconteçam. Os que têm a minha idade e andam na casa dos sessenta pensem no facto de já terem conhecido dois mundos diferentes: o da nossa infância e o actual. E as mudanças começam a ser vertiginosas. E temos de as abraçar como quem abraça o futuro. E não esqueçamos que o passado é a memória da obra acumulada do futuro que em passado se converte a cada instante. E não o contrário: o futuro nunca será a simples memória acumulada do passado. Por isso será sempre novo. Será criação, nova vida, esperança, sonho. Numa palavra, a verdade que queremos ser.
A «Parusia» será bem mais que uma palavra velha de dois mil anos. E a «segunda vinda» não se fará à custa do desmoronamento da Humanidade mas da sua construção. As estruturas que forem sendo criadas, sê-lo-ão em função dessa obra primeira e não para se afirmarem como instituições perenes, como se a história futura estivesse condenada a repetir a história passada. De facto, é o que pretendem os que desistem de viver. Não aceitam, contra todas as evidências, que ao Inverno sucede a Primavera; à dor do parto a alegria da vida em nossas mãos; ao ódio de uns, a nobreza sublime do amor de muitos; aos homens da guerra destruidora, os milhões que ficam em casa a ansiar e lutar pela paz; ao desânimo e até desespero de tantos, a coragem indomável dos que inventam o impossível; ao horror da destruição, o encantamento da arte, da ciência, da filosofia.
E tudo isto ao mesmo tempo, e nós obrigados a viver todas as "estações" no mesmo ano, com todos aqueles homens e com todas aquelas mulheres! Sentimo-nos confundidos, quase sem tempo para pensar, e conscientes (ou não) de que se não agirmos depressa começaremos a ficar para trás, agarrados aos cacos que vão restando das velhas estruturas.
E sem horizontes, alienados em fantasias com Deus ou sem Deus.

«Sursum Corda»!

02 agosto, 2009 08:10  
Blogger Orquerio said...

e se....em vez de tudo o que acabais de dizer, aquela a quem chamamos Ordem do Carmo, pela acção dos seus actuais mentores e dirigentes, estiver mais virada para os $$$ do que para a "Mística Pura" da relação com o "EU SUPERIOR:::O EU DIVINO DE CADA UM"?

02 agosto, 2009 15:25  
Anonymous jorge dias said...

Obrigado Mario e todos os AAs...

"Parafraseando Paulo de Tarso (e referindo-me sobretudo aos membros professos da Ordem Carmelita), cada um permaneça na situação em que os novos tempos nos surpreenderam. Se puderem, façam como eu: aceitem a vida em permanente mudança. Não passará esta geração sem que novas e profundas transformações aconteçam" (Mário Neiva).
Esta abordagem é quase perfeita. Na aeitação da vida em permanente mudança a "nesga" do espaço para a nossa intervenção.

Meu caro Orquério, bem vindo... não nos interessam os cifrões nem os desvios de ninguém. A mim, como cidadão marcado pela boa nova, só me interessa o homem, o homem mais feliz, mais realizado, mais ser e seguramente que temos contributos a dar para uma nova Ordem (carisma do Carmo)mundial, em outro paradigma, (em carisma revitalizado), esta Ordem, sim, susceptível de ser bem mobilizadora das problematicas e dos anseios dos homens de hoje. É possivel.

03 agosto, 2009 01:10  
Anonymous Mário Neiva said...

Perfeito, Jorge, neste trocadilho delicioso: Nova Ordem do Carmo/Mundial. Pegaste nas coisas pela raíz e aí temos, a respalndecer, o Rosto do Homem que para o crente cristão que tu és, é o verdadeiro Rosto de Deus. Deixa-me dizer-te, com ecos de palavras do Evangelho: felizes aqueles que viram e ouviram e compreenderam os sinais dos novos tempos que nos empurram direitinhos para o coração do Mistério da Humanidade.
Eu, na minha filosofia, afirmo o Mistério do Homem e seu Universo. Os cristão fazem-no dentro da Fé que professam e, cada vez mais cristãos como o Jorge, procuram separar deste Mistério Central, simultaneamento Mistério do Homem e Mistério da Fé, o que é contingência histórica daquilo que é a sua essencia. Volto a repetir: se queremos uma discussão proveitosa sobre este magno assunto vamos à raiz do nosso ser, que passará sempre pela afirmação da dignidade humana e das suas maravilhosas realizações, TODAS. E aceitemos, de antemão, que ainda carregamos «camelice» a rodos, devido à nossa condição com uma história de 4 biliões de anos.
Já, já vou responder ao Orquério...

03 agosto, 2009 09:10  
Anonymous domingos coelho said...

Humanismo e ...

Você é competente naquilo que faz, mas por alguma razão outras pessoas são escolhidas em seu lugar? Você conhece muito bem o produto, mas vendedores aparentemente inexperientes vendem muito mais? A sua empresa, ou departamento está a implantar novas estratégias e tácticas administrativas, mas um concorrente, aparentemente menos organizado e frágil, toma conta do mercado e é muito mais bem sucedido? Você acha-se experiente, mas a sua vida familiar vai mal. Talvez você esteja a confundir ficção com realidade.

Na ficção que nos contaram na escola, o importante eram as coisas, estratégias, sistemas, produtos, planificação, crenças. Na realidade, o importante são as pessoas. Não existem vendas, não existe economia de mercado, casamentos, famílias e, para ser franco, não existe sequer civilização. A pessoa sempre suplanta a técnica. Tudo o que se faz, começa e termina nas pessoas.

Na empresa existem dois subsistemas que precisam afinar: o técnico e o humano. Você pode ser genial, mas as pessoas gostam de trabalhar com você? Seus chefes, subordinados e colegas confiam em si como pessoa humana e gostam de trabalhar com consigo? Se apenas uma dessas perguntas tiver como resposta um não, você ficará abaixo de onde quer/pode chegar. Se não gostam de estar consigo , se notam que você as vê somente como um instrumento (para gerar vendas e lucros, por exemplo), o primeiro vendedor “amigo” que aparecer vai tomar o seu cliente, para sempre.

É salutar esclarecer um ponto. Isso não significa que você deva ser o amiguinho de todos, ou um bajulador. Seja você mesmo. Sempre. Faça o que tem que ser feito. Mas, se você não é parte da solução na empresa, na família, no romance, no clube ou na sociedade, então você é o problema. E se este é seu caso, cuidado: problemas não são convidados para subir na empresa. Problemas não são bem vindos no casamento. Problemas não são eleitos. Problemas são evitados, mesmo que inconscientemente.

Seja a solução, concentrando-se nas pessoas. O que elas realmente buscam? Do que precisam? Qual o objectivo delas? Faça o casamento dos dois subsistemas. Mas cuidado: competência é uma coisa; sorte é outra. Você deve buscar a competência técnica, claro, mas não precisa ser perfeito como um robô, porque somente pessoas avançam. Robôs a gente constrói, desliga ou entrega para a sucata .

O único modo de pessoas avançarem é quando são apoiadas por outras pessoas. Você é apoiado por outras pessoas? Você sabe motivar o grupo? Em outras palavras, depois da sua competência técnica, os seus relacionamentos são a fonte mais importante para o seu futuro, em todos os níveis. Seja na carreira, na família ou na sociedade. Só porque você dança bem, não significa que vai ser convidado para o baile. E o baile da vida é bem curto. Curto demais. Não espere a última música para entender isso. Tudo começa, e termina, nas pessoas.

"Eu, na minha filosofia, afirmo o Mistério do Homem e seu Universo."Diz o Mário Neiva.
E eu digo: HUMANISMO E MOTIVAÇÃO.

D/C.

03 agosto, 2009 22:24  
Anonymous jorge dias said...

Caríssimos aas,
Porvezes sinto-me extra-terrestre...
Mas de que ando eu a falar? Não é de humanismo e motivação? Mas quem aqui falou de competência técnica? De ignorância falei eu, jorge dias... e sei bem que nada sei e sempre a vida se encarregou de me mostrar que nada sabendo, não obstante, algo somos... e sempre algum conhecimento temos, que nos faz ser o que somos. E meu caro Domingos Coelho, só somos o que somos pela cultura que temos (e cultura é tudo o que experienciamos, sentimos, vivemos e integramos após o nascimento) e nos faz ser o que somos. Aqui não há "marketing", vendas nem compras, nem oferta nem procuras, há apenas pessoas que são. A questão é e só: como poderíamos nós os que tivemos a oportunidade de fazer esta experiência "carmelitana de contemplação e profetismo" na Ordem do Carmo e agora nas diversíssimas áreas profissionais por onde nos movimentamos, fazê-la evidência nesta humanidade global cujo dom nos é dado viver. Caríssimo, pode crer que se fossemos a olhar à qualidade dos comentantes, a começar por mim, há muito me tinha passado para outras emergências. Mas é a cultura, caro amigo, a cultura de boa nova e fraternidade que me prende por aqui e quão longe poderíamos ir se os outros valessem...

04 agosto, 2009 15:40  
Anonymous jorge dias said...

Porque será que se teima em insistir que alguns, embora não identificados, sempre serão a nata e outros, igualmente não identificados, serão, obviamente, o lixo?
"Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei".
Caríssimos, isto não é o ABC, por uma simples razão, é apenas o A. Sem o A não há hipótese alguma. Prefiro os não crentes, os filósofos deste blog e da humanidade, porque sempre a sua atitude será de aprendizadem. "Ex catedra"... estávamos bem amanhados! Já te fostes Belarmino (a terra ainda era "um plano"), mas não era, felizmente para o Galileu Galilei.

04 agosto, 2009 15:50  
Anonymous Mário Neiva said...

Prometi que comentaria o Orquerio e aqui estou.
Não vou julgar, era o que faltava!, as decisões dos responsáveis da O.C em Portugal. Que temos nós AAA a ver com isso? Para mim trata-se de uma intromissão pouco menos que intolerável. Além do mais, quem acompanha minimamente o que se vai passando neste País, saberá que em 2004, com Durão Barroso PM, foi actualizada a famigerada concordata com o Estado do Vaticano e tal facto teve consequências no modo como as instituições religiosas se inserem na sociedade, nomeadamente ao nível dos impostos devidos ao Estado, quando a actividade das referidas Instituições invade sectores que na "sociedade civil" estão em concorrência, como é o caso da hotelaria. Todos sabemos que a Casa Beato Nuno é um hotel de não sei quantas estrelas, onde também se fazem, de quando em vez, uns retiros. E também todos sabemos que se fosse a "viver" dos dinheiros dos retiros há muito estava mais falido que o BPP.
Considerando tudo isto não estranho que a gestão hoteleira da Casa Beato Nuno passe para quem tem experiência no ramo e evite o desastre económico. Talvez tenha sido simplesmente este facto que levou os responsáveis da O.C a tomarem tão drástica atitude e não um aparente apego aos cifrões, como o anónimo (para mim nem tanto...) sugere e acusa.
Talvez que sem impostos, antes da revisão da concordata em 2004, a casa-retiros-hotel desse para as despesas correntes. Será isso? Como não tenho elementos que possam avalizar a minha opinião, deixo apenas estas breves considerações.
Permita-me o Orquerio que lhe sugira um pouco mais de comedimento no julgamento de quem possa estar de boa-fé no governo da O.C portuguesa.

Outra ordem de considerações é aquela que venho debitando: estamos em fase de mudanças estruturais e radicais tanto no "corpo" como na "alma" da O.C. em Portugal e no Mundo. Na O.C. e nas outras Instituições Religiosas. E é disso que venho falando, e também o Jorge, e não de negócios de compra e venda e de quem dá mais.
Sobre a verdadeira fusão das instituições religiosas com a sociedade dita civil, que se verifica de forma cada vez mais intensiva nos países desenvolvidos, tal facto deve ser interpretado pelo crente cristão como a acção final do sal ou do fermento: "perdem-se", gloriosamente, no trigo que temperam e levedam, a ponto de a massa resultante, devidamente fermentada e temperada, funcionar ela própria como fermento e tempero de uma Humanidade Nova. E os «rótulos» emergentes serão direitos humanos, direitos da mulher, da criança, dos idosos, dos animais, da terra…Em vez de Ordem do Carmo, Ordem Franciscana, Confraria das Almas…Ou cristianismo, islamismo, budismo, judaísmo, induismo…Quem conhece os «desígnios de Deus»?
Eu sei que é difícil compreender aquela palavra que vocês ouviram repetir, quase indiferentes, milhares de vezes: quem perder a sua vida salvá-la-á; quem a pretender salvar, perdê-la-á.
Homens de pouca fé!
E assim falo eu, mero peregrino da Verdade, que me desafia, no alvorecer de cada novo dia, a seguir no seu encalço. Que sensação de leveza e liberdade! E o amor que se abre a este SOL de cada dia é a cereja em cima do bolo.
Podem crer!

05 agosto, 2009 10:36  
Anonymous jorge dias said...

Que bom é neste deserto de ideias de construção do futuro encontrarmos estes oásis que nos refrescam e dão alma, a nós, os peregrinos da verdade... e, por isso,finalmente, repito, finalmente, porque despidos, disponíveis para amar.

05 agosto, 2009 15:50  
Blogger Orquerio said...

Hoje de manhã, ao abrir a janela do quarto e ao contemplar a água calma e transparente do rio Mondego que por aqui passa, dei comigo a pensar que a pergunta que fizera no Blog onde vou de vez em quando, não tinha razão de ser pois, se calhar, as mudanças que estavam a acontecer era para libertar os frades das tarefas mais materiais e permitir que se dedicassem inteiramente à vida de frades, sem se preocuparem com coisas mundanas. Quando, mais tarde, me deu para ir escrever isto, li o comentário do Mário Neiva e, tenho de dizer que dou a mão á palmatória: ele é que tem razão e eu concordo com tudo o que ele diz. Eu nem tenho jeito para dizer coisas tão bonitas. Quando me lembro de vir visitar este Blog, até para me lembrar do seminário e do que lá vivi, gosto de ler o que lá está, apesar de não perceber muita coisa. Obrigado, Amigo Neiva, siga sempre assim, pois gosto de ler….
Abre horizontes…..

05 agosto, 2009 19:56  
Anonymous Mário Neiva said...

Meu caro Orquerio

Estando de acordo, como diz, quanto à história dos $$$ carmelitas, é bom ouvir-lhe dizer que gosta de ler o nosso blog. E não tem que agradecer, porque aquilo que mais almejamos nesta vida é sentir a companhia dos outros, fugindo, como o diabo da cruz, da solidão na nossa amada Terra e sonhando que Alguém, mesmo extraterrestre, nos faça companhia neste Universo a perder de vista, vislumbrado, tão somente, pela imaginação, pelo pensamento e pela fé dos homens. E não fora o nosso pensamento um bilião de vezes mais rápido que a velocidade da luz e ainda estaríamos, como na fase pré-humana, como um boi a olhar para um palácio!
Como já descobriram, retomei o tema proposto à nossa reflexão e que abre esta série de comentários: a necessidade imperiosa do Homem de comunicar com Alguém.
E vou pegar nas suas palavras, Orquerio, para introduzir uma breve reflexão: «EU SUPERIOR... O EU DIVINO DE CADA UM».
Não chego a entender se é um EU (superior) face a outro EU (o de cada um de nós, os humanos).
Seja como for, não me agrada muito a proposta desta «mística pura» como objectivo da vida dos frades carmelitas ou nosso, pela simples razão de que falta uma referência explícita às outras pessoas: tu, nós...É que, se o fizermos, a palavra SUPERIOR soa, de imediato, a oco. E a gente desata a fazer perguntas inteligentes: porque que é que «tu» há-de ser superior a «eu»? (ou vice-versa) E porque não conjugar, em verdade simples e definitiva, «nós somos», encantados com a perspectiva da comunicação, da convivência, da amizade, do amor?
Como disse noutro lugar deste blog, conjugando, da forma certa, o verbo da nossa existência, acabamos irmanados na VIDA como no SER. E sem as querelas mesquinhas de saber quem está «EM CIMA» ou quem está «EM BAIXO».

E será, divinamente, como os cristãos gostam de rezar, na oração perfeita: «Assim na terra como nos céus».

Especialmente para o Orquerio, e para os aaa que me visitaram, ontem, aqui em Balugães, um bom fim-de-semana, naturalmente extensivo a todos os aaa.

07 agosto, 2009 09:26  
Anonymous Anónimo said...

Ó Mário, tu estás e interpretar mal o que o Orquério disse!!!
É que ele não se referia a "$$$", mas sim a "€€€"
É, ou não é verdade, ó Orquério?
Um abraço

08 agosto, 2009 12:34  
Anonymous Mário neiva said...

Seja qual for o côr do dinheiro, a gente chama-lhe cifrões, pilim, taco e, também, «aquilo com que se compra os melões».
Assim sendo, a tua observação, caro anónimo, é um inesperado preciosismo...
E vale um abraço.

09 agosto, 2009 07:31  
Anonymous Anónimo said...

Descobri este blog por referência do jorge dias. É agradável de ler. Faz-nos pensar.Na fé, no amor, na boa-nova de Jesus: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Grandes filósofos têm aí.

17 setembro, 2009 22:07  

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