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6 de julho de 2009

ENCONTRO ANUAL ANTIGOS ALUNOS SAMEIRO 2009

Recebemos do nosso companheiro Joaquim Viana este comentário, dirigido à AAACARMELITAS. Entendemos, contudo, que é oportuno que todos possam partilhar dos comentários que, os que lá estiveram, vão fazendo, pelo que aqui deixamos este comentário, com os nossos agradecimentos. Bem hajas, Joaquim Viana.
De Joaquim Viana

Para Associação Antigos Alunos Carmelitas

Data 6 de Julho de 2009

Não quero deixar de comentar o último encontro/2009. Os parabéns e reconhecimento pelo trabalho aturado que alguns tiveram pelo reencontro de antigos alunos, já se encontra devidamente "engrandecido".

Deixo os parabéns pelo entusiasmo e alguma irreverência, saudável, que se encontrava nos presentes, mostrando o que de bom e evolutivo ocorreu nessa casa. Foi muito agradável e, se calhar, raro, o que se via no rosto das pessoas - a franqueza e a alegria patente nos reencontros.

Reparei na boa formação dos presentes, em débito com a ordem carmelita, pesem as grandes diferenças pessoais/profissionais/sociais dos presentes.

O meu obrigado pelo reencontro dos antigos colegas, que foram a família numa fase da vida e obrigado também pelo trabalho que dei e pelo pouco que fiz.

Até à próxima.

13 Comments:

Anonymous domingos coelho said...

UM ALERTA AOS AMIGOS

Por vezes ficamos em falta com nossos amigos...
Voluntária, ou involuntáriamente, deixamos
de nos comunicar com pessoas de quem gostamos.
Vamos aproveitar o lembrete, e dar ao menos um olá a um amigo meio esquecido?



Amizade é algo assim como uma planta, que precisa sempre ser regada para sobreviver. Assim é a amizade. Sempre precisamos estar presentes, porque da mesma maneira que a planta morre sem água... as amizades acabam por findar, sem aquele acto de presença, aquele simples "olá amigo". Um sinal de vida sempre é necessário, e não custa muito.
Nem que seja apenas para dizer que está vivo e bem...
Recebi uma frase há algum tempo, que penso ser oportuna agora... nem que seja para saber se a pessoa que me enviou ainda se lembra dela. É de um garoto que está começar agora no mundo das letras. Penso que vocês ainda vão ouvir falar dele. Guardem este nome para conferir depois, é “Alexandre Dumas”. Tem futuro. Vejam que linda e oportuna frase:
Faz a tua ausência ser forte o suficiente para que alguém a sinta ....Mas cuida para que essa ausência não se torne longa, ao ponto desse alguém descobrir que pode viver sem ti....
Claro que isto vale não apenas para as amizades, mas para qualquer tipo de relacionamento, e até mesmo para a sempre tumultuada relação chefe/funcionário. Aliás, uma expressão muito interessante que vi muitas vezes afixada em escritórios, é a famosa "nunca faltes ao trabalho... podem perceber que tu não fazes falta..." E se a falta não for sentida... poderá ser permanente...
Costuma-se dizer que é nas ausências que as pessoas podem dizer se gostam ou não de alguém. Sentindo-se a falta, é sinal positivo, mas se a ausência for indiferente, é aquele famoso "foi bom enquanto durou, saiba que adorei tua ausência..."
Quando não desejamos mais uma companhia, uma amizade, costuma-se dizer o famoso: "favorece-me com tua ausência"...pois esse tempo em que tu te afaste
foi muito agradável.
Nos relacionamentos de amizade, muitas vezes achamos que não é necessário dar aquele toque, aquele telefonema, passar aquele email. Sempre poderemos fazê-lo amanhã, mas esse amanhã é sempre postergado. Acabamos por nos esquecer, e logicamente sendo esquecidos também.
Um dia, descobrimos que as pessoas gostam de ser lembradas, e quando tentamos refazer aquela ligação, descobrimos que fomos esquecidos. Aí então, é que se nota que a plantinha da amizade não foi regada o suficiente, e morreu. Pode-se tentar a ressuscitação, que por vezes acontece. Muitas vezes amigos que se afastaram por um motivo ou outro, podem ser reconquistados, quando a separação só se deveu a falta de comunicação, não tendo havido mágoa nenhuma.
Portanto, aqui vai uma recomendação... Não esqueças teus amigos por muito tempo, pois a amizade, como o esquecimento, passa por estrada de mão dupla, as pessoas tem que se cruzar, para verem e serem vistas, ou mesmo lidas...
Muitas vezes, vejo namorados dizerem que "precisam dar um tempo" para saber se realmente se amam... Ora, quando esse "tempo" é preciso, é sinal de que as coisas não estão indo tão bem assim. É certo que por vezes numa separação curta, podemos descobrir onde está o bichinho que eventualmente vinha corroendo a união, e com um certo insecticida chamado compreensão e diálogo, podemos dar um jeito , passando o antivírus do amor.
Porém, se a separação for longa, o que se pode descobrir é que o bichinho já comeu a parte mais importante, que é a necessidade da presença, e isso, sem, contar que por vezes as ausências possibilitam novos conhecimentos, e eventuais substituições.
Por mais que uma ausência seja sentida, sempre acabamos por nos habituar com ela, portanto, nunca te esqueças de que a ausência, muitas vezes incomoda menos do que a presença. E quando as pessoas descobrem que é melhor "semtigo" do que contigo, é sinal de que o encanto foi quebrado, e nada mais resta para se consertar.
Para bem meditar sobre o assunto, nada melhor do que ter hoje e sempre, UM LINDO DIA.
D/C

06 julho, 2009 23:32  
Anonymous jorge dias said...

Oh DC, parecias e de que maneira, o eclesiástico, assim chamado porque os nossos primeiros irmãos na fé o gostavam de ler muito nas suas "eclesiae" para ensino dos catecúmenos (candidatos ao baptismo), embora modernamente se venha a adoptar mais as edições em grego e daí o nome de "Sabedoria de Jesus, filho(Ben)de Sira" ou simplesmente "Ben Sirá" II sec AC.
Caríssimo Domingos Coelho e alma grande, com a sua muito querida companheira, desta aaacarmelitas. Como te sinto e presinto nessa abordagem de limite a que tanto e tanto te devotas e por isso nos fazes ser.
Acabei de escrever e deixar em outro espaço deste blog ideia que aqui e agora se enquadra na perfeição.
Permitam-me a sua repetição:
"Verifico que a última postagem relativa a este encontro (que está supra) se refere a um participante, de seu nome, Joaquim Viana, e que já chama à vida parte da ideia que exprimi em meu último comentário (noutro lugar). O que me alegra porque concomitantemente ao meu comentário, em outros emergem ideias afins.
Eu percebo a dificuldade que existe em dinâmica de grupo na verbalização. Mas a verdade é que só pela palavra somos e seremos. E como diz M Neiva por aqui me fico para não direccionar o discurso...
As portas estão escancaradas para sermos..."
Obrigado DC e chega-te à boca da cena para o aplauso individual que bem mereces. Obrigado pela aaacarmelitas a quem também dás vida e a vida. Incondicionalmente, como em Fátima percebemos, amigos e aascarmelitas.

07 julho, 2009 00:29  
Anonymous domingos coelho said...

MiSSÃO, SENTIDOS E VALORES

Meu Caro Jorge Dias

Olha para o lado quando estiveres a procurar com quem deves caminhar, olha para frente se acaso não tiveres alguém com quem compartilhar, mas não te esqueças de que as pernas é que farão a aproximação daquilo que desejas.

Não importa o quão grande é a tua imagem, o que valerá é a tua aceitação e gosto para valorizar o que pretendes fazer. Quando falamos em missão, às vezes esquecemos do factor incorporação, pois queremos ser bons antes mesmo de saber se estamos preparados para doar com intensidade e assim encontrar, não os melhores meios, mas aqueles que temos identificação.

as nossas origens são responsáveis pela composição da personalidade, mas nunca pela incapacidade de conseguir ser alguma coisa. Alguma coisa é qualquer coisa diferente do ganho capital, é algo útil e agradável que chamamos de satisfação, que nos faz acreditar que estamos perfeitos e felizes, junto com uma vontade especial para continuar a melhorar. O resto acontece exactamente porque estamos a fazer o melhor possível.

Destinos, sim destinos existem, mas só acontecem quando percebemos o significado onde estamos e porque vamos continuar e nesse momento vale a integração com aquilo que mais nos identificamos, com o que temos que fazer, sendo que o grande diferencial acontecerá quando o prazer estiver fortalecido nas duas etapas, a preparatória e a executiva, e daí valerá a importância da tua identidade com as causas.

Tudo que vamos ser tem a ver com que queremos, e se não for assim mais cedo ou mais tarde, com resultado ou não, terás um destino incompleto, massacrado e sem sentido. Talvez tenhamos medo de mudar, mas se não gostamos do como estamos, a historia está mais para morrer do que continuar buscando. Enfrenta os contra fluxos, formatando um antivírus para garantir as retomadas, pois se conseguir ultrapassar o turbilhão, de certo vais te sentir bem mais esclarecido e equilibrado e assim mais possibilitado para conquistas.

Meu professor de serviço diz-me sempre que no fundo do poço existe uma mola, e acredito muito nessa sua sábia colocação, pois sinto que quando caímos é porque temos que aprender que o que está certo tem a ver com que gostamos e isso é muito mais do que aquilo que comportadamente aceitamos.

Nossas vidas não são um receber de um cheque no fim do mês, e nem os fins de semana regados à “cachaça”(do Emídio), futebol etc.. As coisas começam a surgir quando a sensibilidade te faz perceber o que antes não vias, pois a tua cabeça estava centrada somente na gestão das preocupações, afastando-te assim dos valores, dos simples valores, tão necessários para o alimento da razão, tão necessários para justificar que a tua visão seja acompanhada de passos “progressistas”.

Enquanto todos pensam na reinvenção frente ao passar dos anos, digo que as datas são das pessoas, não das convenções e que todo dia, é um dia para que o teu comece, desde que, consigas ir na frente do “touro” .
E por favor que tenhas um lindo dia

08 julho, 2009 20:39  
Anonymous Emídio said...

Olá, Coelho,( e para os demais)

Antes de mais, um voto de louvor pelo teu desempenho na direcção da AAA, e especialmente pelo teu sacrifício e disponibilidade na organização e confecção do "rancho geral" no dia do encontro.
Quanto ao que dizes e referes nos teus comentários, nada a opôr. Aí estão o Neiva e o Jorge para tratar do assunto!!!
Apenas um comentário em relação "à cachaça": essa "cachaça" não é para regar, mas apenas para um "cheirinho". Eu faço-a apenas para dar aos amigos que gostam e têm prazer em saboreá-la. Como eu não a bebo e tenho o bagaço do vinho, parece-me que seria um crime desperdiçar o bagaço sem o destilar... Por isso faço a aguardente e trato do seu envelhecimento. Mas não a bebo porque a única bebida branca que consumo... é o vinho tinto!!!
Precisas de mais?
Um abraço
Emídio

09 julho, 2009 23:12  
Anonymous O Malho said...

Ó Emidio,
então levaste o bagacinho e eu nem o provei? A culpa deve ter sido do Bessa, que me levou pra outro lugar, e tu serviste o dito na minha ausência! Não faz mal. Fica para o ano. E como tu não bebes, fica para os apreciadores. Eu sou um deles. Então depois de uma sardinhada...cai que nem ginjas. Contrariamente aos teus gostos, há outras bebidas que aprecio. Mas no vinho encontro-me contigo: é o rei das bebidas.Com moderação. E


Então o tinto...
É um imperador
No poder e na cor
Na grandeza
E sentido
Tornado Senhor
No sangue da vida
Bebido
Sem dor.
Da vinha colhido
Num lagar espremido
Foi feito oração
Na mesa do pão
E fez-se amor
Ternura
E calor
E num amanhecer
De esperança
Viu nascer
Da borrasca
O céu da bonança.

10 julho, 2009 09:05  
Anonymous O Malho said...

Ao reler o meu poema e já na vossa presença, emendo os meus ultimos versos. E ficará assim:
Fez nascer
Da borrasca
Um céu de bonança.

10 julho, 2009 09:16  
Anonymous Emídio said...

Amigo Malho, seu bandalho,
Então gostas da cabaça
Bem cheiinha de cachaça?
… Também eu antigamente…
Mas a gente
vai mudando…
E desandando.
De vez em quando
já se sente
um efeito diferente
da bebida
digerida…
Vai-se ao doutor
(aquele estupor !)
Que não deixa beber mais
Pra nossa mágoa!!!...

- Então somos animais
Para beber somente água?
Reclamei: “Não pode ser…
Continuo a beber!!!

-“ Beba apenas um copinho,
A cada refeição,
Pois então,
Mas que seja de bom vinho
De Macedinho”
- Diz o letrado doutor,
(Aquele estupor!)

-Sim senhor!
(Eu respondi.)
E logo que saí
Pra mim pensei:
“ Antes que o doutor mude
A opinião que tem,
Compro um copo d’almude
E não digo a ninguém!

… É assim que ,felizmente,
Bebo um copinho sòmente!!!

Pra ti, Malho,
Seu bandalho,
Tenho cá uma cabaça
Bem cheiinha de cachaça!!!

11/07/2009

11 julho, 2009 21:56  
Anonymous Malho said...

Do bandalho do Malho

Ora vinha eu aqui comentar a entrada fulgurante do Emídio, em versos de envergonhar Gil-Vicente, e dou com a cara na porta!
Mas lembro-me bem do que estava escrito, como me lembro os versos que tu, Emídio, me recitaste ao ouvido, lá no Sameiro, e compunham um Auto-De-Natal, que fizeste para a ocasião. Ficou-me a bater cá dentro aquela de teres feito rimar «vaca» com «caca». Tinhas alternativas mais asseadas e mais apropriadas. Por um momento esqueceste que o presépio é de crianças e para as crianças e estas não conhecem «burros» nem «vacas». Devias ter escrito «vaquinha» e dar um toque mais intimista ao teu Auto e apresentares-te na pele do «burrinho». Olha só que ternura! Além disso, segredou-me o teu irmão Marcelino, o sr Prior não gostou nem um pouco da ideia peregrina e ainda traz atravessada na garganta a caca, assim deixada no presépio. Segundo o Marcelino, alguém o terá ouvido soprar entre dentes: «blasfémia».
Não te acauteles e ainda te asperge água benta com uma esfregona…
Quanto aos versos que me dedicaste também merecem alguns reparos. Mas só porque os anteriores eram mais sugestivos. Nos outros, fizeste rimar Malho com «cara de carvalho» e essa foi em cheio, meu caro Emídio! A metáfora perfeita: «cara de c…» com as bolotas e tudo!
Adorei.
Como agora foi grande o prazer de te reencontrar, em carne e osso, que na alma já nos abraçáramos, pelo milagre da NET e graças à ideia feliz de quem criou este blog.
Um grande abraço, extensivo ao Marcelino.

12 julho, 2009 08:43  
Anonymous Malho said...

Explicando um pormenor

Quando entrei, hoje, havia desaparecido o texto aneterior do Emidio. Daí eu ter dito que dei com a cara na porta. Está tudo em ordem, como se vê.

12 julho, 2009 08:49  
Anonymous jorge dias said...

Isto é que vai aqui uma malhação. Mas esta de que "as pernas é que farão a aproximação daquilo que desejas", não percebo mesmo, mas também não é relevante tantas são as coisas interessantíssimas que percebo. Mas já agora, porque não qualquer outro meio de locomoção?

Por mim sempre pensei que era a massa cinzenta! Mas alevá, ignorância do macaco. Assume, DC, chega à boca da cena e curva-te reverente perante o aplauso. Quaisquer comentário só desvirtuam à aceitação de aalgo que todos vemos... Um abraço, mas com as minhas pernas posso bem pouco... penso mesmo que vão vou a lado nenhum. Mas se alguém é mesmo uma coisa linda, quer dizer, milagre.

14 julho, 2009 02:27  
Anonymous Mário Neiva said...

A fundo

O Jorge ficou intrigado com a «aproximação» pelas pernas. Eu fiquei a pensar onde queria o Domingos Coelho chegar. Considerando o conjunto dos dois comentários, ressalta a ideia de fundo que a presença e a acção de cada um de nós é indispensável à concretização dos nossos objectivos. Assim, destaco no segundo comentário do DC a frase que tanto intrigou o Jorge: «não te esqueças que as pernas é que farão a aproximação daquilo que desejas»; e no primeiro, parece-me que citando Alexandre Dumas: «Faz a tua ausência ser forte o suficiente para que alguém a sinta…Mas cuida que essa ausência não se torne longa, ao ponto de esse alguém descobrir que pode viver sem ti».
O povo, sempre ele, e de forma lapidar, sentencia: Longe da vista, longe do coração!
E agora, a fundo, digo eu: A morte é a ausência definitiva. Irremediável. E contra ela se bateu o coração do homem, milénio após milénio, com religiões e filosofias. E hoje, cada vez mais com a ciência, fazendo aumentar a esperança de vida.
Dizia o DC que eram necessárias «as pernas» e «marcar presença». A morte paralisa as «pernas» e impõe a «ausência». Fatal esvaziamento do corpo e silenciar da alma Constatamos, incrédulos, que sem um corpo funcional o espírito queda-se mudo.
Evoquei o acontecimento extremo da morte (amanhã vou participar no sexto funeral aqui em Balugães, desde que vim para cá, em Março p.p.) para salientar o facto de que no nosso dia-a-dia a expressão corporal, seja ela qual for e por mínima que seja, é sinal da nossa “presença”. Trabalhando, escrevendo, pintando, falando, olhando, cumprimentando, comendo, bebendo. Sem estes «actos», simplesmente ficamos numa “ausência de morte”. E assim se conclui o óbvio: Agir e marcar presença é afirmar que estamos vivos.
Seria disto que o DC estava a falar?

19 julho, 2009 07:59  
Anonymous domingos coelho said...

Amigo Mário
(uma boa leitura como sempre)


-Não te esqueças que as pernas é que farão a aproximação daquilo que desejas»;


-O Jorge ficou intrigado com a «aproximação» pelas pernas.

-Ressalta a ideia de fundo que a presença e a acção de cada um de nós é indispensável à concretização dos nossos objectivos


-Agir e marcar presença é afirmar que estamos vivos.

26 julho, 2009 23:06  
Anonymous jorge dias said...

Ainda bem que questionei! A palavra sempre é criadora

28 julho, 2009 02:24  

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