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Localização: aaacarmelitas@gmail.com, Portugal

3 de março de 2010


D E S A B A F O S

F O R U M

Antes de mais, aconselho todos os visitantes que desejem fazer intervenções, no seguimento dos que vêm sendo feitos na rubrica "Revisão dos Estatutos II", o façam agora nesta rubrica, dado que, a partir do comentário 200, eles vão deixar de aparecer. Assim agora passem a comentar aqui.
Este Blog, para além dos comentários aos temas específicos que aqui se introduzem, deveria ser um Fórum, onde todos os Antigos Alunos do Seminário (Marianato) e Antigos Frades (Religiosos) da Ordem do Carmo em Portugal e não só dos Antigos Alunos do Seminário, pois há e houve Frades (Religiosos) que nunca passaram pelo Seminário, pudessem conviver e trocar experiências de vida e não só as recordações do passado que já passou...


Mas, tal não pode servir para que as pessoas mutuamente se tratem com menos urbanidade, respeito e delicadeza.


Fazemos, aqui, um apelo a todos, para que os textos que para aqui transportem, sejam textos condizentes com a Sublime Dignidade Humana de que todos somos titulares.


E assim, continuem os vossos desabafos, que eu, também por aqui hei-de aparecer a contar coisas do meu tempo... como a dos cigarros que eu ia comprar a Braga, às escondidas... para dar aos do meu grupo......


A todos, um grande abraço Amigo e Fraternal.


Augusto Castro

189 Comments:

Anonymous domingos coelho said...

VAMOS ...DIGNIDADE - I

Ao olharmo-nos no espelho, temos consciência de que estamos a envelhecer, ou melhor, estamos com mais anos, porque os sinais da passagem do tempo são inequívocos.
Contudo, temos que adquirir consciência de que não somos uma mera peça imprestável nesta vida, pois se não temos a mesma capacidade física, que sempre nos animou e deu vitalidade na nossa juventude, e, claro, não temos os mesmos reflexos e a mesma disposição, não nos podemos deixar vencer pelo desanimo, nem tampouco pedir aquela reforma total, que nos levará apenas a contar o tempo que ainda falta para ocupar a nossa última morada.
Com certeza não podemos permitir que a nossa vida murche e feneça, enquanto apenas esperamos as coisas acontecerem.
Algo que ocorre nessa fase, é começar com a idéia fixa de que nada mais temos a fazer, e ficamos apenas a falar das nossas dores e mazelas, e queremos chamar a atenção do mundo para que alguém cuide de nós. Esse ponto é crítico. Sinal de que realmente estamo-nos a entregar à velhice, muito mais do que à idade.
Devemos usar a nossa experiência de vida para ensinar os mais jovens, devemos dialogar com eles e não apenas monologar sobre os nossos problemas. Ouvindo, podemos aprender algo mais que nos possa ajudar a viver melhor. E que nos permita também ajudar os outros, mostrando que ainda temos vida. Que ainda somos úteis e necessários.
É importante descobrir que talentos temos e que ainda não foram descobertos para que possamos desenvolver algo, seja no campo da música, da pintura, da jardinagem, da cerámica, da literatura, ou mesmo da nossa solidariedade.
Todos temos algum talento artístico, e se eventualmente ainda não foi descoberto, será sempre tempo de o fazer.
Afinal temos que descobrir a melhor ocupação para o tempo de que dispomos, e que nos dias da juventude, nunca tínhamos, pois precisávamos ganhar a vida e assegurar o futuro. E agora podemos realizar velhos sonhos, despertar em cada novo dia com a disposição de aprender mais.
Pode ser uma forma diferente de usar o pincel, uma breve poesia, um ensinamento, uma receita surpreendente, existirá sempre algo que poderemos desenvolver melhor.
A idade não deverá transformar-nos em pessoas rabugentas e sisudas, poderemos ser sempre joviais, sem exagerar para não parecer tolos.
Se por acaso não fomos pais muito atentos aos filhos, porque as nossas obrigações nos exigiam muito, poderemos agora ser avós e possamos dedicar algum tempo aos netos , tomando cuidado para não os mimar, mas sim educar, ensinando-lhes a viver, ensinando-lhes a amar e respeitar os mais velhos, e a vida.

03 março, 2010 23:00  
Anonymous domingos coelho said...

VAMOS...DIGNIDADE -II
Claro que devemos ter sempre presente que, apesar de toda nossa experiência, podemos estar errados em alguma coisa, e sempre será tempo para corrigir o que possa ser melhorado no nosso relacionamento com o mundo e com as pessoas que nos cercam, e como a ciência está em evolução constante, não nos podemo fechar nos nossos conhecimentos, pois temos que evoluir com o mundo, sempre atentos a tudo que acrescenta algo ao nosso saber.
Se a nossa capacidade física fraquejar, deixando-nos com alguma dependência, precisamos da ajuda do nosso Amigo, pedindo que nos dê paciência, que nos permita suportar o corpo que tanto nos serviu, e que agora mostra as limitações causadas pela marcha inexorável do tempo.
Dançamos, fizemos desporto, brincamos, viajamos, tivemos bons e maus momentos, e o que foi vivido, mostra que devemos agora e sempre continuar amar o nosso corpo, e a cuidar dele.
Principalmente, não devemos ser inconvenientes, procurando não incomodar tanto os demais. Devemos aprender a pensar duas vezes, antes de reclamar, insistir e exigir o que quer que seja, a quem tenha que cuidar de nós. Devemos aprender a cultivar a paciência.
Devemos cultivar sempre boas amizades, que nos poderão ajudar a viver melhor o tempo que ainda temos por aqui.
O mais importante é contarmos sempre com a ajuda divina, dos nossos entes queridos e dos nossos amigos, a fim de termos um envelhecimento digno, e que sempre sejamos lembrados com um pensamento e um comentário favorável, como alguém que viveu dignamente, e que soube sempre ser uma pessoa que espalhou luz e amizade por onde andou,e que sempre conseguiu ter, desejar e propiciar UM LINDO DIA.
D/C

03 março, 2010 23:00  
Anonymous Miki (1947) said...

Mestre, ensina-nos a orar!

Jesus ensinou seus discípulos a orar, não só com a oração do Pai nosso, mas também com a sua própria oração. Assim, para além do conteúdo, ensina-nos as disposições requeridas para uma verdadeira oração: a pureza do coração que procura o Reino e perdoa aos inimigos; a confiança audaz e filial que se estende para além do que sentimos e compreendemos; a vigilância que protege o discípulo da tentação; a oração no Nome de Jesus, nosso Mediador junto do Pai.

As fontes da oração cristã estão nas Palavras de Deus, que nos dão a “sublime ciência de Cristo” (Fl 3,8); a Liturgia da Igreja que anuncia, actualiza e comunica o mistério da salvação; as virtudes teologais; as situações quotidianas, porque nelas podemos encontrar Deus. A fé vem do que se ouve; ela nasce pelo que entra nos nossos ouvidos; ela nasce da escuta (cf. Rm 16,7). Ouvir é a nossa resposta à iniciativa de Deus que bate à porta: é escutar seu chamamento, abrir a porta, estar em condições de abrir e conversar com Ele... Ouvir é tornar-se disponível. Dou abaixo a importância da oração na nossa vida cristã:

• VIDA
Saber viver é saber orar
(Santo Tomás de Aquino);

• SALVAÇÃO
Quem reza salva-se; quem não reza, facilmente se perde
(Santo Afonso de Ligório);

• ALIMENTO
Somos pobres; a oração é o alimento de nossa alma (Santa Teresa);

• PROSPERIDADE
A oração é o caminho normal para se receber os dons de Deus
(São Gregório de Nazianzo);

• DESCANSO
Venham a mim vocês que estão sobrecarregados que eu os aliviarei (Mt 11)

• COMUNICAÇÃO
Sem a oração não existe comunicação com Deus
(São Bernardo)

• VITÓRIA
Sem oração não há vitória!
(São Boaventura);

• FORÇA
Ninguém é mais poderoso do que o homem que reza
(São João Crisóstomo);

• TEMPO
Quando tenho muita coisa para fazer, mais tempo eu consigo para a oração (M. Lutero)

Miki (1947)

03 março, 2010 23:16  
Blogger jorge dias said...

Forum, espaço de palavra

Por aqui hoje apenas para saudar este formato de um título específico para comentários onde cabem as problemáticas todas que as humanas cabeças entendam abordar. Forum, espaço de palavra..., um objectivo que saúdo, um ponto de chegada que é ponto de partida, caminho a abrir-se, gente a encontrar-se, a ser mais. Forum, espaço de palavra! Desabafos, paradigma de gente que se faz. Parabéns

04 março, 2010 02:49  
Blogger jorge dias said...

A minha máscara de anónimo em Carnaval anual e quotidiano

No jogo das minhas máscaras há um lugar soberano na terra e nos céus… Neste jogo carnavalesco em que cobrimos o rosto para disfarçar a pessoa, e ao qual reservamos civilizacionalmente um dia por ano, há muito que outros jogos ou usos de máscaras se consagraram como os jogos de máscaras gregas, das vidas e outros tantos jogos tão ou mais dinâmicos e compulsivos senão excitantes e provocantes e inspiradores como a mascarilha disfuncional do anónimo e trauliteiro à portuguesa.

Marcados por educações deficitárias de pais, mais ausentes, e de mães, quase sempre em duplo modelo de identificação, feminino e masculino, alteramos radicalmente o caldo da emergência dos valores, onde, quase sempre o modelo paterno fica diminuído, e com esse facto, pela autoridade de um pai que esteve ausente, a lógica dos outros não foi interiorizada. Não acontecendo a alteridade que seria natural acontecer, mantém-se a centralidade egótica que, qual máscara, proporciona que se cultive e se actue como se em todas as pessoas dos pronomes pessoais, o único pronome seja Eu. Eu sou, eu és, eu é, eu somos, eu sois, eu são! E assim será pela vida fora, narcisicamente e em cultura de umbigo. Psicoticamente, em máscara e de forma inconsciente! Eis como se alimenta pela vida fora uma máscara que se perdida pelos três, quatro anos de idade, teria correspondido a uma transição natural para a centralidade dos outros em sociedade e nas nossas vidas e nos permitiria alcançar a única forma de podermos ser, viver, sobreviver e, se possível, fazer a super-vivência colectiva e sermos felizes, ser com os outros.

Mergulhados, por outro lado em ondas sísmicas, de momento até financeiras e políticas, padecemos de surdez e de cegueira galopantes e carecemos de lentes para nas máscaras dos outros vermos o nosso ver senão a nossa própria máscara.

Submersos nos terramotos das ondas sísmicas e suas réplicas, que estes comentários aqui e ali com algo de telúrico também evidenciam, padecemos de dores, quantas sem nome, que implantam em nós o segredo secreto da dor do não sentido. Às vezes, o não sentido de estar vivo, outras vezes, só o sentido da vida! Ora num ora noutro a vida tragédia ou a vida comédia duplamente se enquadram. E por ali, como forma soberana de sermos, “respondemos para perguntar, negamos para afirmar, mentimos para dizer a verdade, esquecemos para lembrar, deixamos de olhar para olhar de novo, vamos para voltar, nascemos para morrer. Se houvesse uma maneira de tudo ser e não ser ao mesmo tempo, não haveria arte, nem literatura, nem amor”( Dos Santos, José Manuel – Expresso de 27 Fev. 2010, Cartaz pg.4).

05 março, 2010 00:43  
Blogger jorge dias said...

A minha máscara de anónimo em Carnaval anual e quotidiano - II

Nómadas de emoções que sepultam os sonhos e anulam a esperança, nomadismo este em crescendo até na sua esperança média de vida, a esperança média de vida dos mascarados de obesos obtusos. E a média dos sonhos, mascarada também, claro, a cair vertiginosamente… Em circo carnavalesco, tornado quotidiano e global por aqui, por ali e por aí!

Nos entretantos, antigamente, a folga que o fado e os futebois impunham, e na variabilidade de gerações, suas manifestações, sonoridades, discussões e mensagens, até o Salazar, não obstante a ajuda de certa hierarquia católica e Fátima, até o Salazar perdeu, felizmente! Hoje, entre o vermelho, o rosa, a cor laranja, o azul, seus logotipos ou suas máscaras, se escreve o nosso destino…

E que circo de máscaras! Curioso! Até o Papa, os Cardeais, os Bispos, os Sacerdotes e outros confessadamente religiosos à semelhança do Padre Eterno em sua poltrona branca, cabelo grisalho e barba cinza, o Cristo em sua cruz, com toque de gay e maquilhagem a condizer, o Espírito Santo feito pomba, pomba absolutamente branca.

Maria, a mãe do crucificado, sejamos justos, é mesmo uma excepção, ali ao lado da cruz! Justos igualmente com as multidões de mascarados de fieis, em ajustes de contabilidades, e santos, perdidos de amores ou em amores sublimados e crucificados!

Rebusco em mim próprio à procura da máscara das minhas certezas e incógnitas que me fazem ser em contraste com as mascaradas deste Carnaval diário e planetário para continuar os sonhos de novos olhares e de esperança contra a rendição pessoal ou a rendição a qualquer tipo de nihilismo ou messianismo arrivantes… e que a ética de todos seja de cidadania afirmativa de valores e urgente no tempo do acontecer e ser colectivos, para sermos gente…

05 março, 2010 00:49  
Anonymous Anónimo said...

Muito obrigado senhores directores por prenderem os meus últimos comentários.
Boa sorte e desculpem aqueles que sempre fizeram o favor de serem amigos e companheiros, sem qualquer complexo de superioridade.
Até nunca mais.
FIM.

05 março, 2010 19:51  
Blogger teresa silva said...

Em primeiro lugar queria congratular-me com o presidente por este título tão sugestivo "Desabafos". Tão próprio da pessoa humana em querer trocar opiniões e experiências de vida.

Como disse em alguns comentários aí para trás, este tempo quaresmal é tempo de romaria aqui na ilha de S.Miguel. É uma alegria enorme partilhar uns breves momentos com o grupo de romeiros que se acolhe em casa. Geralmente o rancho tem cerca de 40-70 pessoas entre crianças, jovens e adultos. Há momentos de partilha de como está a correr a romaria, A oração à mesa antes do jantar, o convívio e mais um dedo de conversa e depois o recolhimento. No outro dia de manhã(3h) a mesa posta com cada terço de cada um dos romeiros sob a forma de cruz em cima da mesa, o café e o pão quente. A despedida na igreja é sempre chocante e um até breve ou até para o ano na próxima romaria.
É diferente porque queremos fazer sempre o melhor por aquele grupo de homens que em promessa percorrem a ilha de S.Miguel numa semana sempre no sentido dos ponteiros do relógio, debaixo de frio e chuva como aconteceu este ano. Inverno rigoroso.
É uma sensação difícil de explicar. Só vivendo e passando por esta experiência.
Só sei uma coisa vale sempre a pena.

05 março, 2010 20:10  
Blogger teresa silva said...

Então anónimo a tua palavra é sempre bem-vinda a este espaço!!
Vais deixar porquê?
Como disse o presidente quando chega os 200 comentários, estes são dirigidos para outro lado ou então é criado um outro espaço como este agora que se chama desabafos.
Reconsidera o teu pensamento.

05 março, 2010 20:15  
Blogger AAACARMELITAS said...

Boa noite a quem me lê:
O Sr anónimo não deve ter lido bem isto:
Antes de mais, aconselho todos os visitantes que desejem fazer intervenções, no seguimento dos que vêm sendo feitos na rubrica "Revisão dos Estatutos II", o façam agora nesta rubrica, dado que, a partir do comentário 200, eles vão deixar de aparecer. Assim agora passem a comentar aqui.
Este aviso era a sério. O sistema só suporta 200 comentários em cada rubrica. Mas esteja descansado o Sr. Anónimo que os comentários a partir do 200, que existam, vão ser republicados colmo sendo do anónimo.
aqui ninguém prende nada nem oculta nada, apesar de já ter sido apelidado de nazi. NUnca se esqueçam: possuo a totalidade dos comentários e se preciso for, serão repostos para instrução e ilucidação de quem quiser.
augusto castro

05 março, 2010 21:28  
Blogger AAACARMELITAS said...

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "REVISÃO DOS ESTATUTOS - I I":

Em tempos, já escrevi neste blog. Muito pouco, porque, como disse na altura, não tenho jeito para estas coisas e, confesso, não detenho saberes que possam ombrear com a esclarecida mente de outros.
Mas é óbvio que, mesmo assim, tenho opinião sobre os mais variados assuntos, embora corra o risco de ouvir o que muitas vezes ouvi de um chefe já desaparecido “A ignorância é muito atrevida”.
É certo que a inteligência com que fui dotado à nascença não teve, do meu ego, os cuidados necessários para o seu desenvolvimento.
Contudo, expostas as limitações, e talvez um pouco fora de tempo, quero exprimir a minha opinião sobre o casamento gay tão fortemente comentado e até glorificado neste blog. Não quero alimentar polémicas, quero apenas que outros saibam que há quem não concorde e porque não concorda.
Como vêem escrevo sob o anonimato, não porque tema qualquer critica mas por receio de que no confronto directo possa ser mais violento nas palavras.
E sobre o assunto começo por dizer que o casamento gay é subversivo. E é subversivo porque, em última linha, visa a extinção da espécie o que, de certo modo, me faz alguma confusão senão vejamos.
É frequente assinalar-se na imprensa que neste ou naquele município são atribuídos subsídios a quem gere filhos. Agora, em época de crise, quando os esforços se deveriam virar para o combate ao desemprego e outras formas de a combater, aprovam-se leis que vão gerar despesa com pessoas que, em última instância, visam a extinção da espécie, embora confessem que até querem educar as crianças dos outros. Mas que educação? Ensinar-lhes que os colegas da escola, por enquanto maioritariamente gerados em casamentos heterossexuais, são anormais por terem pais de sexo diferente ou, pelo contrário, que elas próprias é que são anormais por terem mais do mesmo sexo e haver um estado iníquo que as entrega a quem, sob o meu ponto de vista, não tem idoneidade moral para as educar? Cada coisa no seu lugar, foi assim que me ensinaram, E quando as coisas não estão no seu lugar vejam o que acontece com o tempo e até… com os políticos.
Dizem alguns cientistas, logo seguidos por uma infinidade de pessoas, que se está perante uma anomalia genética, logo não têm culpa e têm de ser ajudados e tolerados como os cegos, deficientes motores, etc. Uma questão que deveria ser prévia, mas que só agora me ocorre. Não tenho nada contra o que dois, três, vinte, um milhão ou mais de homossexuais fazem uns com os outros. Nada disso. Estou é contra um Estado que incentiva esse tipo de comportamento e o legaliza impondo aos cidadãos maioritariamente contra a solução, despesa que não desejam e são obrigados a pagar.
O que tem feito o Estado por exemplo nas cidades para que os cegos e deficientes possam circular livremente? Que segurança dá o Estado aos deficientes e familiares de deficientes?
O casamento gay é subversivo porque, em última instância, visa a extinção da espécie. Por isso o Estado não pode legalizar um contrato desse tipo, porque em vez de gerar bem-estar aos cidadãos em geral, que é a sua obrigação, gera revolta porque incentiva comportamentos desviantes, baralhando o sítio das coisas. Tudo tem um sítio natural e, sabemos, até por experiências recentes, o que acontece quando há desvios. Lembrem-se da Madeira. Também os madeirenses quiseram ter a liberdade de construir o que e onde quiseram. Vejam o resultado do desvio das coisas dos seus sítios.
Chamem-me os nomes que quiserem. Não estou à espera de qualquer resposta e, se a tiver, não responderei relativamente a este assunto. É apenas a opinião que possuo e que, como se diz, é o produto das minhas vivências e saberes acumulados que, servem para uns e talvez irritem outros.
Muito obrigado.
ALFA OMEGA

05 março, 2010 21:36  
Blogger AAACARMELITAS said...

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "REVISÃO DOS ESTATUTOS - I I":


Comentem



Publicada por Anónimo em Antigos Alunos da Ordem Carmelita a 04 Março, 2010 22:45

05 março, 2010 21:38  
Blogger AAACARMELITAS said...

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "REVISÃO DOS ESTATUTOS - I I":


Pacóvio, desculpa... catedrático, respeita o apelo que fez o Augusto Castro.
Se és doente, marreco e não consegues segurar um cabo maior que 70 centimetros, para amanhar a terra, ninguém tem culpa que ficasses entrezilhado com tal castigo na velhice.Porém,
tenta erguer a cabeça e olha para os outros com respeito,mesmo que não sejam filósofos como tu. Assim, talvez de futuro também sejas respeitado.
Volto a lembrar-te que terei sempre muito gosto em dar a resposta à medida da tua categoria , já que é isso que mereces e encaixas bem, ficando furioso,para mais um em frente marche...
De resto,podes guardar as tuas filosofias baratas e curar a mania ( doença) que tens, de pensar que és melhor que os demais,aí na tua santa terrinha.

Publicada por Anónimo em Antigos Alunos da Ordem Carmelita a 05 Março, 2010 00:12

05 março, 2010 21:39  
Blogger teresa silva said...

Estás a ver anónimo... Isto aqui é boa gente.
Os teus comentários já vieram parar aqui ao espaço respectivo.
Não te aflijas que eles não desaparecem...
Então anónimo parece que tu(posso chamar por tu?) e o Jorge Dias estão em guerra aberta, então porquê? Podes explicar?
Pelos vistos têm linhas de pensamento diferentes, e é isto que choca?
Cada pessoa tem a sua forma de pensar baseada nas suas experiências de vida, nos seus valores, na sua personalidade.
Concordo contigo no que diz respeito à Madeira. Nunca estive lá, mas as imagens que a televisão transmitiu sobre a tragédia, viu-se leitos de ribeiras muito estreitos, e casas construídas nas margens das ribeiras.
As coisas têm que estar no seu sítio natural como dizes. Procurar e estudar sítios seguros para se construir.
Agora há muito trabalho pela frente, a vida continua e há que tratar dos vivos pois os mortos já lá estão junto do Pai. Esperemos é que esta lição sirva não só para a Madeira, mas para todo o Portugal incluindo os Açores que também têm problemas relativamente a ribeiras e deslizamentos de terras. Na passada segunda feira como afirmou o Jorge num dos seus comentários anteriores houve um acidente grave com um autocarro escolar, morrendo o motorista e uma menina de 10 anos no Nordeste na ilha de S.Miguel, sobreviveu o irmão gémeo da menina e um outro menino mais ou menos da mesma idade devido a um deslizamento de terras que atirou o autocarro fora da estrada de encontro à morte, partindo-se em dois. Dia fatídico aquela segunda-feira.
Tem que haver um melhor ordenamento do território, prevendo-se situações desta natureza e descobrindo melhores sítios e mais seguros para se construir por exemplo escolas.

06 março, 2010 00:56  
Blogger jorge dias said...

Bem que eu queria responder, mas agora parece-me que são dois anónimos! Será mesmo? Ou será o mesmo antes ou depois do almoço?
Caríssimo anónimo, depois de te ter oferecido evangelicamente a face, vezes sem fim, levarás todas as bicadas que eu entender por bem dar-te até te curares! E já sabes como é: ser elegante neste espaço! Só ponho uma excepção: quando começares a chorar temos disponibilidade para parar para logo voltar. Mas tens que dizer porque senão continuaremos a ser livres e a dizer tudo, mas mesmo tudo o que, como livres, entendermos dizer! Haja o que houver! Mas anota, és bem vindo, não obstante o teu complexo trauliteiro e abestado. E nunca esqueças, não é o anónimo, é so o que o anónimo diz. Nisso, meu caro anónimo, cada um é que decide o que quer ouvir! E tu tens decidido reiteradamente. Podes-me dar as respostas que tu quiseres: as dos céus, as dos infernos, as dos purgatórios e, até, as da tua alcova e amores... Isso, nada me mudará, nem fúrias me dará! As doenças simplesmente são, e a agressividade é, e de que maneira... a doença egótica, isto é do eu, do único de passo certo, do santo inquisidor e decisor do bem e do mal dos outros medido na base do teu egotismo e armaado em Deus pai do seu umbigo! Pois vais ter muito que medir, já que dos outros só medes o mal, e muito a perder desta alegria infinda, que é esta, de estarmos num blog libérrimo a sentirmos tantos amigos no coração! Como eu gosto de ti neste blog e na tua agressividade me inspiras o amor de ser com tantos e com eles ser pessoa e gente! Entra, cresce, ama, sê pessoa, somos gente...

06 março, 2010 01:20  
Blogger jorge dias said...

Bullying, hooligans e outros radicalismos em dia de memóriia da vítima do Tua!

Uma homenagem silenciosa de acolhimento no espaço da amizade e nos átrios do nosso Deus deste Santo que nunca verá os altares, que para poder ser teve que se ir!

E um voto, para que todos sejamos, sejamos sempre, mesmo neste espaço, quando só um doente tem o passo certo! Também aqui e face a estas directivas loucas e deselegâncias agressivas se chama bullying, isto é violência louca, aberrante, desnecessária e gratuita! Que grande seja o regaço de Deus para este jovem e todas as vítimas sem voz... Tende coragem e tomai voz!

06 março, 2010 01:35  
Blogger jorge dias said...

Faltou-me responder ao anónimo Alfa Omega... Se for o mesmo, é o paradigma de dois em um. Senão for, pois siga a marcha. Mas fico surpreendido por a tempo e a destempo vir um comentário sobre homosexualidade com o qual concordo quase na íntegra. Só vem tarde o que nunca vem. Saúdo e aplaudo todos os que se fazem à palavra e à voz que julgavam que nao tinham... e como gente estruturante se afirmam.

06 março, 2010 02:21  
Anonymous Miki (1947) said...

Hoje escrevo eu!...


Já passaram uns quatro anos que eu não o encontrava. Aliás, foi ele que me “viu”. Naquela manhã eu estava todo atrapalhado. Ia a um determinado lugar, no quinto andar de um prédio, para ver as provas de uma nova colecção. Entrei no elevador lotado, dei um “bom dia” geral e dei ao porteiro o número do andar desejado. Alguém agarrou o meu braço. Antes de me virar, pensei, se é ladrão vai levar que contar. Os meus pensamentos malévolos ainda não tinham chegado ao fim, quando ele perguntou: “Miki?”.

Virando-me, no elevador lotado, antes de ver o interlocutor, disse: “Sim!”. Dei de caras com ele. Mais magro, com o mesmo sorriso, óculos escuros e a tradicional bengala que identifica as pessoas cegas, aquelas que, apesar de terem perdido a visão, teimam em levar uma vida normal, ensinando muita gente o real valor das coisas da vida. Com a efusão característica da sua personalidade alegre, ele abraçou-me. Numa torrente de palavras deu notícias da mulher, do filho, do trabalho, e perguntou pela minha esposa, Ana, e se eu ainda escrevia artigos no jornal.

Confesso que foi uma surpresa agradável. Até perdi a hora marcada do encontro com os programadores da nova colecção. Azar! Que se lixem! Já que eles tinham errado, que esperassem mais um dia... O reencontro com um amigo tão especial, compensa a perda de um compromisso que pode ser finalizado mais tarde. E eu não ia deixar passar aquela oportunidade de aprender tanta coisa com aquela notável sabedoria...

O rapaz, na verdade, não nasceu cego. Tinha problemas, sérios e hereditários, de diabetes. Teimoso, como todo o diabético, achou que as coisas más só acontecem aos outros. E o raio caiu na cabeça dele. Um dia, depois de uma incrível ambrosia noturna, amanheceu cego. E de lá para cá, não houve tratamento que desse resultado. Mesmo assim, falou-me com alegria, contou os seus planos para o futuro, narrou peripécias do filho na escola, deu notícias da Marília, sua mulher. Foram momentos saborosos. Acabei por esquecer o que ia fazer naquela manhã. Convidei-o para almoçarmos juntos.
Ele declinou, alegando estar em dieta. Com calma contou-me os seus planos. Estava a fechar o negócio com um sítio, nos arredores da cidade. “Não imaginas - disse - a beleza que é o amanhecer por lá...a erva verdinha, molhada pelo sereno, com aquele cheiro de paraíso... Os pássaros são como uma orquestra em concerto...vêm pousar perto de nós...”.

E eu fiquei a pensar. “E este agora, mesmo sem a visão, é capaz de sentir a côr e o perfume da natureza... quantos por aí, cheios de olhos na cara, e só sabem ver negócios, dinheiro, futilidades, inimizades”. Olhei para ele, um homem ainda jovem, vestido com simplicidade, diferente de tantos que ostentam falsa riqueza pelas páginas do jornais, mostrando sorrisos que revelam um esgar de ansiedade, a dever até as calças, falidos e sem a paz que o cego revelava. Lembrei-me do pedido do cego a Jesus: “Senhor, faz com que eu veja!”. Muitos de nós, mesmo com a vista em condições, precisam fazer constantemente esse pedido.

Quando nos despedimos, perguntei-lhe: “Afinal, como é que me reconheceste no elevador?”. Sorrindo, ele respondeu: “Ah! São coisas de cego! Primeiro identifiquei a tua voz; é inconfundível; depois reconheci o “Stiletto” que usas...”.

Saí dali com a alma a sorrir e o coração lavado de alegria, refletindo sobre quantas pessoas com olhos bons não enxergam nada, e admirado pela percepção do meu amigo, cujo sobrenome, por mais curioso que possa parecer, é Luz. Pudera! Quem é iluminado, como ele, pode prescindir da visão sensível.
Miki (1947)

06 março, 2010 14:19  
Anonymous Miki (1947) said...

Eu não quis cair naqueles lugares-comuns de que, aquilo que “é pecado não ir à missa?”, “como é o pecado original?”, etc. Decidi uma coisa menos light e mais concisa, tipo assim “Deus é bom! então porque existe o mal?”.
Para o consagrado filósofo francês,(Paul Ricoeur) os mais primários e espontâneos símbolos do mal são defilement (a malícia, corrupção), sin (pecado) e guilty (a culpa, ou a ausência dela). O meu trabalho vai basear-se no mal sofrido por um inocente, como o Jó bíblico, que nada fez para merecê-lo. Como o menino de doze anos, em Mirandela, que sofreu violência e depois foi sacrificado, no rio Tua. É fácil explicar a atitude de quem produz o mal. Mas como explicar o sofrimento do inocente? Deus é bom, sim! então, por que existe o mal? Para colocar lenha nessa fogueira, temos as “questões de Epicuro”, um filósofo grego († 270 a.C.): “Ou Deus quer eliminar o mal e não pode; ou pode mas não quer; ou não pode e não quer”. O próprio filósofo, um pagão no nosso modo de pensar a religião, parece interpelar o seu deus ou o conjunto de divindades que os gregos reverenciavam (e temiam): “Se quer mas não pode, é impotente; se pode mas não quer, é malvado: não nos ama; mas, se pode e quer abolir o mal, então por que existe o mal no mundo?”.

Neste terreno, há um ponderável confronto entre místicos, racionalistas e ateus, o que torna apaixonante a busca pela síntese, no meio de tantas teses. Nas fráguas da pesquisa, conforme o orientador, o estudioso não pode ater-se apenas à ocorrência do mal metafísico, intrínseco a este mundo, uma vez que a idéia de criação implica uma certeza de limitação.

Ao moralista cabe identificar o mal moral, ou seja o pecado, cuja fonte está na vontade má, que não tem uma causa eficiente, mas numa causa deficiente. O mal moral, mais que o físico e o metafísico é o que mais danos causa à sociedade humana. É preciso vê-lo no cotidiano, ao ler as notícias dos jornais. Pecado, não é apenas “saltar a cerca”, bater no coleguinha ou atirar pedra ao santo. O pecado faz parte da vida humana... Paul Ricoeur deixou-nos, lamentavelmente, aos 92 anos, em maio de 2005....

Miki (1947)

06 março, 2010 14:58  
Blogger teresa silva said...

Triste notícia esta do rapaz que se lançou ao rio Tua, por não aguentar mais a violência dos colegas da escola. Violência esta de forma gratuita, em que um determinado número de rapazes se juntam para fazer mal ou mesmo atentar contra a dignidade de um colega de escola.O que ganham com isso?
Que homens de amanhã é que estamos a formar nas escolas? Parece-me que hoje em dia tudo é permitido e se um professor ou auxiliar de educação é mais rígido leva logo com um processo em cima. Antigamente havia mais respeito pelas pessoas mais velhas. Hoje é tipo tu cá tu lá.
Hoje em dia os pais permitem tudo às crianças. Ou porque não têm tempo para as educar e tentam compensar de outras formas, ou porque talvez tenham tido uma educação muito rígida e querem que os seus filhos tenham um outro tipo de educação. Mas o que se vê é que os pais não sabem dizer não às crianças. Permitem quase tudo e às vezes ainda acham graça.
Tem que haver respeito pelo próximo e isso deve ser incutido desde criança. Se falha alguma coisa em relação à criança quem tem culpa são os pais.
Uma repreensão na hora certa é o melhor remédio educativo e com isso se vai estabelecendo limites do que é aceitável ou não.
Isto vê-se quer nas escolas quer nas claques de futebol ou alguns outros movimentos radicais que geram violência.
O futebol que deveria ser uma festa em que se ganha ou perde conforme o resultado do jogo e por vezes vemos violência dirigida à claque rival, ou aos jogadores ou mesmo o próprio clube é vítima desta violência radical. Violência leva a violência, gera raiva, frustração e por vezes tendências suicidas.
É isso que queremos deixar como legado para a sociedade de amanhã?

06 março, 2010 15:37  
Anonymous alcagoita said...

Pena mesmo e eu que conheço aquelas paisagens e terras como as palmas das minhas mãos. Que Deus o tenha em bom lugar.

06 março, 2010 17:28  
Anonymous Rosalino Duraes said...

.
“Quem semeia na carne, colhe na carne a corrupção, quem semeia no espírito, colhe no espírito a via eterna”.

Sendo o ser humano, apesar do seu dom racional, dotado de um pensamento para o animalesco, não se importa por isso de ir ao encontro de um mundo onde predominam as forças inconstantes do eu, eu sou forte, eu sou rico, eu mando; relegando o tu, para: tu és fraco, tu és pobre, tu obedeces, mas a carne é a mesma.

Todos os dias quando chego a casa, eu e os meus animais, o ben (um s. bernardo) e o lótus (um serra), partilhamos sentimentos parecidos, eles mimam-me com as ternuras próprias deles e eu acaricio-os para lhes retribuir tão grata amizade. Isto acontece com todos os membros do meu convento.

O homem ser interesseiro, só faz pelo seu eu. E o tu? Será o reles destinado á perdição eterna? E o eu, gastou tempo com o tu? Não teve tempo? Mas que faz ao tempo? Donde lhe vem o tempo? Da carne? E ao espírito, não lhe dá tempo? Não será preciso dar tempo ao espírito, para que não seja consumido pela carne?

Ó Paulo Tarso, intercede a Ele, ilumina-nos o espírito para que a carne por ele seja consumida!

Despejemos no mar das nossas inconstâncias, as nossas arrogâncias, as nossas incoerências, os nossos interesses mesquinhos e enchamos o coração de humildade e do amor que nos conduz á salvação.

Rosalino Durães
2010/02/20

06 março, 2010 21:48  
Blogger jorge dias said...

Vir a este espaço e sentir gente a tomar voz funciona como estímulo, como uma firmação de realização! Um Miki e até a surpresa Alcagoita! A T Siva sempre integradora ou o existencialista incontido R.Durães cujos conceitos baralha tal e qual à maneira das cartas para ver o que sai! Só que em R Durães fica a nosso cargo, a escolha! O seu comentário dava um livro e dava a história da humanidade... Prefiro algumas certezas já assumidas!
Meu caro Miki, mas então?! Não somos nós que temos que fazer, hoje, a narrativa de Deus? Entendamo-nos definitivamente: o bem, que Deus quer para o mundo,hoje, nós é que o fazemos. Deus!? Mas Ele só intervém se nós interviermos! Deixem Deus descansar para nós fazermos o bem! Eis o paradigma de uma relação religiosa com Deus (religião) em que Deus é nos humanos!

Uma vez mais extasiar-me face aos conteúdos, abrangência e profundidade da palavra por aqui semeada em "forum" de fraternidade!

07 março, 2010 00:12  
Anonymous ROSALINO DURAES said...

.
Os vinhateiros

Caminhando na tôna da água sem bóia, o afundamento é possível e mais que previsível, senão forem tomadas as precauções necessárias.

As precauções são possíveis no respeito, no respeito pôr amor, amor pelo filho dando educação de princípios e obediência, amor pelo aluno dando-lhe lições de mentalidade que devem ser levadas para o convento familiar e repartidas pelos confrades as vezes necessárias até entrarem e enquanto as mentalidades não mudarem.

Não suicidemos aqueles que só querem cumprir o seu dever e em consciência abrirem portas de um convento onde seja possível viver.

Os pais, sem quererem suicidam os filhos, não lhes dão, porque não teem e porque nunca receberam, mas também porque nunca adquiriram o que lhes fazia falta, apenas pensam que isso é só para os outros.

Os filhos, não teem o sentido da obediência, porque na educação não é posto amor, o amor da repreensão, o amor da atenção, o amor do bom senso, o amor da conversa, o amor da audição, o amor da percepção do perigo e porque não o amor da sapatada no momento devido.

Afinal, não seremos todos vinhateiros, que não queremos pagar a punção ao senhorio?
A punção é devida, paguemo-la, porque a assumimos.

Rosalino Durães

07 março, 2010 12:38  
Anonymous Mário Neiva said...

A Guerra não é uma fatalidade nem está nos nossos genes, por isso a humanidade deve ter como «objectivo a longo prazo explorar a maneira de fazer a transição para o desarmamento global permanente». (John Horgan in. A Ciência Terá Limites?).
Para aqueles que cedem ao desânimo em face das guerrilhas que ainda pululam por todo o planeta e que provocam ainda tanto sofrimento e morte (como se não bastassem as catástrofes naturais), aqui fica esta declaração de optimismo, do mesmo autor: «No século XX, cerca de 100 milhões de pessoas morreram por causas relacionadas com a guerra, incluindo a fome e a doença. O total teria sido de dois biliões se as taxas de violência fossem tão altas como na sociedade tribal primitiva média».
Ainda há quem persista em olhar para o passado como um «paraíso perdido»...
Em frente é que é o caminho e ninguém o fará por nós.

07 março, 2010 15:27  
Blogger jorge dias said...

A marcha em que veio e a marcha em que se foi. Direito, esquerdo, 2,1,2,1,2,1,
Ou a unicidade ideológica!

Era o dia de juramento de bandeira. Já havia três meses que o mancebo se dedicava diariamente às lides militares. Os psicotécnicos, feitos. A especialidade destinada, seria condutor… uma honra para a mãe!
Botas com polimento de primeira, farda de terilene, barba feita, luzidio do alimento abundante, faces rosadas dos frios de uma instrução a céu aberto, o recruta, que na escola falhara, tinha agora oportunidade única. Até podia frequentar a escola no quartel para aprimorar a sua assinatura e melhorar as leituras e a 4ª classe, que isto de ser condutor obrigava a saber entender um pouco mais da vida. Pressentia-se que a recruta lhe tinha dado maneiras que a mãe nunca conseguira.

O pai, ao serviço do lavrador, fora-se cedo desta vida. No amanho das vacas, pegaram-lhe os frios da noite e as chuvas abundantes. A princípio coisa pouca, apenas uma tosse de paredes-meias com o cigarro e o leite que as tetas das duas dezenas de vacas que as suas mãos trabalhavam, de tantas serem, lhe davam em suores e fraquezas. Aquela tosse sempre em crescendo, as arguadentes das madrugas na loja do canto. Ainda se pensou em tuberculose, mas quando se descobriu o que realmente era foi num ápice.

No varão da família depositava a mãe agora todas as suas expectativas. A irmã, mais velha, já estava encaminhada. Muito jeitosa com crianças estava a semana toda fora. Cuidava dos filhos de uns senhores…

Hoje, ali estava a mãe na parada do quartel, em tribuna reservada aos pais e outros visitantes, mesmo ao lado da tribuna do general. A charanga já estava a postos. Os cinco pelotões da companhia alinhados. Juro, juro, última, gota, gota, sangue, sangue…

Charanga ao máximo. Em frente… marche… A marcha que vem, a marcha que vem, os tambores pum pum catrapum , os cornetins, tatataratata 2, 1, 2 , … direito esquerdo, direito esquerdo, os tambores, direito, esquerdo, direito, esquerdo. O coração da mãe a bater, a bater, o filho, que garbo, meu Deus, mais de cem homens, direito esquerdo, os tambores. A marcha em que vem o meu filho, o meu filho é o único, o único, o único de passo certo, passo certo, passo certo, passo certo, passo certo… A marcha em que veio, o único de passo certo. Direito, esquerdo, 2,1,2,1… a marcha em que se foi.

07 março, 2010 19:53  
Blogger jorge dias said...

A grande cavalgada! Ou a suprema diligência ou de como a palavra emerge em arte e engenhos de imaginação!

Na Casa de Saúde, indivíduo, indevidamente apelidado de doido, sempre que encontrava o Director lhe pedia para se ir embora. De tanto pedir o Director lhe dizia: irás logo que escrevas um livro.

Com equipamento informático acessível foi um ver se te avias com direito a prefácio, introdução e tudo. A conclusão essa seria surpresa.

O título fora rápido. O livro teria o nome de "A Grande Cavalgada," a lembrar uma atitude de valentia ou música desse nome. Ainda pensara em travessia a modos da Páscoa, mas para efeitos de escrita, a grande cavalgada tinha vantagens. Dez capítulos, cada um com dez folhas, para melhor abordar as variações da corrida do cavalo e não o cansar muito numas coisas e menos outras.
Livro pronto e foi ter com o Director: aqui está o livro.
Devidamente apreciada a introdução e a divisão por capítulos.

- Então, meu caro, diz o Director, e estas letras indecifráveis que estão aqui nestas folhas todas o que são?
- Senhor Director, são as marcas deixadas pelo cavalo!
- E o que é que tu queres dizer no último capítulo quando dizes chega égua!
- Quero dizer que o livro acabou e para o bom entendedor meia palavra basta porque,

"Alguns dos que aqui estão,
Acredite, Director, que não são!
Mas muitos que aqui não estão,
Não tenhas dúvidas que são!"…

E a remoer se ficou o Director:
“Nem todos os que são, estão!
Nem todos os que estão, são….

07 março, 2010 20:53  
Blogger jorge dias said...

Para as mulheres, coração do meu coração e amor dos meus amores, num dia mundial, 8 de Março, que em todo o Mundo aos seus direitos dedicamos.

Um verso que um dia em reunião de Lyons ouvi de umas amigas que visitavam um clube local, registei e aqui partilho:

Amizade, amizade e amizade...
Em mundo inteiro de amor,
De que somos a metade!

Amizade, amizade e amizade...
Se a outra metade for,
Um amigo de verdade!

07 março, 2010 22:50  
Blogger teresa silva said...

O que queres dizer Jorge é que há mais malucos cá fora do que aqueles que estão institucionalizados é isso não é?
Engraçadas as histórias.Tanto a primeira como a segunda.
Como diz o Mário em frente que se faz caminho e nós é que o fazemos.
Passado já lá foi. Podemos tirar partido dele para melhorarmos o caminho a percorrer. É para isso que ele serve. Para iniciar as pisadas para o presente e principalmente para o futuro de acordo com as características pessoais de cada um e tendo Deus como fonte de inspiração.
Daí o título sugestivo do Jorge de "A Grande Cavalgada": A Vida.
A Vida não é um mar de rosas e como todas as rosas, que por acaso são as flores que mais aprecio, há sempre espinhos, obstáculos a ultrapassar,dificuldades que aparecem que temos que saber ultrapassar. Muitas vezes não somos compreendidos nas nossas decisões, mas estamos certos de que faremos tudo pelo melhor.
Há que haver bom senso, respeito pelo outro,moderação nas palavras e nos actos, só assim se constrói uma sociedade melhor e com futuro.

07 março, 2010 22:59  
Blogger teresa silva said...

Amanhã é o dia Mundial da Mulher...

Um ser por vezes compreendido outras vezes nem tanto. Dona de um sexto sentido, dizem alguns, outros dizem que é um instinto mais apurado.
Tem várias profissões ao mesmo tempo(mãe, esposa,professora, dona de casa, etc). Desempenha-as todas com muito amor e dedicação.
Mestre na arte de ensinar e de dialogar.
A outra face da mesma moeda. O homem e a mulher complementam-se. Diferentes em todos os apectos, quer físicos quer psicológicos, mas que fazem um par indissociável na construção de uma pequena sociedade(família).
A mulher é uma caixinha de segredos que vale a pena descobrir.

07 março, 2010 23:33  
Blogger jorge dias said...

"O que queres dizer Jorge é que há mais malucos cá fora do que aqueles que estão institucionalizados é isso não é?"

Deus me livre de tal loucura! Pelo contrário, eu acho que ninguém é... mas que o indevidamente considerado louco era muito mais entendido que o que parecia, lá isso era.

Por mim, sempre acho que o vinho, podendo-se fazer de tudo, também se pode fazer de uvas... Isto é, os humanos são sempre uma caixinha de surpresas e muito menos loucos que o que parecem! Mesmo os anónimos que, aliás, são excelentíssimas fontes de inspiração e, nas suas dificuldades, como todos nós, pessoas adoráveis.

As estórias tinham que ser contadas, embora à minha maneira, porque em comentário anterior tinha-me referido ao único de passo certo e à grande cavalgada precisamente pensando nestas estorietas de café que há muito conhecia!

07 março, 2010 23:48  
Anonymous Anónimo said...

Para as Mulheres;

Uma flor nesta vida,
ninguém diga que não quer
e essa flor querida,
seja para ti mulher.

Qual flor do jardim,
será mais atraente
que a mulher junto de mim
a toda a hora presente.

Mulher, mãe e amiga
que tanto carinho dás.
não só nas horas felizes,
mas também nas horas más.

Um dia para lembrar,
é pouco minha mulher,
eu lembro-te sem parar,
porque assim o amor quer.

Escolheram este dia,
p'ra dedicar à mulher
que seja de imensa alegria
e de amor como ela quer.

Parabéns a ti mulher,
por esta data querida
e enquanto eu puder,
agradeço-te pela vida.

08 março, 2010 00:46  
Anonymous Miki (1947) said...

Hoje canto eu à Mulher

Mulher! Ser especial!
Que não merece um dia
Mas sim uma vida inteira
Mulheres de tantas cores
Mulheres em todas as idades
Mulheres de muitas canções
Mulheres de grandes infelicidades
Mulheres de muitos lugares
São todas guerreiras
São todas maravilhosas
São todas especiais
Aqui, lá ou acolá!
Em qualquer lugar
Em qualquer tempo
São santas ou pecadoras
São anjos ou feras
São alegrias ou tristezas
São amantes ou amadas
São fadas ou bruxas
Elas transmudam-se em qualquer momento
Pois são tudo quando desafiadas
Por isso são mulheres!
Hoje e sempre homenageadas!

Miki(1947)

08 março, 2010 10:27  
Anonymous Mário Neiva said...

A mulher é a mais bela flor do jardim da Natureza. Se pretenderes apropriar-te dela, separando-a do caule que a sustenta e lhe dá identidade, vê-la-ás murchar, ainda na plenitude da sua beleza.
Não penses em colher uma rosa para enfeitar a tua vida! Deixa que ela desabroche e te inebrie com a abundância do seu perfume e da sua cor. Espera que suavemente se extinga, olhando-te nos teus olhos, também já fatigados de muitas primaveras e outonos. Podes ter a certeza que, regada com o teu carinho, senti-la-ás mais deslumbrante em cada novo ciclo da vida e verás a tua vida transformar-se, a seu lado, numa tarde tranquila, doce e morna, como aquelas que antecedem o inevitável verão do sol abrasador e o inverno frio, escuro e chuvoso.
No seu eterno e insondável mistério, a Mãe Natureza está a dizer-te que não há rosa sem espinhos. E o que importa é a ROSA.

08 março, 2010 14:30  
Anonymous Anónimo said...

Mas cuidado não faças como o outro poeta que que não separou as palavras:

Linda rosa , uma flor
sempre foste amor meu
e sempre com explendor
rosa minha emcravoteu.
( em cravo teu deveria querer dizer ), rsrs

08 março, 2010 15:48  
Anonymous Miki (1947) said...

NO CAMINHO DO DIA A DIA, PERDI O SORRISO...

“Desempregado, 45 anos, publicitário, procura emprego.”

O título poderia ser um pequeno anúncio de jornal recortado. O jovem promissor, responsável pelas incríveis criações que tornaram os nossos sonhos de consumo mais sofisticados, foi demitido num processo de reestruturação do pessoal de uma famosa Agência de Publicidade. Dezenove anos de exclusividade. Foram muitas as desculpas, festas de despedida e um acordo de indemenização abaixo do desejado.
O homem regressa ao lar. O porto seguro ganha novos contornos na família, fruto de um casamento de 21 anos. A mulher, funcionária pública, a filha, estudante de publicidade, e o filho adolescente compõem o quadro de pessoal vitalício. O homem jurou fidelidade eterna diante do padre, celebrou cada nascimento, consagrou a felicidade na construção de uma intimidade densa...
Nos primeiros dias, o homem descansa dos muitos anos sem férias, deixa a mente livre para absorver os ruídos cotidianos, compra um carro novo, procura um advogado “trabalhista” para garantir o que lhe é devido, vai buscar o filho á escola, caminha na rua sem destino e sem horário...
Mas os dias passam... A recolocação no mercado de trabalho parece inalcançável, surgem pequenos bicos. O homem retrai-se, sente um misto de vergonha e autopiedade. Os amigos evitam os seus telefonemas, a família tenta ampara-lo, mas o homem prefere os longos silêncios... Responde a todos os anúncios que não limitam a idade. Já não escolhe emprego.
Seguindo os conselhos de um casal amigo, o homem visita uma igreja “moderna” e é irremediavelmente seduzido pelas cores de argumentação do pastor. O rebanho sente-se seguro longe do “mundo”. As relações com o exterior são examinadas com cuidado e as verdades desveladas ganham traços de ficção: mergulhos em piscinas de sangue, coroando as celebridades; resgate de possuídos; ruas de esmeralda e ouro para os convertidos; pregações de ex-marginais testemunham a permanência de alguns símbolos da caridade mundial nas profundezas do inferno; dízimos recompensados em dobro...
A família acompanha-o. Frequenta os cultos para se fortalecer, sente a integração com a comunidade de muitos que também passam por momentos difíceis. O resgate da auto-estima e a prosperidade são objecto de culto nas intermináveis correntes. O Senhor mostrará o caminho, o que estão a passar é apenas o deserto do Senhor...
Meses... Os bens são esgotados na sobrevivência. O que restou, os dois carros, as jóias... O património da família desaparece no deserto divino. A família baptizada transforma-se num exemplo a ser seguido, o homem desempregado é apenas um modelo de provação.
O promissor publicitário, acostumado à manipulação das palavras e imagens, deixa-se corromper nas palavras exaltadas, perde a alegria e a capacidade de criação.

08 março, 2010 19:08  
Anonymous Miki (1947) said...

NO CAMINHO DO DIA-A-DIA, PERDI O SORRISO ...

PARTE II

Tudo existe por determinação do Senhor! As palavras divinas... O caminho da fé...
O homem abandona os divertimentos: deixa de ouvir músicas, ler os seus livros, assistir aos filmes do “mundo”... Toda a arte é comprometida com as intenções do demónio, todas as pessoas que não frequentam a Igreja estão destinadas à condenação divina. O ex-publicitário passa os dias agradecer a Deus por ter sido iluminado, já não procura emprego, não percebe a própria exclusão.
As palavras do instrumento de Deus ganham destaque na sua solidão, suportam o seu afastamento, fragmentam as suas emoções e percepções familiares.
A lucidez da sua filha, que deseja um futuro promissor, e as vãs tentativas da esposa de encoraja-lo a procurar a fé em si mesmo são o rastilho para a separação. A Igreja ou o mundo; o senhor ou o demónio; o inferno escaldante ou as ruas áureas do paraíso... A separação é articulada com muitas mutilações: não foi por falta de amor ou outra pessoa... Ele perdeu a alma!
Encontrei, por acaso, mãe e filha na esquina. Tinham o semblante entristecido e pareciam amparar-se mutuamente. A mulher expôs com lágrimas a sua separação; a filha, vacilante, sussurrou com a voz trêmula: “Hoje encontrei-o. Estava com o olhar vidrado, parecia um louco... Não reconheci o meu pai naquele homem...”
Cruzei a rua com as tantas percepções, tropeçando nas ausências que as duas sombrearam na narrativa. Espantado com os tons de surrealismo que costuravam a realidade. As duas eram personagens dramáticas do absurdo e o roteiro prosseguia na fé incondicional do homem. Os testemunhos eram reais, mas não havia argumentos para conforta-las.
No caminho do dia-a-dia, perdi o sorriso...

“A desinformação, enquadramento manipulado por excelência, é uma arma intelectual, cujas consequências podem ser extremamente perigosas.”

Miki (1947)

08 março, 2010 19:09  
Blogger jorge dias said...

Naquele dia percebeu um pouco mais das mulheres!


No dia da mulher e em salutar enquadramento de tão ilustres comentaristas uma estória absolutamente original.

Um casal amigo, pretendendo sair por uns tempos, solicitou os nossos bons apoios para acolhermos um dos seus filhos durante a semana de suas férias.

O bom do filho, de nome João, era já um rapaz espigadote, pelo no buço e erecção garantida! Matreiro e controleiro, cá o rapaz, tentou apalpar o problema para não ter surpresas. João de seu nome e, hoje, homem feito e um excelente jurista.

Aquando do acolhimento no meu convento, já tudo muito bem combinado com seus pais, recebi-o na porta de entrada da minha casa com as normais saudações e as normais despedidas. Feito o adeus aos pais e a porta fechada tivemos o seguinte diálogo que já reproduzi vezes sem conta em tertúlias de amigos. Pelo hilariante que sempre desencadeia, aqui partilho:

Então, João, uma semana com o teu amigo Jorge! João, diz-me:
- Qual é a melhor coisa que há no mundo?
O João ficou vermelho, virou do avesso e nem queria responder! Depois de muito, mas mesmo muito insistir, disse:
- O sexo.
- Como assim, João? Estás enganado! Nada disso!
- Senhor Jorge, não é possível! É sexo....
Tranquilizei o rapaz e garanti-lhe que só podiam mesmo ser as mulheres! E fiz-lhe novo desafio!
- João, qual a segunda coisa melhor que há no mundo?
Bom, aí, o João passou-se!
- Agora é que o apanhei, o sexo!
Lá tive que repor ordem na cabecinha do João!
- Eh rapaz a segunda coisa melhor que há no mundo são os homens!
O João estava lixado! Não havia maneira de encontrar lugar para o seu objecto fálico de estimação com o qual andava a praticar intensamente! Mas o pior estava para vir!
- João qual é a terceira coisa melhor que há no mundo?
Agora é que o João foi mesmo aos arames e até pulava de contente e lá veio o sexo outra vez.
- Como assim, João?!
- A terceira coisa melhor que há no mundo é as crianças...

Ainda hoje me rio quando me lembro disto e o João tem-me um carinho especial porque naquele dia percebeu um pouco mais das mulheres!

09 março, 2010 01:02  
Anonymous Anónimo said...

SAUDADE

Na Falperra aprendi,
boas lições para a vida
e nunca mais esqueci,
desde o dia da partida.

Era pouca a liberdade,
mas dava p'ra diabruras,
tudo era sem maldade,
naquelas almas tão puras.

Malandros também havia
e quem não gostava de ver,
mas tudo com armonia,
para o reitor não saber..

Os infelizes da noite,
viravam-se em confusões,
para fugir do açoite,
incobrindo as micções.

Disfarçavam como podiam,
aquele sonho imprudente
e alguns já nem dormiam,
p´ra manter o frasco quente.

09 março, 2010 11:56  
Anonymous Mário Neiva said...

Isto está a ficar muito mais «democrático» e mais bonito, cada um a trazer um pedacinho da sua alma para o encontro que vamos fazendo. Ninguém pense que são simples palavras atiradas para a «blogosfera». Além da materialidade das letras e do arranjo gramatical, que constituem a "forma", as palavras transportam o espírito de quem escreve, interagindo com o espírito de quem lê. E nós sentimos toda a força da presença do espírito nas palavras inteiras -forma e fundo- quando elas, uma vez escritas e lançadas neste espaço, nos machucam ou inebriam a alma. Por isso não escrevam à toa, porque o que escreverem vai directo ao coração de quem lê. Não tenho dúvida que todos desejam que as palavras sejam alegria para os antigos condiscípulos. Recordações, boas ou más, bem ou mal embaladas, se não forem portadoras de incompreensão, serão bem-vindas e acarinhadas por todos quantos lerem. Nunca esqueçam que o nosso passado está inteiramente incarnado no nosso presente. Os actos foram arrumados nas prateleiras do tempo, mas o seu efeito perdura até hoje, na alma de cada um de nós, entrelaçados com as vivências do presente. E sei que todos sentem isto. Basta ler os que aqui se vão chegando.
As palavras escritas aqui, para nós, serão tudo menos gestos vazios e inexpressivos. Para o bem ou para o mal vão ecoar no coração de quem as lê.
Sabendo disto, digam tudo, mesmo tudo, mas não digam "contra" ninguém. Abram só a alma, que nós vamos entender, mesmo que não concordemos nem um bocadinho com a palavra escrita. Porque a sinceridade é amiga da verdade e semente de amizade. É altura para lembrar o poeta cantor: «seja bem-vindo quem vier por bem».
Só a mentira dói, atraiçoa e mata.
E também ela vem sempre explícita ou dissimulada nas palavras.

09 março, 2010 17:44  
Anonymous Mário Neiva said...

Isto está a ficar muito mais «democrático» e mais bonito, cada um a trazer um pedacinho da sua alma para o encontro que vamos fazendo. Ninguém pense que são simples palavras atiradas para a «blogosfera». Além da materialidade das letras e do arranjo gramatical, que constituem a "forma", as palavras transportam o espírito de quem escreve, interagindo com o espírito de quem lê. E nós sentimos toda a força da presença do espírito nas palavras inteiras -forma e fundo- quando elas, uma vez escritas e lançadas neste espaço, nos machucam ou inebriam a alma. Por isso não escrevam à toa, porque o que escreverem vai directo ao coração de quem lê. Não tenho dúvida que todos desejam que as palavras sejam alegria para os antigos condiscípulos. Recordações, boas ou más, bem ou mal embaladas, se não forem portadoras de incompreensão, serão bem-vindas e acarinhadas por todos quantos lerem. Nunca esqueçam que o nosso passado está inteiramente incarnado no nosso presente. Os actos foram arrumados nas prateleiras do tempo, mas o seu efeito perdura até hoje, na alma de cada um de nós, entrelaçados com as vivências do presente. E sei que todos sentem isto. Basta ler os que aqui se vão chegando.
As palavras escritas aqui, para nós, serão tudo menos gestos vazios e inexpressivos. Para o bem ou para o mal vão ecoar no coração de quem as lê.
Sabendo disto, digam tudo, mesmo tudo, mas não digam "contra" ninguém. Abram só a alma, que nós vamos entender, mesmo que não concordemos nem um bocadinho com a palavra escrita. Porque a sinceridade é amiga da verdade e semente de amizade. É altura para lembrar o poeta cantor: «seja bem-vindo quem vier por bem».
Só a mentira dói, atraiçoa e mata.
E também ela vem sempre explícita ou dissimulada nas palavras.

09 março, 2010 17:46  
Anonymous Mário Neiva said...

Por lapso saiu em duplicado...
E por favor corrijam para «entrelaçado com as vivências» e completem «dissimulada na alma das palavras»

09 março, 2010 18:54  
Anonymous Anónimo said...

O ARSENAL - Porto, mais parece até pelas cores um Porto - Benfica, e a garra, velocidade como joga assemelha-se bastante. Sou Português, hoje todos queriamos a vitória do Porto.Bem dizia o João Pinto, venderam os melhores e o dinheiro não ganha campeonatos. CINCO - ZERO --- è muito Gôoolo.Veremos o embate dia 21 de Março- Porto - Benfica.

09 março, 2010 21:55  
Blogger jorge dias said...

Pois é, doi na alma e nem a feijões, mesmo sendo do Benfica ou do Sporting!

Mas aquela "dissimulada na alma das palavras" é uma delícia e uma sede exclusiva de sabedoria: a alma das palavras! Belo texto. caro Mário! NB. No final do comentário editado, aparece um cestinho! Sempre podes mandar para lá um comentáro repetido. Parabéns pela excelência que atribuis à palavra!

Quero relevar o anónimo sobre a mulher versejando! Gostei...
Quero saudar o Miki em frase curta, sobre a mulher.

Quero salientar esta quadra:

"Linda rosa , uma flor
sempre foste amor meu
e sempre com explendor
rosa minha em cravo teu."


Linda a quadra, bela a mulher em referência!
Claro, e o homem que assim lhe quer!
Um abraço para os dois.

Voltarei com una estória original sobre o frasco, quente, mas sem fundo!

09 março, 2010 23:50  
Blogger jorge dias said...

Era sempre aquela sensação de incómodo! Ora a conduzir ou sentado, a brincar ou a trabalhar sempre lá estavam incómodas, crescentes! Falei com vários médicos e vários pacientes! Uns médicos eram muito expeditos no explicar, mas uma confusão no resolver! Outros usavam uma técnica de enfaixamento dos membros no pós-operatório que fazia lembrar as múmias egípcias! Habituado às manifestações do corpo e às lógicas da biologia e da alma, bastou-me pressentir o sofrimento para aquilatar do erro. A natureza sempre é sábia. Na natureza, nem a morte é dolorosa! E quando for, há algo de muito errado a acontecer! Isto faz-me lembrar uma outra estória, o parto de um bezerro em plena pradaria a que, por acaso acudi a tempo, e de forma imperativa! Ainda estou para saber porque me obedeceram aqueles seis homens e o condutor do tractor que já arrastava vaca e bezerro “in útero”. Claro que isto me lembra uma outra ainda mais louca, a do parto sem dor do meus filhos, mas relevante mesmo a do meu primeiro filho! A elas voltarei. Hoje vou pegar outra vez neste incómodo que ao entrar nos sessenta me aborrecia mesmo!
Até a dormir! Lá estava… sempre! Os lençóis pareciam esfregões de aço. Na praia areia, a areia era de uma agressividade extrema! E quando no caminhar o sol lhes tocava ou no bronzear de bruços nos distraíamos, sempre aquele incómodo! Acontecia também que a gente via, quando nos desnudávamos mais, que sempre alguém reparava naqueles trambolhos. Socialmente, também já era incómodo. Havia que resolver!

Assim foi, marcou-se o internamento de acordo com a lógica da saúde pública, esperou-se e, chegada a nossa vez, entramos na linha de desmanche!

No hospital só não conhecíamos as camas. Mas não eram más! Enfermeira chefe amiga…

Primeiro contratempo. O barbeiro das pelugens púbicas era conhecido! Entendeu meter-se uma cunha. Nem mais. Aqui não há rapadura! O médico por sua vez fez a devida marcação das zonas a cortar! Só que quando a senhor enfermeira chefe fez a sua inspecção teve que chamar o barbeiro à pressa porque a anestesista já estava a postos!

A anestesia foi de loucos, senti-me afundar e sem ar como nos submarinos que vão ao fundo.

Puxaram, cortaram e tiraram as tripas todas. Devolveram-me à enfermaria e, por cunha da amiga chefe, fiquei ali no lugar do morto! Isto dá outra estória! Ali de cinco em cinco minutos fui incomodado com a seguinte frase. “ Já urinou?” Aí ao fim de umas duas horas já não podia ouvir mais aquela música! Pois mijo onde? Eis que chega o mijadouro! Mija cão, mija gato! Mija-me naquele macaco!

O frasco ainda estava quente! Micção realizada e, estranho, aquecimento realizado! Estranho mistério este que para urinar num frasco aquecemos as pernas.

O corisco do frasco, quente, não tinha fundo! Agora, digam-me lá, se quando um sujeito é operado ás varizes não é melhor…. E que cambalhotas que me deram naquelas pernas para retirar aquele líquido! Foi mais que a operação! Se calhar aqueles três dias ainda dão um romance sobre o amor das enfermeiras, o assombramento do morto, a cama da praia e outros abutres indiferenciados que nestes espaços fazem vidas de carrascos! Sempre se esclareceria um pouco dos outros ocorrentes contratempos, de que fariamos escrita, e hoje omitimos, para leitura em espaços de vida… sobre os hospitais como quase "matadouros"!

10 março, 2010 00:57  
Anonymous Anónimo said...

Matadouros? Muito pior! No matadouro o bicho morre de um golpe só, nos hospitais morre-se aos bocados, porque não somos ninguém, mas sim um número de uma cama.
Tem algumas almas caridosas que vão dando uma sede de água aos moribundos, mas infelizmente já pouca gente pensa no próximo como um ser semelhante, segundo a lei de Deus.

10 março, 2010 15:05  
Anonymous Mário neiva said...

...«Infelizmente já pouca gente pensa no próximo como um seu semelhante...»
Se me permite o anónimo autor da citação, eu atrevia-me a contradizê-lo, corrigindo para "felizmente pensa-se cada vez mais no próximo como um seu semelhante". Na verdade, sentimos como nunca e denunciamos a violação da dignidade da pessoa humana. Pensemos que em tempos passados ainda recentes a escravatura e a perseguição por motivos religiosos e politicos era generalizada. A nossa Europa guerreava-se por tudo e mais alguma coisa.
Apesar de tudo...que avanço civilizacional em termos de direitos humanos.
O pensamento de que estamos pior que nunca, além de ser uma falacia, é a manifestação de um saudosismo doentio, que só nos pode conduzir à inércia. A vida é como a subida de um rio caudaloso: se deixamos de remar e de fixar os olhos na direcção da nascente, regredimos inexoravelmente.
Anime-se, meu caro anónimo, para dar ânimo aos outros, que a subida contra a corrente é dificil.
E « a descer todos os santos ajudam», como, avisadamente, diz o povo.

10 março, 2010 18:58  
Anonymous Miki (1947) said...

A COMPAIXÃO I

Se eu não tiver caridade, isto de nada me serve (1Cor 13,2).


Muitos afirmam que esmola e caridade são sinónimos de misericórdia ou compaixão. Mas falemos de compaixão.
É lamentável constatar que o pragmatismo da sociedade pós-moderna acabou de vez com a solidariedade entre as pessoas. O desprendimento das coisas materiais, a visão mais sensível da alteridade bem como a atenção aos problemas sociais são coisas rarissimas. Ninguém ajuda ninguém, mas todos só pensam no seu bem-estar, conforto e segurança.

As pessoas isolam-se entre cercas, grades e cães ferozes, e entopem-se de “aboborinhas” da tv e com isso convertem-se em estátuas de budas: saciados, risonhos e com visão apenas do seu umbigo.

Há dias li no jornal cá da terra que a polícia tem feitos “rusgas” para tirar das esquinas jovens que ganham a vida (se é que isto é vida) a fazer malabarismos à custas de poucas moedas e muitos insultos e caras-feias. É de bradar aos céus que as mesmas “autoridades” que mandam retirar (e até prender) essa rapaziada, não façam nada no sentido de encaminhá-los, dar-lhes emprego, ou estudo, ou pelo menos um tecto e um prato de comida.

De repente aparecem certos fariseus públicos, intelectualóides hipócritas e teóricos, que preconizam o “não dê esmolas!”, como se isto fosse a solução. Apelam, estes ditos snrs., para que se entregue o dinheiro às entidades. Ora, qualquer entidade vai alugar uma casa, comprar móveis, adquirir um veículo, contratar empregados e instalar um telefone. Mesmo que tal órgão seja um exemplo raro de honestidade e honradez, com todos esses gastos burocráticos, lá se foi o valor das doações. O problema de Portugal, entre outros, é a burocracia.

As pessoas são avessas a dar esmola, a abrir a mão e a se desfazerem de algumas míseras moedas, mas não vacilam em gastar verdadeiras fortunas com coisas supérfluas, como roupas que às vezes nem usam, comidas cuja metade vai para o lixo, e outros bens, consumidos e comprados apenas para a ostentação e satisfação de egos mal-resolvidos.

10 março, 2010 21:27  
Anonymous Miki (1947) said...

Compaixão II

Contrariando esses lugares-comuns, eu dou esmolas, tenho prazer em faze-lo. Primeiro porque a esmola é o gesto bíblico por excelência. Os textos gregos do Novo Testamento assinalam a esmola com o verbete “eleémosune” derivado de “eléos”, compaixão. Logo, quem dá esmola pratica um ponderável acto de com-paixão a favor de alguém que está com necessidade. Ao dizer “eu tive fome e tu me deste de comer... eu tive sede e tu me deste de beber... eu estava nu e tu me vestiste...” Jesus exalta a esmola dada, a caridade oferecida, a solidariedade compartilhada.
Perdoem a minha fraqueza, mas se eu der dinheiro ou trabalho voluntário para alguma entidade, eu não sei como serão distribuídos os recursos, nem como o meu trabalho será apropriado devidamente. Ao contrário, quando dou uma esmola, uma ajuda material a uma criança, a um idoso, a uma família, eu sinto nos seus olhos o efeito da “eléos” que pratiquei.

A caridade é um dom. Ela vem-nos por inspiração de Deus. Tanto assim que a sua raiz é “cháris”, graça; graça divina. Aos cristãos da Igreja nascente, São Paulo advertia que “mesmo que fale a língua dos anjos e dos homens, se eu não tiver caridade (amor) isto de nada me serve”.
Mesmo a esmola ou a caridade precisam ser conscientes e discernidas. Algumas senhoras, na cidade que moro, fizeram uma festa beneficente e depois de deduzirem as “despesas” mandaram um cheque para uma instituição. Isto é caridade? Um rico empresário mandou entregar, pelo motorista, uma “cabaz básico” a uma família em dificuldade. Isto é caridade? Caridade é ter misericórdia. É estar junto, é escutar e participar ao lado do outro.

A decomposição de miser (miserável) + corde (coração) aponta-nos para uma atitude de quem sente no coração a necessidade do faminto, do desempregado, do doente ou do excluído, dos centros sociais e das Igrejas.

As campanhas do tipo “Não dê esmolas” servem como um salvo-conduto para quem deseja demitir-se das obrigações humanas, cristãs e sociais. Há quem pense e até diga que “Eu não dou esmola para não fomentar a malandragem, há instituições a trabalhar para ‘essa gente’, e até acho que a miséria acabou”.

O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença e a omissão. E é justamente essa indiferença que faz crescer a pobreza, a marginalidade, a infância abandonada, os bebés atirados ao lixo e as famílias golpeadas pela pobreza. É indiferença que cria os problemas da terra, a marginalização da mulher e a ignorância política do povo.

Miki (1947)

10 março, 2010 21:28  
Anonymous Mario Neiva said...

«Dar esmola é o gesto biblico por excelencia».
Daquilo que conheço da Biblia», esta afirmação é tudo menos «o gesto biblico por excelencia». O gesto biblico por excelencia é o amor do proximo como a nós mesmos e não me parece mesmo nada que isso consista em dar esmolas. O apelo fundamental do Evangelho é para a partilha total da vida e não para dar o que podemos dispensar e seguir caminho cada qual à sua vidinha. O sinal máximo e pelo qual se «reconhecia» um dicipulo de Jesus era a «partilha do pão» e não a esmola aos desgraçados. Aqueles que ouviram a pregação de Jesus sabiam disso e vendiam tudo o que tinham e colocavam nas mãos dos Apostolos para servir toda a comunidade. Era um exagero? Talvez, mas o evangelho era este e não o evangelho da esmola.
Quando era jovem, ouvi esta proclamação, que só podia ter saído do coração de alguém que entendeu a mensagem fundamental do Evangelho: «A justiça é o novo nome da paz». Assim falou o Papa João XIII.
O ser humano tem direito não à esmola mas a que se faça justiça à sua dignidade.
Isto, sim, é gesto biblico essencial.
A esmola pode ser um remendo ocasional e como tal deve ser encarado.
Desculpa lá Miki o desacordo. Mas não fazes mal nenhum em dar esmolas. Não penses, porém, que é isso que o teu Evangelho te exige. Seria fácil demais. E barato.

10 março, 2010 22:53  
Anonymous Mário said...

Queria escrever João XXIII

10 março, 2010 23:51  
Anonymous Anónimo said...

O Desenvolvimento, não a justiça.

" O desenvolvimento é o novo nome da paz"- Paulo VI- "Populorum Progressio" (Desenvolvimento dos Povos), Domingo de Páscoa, 26 de Março de 1967. Insisto, porque tendo sido em algumas coisas um Papa cinzento, nisto, surpreendeu tudo e todos! O desenvolvimento é o novo nome da paz! Actualíssimo!

11 março, 2010 01:19  
Anonymous Miki (1947) said...

Amigo Mário Neiva
Acredita que a leitura que fazes também eu condeno. Uma leitura mais atenta vais encontrar um pensamento diferente, eu disse:

“Caridade é ter misericórdia. É estar junto, é escutar e participar ao lado do outro”.

Miki (1947)

11 março, 2010 09:28  
Anonymous Mário Neiva said...

Eu li com atenção, Miki. Acontece que o seu discurso está tão agarrado a conceitos "contaminados" que dificilmente alguém vai fazer uma leitura diferente daquela que eu, deliberada e exageradamente, fiz. Sem ofensa, o seu discurso "cheira" a homilia de um sr.prior que põe quase toda a gente a bocejar, mas será muito agradável aos ouvidos de uma devota que o que mais deseja é que a deixem em paz e cheia de bons sentimentos. Afinal ela está ali para rezar e para aprender coisa nenhuma, de modo que tanto faz que lhe falem dum jeito como do outro. Quando sai da igreja já nem se lembra da pregação.
Por mais carregadinha que seja de "sentimentos", a palavra «compaixão» evoca, efectivamente, uma atitude que se desvia do radicalismo da "comunhão" evangélica. Sabe tão bem como eu que nós não temos compaixão do amigo,da nossa mulher, dos nossos filhos. Nós os amamos.E com o evangelho é assim.
Claramente, na sua linda homilia, há frases, como aquela que destaquei, que atraiçoam o radicalismo do amor evangélico.
Mas também lhe digo: mais vale isso que nada ou a indiferença ou o ódio.

Quanto ao anónimo que me corrige da citação de João XXIII, fico-lhe grato. Mas a frase que citei também existe. Ter-me-ei enganado na paternidade.

11 março, 2010 10:11  
Anonymous Anónimo said...

Para desanuviar, vão mais umas quadras:

Um manganão espigadote
que foi sempre galifão,
Ele dava sempre o mote,
sem perder a ocasião.

Olha que isso é pecado,
dizia um mais santinho,
prá corregir o danado
que foi sempre safadinho.

Ninguém podia travar,
o galifão atrevido,
nem ousavam acusar,
aquele caso perdido.

Bons conselhos eram dados,
mas de nada adiantava,
já tinha tantos pecados
e ao p.Olavo confessava.

Isso dizia ele,
mas ninguém acreditava
para muita sorte dele,
alguém o apadrinhava.

Dizias tu, arre macho,
a título de brincadeira,
quando não agradava o tacho
ia mesmo a cozinheira.

Foram bons tempos, amigo,
pena as que foram por fora,
pois na verdade te digo,
tenho saudades d'outrora.

Por onde andarás tu ?
Um abraço.

11 março, 2010 10:12  
Blogger teresa silva said...

Por aquilo que li nestes comentários há aí pessoal com medo de hospitais ou de internamentos.
Dizem que não passam de um número e de uma cama. O que não é verdade. Podem ter passado por esta experiência, mas de todo não é verdade.
Sou enfermeira e trato todas as minhas doentes pelo seu nome. Há que respeitar a dignidade das pessoas.
Se têm o seu nome deverão ser tratadas como tal.
Há princípios básicos a respeitar: a dignidade, a privacidade, o respeito pelo outro.
Entendemos que esta pessoa está fora do seu meio habitual e por isso deverá ser respeitada, devemos esclarecer todas as dúvidas que tenha, devemos integrá-lo no novo meio que espera-se de curta duração em serviços como cirurgia ou se por acaso demorar mais algum tempo em serviços como medicina nunca esqueçamos que o doente é o objectivo dos nossos cuidados.
Como em tudo na vida há os bons e maus profissionais e lá por uma experiência menos feliz não se vai generalizar as coisas.

11 março, 2010 12:00  
Anonymous Mario Neiva said...

É mesmo, Teresa. Quem vai hoje ao hospital e conheceu o que eram os hospitais de há cinquenta anos nem dá para acreditar. Isto, apesar de haver muitas insuficiencias e porque nós somos cada vez mais exigentes. O que é bom, porque a exigência vai-nos obrigando a dar o melhor de nós.
Os nossos hospitais são, também eles, um sinal de esperança. Não tenho dúvidas e estou com a Teresa.

11 março, 2010 12:11  
Anonymous Anónimo said...

À 50 anos, quem ia ao hospital? Só de carro de bois e quando lá chegasse o doente já estava enfermo.
Claro, como em toda a parte há bons e maus profissionais, mas é uma pena que não sejam todos bons no cumprimento de tarefas que podem ser nobres, sem ser preciso fazer a tal caridadezinha que ainda pregam muitos padres e outros que tais.

11 março, 2010 12:47  
Anonymous domingos coelho said...

Hoje houve ensaio em minha casa!
Estivemos a preparar os canticos para a liturgia do V - Domingo da Quaresma, no dia 21 deste mês de Março, para o encontro dos AACarmelitas em Fátima.
Falamos de tudo e de todos,mas o mais visado foi o AMIGO Mário Neiva. Ficamos a saber que não vai a Fátima. O nosso lamento. Aqui deixamos este trabalho que verdade se diga nem sei a quem pertence.

Por um amigo meu
I
Um grande amigo meu que a sua fé perdeu
No dia de Natal me procurou
Contou-me a sua vida tão cheia de incertezas
Contando necessidades que me fez chorar
E a lágrima teimosa caindo no meu rosto
Lavou meu preconceito de Cristão

Refreão
Eu sei que da verdade não sou dono
Eu sei que não sei tudo sobre Deus
Às vezes quem duvida faz perguntas
É muito mais honesto do que eu

II
Ao grande amigo meu que a fé perdeu
No dia de Natal me confessei
Contei-lhe a minha vida tão cheia de procura
Com tantas esperançasque ele até sorriu
E aquele riso aberto mostrou-se bem mais perto
Lavou seu preconceito de ATEU

III
Por esse amigo meu que a sua fé perdeu
Naquele mesmo dia fui rezar
E a minha prece amiga gerou esta cantiga
Que fiz pensando muito em meu país Cristão
Às vezes muita gente não crê no que acredita
E afasta o seu irmão da religião.

Estiveram presentes: O Manuel Bessa o Salmista, O Costa Fotófrafo, o Couto organista e o Coelho o Tesoureiro

11 março, 2010 22:36  
Anonymous Mário Neiva said...

Já que estes malandros fizeram o favor de informar o auditório que não vou a Fátima, sem expor o motivo, aqui venho completar o serviço. Por uma daquelas coincidências que a gente nem tenta compreender, no dia 20 pelas dez horas vou ser submetido a uma pequena cirurgia. Nada de especial, mas incapacitante para fazer viagens, tanto pelo incómodo como pela sobreposição de datas.
Estarei em forma no Sameiro e parece que vai ser nessa altura que vou provar o famoso bagaço do Emidio,que a vida também é feita destes pequenos e saborosos nadas. E quantas vezes, de um pequeno nada, se começa a construir uma grande amizade. O que é preciso é criar as oportunidades e aproveitá-las. "Em casa" é que não se faz nada.

11 março, 2010 23:32  
Anonymous Anónimo said...

Teresa Silva - É com ansiedade que aguarda o seu comentário. Sabia que era a pessoa certa para responder. Quem não se sente não é filho de boa gente. Parabéns.Hoje os hospitais estão mais humanizados que nunca. Há óptimos profissionais, e hospitais bem equipados com óptimos serviços. Por ex: há dias entrei nos quartos do serviço de enternamento de cardiologia do H. S. João no Porto onde apreciei, o rigor a dedicação e um espaço moderno .Quartos só com três camas cada, com telecomamdo para elevar ou descer. Musica ambiente, muito conforto.É verdade que temos assistido a uma constante melhoria dos serviços de saúde. São frequentes os agradecimentos públicos de pessoas depois de deixarem o internamento nos hospitais. Sabemos que aqui ou acolá há excepções, nem tudo está bem. Mas o espectador mais atento, verifica que muito se tem feito.E também há bons especialistas em oftalmologia, que têm operado pessoas libertandoas das diopetrias de miópia que carragavam desde nascença. Evaristo Domingues

11 março, 2010 23:49  
Anonymous Mário Neiva said...

Um amigo meu reportou-me esta tirada filosófica de um pensador oriental, pelos vistos pouco seguro dos passos que dá e das pedras da calçada que pisa; talvez sozinho e meditabundo, fixado no próprio umbigo:

«Não existe uma realidade objectiva ou o "mundo real"».
Isso poderia ser perfeitamente verdade se estivesse a falar de mim apenas e do mundo que vejo à minha volta. O problema é "tu" poderes dizer exactamente o mesmo e assim seria eu a negar a tua existencia-realidade e tu a negares a minha. Ora, a mutua negação é a prova de que existe uma realidade objectiva e um mundo real, para além da minha subjectividade. Vendo a coisa pela positiva temos pelo menos um absoluto: eu confirmo a tua existencia e tu confirmas a minha.
Eu sei que é uma chatice e uma humilhação para quem se julga auto-suficiente.
-Ora bolas...eu estar à espera que tu me reconheças e seres o garante da minha "realidade"!
Pois é, somos nós dois, ou três ou mil, que damos testemunho uns dos outros daquilo que somos e das coisas lindas ou dos disparates que fazemos. E também dos enganos em que caímos, que são sempre mais que muitos e temos de ir corrigindo.
Entre dois apaixonados, esta verdadeira "autenticação" da nossa realidade assume formas romanticas, mas profundamente verdadeiras, como quando se diz "amor, tu és a minha vida» ou «sem ti não sou nada».
Razão tiveram os cristãos, quando fizeram do amor mútuo a pedra basilar do seu edificio espiritual. E como um casal de apaixonados, também eles rezam do mesmo jeito: «Meu Deus, tu és a minha vida, sem Ti não sou ninguém».
Pois anota aí, meu amigo: sem o teu irmão não vais a lado nenhum. Nem sequer ficarás a saber que existes. Nem sequer terias nascido para um dia perguntar quem sou eu? e teres a felicidade de ouvir uma voz a responder-te, reconhecendo-te e chamando pelo teu nome.Alguém que bate à porta do teu coração, da tua inteligência e desafia a tua vontade.
Apetece repetir mil vezes aquilo que, muitos e há muito tempo, intuiram: é o amor que nos cria.

12 março, 2010 22:54  
Blogger jorge dias said...

Hei-de voltar a esta dos quase "matadouros", mas já percebi que o pessoal está um pouco na onda dos "media"! Só pega pelo lado mau! Salvou-se no meio desta estória, o Mário quando deu o mote da efectiva história da saúde em crescendo! É verdade! Mas houve outros comentaristas que apadrinharam a saúde nessa sua qualidade indesmentível, hoje. Só que, como também todos perceberam, a questão, na minha estória e na realidade, era outra. A questão é que, face ao brutal investimento, a saúde podia e devia ser melhor! Já voltarei com a notícia de um jornal local, hoje, que dava voz a uma médica de oftalmologia que considerava 10% da população dos Açores em risco de cegueira por glaucoma! Doida ou comerciante?
Claro que a enfermeira de serviço também veio a terreiro e fez muito bem! Tem aliás verbo fácil e está de parabéns! Aceito quando fala de si, muitas reservas quando fala pela enfermagem e muitíssimas mais quando fala pelos abutres todos que na saúde têm pasto fácil! Isto não anula o positivo e o bem feito, apenas grita e denuncia o não realizado! Sra enfermeira, a parte não se pode tomar pelo todo! Claro que na sua parte lhe dou razão!

Mas o Mário já o percebi! Em vésperas da faca, já agora, deixa-me ser a favor... a brincar. Gostava mais de te ver em Fátima. Que corra bem!

Tudo muito melhor na saúde que há dias, eu também sei isso. Por mim era mais a questão do frasco quente, sem fundo, e para me rir! Mas que bom que este espaço tem leitores com opinião!

13 março, 2010 00:12  
Anonymous domingos coelho said...

19 de Março – Dia de S.José

No dia 19 de março, a Igreja celebra a Solenidade de São José, pai nutrício de Jesus, Filho de Deus, e esposo castíssimo da Santíssima Virgem Maria.

No ano passado, 2009, nessa mesma solenidade, o Papa Bento XVI, durante a sua visita à África, em Yaoundé (Camarões), quando falou aos doentes do Centro Cardeal Paul Emile Léger, apresenta dois aspectos da figura de São José quase desconhecidos.
São José, como “intercessor pela saúde do corpo” e “mestre de oração”.

O Papa cita Santa Teresa de Ávila, que tinha grande devoção a São José e que foi curada de uma doença no dia do santo.

A santa também via São José como “um mestre de oração”. “Aquele que não encontra ninguém para lhe ensinar a rezar escolha este admirável Santo por mestre, sem temor de se desencaminhar sob a sua guia” (Santa Teresa de Ávila).

Temos, portanto, dois grandes motivos para rezar a São José.
Se ficarmos doentes ou se estamos doentes, podemos recorrer a São José, na certeza de que Deus, pela intercessão sua, nos concederá a cura ou a serenidade para suportar a doença.

Nas dificuldades que encontrarmos na oração, podemos ter em São José a ajuda necessária para vencermos essas dificuldades e podermos, assim, rezar cada vez melhor.
D/C

13 março, 2010 20:28  
Anonymous Anónimo said...

Muito me contas Coelho...

S. José abençoai,
o Coelho e todo mundo,
meu desejo aqui vai,
neste desejo profundo.

Reza por mim oh Coelho,
nos dias que me esquecer,
é sempre bom teu conselho,
que aconchega podes crer.

O outro vais converter,
ficaremos a aguardar,
pois já deu p'ra perceber
que o sabes respeitar.

Muita coisa que ele diz,
não lhe vai no coração,
talvez se sinta feliz,
com a sua narração.

Que S. José o proteja
e a nós, nos dê alento
e que ninguém tenha inveja,
de quem tenha mais talento.

Mesma que alguém O renegue
A semente já nasceu,
pois no dia que se segue,
já alguém se converteu.

14 março, 2010 01:32  
Anonymous Anónimo said...

Estimados aaa:Hoje quero-me associar aos paroquianos de S.Salvador(Beja)na festa e celebração das Bodas de Ouro sacerdotais do Padre Henrique Martins.Muito gratos todos pela sua vida pastoral ao serviço da Ordem e da Igreja.Quem não se lembra do seu jeito especial a jogar futebol?E das suas aulas de História e Portugês? Um abraço de parabéns, e votos de muita saúde para ele,; e para todos um até já.A.Costa

14 março, 2010 14:29  
Blogger teresa silva said...

Então caro Mário vais ser submetido a uma intervenção cirúrgica? Espero que não seja nada de grave.
Votos de sinceras e rápidas melhoras.

15 março, 2010 16:54  
Anonymous Mário Neiva said...

Obrigado à Teresa, ao Jorge e a todos os que se têm preocupado com o meu estado de saúde. Felizmente não é nada de especial e só mesmo a coincidencia de datas e o incómodo resultante, por alguns dias, me impede de estar em Fátima.Como estarei por casa, aproveito para mais reflexão partilhada. Podem contar.
Até já

15 março, 2010 17:45  
Anonymous Anónimo said...

Então caro Neiva que é que tens? Fica fino antes que te digam, para tratares da alma que o corpo já não tem salvação.
Boa sorte e rápidas melhoras.

15 março, 2010 23:12  
Anonymous Mário Neiva said...

Meu caro anónimo, vê-se que és um homem de pouca fé ou de fé nenhuma por assim alijares borda-fora pelo menos metade da carga que o barco da nossa vida carrega. Não há dúvida que te livras da parte visivelmente mais pesada, no meu caso sessenta e dois kilos de carne, pele e ossos, sem explicar o destino da parte mais leve e invisivel a olho nu, porque me habituei a ver o «conjunto», mais solidário que unha e carne. Eu e o meu amigo Paulo de Tarso. Se tivesses a fé dele, não davas como perdida a "carne" nem admitias a perdição da "unha".Se tivesses fé, saberias que não se salva uma sem o outra. Segundo Paulo de Tarso, nem a alma nem o corpo estão destinados à danação mas à glorificação. Eu sei que causa uma perpelexidade de todo o tamanho a gente ver desfazer-se a carne e ficar sem uma noticiazinha que seja sobre o paradeiro da alma. Parece mesmo que vai tudo por água abaixo ou terra adentro. É aí que entra a fé que tu pareces não ter ou então esqueceste tudo o que aprendeste na Falperra (ou no Sameiro).
Quanto a mim, meu caro anónimo, mantenho-me numa espécie de limbo, a gozar daquela tranquilidade que só a consciência da ignorância das coisas nos pode proporcionar.
É caso para dizer «felizes aqueles que crêem, porque deles é o Reino dos Céus» e «felizes aqueles que não crêem porque deles é a República do Limbo».
Haja democracia, naquele Reino ou naquela Republica.

E obrigado pela tua preocupação com a minha carne, dando-te a certeza de que a alma está fina!

16 março, 2010 09:34  
Anonymous miki (1947) said...

20 conselhos para ter boa saúde I
As Universidades de Medicina de Harvard e Cambridge publicaram um compêndio com 20 Conselhos saudáveis para melhorar a qualidade de vida de forma prática e habitual :

1- um copo de sumo de laranja
diariamente para aumentar o ferro e repor a vitamina C.

2- salpicar canela no café
(mantém baixo o colesterol e estáveis os níveis de açúcar no sangue).

3- trocar o pãozinho tradicional pelo pão integral
O pão integral tem 4 vezes mais fibra, 3 vezes mais zinco e quase 2 vezes mais ferro que tem o pão branco.

4- mastigar os vegetais por mais tempo.
Isto aumenta a quantidade de químicos anticancerígenos libertados no corpo. E quanto menos se cozinham os vegetais, melhor efeito preventivo tem.

5- adoptar a regra dos 80%:
servir-se menos 20% da comida que costuma comer, evita transtornos gastrintestinais, prolonga a vida e reduz o risco de diabetes e ataques de coração.

6- LARANJA
o futuro está na laranja, que reduz em 30% o risco de cancro do pulmão.

7- fazer refeições coloridas como o arco-íris .
Comer DIARIAMENTE, uma variedade de vermelho, laranja, amarelo, verde, roxo e branco em frutas e vegetal, cria uma melhor mistura de antioxidantes, vitaminas e minerais.

8- comer pizza, macarronada ou qualquer outra coisa com molho de tomate.
Mas escolha as pizzas de massa fininha. O Licopeno, um antioxidante dos tomates pode inibir e ainda reverter o crescimento dos tumores; e mais é melhor absorvido pelo corpo quando os tomates estão em molhos para massas ou para pizza .

9- limpar a escova de dentes e trocá-la regularmente .
As escovas podem espalhar gripes e resfriados e outros germes. Assim, é recomendado lavá-las com água quente pelo menos quatro vezes por semana (aproveite o banho no chuveiro), sobretudo após doenças, quando devem ser mantidas separadas de outras escovas.

10- realizar actividades que estimulem a mente e fortaleçam a sua memória...
Faça alguns testes ou quebra-cabeças, palavras-cruzadas, aprenda um idioma, alguma habilidade nova... Leia um livro e memorize parágrafos; escreva, estude, aprenda. A sua mente agradece e os seus amigos também, pois é interessante conversar com alguém que tem assunto.

16 março, 2010 20:47  
Anonymous Miki (1947) said...

20 conselhos para ter boa saúde II

11- usar fio dental e não mastigar chicletes .
Acreditem ou não, uma pesquisa deu como resultado que as pessoas que mastigam chicletes têm mais possibilidade de sofrer de arteriosclerose, pois tem os vasos sanguíneos mais estreitos, o que pode preceder a um ataque do coração. Usar fio dental pode acrescentar seis anos à sua idade biológica porque remove as bactérias que atacam os dentes e o corpo.

12- rir.
Uma boa gargalhada é um 'mini-workout', um pequeno exercício físico:
100 a 200 gargalhadas equivalem a 10 minutos de corrida.
Baixa o stres e acorda as células naturais de defesa e os anticorpos.

13- não descascar com antecipação.
Os vegetais ou frutas, sempre frescos, devem ser cortados e descascados na hora em que forem consumidos. Isso aumenta os níveis de nutrientes contra o cancro. Sumos de fruta têm que ser tomados assim que são preparados.

14- ligar para seus parentes/pais de vez em quando.
Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard concluiu que 91% das pessoas que não mantém um laço afectivo com seus entes queridos, particularmente com a mãe, desenvolvem alta pressão, alcoolismo ou doenças cardíacas em idade temporã .

15- desfrutar de uma xícara de chá.
O chá comum contém menos níveis de antioxidantes que o chá verde, e beber só uma xícara diária desta infusão diminui o risco de doenças coronárias. Cientistas israelenses também concluíram que beber chá aumenta a vida depois de ataques ao coração.

16- ter um animal de estimação.
As pessoas que não têm animais domésticos sofrem mais de stres e visitam o médico mais regularmente, dizem os cientistas da Cambridge University. As mascotes fazem-nos sentir optimistas, relaxados e isso baixa a pressão do sangue.
Os cães são os melhores, mas até um peixinho dourados pode causar um bom resultado.

17- colocar tomate ou verdura frescas na sanduíche.
Uma porção de tomate por dia baixa o risco de doença coronária em 30%, segundo cientistas da Harvard Medical School; outras vantagens são conseguidas atráves de verduras frescas.

18- reorganizar o frigorifico .
As verduras em qualquer lugar do seu frigorifico perdem substâncias nutritivas, porque a luz artificial do equipamento destrói os flavonóides que combatem o cancro que todo o vegetal tem. Por isso, é melhor usar á área reservada a ela, aquela caixa bem em baixo ou guardar num tape ware escuro e bem fechado.

19- comer como um passarinho.
A semente de girassol e as sementes de sésamo nas saladas e cereais são nutrientes e antioxidantes. E comer nozes entre as refeições reduz o risco de diabetes.

21- Uma banana por dia quase dispensa o médico, vejamos: " Pesquisa da Universidade de Bekeley”.
A banana previne a anemia, a tensão arterial alta, melhora a capacidade mental, cura ressacas, alivia azia, acalma o sistema nervoso, reduz risco de infarte, e tantas outras coisas mais, então, é ou não é um remédio natural contra várias doenças.

20- e, por último, um mix de pequenas dicas para alongar a vida:
-comer chocolate.
Duas barras por semana estendem um ano a vida. O amargo é fonte de ferro, magnésio e potássio.

- pensar positivamente .
Pessoas optimistas podem viver até 12 anos mais que os pessimistas, que, além disso, apanham gripes e resfriados mais facilmente, são menos queridos e mais amargos.

- ser sociável.
Pessoas com fortes laços sociais ou redes de amigos têm vidas mais saudáveis que as pessoas solitárias ou que só têm contacto com a família.

- conhecer a si mesmo .
Os verdadeiros crentes e aqueles que dão prioridade ao 'ser' sobre o 'ter' têm 35% de probabilidade de viver mais tempo, e de ter qualidade de vida.
'Não parece tão sacrificante, não é verdade? Uma vez incorporados, os conselhos, facilmente tornam-se hábitos...
É exactamente o que diz certa frase de Séneca:'Escolha a melhor forma de viver e o costume a tornará agradável'!

"Crie bons hábitos e torne-se escravo deles, como costumamos ser dos maus hábitos".
Miki (1947)

16 março, 2010 20:48  
Anonymous Mário Neiva said...

Eu não sabia desta da banana, mas acontece que desde há bastante tempo é a primeira coisa que como todos os dias. Logo a seguir vai um cafezinho. Só lhe faltam os salpicos da canela, mas já lá vou.
Obrigado ao Miki pelas dicas. Temos de cuidar da carne, para a sua filha dilecta, a alma, andar sempre bem disposta.

16 março, 2010 22:07  
Anonymous Mário Neiva said...

Ricardo Araújo Pereira e a questão de Deus (1) | VÍDEO |
“Para nós, ateus, a morte é um sono sem sonhos e nós continuamos com um mau perder em relação a isso. Não é fácil. E por isso, onde é que eu vou buscar conforto? À Bíblia (não sei se já ouviram falar). Especialmente a um dos meu livros favoritos, que é o do Eclesiastes.”

Abri a minha caixa do correio e, para surpresa, tinha um e mail do Evaristo. E nele, um convite a comentar a «questão de Deus».
Há muito por onde pegar, mas eu vou a um dos meus temas predilectos: a morte.
Nem de propósito, eu tinha acabado de fazer a afirmação, inaceitável para muitos pensadores,de que a alma é a filha dilecta da carne. Pois é assim que penso e os homens da ciência vêem-se em palpos de aranha para compreender e explicar este profundissimo e espantoso mistério da vida, quando é cada vez mais evidente que da "poeira cósmica" se gerou toda a vida e também esta vida consciente que nós somos. Se resistirmos à tentação de parar o nosso raciocinio, logo chegaremos à conclusão de que aquela "poeira cósmica" esconde mistérios bem mais profundos do que aqueles com que já deparamos.
E nós procedemos desse abismo insondável.
Quem quiser fique à vontade para chamar Deus àquilo que a ciência designa como «poeira cósmica». E também, com toda a propriedade, podem chamar-lhe Pai, que não diminuirão, num pouquinho que seja, a grandeza do Mistério que estamos a presenciar.
Essa «poeira» se organizou para formar as galáxias e a nossa Terra e a nossa vida.
Perante esta realidade pensem, por um instante, nas potencialidades infinitas dessa «poeira»!
E pensem também que o nosso corpo é uma simples extensão dessa muito misteriosa «poeira cosmica».
Já não espanta assim tanto que o fruto incrivel de uma tão maravilhosa organização seja a nossa alma.
Quando falarmos da morte, devemos ter presente «como tudo começou», para tentarmos compreender o que virá a seguir. E aqui levanta-se o primeiro problema: é que não sabemos como tudo começou. Mas temos a pretensão de conhecer como tudo acaba.
O texto do humorista Ricardo Pereira fala da morte como a derradeira tragédia e refugia-se no Eclesiates para encontrar alguma consolação. Mesmo sendo ateu.
Tal atitude deixa entender que tanto o crente como o ateu andam à procura de algo que os liberte do pesadelo da morte.
Pois eu não vejo como é que o desconhecimento do nosso destino individual ou colectivo, do nascimento até à morte, possa ser motivo de desesperança. Trágico seria, não tenho dúvidas, conhecer o nosso destino, porque cada um dos nossos passos estaria previamente determinado, definido e absolutamente imposto. Era a morte do sonho, da aventura, da criatividade, da liberdade, enfim, do ser humano que nós somos. Cada um aí em casa pergunte a si proprio como se sentiria e o que faria se soubesse o ano, o dia, e a hora e a causa da sua morte. Imaginem, ainda, se fossem todos a saber.
A mim, a morte fascina-me porque é o maior desafio que se coloca ao homem, desafio esse que o homem sempre se propôs vencer, lutando contra todas as evidências daquilo que parece o fim, definitivo e sem regresso, da nossa identidade.
Em cada época os homens "inventaram" como superar o impasse da morte. Pensaram em conservar os corpos, mumificando-os; pensaram numa imortalidade se não do todo, pelo menos de uma parte (o espirito); pensaram ora na reencarnação, ora na ressurreição...
Nunca se conformaram.

17 março, 2010 01:00  
Anonymous Mario Neiva said...

Nem hoje se conformam. O que não podemos, neste seculo XXI, é rever-nos simplesmente nas propostas dos nossos antepassados de reencarnações ou ressurreições, em vez de procurar o nosso caminho e a nossa resposta. Quem anda distraído fique sabendo que, muito mais gente do que se possa pensar, anda à procura de novas respostas. E estes são verdadeiramente dignos dos que pensaram a reencarnação e a ressurreição.
E como uma tal demanda sempre encheu de entusiasmo estes lutadores pela vida, não é de admirar aquele grito trinfante de Paulo de Tarso: «Onde está, ó morte, a tua vitória?»
Só me sentirei constrangido perante a morte no dia em que não conseguir ver mais além do meu pequenino mundo.
Solidão? Consolo? Da «poeira cósmica» não emergimos sozinhos e trazemos dentro de nós um poderoso antídoto: a amizade, o amor.
Se encontrarem um maior consolo, neste mundo ou em qualquer outro, dêem-me notícia. Até lá, este me basta.

17 março, 2010 01:03  
Anonymous Mário Neiva said...

Acabei de falar da «poeira cósmica» que está na origem de todos os «organismos» que conhecemos, inertes ou animados e, consequentemente na nossa própria origem. E não posso deixar de recordar, agora, aquilo que desde criança me foi lembrado pelo sr abade de Balugães, na quarta feira de cinzas: «memento homo, quia pulveris es...» Precisamente.
No entanto eu, criança, estava longe de sonhar sequer, a profunda verdade que me estava a ser revelada e a dimensão verdadeiramente infinita das potencialidades dessa «poeira, misteriosamente criadora. Os homens da ciência, que se debruçam sobre esta realidade, pasmam. E não é caso para menos.
Também os nossos antepassados sentiram o mesmo, embora ao nível dos seus conhecimentos rudimentares. Mas sentiram a intrigante realidade. Ainda confusos, adoraram-na, reverenciaram-na, chamaram-lhe os nomes mais ternurentos e significativos como Pai, Fonte da Vida, Luz, Amor, Harmonia, Verdade, Sabedoria. Nos nossos dias, todo este sentir do ser humano está concentrado numa pequena palavra: Deus.
E hoje, como ontem, os homens não desistem de olhar para essa «poeira cósmica» na tentativa de vislumbrar aí um rosto, uma voz e um gesto que os aconchegue num abraço da infinita ternura de que nos sentimos carentes.
De tanto procurarem nas profundezas abissais dessa «poeira cósmica» o abraço carinhoso do seu progenitor, acabam por esquecer o rosto, o olhar, a voz, os braços daquele que está mesmo diante de si ou ao seu lado, simultaneamente ofertante e necessitado, de um amor sem limites.
Cada ser humano poderá dizer a outro com toda a legitimidade: «Quem me vê, vê o Pai».
Emergiu da poeira cósmica e plantou-se diante de nós a mais extraordinária vida “organizada” que conhecemos: o nosso amor, o nosso amigo. Dele nos vem a voz, o olhar, o afecto, a inspiração, a alegria, que um pouco atabalhoadamente procuramos num «Infinito Sem Rosto».
Não admira que, ao cair em si, aqueles que se fixaram neste Infinito Sem Rosto, se apercebam da solidão que sobre eles se abateu. À falta de melhor explicação, chamam-lhe «prova de fé» ou «aridez espiritual», como se a Fonte da Vida fosse uma vulgaridade mesquinha, num joguinho fútil de amor

17 março, 2010 09:30  
Anonymous Mário said...

A última frase saiu truncada. Era assim: «num joguinho fútil de amor faz de conta»

17 março, 2010 09:37  
Anonymous miki (1947) said...

POIS É, A MORTE NÃO É O FIM

A vantagem de quem acredita.


Estejam prevenidos, pois o Filho do Homem virá
na hora em que vós menos esperais (Mt 24, 44; Lc 12, 38).


No bojo das reflexões escatológicas, emociona-nos a ideia daquela maravilha chamada céu que Deus criou para o homem, no seu eterno sonho de felicidade e de vida plena, algo que os olhos jamais viram nem os ouvidos escutaram. A fé revela-nos que o céu, é para sempre. Lá, no dizer do Livro do Apocalipse,

Ele enxugará todas as lágrimas dos olhos deles, pois nunca mais
haverá morte, nem luto, nem gritos nem dor. Sim! As coisas
antigas desapareceram (Ap 21, 4).

Embora todos os postulados e credos da nossa fé cristã não se cansem de afirmar que a morte, embora definitiva no aspecto físico, é um encontro com Deus, muitas pessoas, por razões de fragilidade de crença, temores psicológicos, traumas de infância, carências ou alguns complexos de culpa, têm medo de morrer, rejeitando, no subconsciente a ideia da morte como uma comunhão definitiva.

É comum, ouvir das pessoas perguntas do tipo “Como é o céu?”. É curioso que muitas pessoas que se mostram interessadas em “conhecer” como é o céu, mas nem todas buscam conhecer as condições de como fazer jus a ele. Parece que em alguns casos a procura é mais na linha da curiosidade, do aprender pelo conhecimento, do que viver o mistério pelos caminhos da fé e a preparar-se. Por incrível que pareça, muita gente ainda imagina o céu como um lugar cheio de nuvens e fantasia, tão ao gosto das representações artísticas.

Em geral, quando me perguntam pelo céu, dado as minhas limitações, cito o texto de S. Paulo:

O que os olhos não viram, os ouvidos não escutaram e o coração
do homem não percebeu, foi isto que Deus preparou para aqueles
que o amam (1Cor 2,9).

Neste particular, a morte deixa de ter aquela visão tétrica para adquirir a perspectiva do Reino. Por isso ela deve ser uma entrega confiante. O serviço, em vida, antecipa as suas alegrias. O homem, no dizer de São Francisco torna-se livre da vida terrena para viver, na morte, o céu para sempre.
Recordo que a minha filha Ana, quando tinha uns treze anos (hoje ela está perto do 30), por ocasião da morte da avó disse que “...no dia em que tivermos fé, de verdade, faremos da morte uma celebração”. Essa locução, por certo inspirada, tem me ajudado, a pensar, em eventuais trabalhos de “ministro da esperança”.

Quando nascemos, começamos a morrer. Esta é uma verdade insofismável. A cada dia mais nos aproximamos da nossa morte. Alguém tem dúvida disto? Igualmente, quando morremos, começamos a ressuscitar...
A morte, na verdade, não é um mal, mas uma passagem (uma Páscoa) de uma vida incerta e sujeita às fraquezas, para uma realidade nova, o céu, a vida plena. Quando oramos “...venha a nós o vosso Reino” além de pedir a graça e a presença de Deus nos nossos projectos, também pedimos que os dias que nos separam do convívio directo com Deus, sejam abreviados. Sobre essa espera, há um interessante texto de São Pedro:

O que nós esperamos, de acordo com a promessa, são novos céus
e nova terra, onde habitará a justiça”. (2Pd 3, 13).

Miki (1947)

17 março, 2010 13:32  
Anonymous Anónimo said...

Deve ser por isso que em alguns países africanos, quando morre um parente ou amigo, fazem uma festa que só visto, contado ninguém acredita. Eles celebram com muita alegria. Quem estará certo? Eles que riem cantam e dançam, ou nós que nos banhamos em lágrimas, quando fina um parente ou amigo?

18 março, 2010 10:38  
Anonymous Mário Neiva said...

«...Quando morremos, começamos a ressuscitar...»
Caro Miki, explique lá isto melhor.
Quando era miúdo, tinha um medo do caraças de passar perto do cemitério da minha aldeia. Então de noite, nem arrastado ia para aquelas bandas, com medo das «almas do outro mundo».

Agora a sério. A teologia cristã não interpreta, há muito tempo, a ressurreição de uma forma «literal». Ou seja, a ressurreição é um processo gradual e nós começamos a ressuscitar, não quando morremos mas QUANDO NASCEMOS. Deste modo, a ressurreição é também obra nossa, é a obra de uma vida e a «Salvação» e «Ressurreição» são apenas dois nomes para exprimir a mesma realidade. Claro que a teologia diz que tudo é «dom da graça», tanto a vida com que se nasce, como o dom da fé nesta ressurreição/salvação.
É tramado pensar que a gente não ressuscita e, consequentemente, não se salva, se não fizermos por isso! Era muito mais tranquilizador, mais cómodo e mais seguro, sabermos antecipadamente que a ressurreição/salvação estava garantida ou que simplesmente com mais missa menos missa a imortalidade e o Reino de Deus eram mais que certos.
Não vos parece que isto seria um caminho demasiado largo e fácil?
S.Paulo falou imenso sobre a ressurreição, mas não fazia ideia como ela se processava. Comparou-nos ao grão de trigo lançado à terra, que morre e dá origem a uma nova planta (I Corintios). E pronto, deixou-nos com a metáfora.O resto que falta saber ficou por conta da fé dos que acreditarem no seu Evangelho.
Tenho podido constatar que a teologia católica mantem, acerca desta questão, os pés assentes na terra e, no coração, a esperança de mais vida ressuscitada. Mas o que tenho entendido é que esta «mais vida» será continuação da vida em que nos vamos tornando e não um novo nascimento, num novo mundo, eventualmente espiritual e para espiritos. Permanecendo no campo da teologia, podemos dizer que não há como que um novo baptismo (depois da morte), porque o primeiro foi suficiente.
NO fundo, a teologia afirma que quem não se transformou espiritualmente ao longo da vida, não terá oportunidade de fazê-lo depois de dar o último suspiro. Neste sentido, a hora da morte é a "hora do juizo final" de cada um. Quem não nasceu/ressuscitou até essa hora, não conhecerá a salvação mas a perdição.
Confesso que, se ainda militasse no cristianismo da minha juventude, não deixava de andar bem preocupado ou até atormentado com tal perspectiva. E não é caso para menos: uma vida perdida representa uma vida eterna e feliz desperdiçada.
Agora compreendo porque não largava o «santo escapulário». Era o meu bilhete de ingresso no paraíso!
Quando está à rasca, um gajo acredita em cada coisa...
Esta teologia da «salvação» é osso bem duro de roer. Nascemos com tantos defeitos e durante a vida ficamos sujeitos a tantas tentações, que chega a parecer cruel deixar à porta da eternidade os «degradados filhos de Eva». Tinha que ser feita um adenda qualquer ao «plano da salvação».
Não fazer nada e depois exigir o paraíso, não está bem. Mas mandar os desgraçados logo para o inferno, também é demais. E assim nasceu o purgatório.

18 março, 2010 15:24  
Anonymous Anónimo said...

Então digam lá. O BENFICA deu ou não deu um baile ao Marselha, e uma lição de Futebol para a França e a Europa Ver . !!!!!!

18 março, 2010 21:18  
Anonymous Nortadas said...

E agora como é que vamos aturar estes peneirentos...

18 março, 2010 22:23  
Anonymous Anónimo said...

Ora aí está.Porque viram e acreditaram."Felizes aqueles que acreditam sem terem visto".É muito difícil cumprir este desiderato neste mundo concreto, a não ser quando se está à rasca, parafraseando o Mário Neiva.Cada vez me convenço mais que o nosso céu ou o nosso inferno estamos nós a prepará-los neste "vale de lágrimas" (no dia-a-dia) Conheci algumas pessoas que viveram autêntico inferno durante a sua vida terrena , e outras que tiveram o seu céu na terra;por isso a morte,descrevo-a como um desligar o interruptor,e levo muito a sério, as palavras que Cristo proferiu na Cruz:"Consummatum est".A partir daqui ou se tem muita fé e se acredita que haverá a continuação do AMOR, ou não se acredita e para todos os efeitos será o fim do mundo para essas pessoas.Eu quando acompanho algum evento alegre ou trise , faço-o porque tenho algum relacionamento,mas também porque quero tirar qualquer ilação desse evento, e normalmente fico mais rico depois desses eventos.No fim de contas só estou quase a repetir por outras palavras os comentários aqui tão bem apresentados pelos nossos oradores deste forum.
Estes últimos dias,fomos, eu diria bombardeados pelas notícias não muito agradáveis para a chefia da Igreja Católica Apostólica Romana (para mim não são nenhuma novidade, assim como para a grande maioria das pessoas bem informadas)sobre a pedofilia que tem grassado sob a capa das altas esferas.Seria bom que de uma vez por todas, os altos responsáveis começassem a ser mais transparentes na sua maneira de viver no Mundo do século XXI e não proceder como se continuássemos na Idade Média, em que o poder espiritual se confundia com o poder temporal em que valia tudo até tirar olhos e unhas;,ou então escrever-se uma cartinha muito bonita para "inglês" ou pacóvio ver, e ficar quase tudo na mesma.Será que já ninguém se lembra que estamos quase no fim da Quaresma, e que este também é um tempo de reflexão sobre a verdadeira vivencia do Evangelho, e o que está a acontecer não será o Inferno para muitas pessoas? O Evangelho é ou não a BOA NOVA? do AMOR ou do ódio,dos gravíssimos atropelos à verdadeira vida que cada ser humano tem direito? Onde estão os verdadeiros" representantes de Cristo?"Se Ele voltasse o que diria a esses "ditos" representantes ? Servo bom, ou servo mau,(Administradores bons ou maus ? como
os fariseus:sepulcros caiados.Vou tratar de preparar-me para mais umas flashadas para amanhã.Um abraço A.Costa

18 março, 2010 22:39  
Anonymous Anónimo said...

Pois é amigo Costa, manda uns retratos do lado de lá que os daqui são o que infelizmente todos os dias a gente vê.
Repara numa coisa curiosa, porque será que papas, bispos, padres, etc., vivem no meio de tanta pompa e circunstância e o nosso Cristo andava de cajado na mão, pregando para todos, comendo com os mendigos e a curando os enfermos.
É tudo muito bonito, mas bonito , bonito... é o que a gente vê quotidianamente.

19 março, 2010 01:07  
Anonymous Mário Neiva said...

Para este último anónimo

Podes estar coberto de razão, mas uma coisa te garanto eu: se Jesus de Nazaré tivesse nascido dois mil anos depois...talvez o visses de fato e gravata e andar de carro ou de avião. Isso, para além vir à Net pregar todos os dias...
Moral da história: nunca retirar os factos do seu contexto, fazendo extrapolações inverosimeis.
Porém, a tua intervenção tem o mérito de chamar a atenção para hipocrisia daqueles que pregam o desprendimento «das coisas deste mundo» mas vivem atados a elas, e com tantas ligaduras, que parecem autenticas múmias! Ou, se preferires, peças de museu. Por isso vale a pena não ficares calado. Mas deixa pra lá o «cajado na mão» e as refeições com «mendigos» ou «cura de enfermos», que para isso devemos é lutar por mais justiça e mais acesso aos cuidados médicos. Não por simples solidariedade para com o «semelhante», muito menos por misericordia ou compaixão, mas por amor, já que te afirmas cristão. E desta riqueza (do amor) todos podemos dispor para distribuir em abundância. Quanto ao modo como distribuir tal fortuna, temos que ajustar ao «contexto» pensando, por exemplo, em como «o desenvolvimento é o novo nome da paz».
Eu falei em «contexto de cada época», mas cada vez mais será o «contexto» de cada geração, tal a rapidez das mudanças estruturais que se estão a operar na sociedade. Felizmente temos o valor perene do amor. E não só: renasce constantemente em novas formas a paixão pelas artes, pelo conhecimento e pela beleza, essencia da nossa alma ambiciosa, sonhadora e inconformada, como se nela tivesse sido para sempre gravada aquela «palavra» que ouvi repetir desde menino: «Sede perfeitos como o vosso pai celestial é perfeito».
Querem maior que este desafio do Infinito?

19 março, 2010 08:53  
Anonymous Rosalino Duraes said...

.
A igreja no seu todo é um todo, como a sociedade Portuguesa, ou qualquer outra sociedade no seu todo também é um todo.

Não podemos é julgar o todo por uma parte ínfima, e a igreja não foge á regra, teremos de julgar, apenas 1%, que o não deveria ser, porque afinal o amor ficou do outro lado.

E tu não tens telhados de vidro? Já pensastes que o outro também te pode julgar a ti? Serás merecedor de tal? Pois é!...........

Ama e serás amado!

Rosalino Durães

19 março, 2010 19:38  
Anonymous Miki (1947) said...

A LIÇÃO D0 LAVA-PÉS I

A narrativa bíblica
Jo 13


1 Antes da festa da Páscoa, Jesus sabia que tinha chegado a sua hora. A hora de passar deste mundo para o Pai. Ele, que tinha amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.
2 Durante a ceia, o diabo já tinha posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, o projecto de trair Jesus.
3 Jesus sabia que o Pai tinha colocado tudo nas suas mãos. Sabia também que tinha saído de junto de Deus e que estava a voltar para Deus.
4 Então Jesus levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou numa
toalha e amarrou-a na cintura.
5 Colocou água na bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando com a toalha que tinha na cintura.
6 Chegou a vez de Simão Pedro. Este disse: “Senhor, tu vais lavar os meus pés?”
7 Jesus respondeu: “Tu agora não sabes o que estou afazer. Ficarás a saber mais tarde”.
8 Pedro disse: “Tu não vais lavar os meus pés nunca!” Jesus respondeu: “Se eu não os lavar, tu não terás parte comigo”.
9 Simão Pedro disse: “Senhor, então podes lavar não só os meus pés, mas até as mãos e a cabeça”.
10 Jesus falou: “Quem já tomou banho, só precisa lavar os pés, porque está todo limpo. Vós também estais limpos, mas nem todos”.
11 Jesus sabia quem o iria trair; por isso é que ele falou: “Nem todos vós estais limpos”.
12 Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto, sentou-se de novo e perguntou: “Vocês compreenderam o que acabei de fazer?
13 Vós dizeis que eu sou o Mestre e o Senhor. E vós tendes razão; eu sou mesmo.
14 Pois bem: eu, que sou o Mestre e o Senhor, lavei os vossos pés; por isso vós deveis lavar os pés uns dos outros.
15 Eu vos dei o exemplo: vós deveis fazer a mesma coisa que eu fiz.
16 Eu garanto-vos : o servo não é maior do que o seu senhor, nem o mensageiro é maior do que aquele que o enviou.
17 Se vocês compreenderam isso, serão felizes se o puserem em prática”.


(Jo 13, 1-17)




Inserido nos últimos ensinamentos de Jesus (dali a vinte e quatro horas já estaria sepultado), o lava-pés traz consigo uma vigorosa mensagem de amor e desprendimento que vara os séculos, sempre e cada vez mais, com a mesma actualidade e capacidade de interpelar. Não é o discurso de um homem amedrontado, mas de um Senhor, um kyrios consciente da sua missão que, em pleno vigor moral vai ao encontro da vontade do Pai.

Os grandes biblistas católicos, assim como a maioria dos protestantes, classificam o episódio do lava-pés como o grande portal de uma história de “pathos” (paixão). Por esta razão, o seu valor teológico não pode ser minimizado. Ao contrário, precisa ser acrescido à narrativa histórica e aos aspectos culturais do judaísmo.

19 março, 2010 22:58  
Anonymous Miki (1947) said...

A LIÇÂO DO LAVAS-PÉS II

Hoje, a celebração litúrgica do lava-pés não passa de uma encenação meramente teatral que se repete em cada ano, quando o bispo ou o padre lava os pés de alguns “escolhidos”, em geral saídos das elites paroquiais. E fica nisto. Não há a interiorização, e o gesto pedagógico que Jesus realizou, esvai-se logo ali, na saída da igreja. Sem interiorização não há mudança, não há compromisso nem conversão. Para ser real, eficaz e tocante, o lava-pés precisa estar encarnado na vida do povo, privilegiando o exemplo ao invés da representação. Acção que transforma, no lugar das palavras vazias de conteúdo.

Neste particular, recordo, com emoção, uma cerimónia da qual participei, em 1983, num lava-pés classista (e mais esclarecedor), onde o maior devia ajoelhar-se aos pés do menor. Nessa cerimónia, o bispo lavou os pés de um padre; este, de um acólito. Um oficial militar lavou os pés de um subordinado; o gerente, de um funcionário do banco; o professor colocou-se a serviço de um aluno; a dona de casa, da empregada; o patrão ajoelhou-se ao pés do caixeiro mais humilde da loja...

Nnuma outra comunidade, na entrada da Semana Santa, feita a motivação, os participantes do “círculo bíblico” lavaram os pés uns dos outros, com o desprendimento e a alegria de quem sabia o significado do gesto. É claro que mesmo nessas circunstâncias o rito não fugiu do aspecto simbólico (que une). Mesmo assim, ficou plantada a semente, foi deflagrado o processo de reflexão no sentido da erradicação do egoísmo, que não é virtual, mas eminentemente diabólico (que separa)

O lava-pés está inserido no grande bloco Joanino (caps. 13–17) que revela uma unidade, na qual a Ceia e a Oração de Despedida de Jesus se interpenetram. Esse contexto, excepto o lava-pés não tem acção, mas discursos ricos em espiritualidade, capazes de suscitar futuramente na Igreja que estava a nascer, uma atitude de acolhimento, amor e serviço desprendido. Há aí uma ponderável riqueza, teológica e ontológica.

Por estar inserido na abertura do “segundo livro” (13–21), o acontecimento do lava-pés é aberto com um conjunto de frases majestosas:

Antes da festa da Páscoa, Jesus sabia que tinha chegado
a sua hora. A hora de passar deste mundo para o Pai. Ele,
que tinha amado os seus que estavam no mundo, amou-os
até o fim. Durante a ceia, o diabo já tinha posto no coração
de Judas Iscariotes, filho de Simão, o projecto de trair Jesus.
Jesus sabia que o Pai tinha colocado tudo nas suas mãos.
Sabia também que tinha saído de junto de Deus e que
estava a voltar para Deus (vv. 1-3)

O texto revela que Jesus tinha “ciência” da gravidade daquela hora. Essa “ciência” é atestada pela repetição do verbo saber (Jesus sabia), nos vv. 1 e 3. Trata-se de um enunciado cristológico solene que vincula o Filho ao Pai e ao seu projecto. A segunda parte do quarto evangelho mostra-nos o Filho a encerrar a sua missão, sob o duplo signo da volta ao Pai e do amor extremo pelos seus amigos. Tudo começa a ocorrer num jantar...
Miki (1947)
(até amanhã na casa B.Nuno)

19 março, 2010 22:59  
Anonymous Anónimo said...

Pois é lá fui um dos escolhidos para o lava pés na Capela de Santa Maria Madalena. Até ao final da cerimónia tudo bem. Mal chegamos ao Seminário lá fui abordado por um grupo de bons malandros, dizendo que o Pe. Pascoal se havia queixado que os meus pés cheiravam a Xulé. !!! - Tal insistência, continuou até conseguirem o desejado, tirar o sapato e dar-lhe a meia e o pé a cheirar. Conseguiram o que queriam. Muitas gargalhadas e palmas . Fostes gozado. Enfim bons tempos. Até amanhã em Fátima com chuva.

19 março, 2010 23:57  
Anonymous Anónimo said...

Evaristo Domingues

19 março, 2010 23:59  
Anonymous domingos coelho said...

Evaristo da Silva Domingues

21/03/19..

Hoje mais um dia nasceu
Poderia ser comum como tantos outros
Mas sabes que o não é...

Hoje é um dia especial
Aliás, muito especial...
É o dia que nasceste

Que deve ser comemorado
Com alegrias... Com amor...
E com muita felicidade!

O teu aniversário não é só hoje
São todos os dias...
Por isso é preciso comemorar

Cada segundo...
Cada minuto vivido...
Cada dia partido...

Cada segundo vivido
É uma vitória
No transcorrer da vida

Mesmo que seja o mais difícil
Perante a vida ele torna-se
A força para viver mais um ano

Com muita felicidade e esperança
Por isso comemora... Comemora
Sempre o teu aniversário!

D/C

21 março, 2010 19:03  
Blogger jorge dias said...

Causa Nostrae Laetitiae

Fátima 2010, dias 20/21 de Março, dias de nossa alegria.
Alegria...
Alegria de nos vermos, de nos sentirmos, de nos falarmos, de em família, em passado,cantarmos e rezarmos, abraçados na voz e no amor do coração dos irmãos; alegrias de felicidade em lágrimas que humedecem afectos de irmãos, de uma irmandade que cresce e se abre a outros, de outras origens, outras culturas nas mesmas ânsias de futuros e vidas que se fazem e se projectam só por nos vermos e, também por isso, neste espaço bloguista, se gritam desafios de um cristianismo novo, de um homem, também espírito, em espiritualidade nova.

Fátima de 2010, 20/21 de Março, foi algo de novo e muito diferente, em tudo...
Apenas como aperitivo para aquilo que todos aqui virão cantar, contando:
- a alegria de sermos a gente que somos;
- a alegria de sermos quem somos e felizes por o sermos;
- a alegria de celebrarmos o passado que temos, no presente que vivemos...
- a alegria de no presente que vivemos, traçarmos um ideal, na revisão dos estatutos, no canto que nos encontra, nas conversas que nos irmanam, para o futuro que gostariamos de ser como associação e como grupo que evidencia afectos e manifestações da boa nova de Jesus.

Fátima, por estes dias, um começo na radical mudança de mais integração e mais abertura na transversalidade da mensagem do amor que cada um e só cada um pode e deve administrar e dar aos outros. Nisso, os estatutos na sua mudança, apenas serão desafio. Este blog, ali nunca publicamente falado, esteve em todos os cantinhos, a provocar-nos para outros mais bloguistas se fazerem e partilhas nos darem, não obstante os abraços prometidos de anónimos comentaristas nunca se terem feito "acontecer".

Anónimos de promessas falsas em personalidades que no ódio se auto-consomem.

Fátima, afinal o que é? Lugar de mudanças, e, desta vez, na casa de São Nuno.

Obrigado, amigos... a mudança também andou por aqui.

21 março, 2010 23:25  
Anonymous Anónimo said...

Acabo de chegar da Casa do Beato Nuno de Fátima, e como não tenho nos momentos próprios muito jeito para improvisar,termino o dia agradecendo-vos a vossa genorisidade,pois jamais emaginaria, que ao partir para a aventura de festejar o meu aniversário, com a minha Família os meus queridos Amigos da AAA CARMELITAS,seria presenteado com as mais belas manifestações de carinho e alegria, num ambiente solene a começar pela missa, não me recordo na minha vida de ter a felicidade de na Casa de Deus e Nossa Senhora do Carmo me cantarem os Parabéns, onde vivi momemtos dos mais emocionantes de sempre.Então após o Almoço quando partimos o Bolo, reparei que haviam pessoas com pressa de partir, mas não o fizeram partilhando comigo o brinde do Espumante,cantando mais uma vez todos os parabéns, e outro momento alto foi de seguida o P.e XICO, voltar a cantar os parabéns a solo em canto gregoriano. Obrigado por tudo é bom ter amigos que nos acolhem num ambiente fraterno que excedeu todas as expectativas,jamais me esquecerei fico convosco para sempre no meu coração,podendo no dia 21 de Março de 2010 escrever uma página das mais belas da minha vida. Até sempre. Evaristo Domingues

21 março, 2010 23:47  
Anonymous Anónimo said...

A CASA " BEATO NUNO "- AINDA ESTÁ ROTULADA NA FRENTE ASSIM. SEGUNDO ME INFORMEI POR DUAS RAZÕES. PRIMEIRA AS OBRAS NÃO ACABARAM. SEGUNDO LOGO QUE ACABEM É PEDIDA UMA VISTÓRIA À SECRETARIA DE ESTADO DO TURISMO PARA SER APROVADA COMO " CASA S. NUNO HOTEL. PARA TODOS OS EFEITOS JÀ SE CHAMA CASA S. NUNO. EVARISTO

22 março, 2010 18:31  
Anonymous Anónimo said...

Desculpem não faço sebenta, por isso às vezes me engano e corrijo depois de publicar, oque devia fazê-lo antes. « generosidade ». Evaristo

22 março, 2010 18:42  
Anonymous domingos coelho said...

Caríssimo Mário Neiva

Curvo-me preocupado sem noticias da vossa convalescência, estou desejoso que tenha ocorrido tudo dentro da mais útil propriedade possível.
Um grande abraço
Domingos Coelho

22 março, 2010 20:31  
Anonymous Mário Neiva said...

Ó Domingos Coelho, tu já devias ter bebido um copinho a mais quando vieste à net...Olha-me só pra isto: «curvo-me», «vossa»...Endireita-te, pá,(se ainda conseguires)que amanhã é dia de trabalho! Não me digas que o Emidio te ofereceu uma garrafinha daquele bagaço, que ficou famoso no Sameiro,e entornaste metade com o cafezinho da praxe...
Como vês, está tudo bem comigo e até melhor que antes.
Um grande abraço para ti também.
Mário

22 março, 2010 23:23  
Blogger teresa silva said...

Olá amigos...
Tenho andado um pouco desaparecida destes nossos encontros, pois o trabalho a isto obriga, mas venho dar sempre uma espreitadela quando posso.
Foi este fim de semana o vosso encontro, espero que tenham gostado e tenham aprendido, dialogado, trocado opiniões. Deve ter sido um momento único em cada um de vós, reencontrar velhos amigos, pôr a conversa em dia, cantar, rezar, enfim um imenso prazer que espero que partilhem aqui neste espaço.
Também nós que o lemos e partilhamos com vocês algumas opiniões e sentimentos também possamos sair daqui um bocadinho mais enriquecidos, não é verdade?
Por isso é que gosto imenso deste espaço onde podemos partilhar opiniões, sentimentos e também sabemos que muitas vezes as opiniões podem ser contraditórias, mas a vida é mesmo assim.
Todos diferentes e ao mesmo tempo todos iguais.

Votos de melhoras ao Mário.

22 março, 2010 23:49  
Anonymous Emídio Januario said...

Olá, pessoal.
Passou-se mais um dia na rotina da vida, após ter regressado de Fátima com o "Herói e Santo, Nuno Imortal" ainda a zumbir-me aos ouvidos. Subi para o tractor esta manhã e lá andei pelos campos fora. E não é que o sacana do motor me cantava o mesmo? Ou pelo menos acompamhava-me, mas com uma voz ainda mais roncosa que a do Coelho( já não falo na do Beça)! Só que não tão tremidinha como a do Coelho!...
Coelho, tens que beber mais um copito para que a voz te saia mais certinha, como nos acontecia a nós na Falperra, nos dias de canto mais solene, em que o Frei Servando nos ia levar uma colher de mel para afinar as gargantas!...
(... E, aqueles que não faziam arte do coro, eram sempre os primeiros a meterem-se na fila!!!Quando vinha a vez dos tenores e baixos, já o mel se tinha acabado!)
... Mas lá se cantava, mesmo não sendo ainda Maio! Mas em Maio, isso sim. Cantava-se mesmo bem!!! Ele era o 13 de Maio, feriado! Ele era o 17 de Maio, S. Pascoal Bailão, presidente da República da Falperra, também feriado!!! (E ainda tínhamos o feriado do 28 de Maio, de que nem falo...)
... Pois é, em Fátima o coro não estava mau, mesmo sem ensaios. Mas também não admira: A experiência da Falperra (e do Sameiro, para quem lá andou) é eterna! Tanto se canta bem o gregoriano, como a do "Sr. Vergiliuuuu, roubaram-me o escadote",ou o hino nacional da Falperra, "Uma tarde na Falperra les élèves jogaverunt, etc."

Grande fim de semana este, para rever os velhos amigos e ver outros de quem já não nos lembráva-mos, mas de quem, abrindo as gavetas da memória,nos recordamos.

Só fiquei chateado com o Evaristo. Não é que este vai para Fátima com 61 anos e sai de lá com 62, conseguindo assim apanhar-me!!! É que eu fui para lá com 62 anos e voltei com os mesmos 62!!!
Não ganhei nada em ter lá ido, e ele ganhou um ano!!! ... Felizardo!!!

Tambem lamento a falta do Mário Neiva, e não só. É que éramos tantos e aparecem tão poucos... Onde param o António Esteves Ferreira, o Agostinho Borges Gomes, O Delfim Soares, o Mário Nelson, o Domingos Fontes, o Sousa Marques, o João Marques Ribeiro, o Lázaro de Freixiel, o ex-Pe. Alexandre,também de Freixiel, o sr. Delfim Guimarães (ex-pe. Angelo), o Manuel António Heleno, os Sampaios, o Adílio,etc., etc., etc., eu sei lá?

E sei que, depois de nós, apareceu mais gente,uns na Falperra e outros no Sameiro, uma delas a geração de 75 que no ano passado apareceu no Sameiro em força e este ano não estava em Fátima, e que tanta falta faz! Espero que apareçam no Sameiro em Junho e que para o ano não faltem em Fátima!

E já agora, lembro-me de conversar com o Jorge Dias que me referiu conhecer aquela Srª Enfermeira que transcreveu para o Blog o "Sonho que sou um cavaleiro andante" do açoriano Antero de Quental.
Eu sabia esse soneto de cor. Mas nós, os transmontanos, não ficamos atrás. Nos açores têm o Antero, O Vitorino Nemésio, e outros. Nós temos Torga, o Guerra Junqueiro, o Trindade Coelho, o Camilo e outros. Nesses outros há um "expert" que parafraseou o "Cavaleiro andante" do Antero. Aprendi-o e ouvi-o pela 1ª vez quando frequentei o Colégio de Santa Luzia em Vila Flor.
E para a Teresa e demais, aqui vai essa réplica, que tem a sua piada( pelo menos eu acho):

"Sonho que sou um gerico ruminante,
por desertos, por sóis, por noite escura.
Paladino do verdor busco anelante
o palácio encantado da verdura.

Mas já desmaio, exausto e vacilante,
quebrada a cilha já e sem uma ferradura,
e eis que o avisto ao longe, fulgurante,
na sua aérea e pômpea formosura!

Com grandes golpes bato à porta do prado:
"- Eu sou um gerico, um engeitado.
Abrí-vos, portas verdes, ante meus ais!"

Abrem-se as portas verdes com fragor,
mas dentro, encontro só, cheio de dor,
arreios, paus, albardas... e nada mais!

... E termino por aqui.

Um abraço para todos.

Emidio Januário

23 março, 2010 00:19  
Anonymous domingos coelho said...

AMIGO EMÍDIO


A estrela que brilha dentro de cada um de nós…
Faz-nos insistir naquilo que queremos…
Naquilo que temos
Ou que não temos mas queremos ter…
Ou que temos e não queremos perder;
É como a mão que nos afaga…
É como o rochedo que nos protege
É como o sol que nos aquece…
A amizade é cada grão de areia que forma o oceano
O vento leva…
O vento traz…
Mas enfim,
Estará sempre em conformidade …
Nunca acaba…

Amigo, companheiros, irmão = FAMÍLIA
Um Abraço
D/C

23 março, 2010 11:08  
Anonymous Miki (1947) said...

CELEBRAR A LIBERTAÇÃO


É incrível como em cada ano a celebração da Páscoa cristã evoca e provoca em nós emoções e reflexões diferentes. Quando éramos crianças – afirma São Paulo no seu “hino ao Amor” – pensávamos e agíamos como crianças. Em termos de Páscoa, sucedia a mesma coisa: só pensávamos em coelhos e ovos de chocolate. Depois, a imaturidade da primeira fase adulta fazia-nos pensar em presentes, viagens, feriados na serra ou noutros lugares, etc. Só mais tarde que fomos adquirindo consciência de que mais do que nenhuma, a Páscoa é uma celebração da libertação.

No Egipto, Moisés, valendo-se do poder da mão forte de Deus, arrancou o povo hebreu das garras imperialistas do faraó. Aquela noite, o 14 de “nisan”, é histórica e emblemática, não só para os hebreus, mas também para os cristãos que formariam a sua posteridade. Para provocar uma catálise na consciência do povo, o Senhor ordena a realização de uma ceia, frugal, mas rica em significado, naqueles momentos que antecederam a partida da terra do cativeiro.

Primeiro eles deveriam assar um cordeiro, macho, de um ano, sem marcas, que deveria ser comido pela família naquela noite, sem sobras. Depois, dado a urgência do tempo, assariam pães sem fermento que, acompanhados de ervas amargas, completariam a refeição. Dentro do mesmo espírito, este evento deveria acontecer com as pessoas de pé, calçadas, com os seus valores presos à cintura e com o bastão de viajante na mão, pois a seguir aconteceria o êxodo.

Naquela mesma noite, como última “praga”, o anjo do Senhor, com o fito de vencer a dureza do coração do faraó, passaria e mataria todos os primogénitos do Egipto, pessoas e animais. Os hebreus seriam defendidos pelo sangue do cordeiro, que, marcados os umbrais das portas, faria com que a praga passasse adiante. Essa “passagem” do anjo, "péssach" em hebraico, daria origem a uma festa memorial da libertação que é celebrada pelos judeus até hoje.

Com a irrupção do cristianismo, uma vez que a ressurreição de Cristo ocorre no mesmo período, a festa passou a chamar-se de “Páscoa da ressurreição”, que celebra uma nova e permanente libertação, do pecado, da mediocridade, da inércia, da idolatria do ter e da injustiça. O cordeiro sacrificado no Egipto toma agora a imagem do “cordeiro de Deus”, o Cristo imolado na cruz, cujo sangue liberta, cura e salva. Os pães ázimos e as ervas amargas apontam para as dificuldades e provações da vida humana, que se passa por uma sexta-feira da paixão, vai desembocar na gloriosa manhã do domingo da ressurreição.

Por fim, os pés calçados, os rins cingidos e o bastão na mão indicam que a vida humana é sempre um estar a caminho, na expectativa da Terra Prometida.

Miki (1947)

23 março, 2010 11:44  
Blogger teresa silva said...

Gostei da piada e do gerico. Bem adaptado ao poema de Antero.
Gosto particularmente dele por ser açoriano e compreender o que é viver numa ilha. No fim das contas ser ILHÉU.
Há momentos de melancolia, de solidão, da sensação de sermos únicos no meio desta ilha rodeada de mar por todos os lados. Em tempos idos era particularmente difícil de se viver nestas ilhas, onde predominou uma grande época da emigração para os EUA, Canadá, Bermudas, etc. Em busca de melhores condições de vida para cada um e para os seus. Agora melhor estamos.
É uma sensação única ser ILHÉU.
Não cheguemos ao ponto de Antero que cometeu suicídio num banco junto ao convento da Esperança, sítio onde fica guardada a imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres.

Então Emídio esta é para si: Outro soneto de Antero:

AMOR VIVO

Amar! mas dum amor que tenha vida...
Não sejam sempre tímidos harpejos,
Não sejam só delírios e desejos
Duma doida cabeça escandecida...

Amor que viva e brilhe! luz fundida
Que penetre o meu ser-e não só beijos
Dados no ar-delírios e desejos-
Mas amor... dos amores que têm vida...

Sim, vivo e quente! e já luz do dia
Não virá dissipá-lo nos meus braços
Como névoa da vaga fantasia...

Nem murchará do Sol à chama erguida...
Pois que podem os astros dos espaços
Contra uns débeis amores...se têm vida?

23 março, 2010 16:46  
Anonymous Anónimo said...

Está bem, eu fiz o trabalho de casa, riam-se:
Antero de Quental
O Palácio da Ventura:

"Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busca anelante
O palácio encantado da Ventura!

Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formosura!


Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas de ouro, ante meus ais!

Abrem-se as portas de ouro, com fragor..
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão-e nada mais!"

O Emídio, que aplaudo, diz
"Eu sabia esse soneto de cor. Mas nós, os transmontanos, não ficamos atrás. Nos açores têm o Antero, O Vitorino Nemésio, e outros. Nós temos Torga, o Guerra Junqueiro, o Trindade Coelho, o Camilo e outros. Nesses outros há um "expert" que parafraseou o "Cavaleiro andante" do Antero. Aprendi-o e ouvi-o pela 1ª vez quando frequentei o Colégio de Santa Luzia em Vila Flor.

... aqui vai essa réplica...

"Sonho que sou um gerico ruminante,
por desertos, por sóis, por noite escura.
Paladino do verdor busco anelante
o palácio encantado da verdura.

Mas já desmaio, exausto e vacilante,
quebrada a cilha já e sem uma ferradura,
e eis que o avisto ao longe, fulgurante,
na sua aérea e pômpea formosura!

Com grandes golpes bato à porta do prado:
"- Eu sou um gerico, um engeitado.
Abrí-vos, portas verdes, ante meus ais!"

Abrem-se as portas verdes com fragor,
mas dentro, encontro só, cheio de dor,
arreios, paus, albardas... e nada mais!

24 março, 2010 01:23  
Anonymous Mário Neiva said...

Se a alguém passou pela cabeça que já não há nada que se escreva que o possa surpreender, desengane-se. Acaba de ser editado pela Bertrand uma obra que eu considero notável. A autora, norte-americana, é psicóloga, filósofa e mãe. Alison Gopnik. O título parece do "outro mundo": O BEBÉ FILOSOFO. É «uma obra que enterra de vez as ideias falsas (!) ou enganadoras herdadas de Sigmund Freud e Jean Piaget, o pioneiro da psicologia do desenvolvimento» (AnthonY Cottlieb). «...Neste livro espantoso, Alison Gopnik lembra-nos aquilo que não conseguimos recordar. Ao mesmo tempo, ensina-nos muito acerca da condição humana e de como a mente é constituida» (Jonah Lehrer)).
Lê-se na contra-capa: «Costumávamos acreditar que os bebés eram irracionais e que o seu pensamento e as suas experiências eram limitados. Agora a pesquisa cientifica e psicológica revelou que os bebés aprendem mais, criam mais, se preocupam mais e experimentam mais do que alguma vez imagináramos. E existem boas razões para acreditarmos que os bebés são na verdade mais espertos, reflectidos e conscientes que os adultos. O olhar de um bebé, cativado pelo rosto da sua mãe, estabelece os fundamentos para o amor e para a moralidade (...) O faz-de-conta de uma criança de três anos explica como conseguimos imaginar o futuro, escrever romances e inventar novas tecnologias».

Apetece dizer: venha a nós o vosso reino e assim nos adultos como nas crianças.

Sobre a sua própria obra diz Alison: «Este livro defende que, para todos os seres humanos, as crianças e as familias estão entre as maiores fontes de sentido, verdade e amor».
Eu não podia estar mais de acordo. Mas atenção que, para Alison Gopnik, o conceito de «familia humana» estende-se, com toda a naturalidade e riqueza da nossa humana condição, pelo coração adentro da comunidade em que a criança nasce e cresce.
Penso que o Jorge Dias terá ficado com água na boca...
A linguagem é de uma simplicidade extraordinária. Qualque pessoa pode ler e compreender. Eu diria que basta saber ler para entender o que lá se escreve. Além do mais, fala da meninice de cada um de nós. Vamos lendo e vamos recordando e vamos murmurando «era mesmo assim».

24 março, 2010 16:28  
Blogger jorge dias said...

Podes crer, caro Mário, que fico mesmo com água na boca, não pelo livro mas por ti, por seres tu a trazer essa verdade aqui que Piaget vai para mais de 50 anos e A.Binet, com a sua escala métrica da inteligência, vai para mais de 100 anos, consagraram ao constatarem que a criança de 3 anos, no todo, estava muito mais perto do adulto que da criança. Ainda hoje vou adquirir esse livro.
A propósito! Estás melhor? Em Fátima, sentimos sempre que havia dois lugares vagos. O casal de ausentes mais lembrado!
Deliciar-te-ias com os lindos cânticos gregorianos, quais mantras que nos saacodem a alma, a mente e as emoções. Fátima, um passo em frente na irmandade da aaacarmelitas. Voltarei sobre Fátima.

24 março, 2010 16:52  
Anonymous Evaristo Domingues said...

Disparate, como vai a justiça deportiva. Primeiro condena-se um jogador seis mases, agora passa para três jogos, e com isto alimentam os ódios que se transforma no descalábro de agressões mútuas e danificar viaturas como aconteceu no domingo. O F. C. P. - Vai reagir tem toda a razâo. Se todos fizessemos uma leitura correcta dos acontecimentos a justiça seria honesta. O pior é quando o amor clubístico é cego e vale tudo . Mas meus amigos, aqueles procedem assim no futebol, fugir deles porque são mafiosos em qualquer situação.

24 março, 2010 18:45  
Anonymous Mário Neiva said...

Meu caro Evaristo, religião, futebol e nacionalismo «tiram-nos do sério». Com toda a facilidade nós permitimos que a força das emoções se sobreponha à razão. Basta olhar para o rasto sangrento das guerras religiosas e nacionalistas.
Nos tempos actuais o desporto emparceira com as emoções ditadas pelos nacionalismos e crenças religiosas. Se cada um de nós, honestamente, se interrogar porque é portista ou benfiquista não saberá explicar e jamais trocará de camisola. Somos "nacionalistas" portugueses porque nascemos neste rectangulo de Europa. Somos crentes desta fé católica porque nascemos no seio de uma comunidade católica. E se é verdade que alguns mudam de nacionalidade e fé, a maioria permanece definitivamente fiel e nem se dá ao trabalho de saber a razão da fonte das suas emoções. São realidades que podem estar adormecidas anos e anos a fio, mas basta que alguém apareça a contestá-las, para mostrarem, muitas vezes com violencia inaudita, que «com os meus sentimentos ninguém brinca». E a razão das coisa não é tida nem achada, e se for chamada à colação, normalmente produz raciocínios rebuscados e torcidos, por forma a ajustarem-se às emoções de cada um. E assim vemos, por exemplo na justiça, dois ilustrissimos professortes doutores em Direito darem interpretações diametralmente opostas para o mesmo artigo da Constituição. São as emoções a construirem, com a razão, a sua lógica.
Não existe a «razão pura».
Por mim não vou entrar no futebol. Apesar de fazer algum esforço para ser imparcial, só de ver uma camisola vermelha me faz comichão.
Quando me recordo daqueles jogos na Falperra, em que eram todos contra todos, no regresso de férias, formavam-se duas imensas equipas de portistas contra benfiquistas. Grandes e pequenada tudo ao molho. Nesse jogo esqueciamos as pequenas rivalidades e cada um vestia a sua camisola e dizia com os seus botões «não gosto nada daquele gajo, mas hoje estamos mais que unidos pelo nosso querido FCP».
Era a fraternidade da bola.
Parece linda, mas o fundo é falso.

24 março, 2010 19:34  
Anonymous Mário Neiva said...

Pedro Adão e Silva e a questão de Deus
“Eu não tenho fé. Mas isso não me impede de acreditar nas coisas que não se vêem. (…) A mim, que não sou crente, parece-me que o único sentido é as coisas não terem sentido nenhum. Talvez essa seja a minha divergência fundamental com a fé. Padeço de uma forma radical de cepticismo. É isso que faz que me sinta muito próximo do Alberto Caeiro, quando – julgo que ele fala num lamento – diz que ‘o único mistério é haver quem pense no mistério’.”
Quaresma: Jonas
somos um saco de areia
uma massa apática
que se não mexe do sítio
não é o combate
que os nossos corpos esperam
mas a moleza do vadio
que apenas pede à vida
o sono, o ronco, a letargia

O Evaristo fez chegar, ontem, à minha caixa de correio electrónico estes dois textos (e outros mais) com a intenção de eu os comentar.
Não sei a que se refere o Pedro Adão e Silva quando diz que acredita em coisas que se não vêem, mas não tem fé. Talvez esteja a pensar nas mais recentes descobertas da física e da astronomia: «Durante séculos, os astrónomos julgaram estudar o universo quando apontavam os seus instrumentos em direcção a galáxias, estrelas e planetas, gás e poeiras. Receberam por isso um rude golpe quando descobriram que a maior parte do universo é feito de Algo Muito Diferente – e os cientistas não fazem a mais pálida ideia daquilo que seja» (In O Jackpot Cósmico de Paul Davies).
À falta de melhor designação, os cientistas chamam a esse «Algo», «energia escura» e «matéria escura». Da totalidade do universo podemos ver, apalpar e ir medindo, uns ridiculos 4%, que constituem a «matéria normal», consubstanciada em átomos e seus componentes subatómicos, matéria prima das galáxias e poeiras cósmicas.
Quanto à fé que o Pedro Adão diz não ter, poderá estar a pensar na crença de um Deus que cria, ama e sofre (pelo menos ofensas), imaginado em tudo à nossa imagem e semelhança, só que elevado, não à quinta ou sétima, mas à infinita potência. E como, na realidade, ninguém é capaz de definir e pensar Algo elevado à infinita potencia, cada religião imagina Deus à sua maneira, cobrindo-O dos atributos que achar por bem.
Posto isto, penso que o Pedro Adão e Silva não está “muito próximo” do «mistério» de que fala Alberto Caeiro-Fernando Pessoa.
Alberto Caeiro terá em mente, isso sim, o mesmo pensamento que ocorreu a Blaise Pascal (Sec. XVIII): «… O homem não passa de um junco, a coisa mais fraca da natureza, mas é um junco pensante. Não é preciso que o universo inteiro pegue em armas para o esmagar. Um vapor, uma gota de água bastariam para o matar. Mas, ainda que fosse o universo a esmagá-lo, o homem seria sempre mais nobre do que aquilo que o matou, porque sabe que morre e que o universo é muito mais forte do que ele, enquanto o universo desconhece tudo isso» (In A Ciência terá Limites? Jean-Pierre Luminet).
E com esta citação de Blaise Pascal já estou a questionar a acomodação de Jonas Quaresma (?) ao “saco de areia” a que nos reduz.
Pedro Adão e Silva não terá reparado que Alberto Caeiro evoca o mistério que nós somos, enquanto pensamento e consciência do universo, ciente de que este facto é, simultaneamente, a causa da nossa grandeza e da nossa inquietação. Como tal, está nos antípodas do cepticismo, da descrença e de um materialismo redutor que pretende identificar-nos com «um saco de areia/ uma massa apática».
Ocorre-me dizer, contrariando o derrotismo dos cépticos, que enquanto há Mistério, há esperança. E se há esperança, a nossa existência e a consciência do que somos faz todo o sentido.
A esperança e a apatia do «saco de areia» não casam nunca. Acima de tudo, é a negação da nossa identidade.

25 março, 2010 11:57  
Anonymous Evaristo Domingues said...

BULLYING- Encontraram o corpo do pequeno Leandro desaparecido desde o dia dois de março.Qualquer ameaça, agressão ou violência,entre alunos nas escolas é absolutamente inaceitável.Isto sempre aconteceu, no meu tempo dizia-se . Este e Aquele andaram à bulha.Recordo-me do meu filho se queixar de uma Matulona dois ou três anos mais velha que Ele, que o agrediu. Fui à escola, o Director ouviu-me, já lá tinha a queixa do meu filho, entretanto chamou os Pais da agressora, provada a agressão testemunhada por colegas, Ela foi castigada.Esta Aluna, já tinha reprovado vários anos e era proveniente de um Bairro complicado, isto já lá vão uns doze anos.Os tempos vão passando e estes casos vão aumentando. Os Professores perderam a autoridade, ao ponto de serem agredidos. Recentemente aqui nesta Terra de paz, onde vivo Gondomar, uma aluna agrediu uma aluna à dentada.Tudo isto demonstra, que não hà educação familiar desde ser criança.O problema começa em casa, hà Pais dizem aos filhos se te agredirem queixa-te ao Professor, outros dizem se te baterem bate-lhes também. Eu tive uns Pais rigorosos pricipalmente o meu Pai, que era demasiado exigente e uma doce Mãe que nos impunha e acompanhava à Missa e Catequese. À noite depois de onze filhos com os Pais treze jantarem e ajudarem a Mãe a arrumar a cozinha, ninguém vai para a cama todos juntos de novo na mesa para rezarmos o terço. Demanhã tomavamos o pequeno almoço caminhavamos para a escola, de sacola às costas,no inverno de chancas no verão descalços a correr estrada acima a brincar com uma roda de peneu e com um arame que se chamava o guiador ou então um pau no ombro em cruz a correr com uma roda de madeira no chão. Ou então estrada acima a dar chutos numa bola de farrapos. Na sacola uma caixa de pomada de sapatos já sem pomada mas cheia botões para jogar o botão.Enfim coisas lindas do nosso tempo que acho que todos passamos por isto. Longe a longe lá se via uma " Bulha " por isto ou por aquilo.Hà umas três décadas os meninos têm tudo, menos regra geral uma boa educação.Grande número não têm os pais presentes,ou porque estão separados pelo divórcio ou porque levam uma vida tão preenchida fora de casa que raramente fazem uma refeição com os filhos. Pensando bem a saúde familiar está inquinada, e o mal não tem cura fácil, porque os pais de hoje são exactamente os meninos de hà vinte ou trinta anos. Por vezes vou à missa à Igreja da Trindade no Porto e noutras raramente encontramos um jovem ou uma jovem . As igrejas que não haviam no nosso tempo e onde os jovens não falham são as discotecas. Tenho alguma experiência, hà largos anos de conviver com jovens, gente boa das faculdades que me encomendam aos cinquenta e cem jantares onde se passam umas horas, meus amigos a ementa normalmente é só um prato de carne e muitas vezes o copo cheio à discrição.É uma alegria e uma linguagem entre Eles e Elas ... Mas era engraçado e diferente.Lembrei-me de falar nisto porque no dia de hoje rejeitei por ter o Restaurante fechado, grupos de estudantes um de 40 outro de 25 que fazem este jantar todos so anos,mas não me deixam saudades porque o ano passado apanharam-me amim e ao pessoal distraídos e levaram -me umas duas dezenas de garrafas, pois a seguir seguem viagem num grupo de 2000, em comboios especiais para o Algarve,isto acontece todos os anos dias antes da Páscoa, por isso não deixam saudades.Enfim assim vai o Mundo. Estão os homens que gerem o País amanhã.

25 março, 2010 23:12  
Anonymous Evaristo Domingues said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

25 março, 2010 23:39  
Anonymous Evaristo Domingues said...

Corrijo uma aluna em Gondomar agrediu a professora à dentada.

25 março, 2010 23:46  
Anonymous Mário neiva said...

Para o Jorge
Obrigado pelos teus cuidados com a minha saúde. Estou melhor que dantes.
Imagino que estás mergulhado no BEBE FILÓSOFO e nem te sobra tempo para vir ao blog...
Bom proveito

26 março, 2010 17:47  
Blogger jorge dias said...

Fátima sempre será de encontros,

Claro que sobra tempo, mas confesso que tenho tido alguma parcimónia. O que eu gosto mesmo de ver é este espaço com comentários e não têm que ser meus. Mas aproveito a deixa para que todos percebam que, sendo eu o velho do Restelo e tu aquele que eu apelidei de sapateiro, não obstante, queremo-nos fraternalmente, e fizemos o nosso papel. Nós sabemos que nos queremos fraternalmente, mas houve neste espaço quem julgasse que deveríamos estar zangados! Pelo menos incomodados um com o outro. Mas nada disso. Aqui fraternalmente a curar que o outro esteja bem.

Pediram-me para vir ao blog com as minhas emoções de Fátima. Confesso-te que a grande emoção, transversal a todos, ao que julgo, foi a tua ausência. Não penses na fé porque são tantas coisas em comum que esse pormenor nem é relevante numa fraternidade tão madura. E Fátima foi essencialmente isso, o corolário da fraternidade que o blog desenvolveu, consolidou e evidenciou. Fátima foi o óbvio de pessoas que se estimam, obviamente em todos os pormenores. E ainda poderíamos melhorar. Podemos sempre... Foi maravilhoso sentir os afectos dos outros em tudo o que faziam, sugeriam, diziam, cantavam e fotografava o Costa! E depois aquela revisão dos Estatutos, magistralmente conduzida pelo nosso Presidente da mesa Joaquim Vilela de Araújo, seu mui diligente secretário Vinhais (Oh que secretário), sabiamente complementado pelo jurista Gameiro, sempre esclarecidos pelo nosso Presidente de Direcção Augusto, e acolitada pela boa vontade de todos, em assembleia gera que não foi além de 90 minutos. Foi tão rápida a revisão que o sempre bem disposto Emídio, tendo se ausentado por uns longos segundos, no retorno à sala, saciado da sede, ainda queria intervir sobre um ponto que, de aprovado, já levava três em cima. O Presidente, e bem, retirou-lhe a palavra! Anda tractor!
Logo se verão os novos estatutos e apreciados, bem como apresentados, por quem de direito. Mas podes estar descansado, meu Caro Mário, que a abertura que nos preocupou, em letra de blog para estatuto, é total. Mas, os que também queriam algo mais ligado à Ordem também ficaram contemplados.

27 março, 2010 00:24  
Blogger jorge dias said...

Fátima sempre será de encontros - II

E depois o resto do tempo ficou todo para os afectos, as memórias, as surpresas para o Salvador e o Xico (Padres e Freis) com aquele coro improvisado onde, afinal, as pedras rejeitadas em outros tempos se firmaram no canto gregoriano e outro, que ali fez crescer a nossa celebração dominical, como as suas pedras angulares. E que sons o nosso Cândido tirou daquele órgão já meio desalinhado! Ai Cachetas e aquele amigo a teu lado (nome!)! Que voz por trabalhar está por aí! Que voz! Pois o Bessa, salmista, O Coelho! Sozinho faz um coro! Que ecos atravessaram aquela casa na hora tardia do ensaio, já passava da meia noite! Ecos que nos chegaram de contentamento de quem já estava em seus sonhos pensando em alguém que em hora tardia ouvia um CD conventual, distraído no volume! Certo, Amaro Alves! E aquelas movientações directivas de maestro surpresa!

Julgo que a lenha que aqui está já não cabe na lareira do Blog! (E não entrou mesmo e lá dividi)!

Meu caro Mário, como muitos mais lêem o blog, no dia a seguir junto do computador de serviço lá tinha o livro com uma linda dedicatória:

“Para o Jorge, marido, companheiro da longa caminhada… agora mais reforçada com a nossa bonita e… cheia de emoções, estadia em Fátima, P.D. 25 de Março 2010, a tua Fátima.”

Há coisas, meus caros, quando nos queremos, que são mesmo transversais. É assim, por aqui, conventualmente, e por todos esses lugares de famílias deste lindo grupo que faz a aaacarmelitas.

27 março, 2010 00:35  
Blogger teresa silva said...

Bonito de se ler e sentir como foram vividos estes dias por alguns de vocês.
As palavras trazem sempre sentimentos a elas associados. De alegria, de paz, de tranquilidade, de felicidade, de nostalgia, de saudade, de vivência, enfim um sem número de palavras que posso enumerar aqui e que só a vivência pode transmitir.
Quem passa por ela e que a experiencia é que pode traduzir na íntegra os seus sentimentos. E é isso que é importante realçar. O sentimento feito palavra.

27 março, 2010 00:55  
Blogger Evaristo Domingues said...

Teste

27 março, 2010 02:03  
Blogger teresa silva said...

Oi amigos.

Acabei de ler há dias o livro de José Saramago intitulado de "Caim". Para já é um bocado estranho de ler pois a pontuação é diferente do que aquilo que estamos habituados. Em segundo lugar bem bom que aquilo não passa apenas de um livro, é que se formos interpretar aquilo à letra, bom Deus já teria passado à história e ninguém acreditaria Nele. Até temos apostas com o diabo no livro.Em vez de um Deus amor,pai, amigo, confidente, vemos um Deus no seu lado mais obscuro, mais tenebroso.
Caim salta do presente para o passado e também para o futuro, tipo buraco do tempo e como diz a história errante peregrino em busca do seu destino.
No fim da história Caim acaba sózinho com Deus no mundo.Desapareceu toda a gente da face da terra.
Vou-vos confessar uma coisa chocou-me um pouco. É verdade que não passa de uma história, de um romance. Mas...
É como Jesus disse:"o tempo passará mas a minha palavra não passará". É eterno, para todo o sempre. Por em causa a maneira de ser de Deus????
Ou então por em Deus outros sentimentos a que não estamos habituados que Ele tenha????????
No fim das contas parece-me mais um Deus do tipo olho por olho e dente por dente.
Tudo ao contrário do que ouvimos todos os domingos na palavra de Deus: a Bíblia.
A mim só me importa o seguinte:"amai-vos uns aos outros como eu vos amei". Nesta pequena frase temos tudo explicado. Não importa ir à missa e ouvir a palavra de Deus se depois não a pomos em prática com os irmãos. Um cristão tem que ser diferente porque Deus habita nele, tem que por em prática a lei do amor. Senão não vale a pena ir à missa todos os domingos.

27 março, 2010 19:41  
Anonymous domingos coelho said...

Vamos aceitar todos os desafios que encontrarmos


É importante dar o devido valor à amizade, quando a encontramos no nosso caminho, porque a nossa vida pode ser interpretada como uma estrada, com as suas curvas, desvios, buracos, pontes, túneis, obstáculos que apresentam dificuldades, mas também tem os seus trechos onde a vista pode descortinar belas paisagens, e que aliviam a nossa alma, paisagens que nos são proporcionadas por boas amizades.
Como nas estradas, encontramos o que se pode comparar aos postos de gasolina, que podem abastecer o nosso veículo, e onde podemos fazer refeições, são aquelas pessoas que nos ajudam nos momentos de dificuldade da caminhada, aquelas pessoas amigas, que abastecem o nosso coração com a força que nos empurra para a frente, numa doação de energia, e que estabelecem connosco aquele contacto de amizade, que nos pode equilibrar, evitando certas quedas que poderiam ser perigosas se estivessemos sós. Essa energia recebida prepara a nossa alma para o resto da caminhada.
Sempre que precisamos de uma pausa, percebemos que já caminhamos muito, e que muitas daquelas pessoas que foram importantes para nós, ficaram para trás. Algumas por estarem muito distantes, e não temos possilidade em revê-las.
Mas foram pessoas que passaram por essa estrada e deixaram para nós um pouco do que elas são, pois deixaram lembranças e até mesmo tendo transformado a nossa vida. Em troca, levaram um pouco do que nós somos, sendo tranformadas também. Essa troca de energias é vital para nossa existência. Carregamos as nossas baterias com a energia recebida, e sabemos transmitir essa energia quando encontramos alguém que dela necessite. É importante sempre recarregar as nossas baterias.
Pela importância da sua passagem, são pessoas que a qualquer momento, num breve fechar de olhos, podem ser facilmente "vistas", ou relembradas, como se estivessem ao nosso lado, tão fundas foram ou são as marcas deixadas.
Terminamos por perceber também, que nos distanciamos muito de lugares que marcaram bons momentos da nossa caminhada pela vida. Lugares que ficaram eternamente vivos nas nossas lembranças. Mas pertencem ao passado. E nem por isso devem ser esquecidos.
Quando começamos a sentir que as recordações passadas ocupam um lugar muito grande na nossa vida, mostrando que caminhamos por muitos e muitos quilometros, podemo-nos sentir cansados.
É quando devemos respirar profundamente para tomar novo fôlego, e, olhando para a frente, ver que a estrada ainda continua. Ainda nos restam muitos quilometros a percorrer, e ainda temos muito a caminhar.
Ainda temos que desfrutar muito dessa beleza que é o nosso viver.
Ainda temos vida pela frente, ainda temos delícias a saborear, novos conhecimentos a fazer, novas aventuras para ousar e muitos lugares para conhecer.

27 março, 2010 23:07  
Anonymous domingos coelho said...

Vamos aceitar ...

Temos que saber olhar para os lados, e ver que não estamos sozinhos. Ainda existem muitas pessoas, tão especiais quanto aquelas que ficaram para trás, que igualmente nos estendem as suas mãos, convidando-nos para que caminhemos juntos até chegar o momento que os caminhos sigam em direções diferentes,
levando-as numa outra direção, abrindo caminho para que encontremos novas amizades, sempre a revitalizar as nossas baterias.
Vamos aceitar todos os desafios que encontrarmos. Podemos caminhar juntos até onde a vida nos levar.
E se nos separarmos, novas lembranças irão marcar os nossos pensamentos. E que as marcas que ficaram sejam sempre de algum proveito. Se boas, deixando lindas lembranças que a qualquer momento podem ser reactivadas, e quem sabe, até podendo render um livro com as recordações. Mas se não forem boas, poderão servir como lições indicando que certas atitudes não devem ser repetidas.
Enfim, todas as pessoas que cruzaram o nosso caminho, tiveram algum motivo para o fazer. Quis o destino que assim fosse, e devem sempre fazer parte das nossas recordações.
São lembranças de momentos guardados nos nossos "arquivos". E assim, quando estivermos muito distantes, porque o nosso caminhar nos afastou de pessoas que nos foram muito caras, poderemos sempre nos deleitar rememorando certos momentos especiais. Até mesmo quando as lembranças não são tão boas, podemos delas nos lembrar para evitar a repetição de factos desagradáveis.
As amizades que cruzaram o nosso caminho, de uma maneira ou outra, o aplainaram, seja por uma ajuda prestada, seja por terem indicado a rota certa, seja pelo carinho que nos dispensaram, não devem jamais ser esquecidas. Deixaram a sua energia, levando a nossa, numa troca vital.
Num exercício de memória, convido todos a lembrar, com honestidade e isenção de animo, de dois pontos da tua vida, a saber:
1-Quantas pessoas te estenderam a mão num momento de dificuldade, ou simplesmente que te ouviram num desabafo, que te deram alguma orientação, enfim, que tiveram uma participação favorável na tua vida.
2-A quantas pessoas tu estendestes a mão, ouviu num desabafo, orientastes num momento de necessidade.
Geralmente a nossa memória vai registar mais ajuda recebida do que a oferecida. Isso é próprio de corações generosos, mas qualquer que seja o resultado, temos uma prova irrefutável de que a amizade aplaina caminhos, e que jamais devemos desprezar ajuda, por menor que seja, e tão-pouco, devemos esquecer todos aqueles que cruzaram o nosso caminho. Quem sabe o destino não nos reserva muito mais encontros?
Vamos então estender a nossa mão, seja para receber, seja para dar. O importante é faze-lo com isenção de animo, sem preconceito. Vamos saber doar e receber a nossa energia interior.
Amizades não podem ser relegadas a plano secundário.
E principalmente, vamos ter UM LINDO DIA.

27 março, 2010 23:08  
Blogger teresa silva said...

Bonita definição de Vida, de Amizade, de caminhos a percorrer, de obstáculos a ultrapassar,enfim numa palavra reciprocidade. Dar e receber.
Se damos mais tarde ou mais cedo acabamos por receber, nem que leve anos muitas vezes. Mas o importante começa por dar. Dispender um minuto do nosso tempo ao outro muitas vezes faz a diferença este pequeno gesto e a partir daí, construimos amizades para toda a vida.
Se formos pensar na nossa vida muitas pessoas se atravessaram nos nossos caminhos e influenciaram de uma maneira ou de outra a nossa forma de ser. O homem vive disso ao longo da sua vida, de relações, umas mais importantes do que outras, mas de uma forma geral as pessoas precisam dessa reciprocidade de afectos, de manifestações, de amizades.

28 março, 2010 00:58  
Anonymous Mário Neiva said...

Como vê, Teresa, cada um pensa um Deus à sua maneira e conforme as suas conveniências. Até Saramago não resistiu a pensar o seu Deus, apesar de se afirmar ateu dos quatro costados.
O que há de comum entre todos estes "construtores" de Deus é que afastam para bem longe o Mistério da Vida e do Universo. Já todos sabem, exactamente, como tudo aconteceu, acontece e vai acontecer.
E eu fico a admirar-lhes tanta sabedoria...Como aquela que referi, mais acima, de quem se identifica com um saco de areia, apático, imóvel, cristalizado até à dureza e duração eterna de um diamante.
Entretanto, aqui estou eu, pensando em todas essas palavras avisadas, descobrindo-me na fragilidade e leveza de um pensamento sem tempo e sem lugar, num constante peregrinar, seguindo um caminho iluminado pelo sol do meio-dia e à noite repousando sob o luar carinhoso da lua.
Aqui estou eu, dando-me conta de que entrei a meio da viagem, iniciada não sei quando e como, e sem vislumbrar a estação final.
Vida ingrata a de um peregrino, vivo e pensante? Talvez, mas a emoção do infinito experimentado, sonhado ou pensado, marca a diferença da minha condição em relação ao sol, à lua e a um diamante.
E também a um pesado "saco de areia".

28 março, 2010 10:57  
Anonymous Anónimo said...

Será verdade que este, agora papa, andou a incobrir o pedófilos?
Valha-nos s.cricalho ao que a gente chegou!...
Rezemos pela conversão dos pecadores e pelas almas penadas que andam pelo mundo a tolher a gente com tanta opolência e pompa.

29 março, 2010 10:28  
Blogger Evaristo Domingues said...

DR. FERREIRA DOS SANTOS
Sarcedote da diocese do Porto, depois de fazer os seus estudos no Conservatório de Música do Porto, foi para Salzburg e Munique onde durante seis anos, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, fez os cursos de Música Sacra, Orgão e Direcção de Coros, regressado ao Porto, em 1970, em concordância com D. António Ferreira Gomes, então bispo da diocese, lançou-se com mais dois padres diocesanos, Pe. Agostinho Pedroso e Pe. Manuel Amorim num projecto de serviço à igreja e à cultura, na área da Música Sacra e Litúrgica. Nesta perspectiva, tem estado na origem de diversas iniciativas artísticas e culturais, de que se destacam: O Coro da Sé Catedral do Porto, o Sollemnium Concentus (Agrupamento de Metais e Tímpanos do Porto), a Orquestra de Metais e Percussão do Porto, o Coro de Câmara da Cidade do Porto, o curso Diocesano de Música Litúrgica, o Grande Órgão de Tubos da Catedral do Porto, cursos diocesanos para a formação de animadores de Música Litúrgica, a Revista «Boletim de Música Litúrgica» (com 5 números por ano) e diversas acções de formação de música sacra no nosso País. É detentor da Medalha de Ouro da Cidade do porto, e da Grande Cruz de Oficial de 1ª classe da Ordem de Mérito Cultural da República Federal da Alemanha e Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

29 março, 2010 21:45  
Blogger Evaristo Domingues said...

Música
"Requiem à memória do Infante D. Henrique" regressa a Portugal
Depois da estreia, em Março de 1995, no Mosteiro da Batalha, a encerrar as comemorações henriquinas, o Requiem à memória do Infante D. Henrique (1994), composto pelo Cón. António Ferreira dos Santos (n. Trofa, 1936), em resposta a uma encomenda do Estado português, vai agora voltar a ser interpretado em palcos nacionais em quatro concertos: domingo, dia 28, em Fátima, e nos dias imediatamente a seguir no Candal, Gaia, em Famalicão e no Porto.

A iniciativa partiu, desta vez, da Alemanha, mais propriamente do maestro Martin Lutz, que, depois de ouvir a gravação que a Numérica fez da obra de Ferreira dos Santos, quis dirigi-la numa apresentação no seu país. O concerto realizou-se no dia 21 de Novembro do ano passado, em Wiesbaden, cidade nas margens do Reno a oeste de Frankfurt, com o maestro alemão a dirigir o coral Schiersteiner Kantorei e a orquestra Bach-Ensemble Frankfurt/Wiesbaden. "Foi um acontecimento espantoso, um concerto para uma plateia de 2500 pessoas, que correu muito bem e que contou com boas críticas na imprensa da região, como no conceituado jornal diário Frankfurt Allgemeine", recorda o compositor e fundador do Coro da Catedral do Porto.
Mas a sua "surpresa e agrado" foi ainda maior quando Martin Lutz lhe propôs que o mesmo concerto fosse apresentado em Portugal, garantindo, da parte alemã, o apoio do Goethe Institut. O projecto concretiza-se agora com a vinda das duas formações germânicas a Portugal para uma série de quatro concertos, na semana que antecede a Páscoa.

No Domingo (28 de Março), às 15h00, o Schiersteiner Kantorei e o Bach-Ensemble Frankfurt/Wiesbaden, acompanhados pelos solistas Heidrun Kordes (soprano) e Berthold Possemeyer (barítono), vão interpretar o Requiem à memória do Infante D. Henrique na Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima. Seguem-se actuações na Igreja Nova do Candal, em Vila Nova de Gaia (dia 29), na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão (dia 30) e na Igreja da Lapa, no Porto (dia 31), de que Ferreira dos Santos é reitor.

Esta nova interpretação da obra dedicada ao Infante D. Henrique - apresentada como o primeiro requiem coral sinfónico a ser composto integralmente em língua portuguesa - vai ser também gravada em disco, pela editora alemã Naxos.

O Requiem à memória do Infante D. Henrique, com 70 minutos de duração, denota influências do romantismo francês tardio e também de Verdi da última fase. É uma das múltiplas obras - oratórias e outras peças corais sinfónicas - para grandes formações orquestrais e corais compostas por Ferreira dos Santos, cuja carreira tem privilegiado a música litúrgica, mas que tem também abordado outros géneros e temáticas, como aconteceu com o poema coral sinfónico Portugal, composto no ano passado, a pretexto do bicentenário das Invasões Francesas.
(transcrição do Secretariado da Pastoral da Cultura)
CONTINUA

29 março, 2010 22:04  
Blogger Evaristo Domingues said...

O Coro da Sé Catedral do Porto existe desde 1 de março 1971, formado pelo P.e António Ferreira dos Santos, Pe. Pedroso e o Pe. Amorim. O Pe. Ferreira dos Santos regressado da Alemanha, contagiou as sensibilidades para a realização de tão arrojado projecto. Quem diria ser possível? Pelo contrário, não faltaram os que duvidavam, desaconselharam o projecto, por utópico ou megalómano. Mas lentamente, tudo começou. Em dado momento, e o apoio prudente, mas decisivo, do então bispo da diocese, D. António Ferreira Gomes. No ano seguinte já Os jornais do Porto noticiavam abertamente a sua simpatia, com reportagens elogiosas pelas suas execuções. Cedo começou a fazer digressões por vários Países, como Inglaterra, Alemanha, França e Espanha. Há um trajecto rico num crescendo constante. Houve sempre uma estreita colaboração com a Orquestra Nacional do Porto que em conjunto executam concertos de elevada qualidade musical, onde foi sempre dirigido por famosos maestros, como: Manuel Ivo Cruz, José Atalaya, Eugénio Amorim , Ferreira dos Santos e inúmeros estrangeiros de renome Mundial .Já foi agraciado pelo alto serviço que tem prestado á cultura e à arte musical pela Câmara Municipal do Porto com a Medalha de Prata da Cidade do Porto e a Secretaria de Estado e da Cultura com a Medalha de Mérito Cultural. Várias cidades a norte ea sul do Porto, recebem anualmente Concertos do Coro da Sé Catedral do Porto e por motivo de proximidade da minha residência durante 22 anos foi a Igreja da minha Familia , como para a catequese dos meus Filhos, onde a minha Filha Alexandra, frequentou desde pequena aulas de música e canto, sendo convidada a ingressar aos 15 anos no Coro da Sé Catedral do Porto, trazendo-me uma tarefa acrescida de semanalmente sempre que havia ensaios ou concertos, teria que a ir buscar, isto durante vários anos até que com muita tristeza, viu-se obrigada a abandonar por incompatibilidades de acumar a profissão de Enfermeira, com a exigência e disciplina que o Coro impõe.Vindo eu já do Seminário com gosto pela música, pois como muitos de nós também fiz parte do coro, com Venâncio ao Piano e o Pe. Pascoal ou o Sá do Rio a dirigir, tive muita pena não ter disponibilidade para tentar também ingressar num Coro desta invergadura.Dia 31 Quarta-Feira, a igreja da Lapa nunca chega para quantos querem assistir, mesmo assim a lotação ultrapassa as 2000 pessoas, embora desta vez é um Coro Alemão.Amanhã é em Famalicão. Meus amigos que poder recomenda-se. Estes con certos fazem bem à mente e à alma.!!!!!!!!!- Estava em mãos com este trabalho quando para espanto oiço a notícia da TVI - sobre o Cónego Dr. Ferreira dos Santos, meus fiquei de cabelos em pé.Não acredito. Óptima Pessoa, meu cliente, por várias vezes já servi jantares ao Coros tanto do Porto como da Alemanha.Não o imagino com tais tendências. E. Domingues

29 março, 2010 23:55  
Blogger jorge dias said...

Aqui saúdo a emergência de corpo inteiro do nosso caro amigo Evaristo Domingues.

Duas pessoas marcaram definitivamente a minha envolvência na música religiosa: O Pe. Manuel Faria de Braga e, o hoje Cónego, Pe. Ferreira dos Santos, com quem tive a oportunidade de fazer um curso. À boa maneira minhota, no Pe. Manuel Faria não há música em que não entrem umas tercinas e nos lembre as romarias nortenhas. No Pe Ferreira dos Santos todas as suas músicas são triunfantes, apocalípticas e libertárias. Ora nos lembram a travessia triunfante do mar vermelho, ora a entrada triunfante de Jesus em Jerúsalem em Domingo de Ramos, ou simplesmente a vitória sobre a morte em dia de ressurreição ou, eu sei lá, a entrada triunfante no reino do amor de quem em abraços abertos nos recebe (reino dos céus). Tudo o que Ferreira dos Santos musica tem fé, esperança, libertação... ali, na súsica, a palavra flui livre e cristalina fazendo espírito e amor em todos os que o cantam ou o ouvem...

Obrigado Domingues por esta oportunidade...

30 março, 2010 01:40  
Anonymous Mário Neiva said...

Remexendo nos meus papéis arquivados, encontrei o recorte do jornal o Público, com um artigo do Pe Anselmo Borges, publicado no dia 1 de Novembro, no ano distante de 1990. O título é daqueles que me apanham à primeira: MISTERIO E ESPERANÇA.
Quando alguém me provar por A+B que se acabaram todos os mistérios, ou porque foram desvendados pela ciência ou porque está tudo escarrapachadinho nos «livros da revelação» dos crentes, nesse dia, sim, vou sentir-me esbarrar contra um muro intransponível ou cair no abismo do nada ou sentar-me, agrilhoado, em prisão perpétua ou simplesmente grunhir na pocilga, chafurdando na pia farta, engordando para a matança e aceitando, de pança cheia, o destino fatal da besta a que fiquei reduzido.
Felizmente, sinto cada vez mais afastado de mim um tal cenário. Na realidade, os «livros da revelação» dos nossos antepassados, longe de nos porem no sossego da abastança da pia cheia, antes nos confrontam com os mistérios mais intrincados da Vida e com a coragem que tiveram em abordá-los, nisso revelando a força da sua indomável alma humana. Essa força e esse fogo foram-nos transmitidos de geração em geração e emergiu em qualquer lugar onde palpitou um coração de gente.
Quanto à ciência, conquistado o seu direito de cidadania há pouco mais de quatro séculos, alargou as fronteiras do Mistério do Universo até horizontes que nem dá sequer para imaginar.
É caso para dizer: como se não bastasse a profundidade e vastidão dos mistérios escutados dos nossos avós, aí estão os nossos netos como que a sugerir-nos «vocês ainda não viram nada»!
E eu fico feliz, porque do Mistério nasce a Esperança e se acaba a perspectiva aterradora da pia farta para a engorda e para a matança.

Diz o Pe Anselmo, no artigo referido, que «se o homem é inevitavelmente mortal, também é verdade que ele não é redutível ao biológico». Quer dizer, ao porco, à pia, à engorda e à matança. E acrescenta logo a seguir que «o homem é estruturalmente o ser que espera e espera ilimitadamente e que, sendo «finito, está constitutivamente aberto ao infinito». Não sabe explicar nada disto, este sacerdote honesto e sensato, mas tem toda a razão e verdade do seu lado quando pergunta «porque há-de ser irracional a esperança de que, em lugar de morrer para o nada, o homem morra para a Realidade Última que é também a Realidade Primeira a quem chamamos Deus?»
O Pe Anselmo "pergunta" porque tem consciência de que o «Infinito», que designa por «Realidade Ùltima» e «Primeira» apenas o "tocamos" e no exacto momento em que o reconhecemos. Ao contrário, quem julga que tem este Deus do Pe Anselmo na palma da sua mão ou escrito e descrito nas páginas dos «livros da revelação», bem pode viver e morrer calmamente deitado nessa ilusão, porque o Mistério da Vida passar-lhe-á ao lado, enquanto repete ladainhas, tão monótonas quanto inúteis, em vez de caminhar na direcção do Mistério que o convida a aproximar-se e nele mergulhar.
A apatia conduz-nos em direcção à pia embrutecedora, mesmo que essa pia seja de água benta.

30 março, 2010 12:38  
Anonymous Mário neiva said...

E antes que alguém se deixe levar por sermões extremados, é bom lembrar que cada um vive como pode e sabe. E são tantos e tantos os que consomem as suas vidas numa luta de vida ou morte pela simples sobrevivência. Vamos até eles com lindos sermões de Vida, de Mistério e de Esperança? Falar de vida a quem vê a morte espreitar por todo o lado? Não me parece.
Por isso o Pe Anselmo acaba o artigo da única forma humanamente aceitável: «A morte revela o que decisivamente interessa na vida, que só pode ser o amor».
Quem diz a «morte» diz tudo o que a morte significa no nosso dia a dia: a solidão, os desencontros, a fome, a injustiça, a mentira, a violência. E todo o egocentrismo expresso na forma lapidar e tão vulgar: «quero a minha pia cheia e o resto são cantigas».
Morrer não é só fechar, pela última vez, os nossos olhos. Isso é apenas uma parte do drama. E o drama pode não tornar-se uma tragédia, se lançarmos mão do antídoto mais eficaz até hoje experimentado: o amor. A propósito, Anselmo Borges cita o filósofo francês Gabriel Marcel, quando este afirma: «amar é dizer a quem se ama: tu não morrerás».
Acabamos por ser a melhor garantia de vida uns dos outros.

30 março, 2010 12:39  
Anonymous domingos coelho said...

Enviado por: Diocese1 - Segunda, 22 de Março de 2010

Parte I

Ultimamente a pedofilia voltou a estar na ordem do dia, trazendo para a ribalta da praça pública os padres e a Igreja, não apenas noutros países, mas também em Portugal, embora aqui ainda só com números reduzidos de indiciados.
Sem querer assumir uma atitude apologética em defesa da santidade da Igreja e do seu clero, pois bem sabemos que os ideais de santidade vividos por Cristo e testemunhados pelos seus seguidores encontram eco em nós, mas estamos conscientes de trazermos estes tesouros em vasos de barro. Por isso sempre se disse que a Igreja é santa e pecadora, sempre em processo de conversão e renovação.
Isto leva-nos a cultivar uma atitude de verdade, de fidelidade a Cristo e ao seu Evangelho, mas também de profunda humildade. Ao contrário da tendência natural de apontar para os outros, para os seus males e defeitos que não queremos ver em nós, o Evangelho deste quinto domingo da Quaresma apresentava-nos o exemplo de Jesus Cristo defendendo a mulher pecadora, sobre a qual os fariseus queriam ouvir d’Ele a sentença condenadora da lei. Mas Ele responde-lhes simplesmente: “quem não tem pecado que atire a primeira pedra”.
E qual é a verdade da doutrina da Igreja a respeito da pedofilia, isto é, da violência sexual cometida contra menores por parte de clérigos? Ela está bem expressa no seu Código de Direito Canónico, que reserva este pecado à Santa Sé, sobretudo quando cometido no exercício do sacramento da confissão e impõe penas severas ao prevaricador, que podem ir da suspensão do exercício até à expulsão do seu estado clerical, ao mesmo tempo que propõe medidas de defesa, justiça e ajuda às vítimas, exortando-as mesmo a denunciar isso nos tribunais civis.
Muitos dizem que esta legislação nem sempre se pôs em prática e é isso que tem dado origem aos escândalos em várias partes do mundo, e ultimamente na Irlanda e na Alemanha. Mas é precisamente isso que já levou mesmo à demissão de alguns bispos pelo desleixo em aplicar essas medidas, à suspensão do exercício das ordens de clérigos suspeitos, à expulsão do estado clerical de prevaricadores confirmados e à ajuda psicológica, espiritual e financeira às vítimas.
As recomendações da carta do Papa Bento XVI à Igreja da Irlanda, escrita no dia 19, dia de S. José e do Pai, são exigentes e claras, mas também encorajadoras para a vida da Igreja, cuja missão continua a ser actual, apesar dos pecados de alguns dos seus membros. Transcrevo aqui apenas algumas.
Dirigindo-se, em primeiro lugar, às vítimas de abuso, o Papa considera a tremenda traição que sofreram e diz-lhes o desgosto que sente por aquilo que suportaram. Reconhece como em muitos casos ninguém estava disposto a ouvi-los quando encontravam a coragem para falar do que tinha acontecido. Aos sacerdotes e aos religiosos que cometeram abusos sobre os jovens, o Papa recorda-lhes que devem responder, diante de Deus e dos tribunais devidamente constituídos, pelas acções pecaminosas e criminais que cometeram. Ao pretender que eles se submetam às exigências da justiça, recorda-lhes que não devem desesperar da misericórdia de Deus… Aos pais encoraja a perseverar na tarefa difícil de educar os filhos a reconhecer que são amados e desejados e a desenvolver uma sadia estima de si. Aos bispos irlandeses o Papa realça os graves erros de juízo ao não aplicarem de maneira correcta e adequada os procedimentos canónicos. Por fim, o Papa propõe alguns passos específicos, mesmo algumas medidas penitenciais, para estimular a renovação da Igreja na Irlanda.

30 março, 2010 14:19  
Anonymous domingos coelho said...

Parte II

Perante estes escândalos e fraquezas, ficamos envergonhados e arrependidos, mas isso não nos deve impedir, conscientes da nossa fraqueza, mas confiantes na força de Deus e do Evangelho, de continuar a ser arautos da verdade sobre a dignidade de todo o ser humano, protectores dos menores e indefesos, promotores da justiça para com as vítimas e os prevaricadores, mas também da misericórdia e do perdão, para com uns e outros, desde que se arrependam e estejam dispostos a reparar, enquanto possível, os males causados.
“Vai e não voltes a pecar”, disse Jesus à pecadora, depois de ter desafiado os acusadores: “quem não tem pecado, que atire a primeira pedra”. Oxalá estes princípios se aplicassem também na justiça dos homens, em que os poderosos muitas vezes saem incólumes e as vítimas mais humilhadas. Mas os males de uns não justificam os dos outros…
Que Deus nos ajude a ser verdadeiros, autênticos, humildes e a continuar a rezar com o Pai Nosso: “não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”.
Com isto me despeço. Até para a semana, se Deus quiser.

† António Vitalino, Bispo de Beja

30 março, 2010 14:20  
Blogger jorge dias said...

Não entendo, caro Domingos Coelho, a inserção a frio, não enquadrada, desta tomada de posição do nosso distinto e mui querido Bispo de Beja, neste espaço do blog. Aliás, concordo, com a generalidade do que afirma, de que destaco os dois pequenos parágrafos em que se coloca claramente ao lado da vítimas. Não tecerei grandes comentários porque este assunto é, e de que maneira entre nós, uma bomba capaz de arrasar quase tudo. Só uma pequena referência ao que considero o generalizado desenquadramento que a Igreja tem manifestado ao comentar o caso da mulher adúltera que é o facto de até Jesus, o que era impensável, a ter tratado por pecadora, ignorando os carrascos que dela se serviram, e não os apelidano como tal! Se a mulher adúltera é pecadora, pecadores são todos os de dela se serviram como objecto sexual. E, quando analisamos estas coisas, por educação, devemos ser mais benevolentes com as senhoras, em qualquer dos casos, devemos usar as palavras tipificadoras do seu mau comportamento com todos e não só com parte.

Na pedofilia, não há acordo nos jogos sexuais, como no caso irrelevante da mulher adúltera onde havia parcerias e mesmo assim se evidencia a pecadora e não os pecadores. Na pedofilia temos a montante todos os carrascos e a jusante todas as vítimas. A Igreja deve estar sempre primeiro com as vítimas. Sempre primeiro com as vítimas em pensamentos e acções. Nada de ilusionismos... com as vítimas...

31 março, 2010 00:48  
Blogger jorge dias said...

Caro Mário,

O Bebé filósofo de Alison GopniK

Entendamo-nos, é óbvio que aqui e ali apresenta algo de novo. Mas nem quem aparece nas capas e nelas é citado sabe da poda como aliás, me parece, que na maioria das coisas, nem a autora sabe muito bem de que escreve ou o que nos quer apresentar. Aquela citação de um comentário a pedido que envolve o Freud e Piaget é mesmo de loucura total do comentarista e da autora, porque ela própria se refere ao Feud no texto.

Entendamo-nos, a senhora professora é de formação comportamentalista, que tem por base o "behaviour", o comportamento, à boa maneira americana, baseado no estímulo e resposta, que consideram génese e consolidação do comportamento. Aplica o modelo à criança e começa a esticar até ter tudo enquadradinho no modelo

Tudo o que é dito de Piaget é, no geral, falso. Tudo o que é dito de Freud é simplesmente aberrante. Todas as conclusões sobre o bébé filósofo são um disparate total, só possivel na América.

Piaget, disse da criança muito mais que esta senhorita diz. Em Piaget, a criança foi objecto de tratamento científico. Com Alison Gopnik face ao não enquadramento psicofisiológico, não há
trabalho científico sério.

Freud, não pode ser chamado ao tema nem citado... No Tempo de Freud a célula base do sistema nervoso, apenas dava os primeiros pelas mãos do que viria a ser verdadeiramente o primeiro neurologista, Ramón y Cajal, ao isolar finalmente o Neurónio, célua de base de condução de todo o fluxo nervoso, já neste século. Mas descoberta só se consolidou, com os seus seguidores, nos anos quarenta. Isto é, quase, a mesma coisa que dizer que Freud era bombeiro mas ainda não havia fogo.

Seguramente que a abordagem científica da criança avançou e hoje podemos afirmar categoricamente que existe reacção, sensibilidade, aprendizagem, mesmo no útero e desde os primeiros mêses, mas não podemos esquecer o processo de mielinização (mielina membrana que a pouco e pouco envolve o neurónio), e sem a qual não há discriminação do fluxo neurológico transmitido, quer por perdas de transmissão quer por transformação por mistura com outros fluxos no percurso. Ao ignorar este pequeno pormenor da mielinização, a autora evidenciou ao que vinha,isto é, facturar com um tema sempre apetecível.

Como descrição da criança que todos fomos, sobre cada um de nós, escreveremos tão bem ou melhor que ela!
Como livro científico, que esperava, uma desilusão!

31 março, 2010 01:38  
Blogger teresa silva said...

Padres e pedofilia...

Comportamento menos correcto da parte dos padres, de quem dirige uma igreja. Estamos habituados a ver nos padres uma figura de respeito, de autoridade, pois ele anuncia Jesus através da palavra. Ter comportamentos desses? Inaceitável pura e simplesmente. Deveriam ser denunciados e expulsos da sua profissão.
Sabemos muito bem que depois estes comportamentos para as vítimas deixa marcas profundas na sua personalidade, na sua maneira de viver.Quer queiramos quer não é um trauma para toda a vida e quem sabe se não virá a ser também um futuro pedófilo?
Comportamento gera comportamento.
Perante estes casos que têm vindo a público o Papa deveria expulsar os padres que tiveram este comportamento e ajudar as vítimas a nível psicológico. E arranjar formas de estes casos serem denunciados à mínima suspeição a fim de se averiguarem os factos.
Como diz o ditado o melhor do mundo são as crianças. Se forem abusadas sexualmente que crianças vamos ter? Que mundo se tornará este se estes casos não forem denunciados? É um problema que envolve toda a população, cada cidadão em particular. Este é um tema que veio a público, mas quantas crianças não são abusadas sexualmente pelos pais,irmãos, tios, avós, vizinhos. Que pessoas serão estas crianças no futuro?
Muitas vezes o medo ou a ameaça está por detrás da vontade de denunciar, mas há que ter esta coragem, esta atitude a fim de podermos melhorar mais um pouco este nosso mundo. Também por detrás disto pode estar tipo prémios ou ofertas e a criança sente-se influenciada e vai na conversa do bandido. Mas há sempre sinais que levam a suspeitar e há que estar atento.

Aqui vai mais um poema de Antero sobre crianças:

PEQUENINA

Eu bem sei que te chamam pequenina
É ténue como véu solto na dança,
Que és no juízo apenas a criança,
Pouco mais,nos vestidos, que a menina...

Que és o regato de água mansa e fina,
A folhinha do til que se balança,
O peito que em correndo logo cansa,
A fronte que ao sofrer logo se inclina...

Mas filha, lá nos montes onde andei,
Tanto me enchi de angústia e de receio
Ouvindo do infinito os fundos ecos,

Que não quero imperar nem já ser rei
Senão tendo meus reinos em teu seio
e súbditos,criança, em teus bonecos!

31 março, 2010 13:09  
Anonymous Mário Neiva said...

Sobre o BEBE FILOSOFO

Foste rápido a ler o livro, Jorge. Eu ainda não o li todo. Aliás, tenho a mania de ler dois ou tres livros ao mesmo tempo. Pego num ou noutro conforme a disposição. Mas daquilo que li gostei e realmente algumas coisas surpreenderam-me. Depois comento, sem profundidade com que tu o fazes, que és perito na matéria.
Mas repara que não se trata de um livro "científico-técnico". É, sim, um livro de divulgação científica. Os homens e as nulheres da ciência que têm jeito para a escrita decidiram traduzir em linguagem acessivel aos "leigos" as preciosidades que descobrem na sua investigação. E eu adoro lê-los e foco-lhes grato, porque vou aprendendo alguma coisa.
Depois me dirás o que pensas. A tua opinião interessa-me.

31 março, 2010 22:38  
Blogger jorge dias said...

Habituei-me na prática do apoio e da ajuda às vítimas a sentí-las e, sempre que possível, a cuidá-las na palma das mãos e envoltas em afectos mil de esperanças e infindas provocações de caminhos possíveis, em espaço de diálogo, onde a imaginação sempre estimula sem limites. Percebi bem a "nuance" que o comentário da Teresa introduz sobre os carrascos dos abusos pedófilos, seja qual for a sua origem, face à tendência quase generalizada de face a abusos de clérigos e afins valorizarmos menos os abusos de todos os outros! Todos são carrascos. E tantos que ainda estão por aí, tantos... "É um problema que envolve toda a população, cada cidadão..."
E a delícia do soneto do Antero desta alma oceânica e de ilhéu!

No tocante ao Bebé filósofo, que afinal não é nem pode ser filósofo, mas que também não é tão burro como ainda o fazemos. Quuando se afirma que o bebé, com três anos, está mais perto do adulto que da criança, não dizendo quase nada sobre os conteudos do que efectivamente é, dizemos, porém, por analogia, quase tudo!

Não me considero perito nem nada que se pareça, nem comentei como tal e, se o dei a entender, peço desculpa. Obviamente, não o fiz de ânimo leve. Também não me parece que seja por ter duas ou três ideias sobre neurónios e sua mielinização, que só a idade faz e se complementa até perto da idade adulta, que isto faz de quem quer que seja expert. Nada disso. Não sou nada. O que acontece e aceito, em parte, perfeitamente a tua dica de divulgação, mas não científica. Aliás é aí que está o seu principal problema. Com base científica, nesta lógica, teríamos igualmente que falar do cão filósofo, etc..., ect... e de tantos outros bichos, e garanto-te que teríamos enormes surpresas, se entretanto uma fémea com a sua ferhormona não precipitasse a emergência do instinto de alcateia e estragasse tudo sobre a filosofia dos canídeos.

Mas, já agora deixa-me felicitar-te pelas coisas lindas que esta ideia do bebé filósofo fez acontecer...

01 abril, 2010 02:26  
Blogger teresa silva said...

Viva o Benfica pela sua grande vitória frente ao Liverpool. Vivemos aqui num rectângulozinho escondido a ocidente da Europa,mas também temos coisas boas que nos enaltecem, como hoje foi a vitória do Benfica.
Apesar de ser do Sporting queria dar os parabéns aos benfiquistas.

01 abril, 2010 23:39  
Blogger jorge dias said...

A Indústria da Cruz I


Pelo comércio, pelo turismo, por uma abordagem sado-masoquista da religião, fazemos da semana santa um tempo fúnebre, um tempo gratuito de dor, consternação contra o qual grito Páscoa, passagem, esperança...

Participante envolvido nestas cerimónias e vivendo-as de perto, fico sem palavras face aos cenários fúnebres que esta Igreja hierárquica, à revelia dos crentes, em cenários sado-masoquistas reiteradamente nos faz culposos, iníquos, malfeitores e portadores de faltas imaginárias que só podem apelar para defeitos de fabrico que o sistema de qualidade do criador deixou passar em branco.

Os apelos delirantes de adoração de uma cruz que não salva de nada, que bem pelo contrário é sinal de castigo, menoridade e opróbrio. Como dizia a minha amiga Marta, e poetisa, mas salvar de quê? Mas de quais faltas? Porque sempre tem esta Igreja a tendência para reduzir a fé libertária à fé de um reinado iníquo e opressivo! Será para manter actual a indústria da Cruz? Se é apenas para significar as dificuldades da vida, que o diga claramente porque isso, hoje, seria bem oportuno.

Não, não, não pensem que eu estou a colocar em causa o relato da Paixão de hoje de São João! Mas deveis saber que foi escrito já lá iam 60 anos dos acontecimentos! Muito tempo.

Continuo a rejeitar leituras afuniladas da paixão! Leituras redutoras, e interpretativas da vida e obra de Jesus, à sexta feira fúnebre e sadomasoquista.

A demagogia do que servem aos crentes a título de preparação da Páscoa, hoje, é uma absolutização aberrante que nada tem a ver com a Boa Nova (Evangelho), mas que poderá em algum tempo ter servido uma Igreja aos serviço de outros reinados senão mesmo perdida da boa nova.

Ninguém, só pela sua morte, pode salvar seja o que for... Outras “nuances” interpretativas são possíveis nas leituras bíblicas, evangelhos e afins. Por mim, sempre espero que a interpretação seja de hoje, moderna, libertária, de mudança para a realização plena dos seres humanos e condizente com a globalidade do novo testamento… O meu escândalo, hoje, é o de ter percebido porque os meus filhos rejeitam esta Igreja e de eu próprio já não perceber porque a sirvo.

02 abril, 2010 20:09  
Anonymous Mário Neiva said...

Ontem, escrevia, assim, a um amigo muito querido:

«Como cristão deves sentir particularmente esta quadra festiva. Festiva porque acaba tudo ressuscitado. Boas-Festas, sinceramente.
Para mim, a Páscoa traz-me recordações vivas e felizes. Gostava mais que do Natal. Penso que era por causa da luz, da primavera em flor, do «compasso», dos doces, dos caminhos atapetados com flores e ramos de alecrim. Talvez tudo isso. Ainda hoje bate a saudade.
Da Falperra recordo sobretudo o canto gregoriano, o canto da Paixão e o emocionante Preconio Pascal, cantado de uma forma que me arrepiava todo...»

02 abril, 2010 20:51  
Anonymous Domingos coelho said...

PORQUE ME PROCURAS NA CRUZ?

Filho, Porque me procuras nesta fria cruz,
onde este meu sofrimento tem por tua conta,
onde o martírio do calvário teve a afronta,
e o pecado do mundo em mim se fez por jus?

Filho, procuras-Me no céu dos teus mundos,
quando de mim te lembras nas amarguras,
e nos teus dias de tristeza e desventuras
nos teus abismos e nos conflitos profundos.

Porquê de só na cruz procuras por mim,
buscando aflito das tuas dores, entre as trevas,
e nesta vida de infortúnio que tu levas,
vives chorando e Me pedindo tudo assim?

É que tu esqueces que mais perto de ti estou,
pois é no teu irmão ao teu lado que tanto amo,
nele Me encontras é por ele que te chamo,
se Me amas, ama-o primeiro a ele. Nele, Eu sou!


A vitória da Cruz

Paradoxalmente a cruz é o símbolo da ressurreição, da nova vida. Aos olhos do mundo, a cruz é um símbolo de morte, de fracasso. Mas aos olhos de Deus e dos cristãos, é o símbolo da vitória da vida sobre a morte.
Morre-se para ressurgir para a vida eterna! Resgatados pelo sangue de Cristo, vivemos na expectativa deste símbolo nos conduzir um dia para o paraíso, que o próprio Jesus nos prometeu no seu Evangelho.
As leituras bíblicas de hoje são maravilhosas e expressam bem a realidade da santa cruz, da cruz da vitória.
Vejamos no Livro de Números, capitulo 21, 4-9. O povo reclama a Moisés dizendo: “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável” . Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente.”
Depois o povo reconheceu os seus erros, diante das dificuldades, e pede a Moisés para que intervenha junto do Senhor, para afastar as serpentes.
Deus disse a Moisés, faz uma serpente de bronze e coloca-a numa haste. Todo aquele que for mordido, fitará a haste e ficará curado. Dito e feito. Assim fez Moisés, e todo aquele que fitava com fé a haste ficava curado!.
Notem bem, esta leitura é do Antigo Testamento, portanto, acontecimento bem antes de Jesus, muito tempo antes.
E no Evangelho de S.João, capítulo, 3 – 13-17. Jesus diz a Nicodemos que, assim como Moises levantou a serpente no deserto, o Filho do homem(Jesus)será levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. Pois Deus amou o mundo de tal forma, que deu o seu Filho Unigénito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De facto Deus não enviou o seu Filho para condenar o mundo, mas para que seja salvo por Ele. Devem ter percebido nitidamente a correlação perfeita da leitura do antigo testamento e a do novo testamento. Ficou bem claro, a imagem da cruz que, infelizmente, é contestada por alguns irmãos “evangélicos” que a vêem como “idolatria da cruz”!!! Pasmem!!!
A Cruz é o nosso símbolo de LIBERTAÇÃO E RESSURREIÇÃO! Amemo-la pois!

D/C

02 abril, 2010 21:10  
Anonymous Mário neiva said...

Meu caro Domingos Coelho, no teu entusiasmo até parece que nos estás a dizer para amar um simbolo em vez de um irmão. E tu sabes como tantas pessoas foram nesse engano. Tantos e tantos que são capazes de beijar cruzes de ouro, de prata ou de madeira, mas incapazes, sequer, de dizer «bom dia» àqueles que carregam a verdadeira CRUZ DA VIDA. Talvez nunca lhes tenham ensinado que é esta que deve ser amada. Porque a outra, a que é entronizada na Semana Santa, é bem fácil de ser amada, colocada num pedestal e pendurada ao peito.
Enquanto o «crucificado» fica para trás, ignorado, porque demasiado incómodo.

02 abril, 2010 22:31  
Blogger jorge dias said...

A Indústria da Cruz - II

Ninguém, só pela sua morte, pode salvar seja o que for... Outras “nuances” interpretativas são possíveis, e existem das escrituras bíblicas, evangelhos e afins, nesta fé comum. Por mim, sempre espero que a interpretação seja de hoje, moderna, libertária, de mudança para a realização plena dos seres humanos e condizente com a globalidade do novo testamento… Repito, condizente com a globalidade do "Novo Testamento".

O meu escândalo, hoje, é o de ter percebido, meu caríssimo DC, a razão porque os meus filhos e pessoas com outras leituras, rejeitam esta Igreja. Eu próprio já não percebo porque a sirvo.

Em Pilatos, saudo a apresentação peraante as massas de um Jesus, como o homem protótipo da criação, o homem que se dá, o que ama e que encerra em si o melhor que é próprio do ser humanno: Eis o homem (Ecce Homo).

Na sua cruz saúdo a expressão do Evangelista:"Expirou", isto é, deu-nos o seu espírito, o Espírito Santo para que sejamos homens e mulheres de pé.

À negação de Pedro contraponho o desafio junto ao Lago de Tíberiades:"apascenta as minhas ovelhas"

De ontem, lava-pés, retenho a transversalidade da fraternidade mesmo que isso envolva serviço.

Em definitivo, não vou com mortes nem chagas ou coisas afins, porque teria de explicar milhões de milhões de outras mortes tão chagadas, senão mais aberrantes, para explicar e, seguramente, não explicaria nenhuma, além de que, teria igualmente que explicar os que em teatro se cruxificam como Cristo.

Prefiro muito mais os desafios para a liberdade e felicidade (salvação) de que a Ordem do Carmo sempre foi expoente litúrgico explicitado materialmente na sua capa, branca, ainda hoje, símbolo da Ressurreição.

Com o Mário saúdo a Páscoa viva e feliz, salutar e esperançoso epílogo da quaresma, e nunca a industria da semana santa transformada em consagração da escravatura do Egipto, este ano pateticamente enquadrada por muitas Igrejas locais com a aberração pedófila dos clérigos e afins. Pateticamente...

Não, não e não! Viva a Páscoa, viva o amor, vivas par os homens de pé e que na cruz da vida fazem amor sem limites! Viva: a vida em abundância, a esperança, o homem e a mulher que amam e se amam e da família fazem célula exclusiva de sociedade...

02 abril, 2010 23:13  
Blogger jorge dias said...

De Fátima, da basílica da Santíssima Trinadade, retive a Imagem de uma cruz, que estando lá, lá não está, envolvendo todo o altar-mor, em que o crucificado é, manifestamente, o ressuscitado! Outra leitura...

02 abril, 2010 23:25  
Anonymous Anónimo said...

Comam amêndoas e deixem-se de beatices.
Isto tudo não passa de uma fantochada, para o pagode ver.... No dia seguinte, cada um segue a sua vidinha, quanto mais cómodo e rica , melhor!...
Rezar pelo s pedófilos não é solução, mas sim castiga-los e prende-los depois de lhes fazer o mesmo, mas a dobrar...

03 abril, 2010 09:13  
Anonymous domingos coelho said...

...


Vou dizer-lhe uma coisa somente,
Na vida todo mundo é "crente",
Mas, entenda os pensamentos meus,
Seja em sua casa ou na Igreja
Se faz importante que esteja
Em plena comunhão com DEUS.


...

Ele deu Seu único herdeiro,
provando de que te amou primeiro,
antes mesmo da tua formação.
E num madeiro como Cruz,
Entregou o Seu filho Jesus
Para a nossa exclusiva salvação.

03 abril, 2010 09:48  
Anonymous Miki (19847) said...

Páscoa...

Posso ter um minutinho da tua atenção? Só um minutinho ( lês e vês tanta porcaria na net... pára um segundinho para ler isto aqui, por favor)

Não te quero convencer de nada... eu só quero falar um pouco...

Quero falar de algo “muuuito” grande que tenho dentro de mim e preciso contar-te.

Sabes o que é?

Não? Então deixa que te diga:

JESUS MORREU POR MIM...

Como é possível, Deus mandar o seu único filho para morrer por mim...

Quando penso nisso é difícil acreditar.

Eu mereço tal sacrifício? Eu mereço a vida do filho de Deus?

Isso faz-me lembrar um assassino condenado à morte. Chamava-se Barrabás e ía ser crucificado. Lembram-se daqueles filmes de tiros ou dos desenhos do pica-pau onde um dono de funerária vestido de fato preto media o tamanho das pessoas para fazer o caixão? Pois é, assim como o caixão era feito sob medida, a cruz, naquela época, também era. E foi construída uma cruz do exacto tamanho de Barrabás.

E Barrabás estava lá, deitado numa cela imunda, fétida, cheia de lodo e o seu corpo já estava todo sujo. Ele sabia que aquele era o seu último dia. Mas de repente alguém apareceu e disse que ele não ía ser crucificado, pois, no seu lugar, morreria uma outra pessoa. Se Barrabás perguntou quem era essa pessoa a resposta foi: “Jesus, um tal Jesus morrerá em teu lugar.”

Eu até posso imaginar Barrabás a sair da cela e, depois, ir acompanhar a multidão para tentar ver quem era o tal Jesus que ia morrer no seu lugar.

Se Barrabás fez isso eu não sei. Mas sei o que ele viu, se procurou ver o tal Jesus: Barrabás viu um homem a carregar uma cruz que não era dEle. Viu um homem a levar chibatadas que não eram para Ele. Barrabás viu pingar um sangue que era inocente. Viu um homem coroado com espinhos de uma polegada cada. Barrabás viu um homem ser pregado numa cruz que não lhE pertencia . E viu Jesus morrer a morte que não era para Ele. Jesus carregou e foi morto numa cruz que, nem sequer, tinha o Seu tamanho.

03 abril, 2010 10:34  
Anonymous Miki (1947) said...

Páscoa... II

Pensando nisso, meu amigo, eu só consigo entender uma coisa: a Cruz que Jesus carregou não era dele, era minha. Não era para Jesus ter vertido o seu próprio sangue. Naquele dia, era o meu sangue que tinha que escorrer. A morte que Jesus morreu – morte de cruz – era a minha morte. Jesus carregou e foi morto numa cruz que tinha, exactamente, o meu tamanho. Aquela cruz que Cristo morreu, era minha.

Esse tal Cristo, segundo a Bíblia, morreu por mim.

Porquê? Eu valho tanto assim?

Eu sou um nada. Um grão de areia neste mundo do meu Deus. Tenho falhas em todos os sectores da minha vida. Porque morreu esse tal Jesus por mim?

Eu não te sei responder não... mas um dia quero ter a oportunidade de, lá no céu, olhar nos olhos desse Jesus e dizer “obrigado, Jesus. Mas sem querer ser ingrato, porque Senhor morrestes por mim?”

E confesso, não faço a mínima idéia de qual vai ser a resposta dele...

Mas isso faz-me lembrar de uma outra coisa: a minha filha, que tinha pouco mais de um aninho e se chama Ana (linda, a cara do pai aqui), tinha uma bonequinha de pano. Nós acostumamos a dormir com a tal boneca. E a Ana acostumou-se de tal forma que não vai para a cama sem a dita cuja. Com o passar do tempo, por óbvio, a boneca de pano foi ficando velha, furada, e com uma etiqueta toooda suja (pra dormir, a Ana fica enrolando o dedo na etiqueta). Apesar dessa bonequinha estar velha, com a espuma a sair pelos buracos, a minha filha não dorme sem ela. Às vezes a boneca perde-se pela casa, e antes de dormir a Ana sai à procura dela chamando com a aquela voz de anjo: “néquim... néquim...”. E quando ela a encontra é a maior festa, beijos e abraços na “néquim” dela, e lá vão as duas dormir. Sem medo de errar, eu posso dizer: a Ana ama aquela bonequinha, por mais velha que ela esteja.

Sim... eu também estou meio estragado... com os meus defeitos e erros brotando pelos meus poros. Mas mesmo assim o meu Deus ama-me. Às vezes também me perco por essa vida, desvio-me e erro o caminho... Mas Deus procura-me e reencontra-me... Aí, meu amigo, é só alegria.

Eu não sei porque é que Ele faz isso. Mas o que sei, é que Ele o faz. Eu sinto isso todos os dias na minha vida... Jesus está ao meu lado, ajudando-me, carregando-me ao colo e fortificando-me.

O meu Jesus não só morreu na minha cruz. Ele ressuscitou para que eu, igualmente, tenha a vida eterna.

Eu não mereço nem uma gota de suor desse tal Jesus. Mas ele deu o próprio sangue por mim.

Nesta Páscoa, lembrem-se do seu real significado: Um Deus que me ama – e te ama – deixou o Seu Trono de Glória e veio até esta terra, sujar os seus pés com poeira, passar fome, frio e calor, ser apedrejado, perseguido e, finalmente, morrer numa cruz que pertencia a uma pessoa que sou eu e, se você quiser, que era sua também.

Por que fez Ele tudo isso?

Vamos combinar: no céu, vamos juntos, eu e tu meu amigo, perguntaremos a Ele “Jesus, porquê Senhor morrestes por nós?”

Combinado?

Feliz Páscoa...

Miki (1947)

03 abril, 2010 10:36  
Anonymous Anónimo said...

Mas a cruz era minha porquê?
Sim, porquê?
Fui produziso com defeito de fábrica? Devolvam-me então à procedência!
Céu!? Mas o céu é aqui ou não é! Como me continuam a impedir de viver nele anematizando-me e não me deixando fazer Páscoa de entrada nesse espaço onde corre o leite e o mel?

As escrituras foram só para alguns!... os hebreus escravos no Egipto. Ele são coisas que a fé e o homem ficam sem cerviz... Que ignorância das escrituras, de Deus, do homem...

Por mim ninguém morreu que eu não pedi nem aceitaria. Preferia mesmo ser eu a morrer. Por favor, inventem aí qualquer coisa melhor e mais bonita. Cuidem mesmo que seja mais bíblica. Boa passagem, passem-se para mais amor e logo nos entenderemos.

03 abril, 2010 16:17  
Anonymous LYNUZ said...

.

Cristo novo

Ó Cristo novo, que á cruz te entregaste,
Em submissão ao Pai, tudo padeceste.
Em tudo, homens encontraste,
A quem, mesmos alheios, fé firme fornecestes.

Ao mundo, vida nova emprestaste,
E não contente, com tão pouco sofrimento,
Mais vida de amor amontoaste,
Para ao homem anunciares recolhimento.

Mas Cristo novo, o homem dorme!
Será que tua cruz ainda faz sentido?
Dúvidas, em mim não, não tragas fome.

Dúvidas, a muitos traz gemido,
A outros, até o corpo consome,
Mas Pai, eu acredito.

Lynuz

03 abril, 2010 18:27  
Blogger jorge dias said...

Reparo que vos afadigais a querer apenas justificar a morte de Jesus deixando todas as outras sem explicação. As filosofias religiosas têm destas falhas! Aliás, humildemente, e bem, justificais que foi por vós, o que é bem limitado, mas bem bom que assim é... Cuidado para não descurardes o serviço do amor que esse é bem mais radical e universal.
Para todos, boa Páscoa,isto é, boa passagem para o espaço dos outros, de seu nome, amor!

03 abril, 2010 19:55  
Anonymous Emidio Januario said...

Meus caros,

... É difícil pensar em tudo o que dizeis. Que estamos na véspera da Páscoa, lá isso é verdade!
Que é um tempo de meditação, também é verdade! Que há pedófilos, disso já duvido, já que, infelizmente houve alguém que utilizou esta palavra que, etimològicamente significa "amigo das crianças", para a anatematizar e designar com ela os maiores inimigos das crianças, exactamente o diametralmente oposto do seu significado original!!!
O mesmo se passa com o casamento, uma palavra tão bonita que agora passou também a ser deturpada, ao ser aplicada a indivíduos do mesmo sexo que têm ...( e que nada temos a ver com isso, que é lá com eles )
E o mesmo com "gay", uma palavra inglesa que significava, quando apendi inglês, "alegre". Agora já tem outro significado.

... Enfim! Mudam-se os tempos...
Mas quem sou eu para comentar isto?

Mudando de asunto:
Coelho, cada vez te admiro mais na profundeza da tua espiritualidade! às vezes, quando medito um bocadinho e penso na existência, gostava de ser como tu: simples e crente. Nada dessas complicações profundas, mais racionais e lógicas do Jorge e do Mário, mas que um tractor e um sacho não levantam da terra. Imagina que desde que me reformei que trabalho na agricultura e ainda não consegui extrair da terra uma raiz quadrada!Quanto mais ver na terra aquilo que eles dizem!

Quanto ao anónimo que diz: comam amêndoas e deixem-se de beatices. Tudo bem, mas diz o teu nome... Deixa-te de anonimatos. Estamos num país livre, em que só os políticos não sao livres, que têm sempre por trás a imprensa a alterar à sua maneira e a espiar os traques que cada político dá.Como já não existe Pide, agora é a imprensa que faz o serviço. Como nós não somos políticos, não há que ter medo!!! Por isso, prá frente com o nome.
Gostei da poesia do Antero, "Pequenina", que foi aqui colocada pela D. Teresa Silva. É por " a pequenina" que todos nós em casa tratamos a minha neta de 2 anos. Esta palavra encerra muito amor e ternura. Tal como é terno quando ela se dirige a mim nestes termos: "Ó mídio..." E claro, tenho que fazer-lhe as vontadinhas todas!..
Também gostei dos parabéns que a D. Teresa deu aos benfiquistas, embora eu seja também sportinguista (ainda não sabia que era católico e já sabia que era sportinguista!)
Mas esta atitude da D. Teresa fez-me lembrar o nosso desportivismo quando jogávamos com o Fraião, em que o árbitro era implacável connosco e condescendente com os do Fraião. Quem é que conseguia ganhar-lhes com semelhante árbitro? Felizmente que um dia o árbitro mudou e consegui-se empatar lá, graças à acção do Feliciano! Não vi esse jogo já que estive de castigo durante uma semana, mas lembro-me que o Feliciano apanhou uma semana de joelhos pela sua atitude, e lembro-me que, quando passáva(mos) por ele, que estava de joelhos , lhe dava(mos) uma palmadinha de solidariedade nas costas, em silêncio e sem que fôsse(mos) visto(s)!
... E já agora acerca de futebol: Tinha o fadista Hermano da Câmara adquirido a vocação religiosa graças talvez a S. Bento, já que foi para os beneditinos!("ser fadista foi meu sonho, mas não foi este o meu fado, etc. etc." ) Tive pena que não fosse o Beato Nuno a dar-lhe a vocação, já que assim poderia ter ido para carmelita! Mas. se calhar, S. Bento, que já era santo, tinha mais poder que o Nuno Alvares, que era apenas beato. Mas, enfim... Paciência.
E então lembrei-me: "E se Nª. Srª do Carmo desse vocação ao Eusébio, que tinha acabado de chegar para o Benfica? Ele podia vir para frade, deixava a bola, e já podíamos ganhar ao Fraião!
Não acham que era boa ideia? Mas nossa Senhora não quiz...
Um abraço e boa Páscoa.
Emídio Januário

03 abril, 2010 20:49  
Blogger jorge dias said...

Meu caríssimo Emídio com tanta graixa ainda caio do pedestal onde me colocas e ainda parto as "gaitas" contra alguma pedra! O que me faz lembrar aquela anedota de Jesus pregado na cruz que, face à apaixonada a seus pés que suportaria de bom grado os seus pregos cravados em suas mãos de mulher, o leva em desespero de causa, em sua cruz mascarado, a exclamar: "queres ver que por causa desta... ainda vou malhar ali no chão"! Nada de abusos! Simples mortais! Como te invejo o tractor e o espaço por onde o levas!

Uma vez, já dos mais velhos, levei um baile no Fraião a médio direito que ainda me hoje me dá calafrios... eram os meus dezasete anos. Foi um jogo num campo ben junto à estrada pra a Falperra! Uns seis, sete anos mais tarde, nos meus vinte e três ou quatro anos, quando como Frei estive na Falperra um ano, estudamos aquilo ao pormenor e fizemos preparação profissional! Estás a ver o resultado? Não, mas deve haver quem se lembre. O Justino, o Soares, que coça que lhes demos. Desta vez foi no campo interior. Já não me ocorre exacto o resultado. Em minha mente bailam números como cinco dois cinso três e um vidro partido. Ainda hoje me recordo de alguns cortes de cabeça e das humilhações que vingamos! Belos tempos...

Em tempo de Páscoa, de passagem da vida abúlica e pasmada para a festa da vida com os irmãos e na alegria de um Deus que é sempre um Deus de festa, na festa vos saúdo e exhorto para que a façais sempre, sempre, sempre, pois esta é, e só esta, a passagem necessária, a Páscoa! Aleluia

04 abril, 2010 02:21  
Anonymous O Malho said...

Ò "Midio"
Não descobriste
Lá chegarás
Devagarinho
Escava fundo
Enterra o sacho
Inteirinho
Arranca-te pela raiz
Quadrada
Esforço ao cubo
Mostra-te ao mundo
Lavrador e tudo
Feliz

Enquanto cavas
Eu subo
Dizes tu
Às nuvens
No pensamento
Se não me cuido
Caio de cu

O sapo incha
De fumaça
Enche a pança
Explode na abastança

Aduba a terra que fossas
Não te falte o excremento
Mais útil aí
Que nas fossas

Raiz quadrada de ti
O pão que fazes nascer
O amor que vais colher
Reparte
Por toda a gente
Deixa cair a semente
Do centeio já maduro
Faz macio o solo duro
Com o suor do teu rosto
Engravida a terra estéril
Leva o milagre ao desgosto
Dá-lhe chuva no Inverno
Cuida da rega em Agosto

Vai
Lavrador
Monta a vida num tractor
Traz do campo
Um lírio branco
A tua vida
Oferece ao teu amor.

04 abril, 2010 14:42  
Anonymous O Malho said...

Ò Midio
Não descobriste
Lá chegarás
Devagarinho
Escava fundo
Enterra o sacho
Inteirinho
Arranca-te pela raiz
Quadrada
Esforço ao cubo
Mostra-te ao mundo
Lavrador e tudo
Feliz

Enquanto cavas
Eu subo
Dizes tu
Às nuvens
No pensamento
Se não me cuido
Caio de cu

O sapo incha
De fumaça
E guincha
Enche a pança
Explode na abastança

Aduba a terra que fossas
Não te falte o excremento
Mais útil aí
Que nas fossas

Raiz quadrada de ti
O pão que fazes nascer
O amor que vais colher
Reparte
Por toda a gente
Deixa cair a semente
Do centeio já maduro
Faz macio o solo duro
Com o suor do teu rosto
Engravida a terra estéril
Leva o milagre ao desgosto
Dá-lhe chuva no Inverno
Cuida da rega em Agosto

Vai
Lavrador
Monta a vida num tractor

04 abril, 2010 14:57  
Anonymous O Malho said...

Garanto que não é do bagaço do Emidio... mas só à terceira vai como eu quero. Se o Augusto puder, "censure" as primeiras versões.

04 abril, 2010 15:03  
Anonymous O Malho said...

Não apagues, Augusto, que a emenda foi pior que o soneto. Serás que eu estou mesmo com os copos?!
É certo que repus o sapo a guinchar, mas depois cortei o final do poema.
Em que estado regressa o Malho...

04 abril, 2010 15:10  
Anonymous domingos coelho said...

Domingo de Páscoa! I

Queridos amigos,

O domingo já está quase a ir dormir... E só agora venho até aqui para vos cumprimentar.
Domingo de Páscoa! Dia em que nos vemos envolvidos com a família, pois não há melhor forma de vivermos o amor de Jesus do que entre OS nossos queridos familiares...

A FAMÍLIA é nos dada de presente, como uma dádiva preciosa que estará connosco durante toda a nossa jornada cá na Terra, interferindo no nosso destino valorizando os nossos actos e incentivando-nos a ir sempre mais além.

Quando celebramos a Páscoa, que é o ritual mais significativo da vida de Jesus podemos compreender a importância que a nossa família tem na nossa existência e do quanto estamos comprometidos com ela, como se todos deste "grupo” estivessem, de alguma forma, entrelaçados e assim dependentes uns dos outros para que possamos vencer esta caminhada de modo satisfatório, deixando algumas "pistas" para os que vierem depois de nós...

Viver conscientemente a Páscoa é reafirmar no nosso coração o desejo de se reconciliar com todo o Universo, de experimentar a verdadeira harmonia, primeiro com os nossos familiares, que me parece ser a nossa responsabilidade essencial e depois com todos os demais companheiros de estrada....

Ao pensar assim, o meu coração transborda de alegria e deixa-se maravilhar com a sabedoria do Criador que nos cerca de pessoas especiais apenas para facilitar a nossa jornada e torná-la um prazer.
A minha família é tão linda e tão especial que mesmo que eu viva cem anos não me será possível agradecer o suficiente...
Irmão querido, primos, tios e tias, cunhados e sobrinhos filha, companheiros e seus núcleos familiares também; pais maravilhosos que mesmo de longe (junto aos anjos) nos cercam de cuidados e ainda nos deixam perceber estes mimos como se todo o Universo estivesse a acompanhar os seus esforços e a colaborar pela causa.... sorrisos.

04 abril, 2010 18:50  
Anonymous domingos coelho said...

Domingo de páscoa! II

E como se não bastasse uma legião de amigos (AAACARMELITAS), conhecidos amorosos e colegas de trabalho por demais queridos.
Ah! Que mais posso desejar?!

Neste domingo de Páscoa, celebrei na minha alma a gratidão, reverenciando as bençãos que graciosamente recebo e consagrando o meu coração ao desejo ardente de seguir os passos de Jesus e tornar-me cada vez mais um colaborador dos seus planos, pois o que me foi dado excede em muito o meu merecimento.

Desejo a todos vós, queridos amigos e familiares que o dia de hoje seja um ponto de referência um ciclo novo na vida de cada um e que os propósitos de todos sejam compatíveis com a Paz que nos é dada e que nos chega através da expressão do amor. Só assim estaremos todos envolvidos de forma efectiva na melhoria de qualidade de vida de nosso planeta e sem duvida nenhuma, na nossa própria evolução.

Uma óptima semana para vós que seja ela repleta de belos momentos, de realizações e de alegres surpresas dando um toque colorido no dia a dia de cada um.
É que hoje lembrei-me de muitos: Francisco Rodrigues,Augusto Castro,Rosalino Durães,Américo Lino,Amadeu, Gameiro, Vilela,Jorge Dias, Mário Neiva,Agostinho Neiva,Soares,Justino,Marcelino,Emídio,Ramos,Evaristo,Cachetas,Tupete,Carbiçais-João,C.Couto, Costa,Bessa,Nunes,João B.Martins,Agosttinho V. Ferreira,A.Sampaio,Amaro,Abreu,A.F.Silva,Benjamim,Helder,João Rodrigues,Tourais,M.Machado,Manuel Alves ,R. Tabuada,M.Freitas,A.Lourenço,Monteiro,Fr.Manuel,Barbosa,Feliciano,Acursio,Casimiro e tantos outros que me vão perdoar eu os não recordar aqui...
Um abraço a todos os AAAC
D/C:

04 abril, 2010 18:51  
Anonymous domingos coelho said...

Domingo de pascoa III

ALGUMA COISA SE PASSOU QUE QUE NOS NOMES MENCIONADOS NÃO APARECE O: Tupete,João Carbiçais,Feliciano,Acursio,Casimiro.
as minhas desculpas

04 abril, 2010 18:59  
Anonymous Anónimo said...

Oh Coelho já estavas grogue,pois até escrevinhaste fora da página. Deixa lá pá, o que é preciso é que tenhas saúde, amor e dinheiro para as amêndoas.
Boa Páscoa tb para ti e todos os amigos e outros mais que por lapso certamente não citaste.

04 abril, 2010 19:49  
Anonymous Rosalino Duraes said...

.

Ó Coelho, um abraço de Ressureição a todos que citastes e tb aos anónimos, sendo que a Teresa tb faz parte.

Rosalino Duraes

04 abril, 2010 20:33  
Blogger jorge dias said...

Ir lá pr'a fora

Não é piada! Já não é 1 de Abril! Pelo contrário é a ideia de base de um qualquer protocolo celebrado entre Portugal e os Estados Unidos para levar de novo as crianças para a rua brincar.
Estranhos tempos estes num dia de desafio transversal em espaço de cristãos, que a Páscoa, passagem, a todos deixa.

Para onde vamos, eis a questão! Para onde vamos neste mundo em mutação substancial! Que paradigmas de suporte para a sociedade e para a família nesta mutação, que é substancial, e em definitivo nos desenquadra daquela em que nos criamos e dos nossos antepassados!
Crise de famíilia, egocentrismos, vidas em estilo autista e consumista! Afinal, que ética ou que éticas quando assinamos protocolo para que as crianças voltem para a rua brincar!

Por favor, não me venham com moralismos nem com pieguices patetas ou crendices de um cristianismo enterrado!

Mas, por mim, ainda me questiono sobre o que vou continuar a servir a meus filhos! Que direi então dos netos!

Eis porque mais acima apelidei de patético o comportamanto inábil de uma Igreja assustada perante probleminhas de segunda ordem. A Igreja, para bem de todos, até dos crentes, quanto mais dos outros, só pode ser forte. Fazer limpezas, quando precisas, é apenas uma aitude de higiene.

Hoje, que celebramos o facto de Jesus sepultado, já não estar no túmulo, não obstante a guarda montada, dei comigo a pensar que, se ali o tivessem encontrado, tudo teria morrido naquele terceiro dia. A partir desse momento, porém, tudo foi diferente e até o volto a invocar, como dia de Ressurreição de Jesus, para, nesta sociedade, podermos voltar a levar as crianças para a rua brincarem.

"Os fieis precisam de fé e de uma Igreja Inabalável nos seus princípios fundamentais" (Paulo Simões - in Açorianno Oriental, 4 de Abril de 2010).

04 abril, 2010 20:51  
Anonymous domingos coelho said...

À Teresa
e a todas as companheiras
dos AAC e seus ramos,
Feliz Páscoa.

Ó Senhor
Iluminai o caminho
àqueles que em trevas
percorrem seus passos.
Fazei deles iluminados
por Tua Divina luz eterna.

Fazei com que sejam,
na esperança convictos,
nas intenções perfeitos
Nas orações benditos,
na Tua graça eleitos.

Fazei deles Tua criação
perfeita e bela,
nesta singela oração.
D/C

04 abril, 2010 21:21  
Blogger Evaristo Domingues said...

AÍ VAI UMA FROSCADA PARA DESCONGESTIONAR


Vamos lá sorrir...heheheheh!!

É O QUE DÀ QUANDO SE COME UMA TRPALHADA ....









O FEIJÃO

Um homem tinha verdadeira paixão por feijão, mas ele lhe provocava muitos

gases, criando situações embaraçosas.

Um dia ele conheceu uma garota e se apaixonou.


Mas pensou:

Ela nunca vai se casar comigo se eu continuar desse jeito.

'Então fez um sacrifí­cio enorme e deixou de comer feijão.

Pouco depois os dois se casaram.

Passados alguns meses, quando ele voltava para casa, seu carro quebrou.

Ele telefonou para a esposa e avisou que ia chegar mais tarde, pois voltaria

a pé.

No caminho de volta para casa, passou por um restaurante e o aroma

maravilhoso do feijão lhe atingiu em cheio.

Como ainda estava distante de casa, pensou que qualquer efeito negativo

passaria antes de chegar.

Então entrou e comeu três pratos fundos de feijão.

Durante todo o caminho, foi para casa peidando, feliz da vida.

E quando chegou já se sentia bem melhor.

A esposa o encontrou na porta e parecia bastante excitada.

Ela disse:

'Querido, o jantar hoje é uma surpresa.'Então ela lhe colocou uma venda nos

olhos e o levou até a mesa, fazendo-o sentar-se na cabeceira.

Nesse momento, aflito, ele pressentiu que havia um novo peido a caminho.

Quando a esposa estava prestes a lhe remover a venda, o telefone tocou ela

foi atender, mas antes o fez prometer que não tiraria a venda enquanto não

voltasse.

Ele, claro, aproveitou a oportunidade.

E, assim que ficou sozinho, jogando seu peso para apenas uma perna, soltou

um senhor peido.

Não foi apenas alto, mas também longo e picotado.

Parecia um ovo fritando.

Com dificuldade para respirar, devido a venda apertada, ele tateou na mesa

procurando um guardanapo e começou a abanar o ar em volta de si, para

espantar o cheiro.

Mas, logo em seguida, teve vontade de soltar outro.

Levantou a perna e...

RRRRRRRRRRRROOOOOOOOOOOOUUUUUUUUUUMMMMMMM!!...

Esse, então, soou como um motor a diesel pegando e cheirou ainda pior!...

Esperando que o odor se dissipasse, ele voltou a sacudir os braços e o

guardanapo, frenéticamente, numa animada e ridí­cula coreografia.

E quando pensou que tudo voltaria ao normal, lá veio a vontade outra vez.

Como ouvia a mulher, lá dentro, continuando a falar no telefone, não teve

dúvidas: jogou o peso sobre a outra perna e mandou ver.

Desta vez merecia medalha de ouro na categoria.

Enxofre puro.

As janelas vibraram, a louça na mesa sacudiu, e em dez segundos as flores no

vaso sobre a mesa estavam mortas.

Ouvido atento a conversa da mulher no telefone, e mantendo a promessa de

nãoo tirar a venda, continuou peidando e abanando os braços por mais uns

três minutos.

Quando ouviu a mulher se despedir no telefone, já estava totalmente aliviado.

Colocou o guardanapo suavemente no colo, cruzou as mãos sobre ele e chegou a

sorrir vitorioso, estampando no rosto a inocencia de um anjo.

Então a esposa voltou a sala, pedindo desculpas por ter demorado tanto ao

telefone, e lhe perguntou se ele havia tirado a venda e olhado a mesa de

jantar.

Quando teve a certeza de que isso não havia acontecido, ela própria lhe

removeu a venda e gritou:

'SURPRESAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! '

***

*

05 abril, 2010 19:50  
Blogger Evaristo Domingues said...

T R I P A L H A D A

05 abril, 2010 19:53  
Blogger teresa silva said...

Está demais esta da tripalhada. Ri-me à brava, principalmente com as flores do vaso que já estavam mortas.
Tamanho senhor peido e o seu respectivo odor... Enxofre puro.

Mudando de assunto:

Páscoa.

Festa mais importante do calendário cristão.Celebração de uma vida nova, de libertação,de levar ao máximo o amor através da cruz.
A maior prova de amor é dar a sua vida pelo amigo. Não pensemos na morte de Cristo como a acto em si, mas como fonte inspiradora para uma nova vida a da ressurreição. A morte foi vencida através da Ressurreição. A vida prevalece acima de tudo, o amor é fonte de vida. Amemo-nos e teremos uma vida feliz e plena.
Libertação para uma vida plena em comunhão com os irmãos, ao serviço dos irmãos.

05 abril, 2010 20:38  
Anonymous Anónimo said...

Pois claro, meu caro amigo, mas já devias saber que não é do feijão, é do fermento do pão. Anota, para o resto da vida: os gases são provocados pelo fermento com que se leveda o pão! Como todos querem pão bonito,os padeiros carregam no fermento! Já sabes, feijão só com pão ázimo (pão sem fermento) e arroz, branco de preferência, e mesmo assim depende ainda da quantidade de pão ingerida até três dias antes.

Com essa bombaria deselegante até o blog cheira!

05 abril, 2010 20:46  
Blogger Evaristo Domingues said...

Então vamos lá contar, porque é que me lembrei incluir esta história.
No Seminário no dormitório dos mais novos , todos se lembram que era o maior logo ao lado do quarto do Pe. Reitor.
Por uns tempos o Pe. Reitor ausentou-se e quem o substitui foi o Pe. Olavo. Certa noite depois de entrarmos no dormitório, não ocorre agora mas tínhamos uns escassos minutos para nos despirmos vestir o pijama e toca a deitar. Como sabem meus amigos havia sempre uns malandrecos que o forte deles era destabilizar e alterar a disciplina. Ora bem já perceberam, pela história atrás contada do que se trata. Pois bem minutos depois da luz apagada, lá se ouve uma valente « F R O S C A D A ».que se ouviu em todo o dormitório, depois começou o foguetório, uns porque naturalmente puxando conseguiam, outros escondiam-se debaixo dos cobertores e imitavam o « PERRUM PUM PUM » . Imaginem o coro que era uns trinta bicos, onde a maioria alinhou na brincadeira. Entretanto entra no dormitório o Pe. Olavo, acende a luz a para assinalar a presença bate uma série de palmas, e então como sabem Ele para começar a falar português tinha que meter “segunda “, mé … mé … mé … Durante três dias todos ao pequeno almoço « P Ã O E Á G U A ». Pois assim foi lá chegamos ao refeitório e as ordens era mesmo pão e água. Quem se lembra.? ….

05 abril, 2010 20:53  
Blogger teresa silva said...

Este outro poema de Antero define mais ou menos força interior que devemos ter nas nossas vidas em busca do amor, da liberdade, das pessoas que nos aceitam ou não.

Cá vai:

Força é pois ir buscar outro caminho!
Lançar o arco de outra nova ponte
Por onde a alma passe-e um alto monte
Aonde se abra à luz o nosso ninho.

Se nos negam aqui o pão e o vinho,
Avante! é largo, imenso esse horizonte...
Não, não se fecha o mundo! e além, defronte,
E em toda a parte há luz, vida e carinho:

Avante! os mortos ficarão sepultos...
Mas os vivos que sigam, sacudindo
Como o pó da estrada os velhos cultos!

Doce e brando era o seio de Jesus...
Que importa? havemos de passar, seguindo,
Se além do seio dele houver mais luz!

Amor, vida,ressurreição, luz, carinho, serviço e comunhão.
Palavras dispersas, mas que fazem todo o sentido ao definir o ser cristão.

Feliz e Santa Páscoa!!!!!!!!!!!!!

05 abril, 2010 21:00  
Blogger Evaristo Domingues said...

Desculpem a primeira história estava incompleta. Quando a esposa lhe diz SURPRESA !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! e lhe desvenda o rosto, estavam á mesa 12 pessoas para comemorar o aniversário do casamento do casal.

05 abril, 2010 22:38  
Blogger teresa silva said...

Também é bom algo para descongestionar. Rir também faz parte da vida. E deve haver histórias engraçadas da parte de vocês quando eram mais miúdos e faziam das suas. Traquinices de crianças.
Cada pessoa tem algo de que se lembra enquanto criança. Belos tempos em que não havia preocupação de nada.
Só a preocupação dos pais em qual seria a próxima tropelia própria de cada idade. Coisas que ficam gravadas na memória destes tempos idos e belos.Daí a infância ser a base da educação da criança, da formação da sua personalidade e cabe aos pais educá-las, aos professores cabe a responsabilidade de formá-las. Daí os pais não se poderem desresponsabilizar dessa tarefa de educar os filhos.
E há que estar atento a qualquer sinal em que as coisas possam estar a correr menos bem(notas menos boas, influência de amigos).
Hoje em dia os pais dão tudo aos filhos, mais parece que não sabem dizer não ou dar um raspanete na hora certa. É muito educativo quando é preciso.
Há certas imposições que têm que ser feitas, há certas regras que têm que ser cumpridas. Daí os filhos têm que ser educados na própria família e não dar esta responsabilidade aos professores.
A base tem que vir de casa, da pequena célula a que chamamos de família. Onde nasce uma micro-sociedade. Para a partir dela irmos ao encontro do mundo que nos rodeia, a sociedade em geral.
Se vamos deixar que os filhos façam tudo o que querem,vamos ter meninos mimados e a fazerem birra por tudo e por nada e quando se disser não, eles fazem uma birra enorme que por vezes os pais ficam envergonhados. Por isso é que o velho ditado diz: de pequenino se torce o pepino. A base está aí na infância. É mais fácil moldar a pessoa enquanto criança. Estaremos a educar pessoas para serem capazes de enfrentar um mundo que por vezes não é favorável e com algumas adversidades pelo caminho. Pessoas seguras, firmes, confiantes.


Mudando de assunto:

Mais uma vitória do Benfica. Parece que vai ser o campeão este ano. Já agora podia levar consigo também a taça UEFA. A ver vamos.

05 abril, 2010 23:54  
Anonymous Mário Neiva said...

Mistério da Vida, na carta a um amigo.

Espero que tenhas passado uma Pascoa alegre com a familia e amigos. Eu estou em Balugães, para ficar uns meses, e pude recordar o velhinho "compasso", lembrando-me que por cá andaste, a calcorrear estes caminhos, agora todos calcetados a preceito.
Mas não era por causa disto que te estou a escrever. Queria referir-me ao texto do evangelho que hoje evocas. Ele contem precisamente a pista por onde saí do «messianismo judaico», como fez Paulo de Tarso e eu, por minha vez, saí do «messianismo cristão», do próprio Paulo de Tarso. «Vou para o meu Pai e vosso Pai, para o meu Deus e vosso Deus»!
Depois de tudo o que Paulo escreveu nas suas famosas e brilhantes cartas teológicas, ficou-me claramente a ideia inacreditável de que somos tão filhos de Deus quanto Jesus de Nazaré! Nem mais, nem menos. Se não levarmos em consideração aquela distinção académica entre as duas «naturezas», a natural e a sobrenatural, para passarmos a considerar simplesmente a «unidade» do Mistério da Vida, estamos prontos para fazer a transição do «messianismo cristão» (de Paulo de Tarso) para a «fé possivel» do homem-filósofo, ou seja, aquele que aceita o desafio maravilhoso de caminhar sempre na perseguição da Verdade contida no Mistério da Vida.
É como passar de uma esperança...zinha, para uma esperança sem limites. Confesso que talvez um pouco mais exigente que aquela do meu amigo Paulo de Tarso, mas com a vantagem, esta minha esperança, de sobrepor-se à espuma da história humana. Convém lembrar que Paulo, no seu messianismo cristão, estava convencido que a vinda de ««Cristo Jesus» (já glorificado) estava iminente. E, no entanto, já lá vão dois mil anos de espera e de esperanças...São estas esperanças limitadas no tempo e no espaço que eu chamo «espuma da história».
O Mistério da Vida, esse, projecta-se diante de mim em todo o seu esplendor, ontem e hoje.
Não posso deixar de reconhecer que Paulo de Tarso me ensinou a encontrar o caminho. E bastou, para tanto, cair do cavalo dos meus pre-conceitos, como quem diz, dos meus conhecimentos anteriormente adquiridos. E fiz isto sem ter de renegar esses conhecimentos maravilhosos herdados dos meus avós (tal como Paulo de Tarso), consciente de que cada etapa do conhecimento e da vida é para ser superada e não renegada como coisa sem préstimo ou perniciosa. Afinal, foi através desses conhecimentos que chegamos até onde estamos (Paulo chegou a Jesus Cristo depois da Lei Mosaica). Só quem tem as mãos vazias ou a mente adormecida, se põe a batalhar, entontecido, contra fantasmas ou moinhos de vento, numa atitude de simples negação. Os outros, e são muitos, continuarão a fazer a história da vida e do pensamento, numa esperança sempre renovada no Misterio da Vida.

06 abril, 2010 11:30  
Anonymous Anónimo said...

Este blog tem revelado os comentaristas.Misturar peido e a seguir falar da Páscoa é forte......

06 abril, 2010 13:19  
Blogger teresa silva said...

Então anónimo também é preciso descongestionar um bocado, não achas? Rir é o melhor remédio.
E se podemos rir um pouco porque não?
Mas depois passamos ao que realmente interessa...
Dá-me a entender que se calhar levas a vida muito a sério!

06 abril, 2010 17:29  
Anonymous Anónimo said...

Imaginem durante o compasso, com tantos doces e comidas cagantes, quem será capaz de apertar as bébias e não largar uns peiditos ao ritmo de tantos foguetes??????????

06 abril, 2010 22:18  
Blogger teresa silva said...

Aqui discute-se, lê-se, dá-se opinião, ri-se, pensa-se. Diversas formas de manifestar o nosso pensamento sobre assuntos actuais relacionados com o cristianismo. Buscando mais sobre a nossa condição humana tendo como base Cristo, a sua vida e o seu exemplo.
Então anónimo vais dizer que na tua vida não há bons momentos onde não dás uma gargalhada! Aqui também é mais ou menos igual. Estamos num espaço público, em que deve haver respeito pela opinião dos outros.
Uma gargalhada de vez em quando também faz bem à saúde. Melhor do que qualquer comprimido.

06 abril, 2010 22:51  
Blogger jorge dias said...

Por mais voltas que estas coisas possam ter, por mais argumentos que procureis, o injustificável nunca tem justificação e penso mesmo muito seriamente que, em espaço público, e só por ser espaço público, isto já foi bem longe demais. Aqui nem tudo é permitido, aqui nem toda a linguagem realista pode ter lugar! Aqui, por ser internacionalmente público e digno de ética e também de civilidade, repito, simples civilidade, nem tudo pode ser permitido, nem por simples brincadeira nem sequer para narrar factos reais ou para fazer rir. Quem julga o contrário enganou-se na porta. Numa questão de civilidade as regras cumprem-se! E quem não for capaz de referir-se a certas realidades em linguagem de adequada civilidade, só tem uma coisa a fazer, é não falar delas!
Daqui aplaudo todos os que a elas se opuseram, em civilidade, e a eles me associo!
Esta linguagem não pode ter cabimento em nenhum espaço público! Não é uma questão de liberdade! é o direito dos outros! Penso mesmo que o administrador do blog devia estar mais atento! Estamos num espaço público! Neste espaço não pode haver lugar para leviandades de in-civilidade primária! Todos os comentários com palavreado inadequado só podem ser imediatamente retirados pelo administrador do blog e por esta via aqui o solicito no meu direito de estar num lugar que me não ofende na grandeza de gestos que sempre devemos cultivar para sermos mais e sempre elegantes para com todos.

Nesta data remeti e-mail ao Sr. Presidente da direcção da aaacarmelitas a protestar por entes comentários não terem sido removidos e a solicitar a sua imediata remoção.

07 abril, 2010 00:10  
Blogger teresa silva said...

O dito assunto em causa não passa apenas de uma simples história que o Sr. Evaristo Domingues achou engraçada e quis partilhar com as demais pessoas que lêem o blog e através dele também dão a sua opinião.
Na minha opinião não foi ofensivo com ninguém, não pôs ninguém em causa. Apenas uma simples história engraçada veio dar esta confusão toda.
Se esta secção do blog tem o título de "Desabafos" então quer dizer que alguma história com estas características pode vir a ser partilhada aqui neste espaço. É tipo anedota a dita história.
Concordo contigo Jorge Dias no sentido de manifestares a tua opinião por mail ao Presidente, mas não concordo que o Presidente retire, a dita. Pois não ofende ninguém!!
Ofende as pessoas que lêem o blog? Também não acho. Já houve em comentários atrás e noutra secção comentários mais fortes de que uma simples anedota e lá por causa disso não foram retirados.

07 abril, 2010 01:19  
Blogger Evaristo Domingues said...

Não me imagino, ao entrar no blog olhar para um virtual auditório Paroquial, onde temos que limpar os pés no tapete, tirar o chapéu, aceitar o rigoroso silêncio e terem em constante palestra um programa pré-conce-bido. Libertem-nos dos estigmas sociais, pois não me apercebo que este episódio seja tão censurável. Admito que a minha intervenção tenha sido um pouco lateral à conduta comum do blog, mas não é intencional, para alterar seja o que for, até porque tenho sido por várias vezes um crítico arrojado de quem usa termos menos correctos no blog que apoio e respeito. Os predicados que sempre abracei com rigor são: Educação, ética e civismo. Nunca foi minha intenção ferir sensibilidades, nas história que contei, depreende-se que a primeira é Brasileira, tipo anedota e que não tem nada de ofensivo, somente duas vezes usa a palavra ( não digo senão levo pimenta na língua)- mas digo “ peido “. É engraçada, faz rir, é mesmo para descongestionar, para quebrar o semblante acinzentado que muitos de nós carregamos , a começar por mim pois a vida não é fácil. Utilizei-a para dar sequência á que foi sim real e que por inclusão de grupo também fui actor, que aconteceu no Seminário já lá vão cinquenta anos. Termino dizendo que sou suficientemente educado e humilde para pedir desculpa ao Jorge e a outros que pactuem do mesmo pensamento, pois não encontro matéria de facto para me crucificarem. E. Domingues

07 abril, 2010 09:11  
Blogger Evaristo Domingues said...

É meu apanágio criar consensos, evitar conflitos, nem que por vezes isso reverta em meu prejuízo, que é o que geralmente contece,reconheço que o que para tal tenha contribuido além do Seminário é desde há trinta anos por ironia do destino lidar com dificientes profundos, devem ter visto ontem no programa da R. T. P. - Trinta Minutos, após o telejornal a Jacinta surda e cega. O trabalho daqueles monitores, a entrega a quimíca recíproca o enpenho a dedicação que complememtam a felicidade possível que se pode dar a estes seres imputáveis mas portadores de uma candura que nos iluminam a alma e a mente e nos transmitem os contornos para podermos contribuir para uma sociedade melhor. Também quero salientar que este blog é mais cor de rosa e mais rico com a presença da Teresa Silva bem haja pelas suas visão correcta e intervenção concensual. Felizes os doentes que são acompanhados por Si e de todos os que a rodeiam no dia a dia. O seu diálogo com Eles faz de certeza melhor que muitos medicamentos. A sua postura nos seus comentários não enganam, antes dignificam a sua personalidade traçando um código de conduta exemplar. Vou-lhe pedir um favor, sempre que site o meu nome não me trate por Sr. tão somente por Evaristo, oxalá que seja sempre por bons motivos, mas se não o for, agradeço que seja da mesma forma interventiva pois estou sempre receptivo a bons conselhos.

07 abril, 2010 11:50  
Anonymous Anónimo said...

Coitado do homem, deve ter a mania que é melhor que os outros. Com palavras lindas e torneadas, já é permitido roubar, matar e amordaçar o próximo. Porém com linguagem de quase a totalidade incivilizada da sociedade, já não se admite uma brincadeira. Tem juizo oh senhor bem educado. Entra na festa da vida e se não gostares, melhor bateres com os calcantes no ânus e por-te a milhas, rsrsrs....ou queres ser só tu a votar faladura intelectual??????????

07 abril, 2010 12:58  
Anonymous Anónimo said...

Quem diz que este é um espaço para descongestionar e rir,certamente anda enganada neste blog.Talvez o indicado será um de poesia..
Concordo com o Jorge Dias,companheiro de seminário e,certamente, um dos comentadores que mais aprecio.Os teus comentários introduzem ideias que só raramente tenho visto aproveitadas para debate. Voltarei.

07 abril, 2010 13:43  
Anonymous Mário Neiva said...

Já percebi que vou ter de aturar a Teresa «benfiquista» até ao final do campeonato! Valha-me deus, já não bastavam os remoques do meu querido amigo Zé Moreira, que parece ter sido dado à luz dentro daquela imensa banheira, construida em terras mouriscas...
Mas aguardem pelo fogo do dragão! Nem S.Jorge vos há-de safar. Parece que o Pinto da Costa já anda a recarregar as baterias...
Quanto ao resto, tenham calma, não dramatizando demasiado as coisas. Quando algum "dito" incomodar alguém um pouco mais, pensem no poeta (Ary dos Santos) a lembrar-nos que «fomos feitos em ceroulas». E aos mais piedosos recordo as palavras de Jesus, quando diz «que não é o que sai do corpo (subentende-se "cagamos") que mancha o homem mas aquilo que entra pela boca (subentende-se "comemos").
Eu nunca tive de levar para analise clinica as minhas fezes. Levei sangue e urina. E sempre me fez confusão imaginar aqueles abenegados analistas a remexer no cócó e no xixi(está bem assim?).
De qualquer modo acho bem uma certa contensão verbal, sobretudo num espaço tão aberto como este de um blog. Façam um apelo à vossa imaginação e retorçam as situações como genialmente fazia Bucage, ao assumir como seus, os «desabafos» de uma linda e "oprimida" senhora, sem ter que faltar à verdade: «o traque (está melhor?) que aquela senhora deu, não foi ela fui eu»...

07 abril, 2010 14:25  
Anonymous domingos coelho said...

...
Eu daria tudo que eu tivesse
Pra voltar aos dias de criança,
Eu não sei pra que a gente cresce
Se não sai da gente essa lembrança...

(autor desconhecido)

07 abril, 2010 15:08  
Anonymous Anónimo said...

Não adianta querer
o passado já lá vai
e daqui até morrer
tanta coisa ainda cai.

Cai tudo que é natural
e murcha até o valente
por isso acho normal
O repúdio desta gente.

E já dizia o Bocage;

obrei, obraste e obrou,
são três formas de obrar,
quando a obradela é dura,
deixa o ãnus a fumegar

07 abril, 2010 16:02  
Anonymous Emídio Januário said...

... Ó Mário, olha que a D. Teresa é Sportinguista! Não é benfiquista. Pede desculpa à senhora por a teres rebaixado tanto.
EJ

07 abril, 2010 16:23  
Anonymous Anónimo said...

Já fui sensurado nos versos que acabei de enviar,(mesmo com palavras civilizadas), PENSO!...
Rezem para ganharem o céu por estes pobres pecadores, " SÓ ESCREVEM ASNEIRAS ".
Deixem escrever apenas o bem comportadinho.
Fiquem bem.

07 abril, 2010 16:32  
Blogger teresa silva said...

Então amigos, os ânimos já estão menos exaltados?
Olhem só o que uma simples história veio provocar!!!! Uma coisa simples veio provocar sentidos contraditórios aqui dentro!!!

Respondendo ao segundo anónimo, a vida não é só para ser vivida segundo determinadas regras e normas impostas pela sociedade e tal como disse há que descongestionar e rir um pouco. Pois o riso também liberta endorfinas que ajudam a prevenir a depressão por exemplo.
Este aqui é um mundo virtual, tal como lá fora há um mundo real e também há o direito de rir e descongestionar.
Não interpretei isso como linguagem ofensiva, mas como simples anedota engraçada. Ninguém ofendeu ninguém.
Claro que também concordo que deve haver educação, ética, respeito, tal como fora das nossas portas no mundo real. Mas um momento desses também ajuda a descomprimir um pouco, não é verdade?

SPORTING SEMPRE!!!!!!!!!

07 abril, 2010 17:01  
Anonymous Mário Neiva said...

Oh diabo! que meti água. A Teresa é do Sporting. desculpe lá por tê-la declarado, por umas horas, glorioso e perigoso milhafre.
E quanto a ti, meu caro Emidio, tenho umas continhas a acertar, por causa da raiz quadrada que não encontras quando cavas. Não perdes por esperar, seu lavrador inchado.

07 abril, 2010 20:51  
Blogger Augusto said...

Acho bem que parem de fazer comentários por estas bandas e comecem a comentar nos desabafos de segunda geração, mais polidamente e, se possível, num português mais de acordo com a línguagem escrita do Pe António Vieira, Mestre insigne da nossa pátria língua. Para isso convido-os a sair daqui e começar a comentar nos desabafos referidos.
E não esqueçam a gramática, também.

08 abril, 2010 00:42  

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